Novo Marco Legal para Ciência, Tecnologia, e Inovação no Brasil. Regulamentação da Lei 13.243/2016. e o Futuro dos NITs

Documentos relacionados
LEI DE INOVAÇÃO Regulamentação e Medidas Tributárias Favoráveis às atividades de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação nas Empresas

ALTERAÇÕES NA LEI DE FUNDAÇÕES DE APOIO: POSSIBILIDADES E EXPECTATIVAS PARA AS IFES FORPLAD DOURADOS 30, 31/10/2013 e 01/11/2013

Revisão do Projeto de Lei Ministério da Ciência e Tecnologia

Propriedade Intelectual e Inovação: Proteção para a valorização do conhecimento. Manaus, 29 de Maio de 2012

Marco Legal da Inovação

Lei Complementar LEI COMPLEMENTAR Nº 1049, DE 19 DE JUNHO DE 2008

Elza Fernandes de Araújo Assessora Adjunta de Inovação Novembro/2015. A importância da inovação tecnológica e o fomento da FAPEMIG

O Congresso Nacional decreta:

CÓDIGO NACIONAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

CHAMADA PÚBLICA MCTI/FINEP/FNDCT - Ação Transversal APOIO INSTITUCIONAL - 03/2016

PROJETO DE LEI DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

PROJETO DE LEI Nº 2.177, DE 2011 INSTITUI O CÓDIGO NACIONAL DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. (Análise do Substitutivo apresentado em Abril/2014)

Inovação Tecnológica

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico

LEI N , DE 17 DE JANEIRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR.

COMISSÃO DIRETORA PARECER Nº 522, DE 2014

1º Congresso da Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde - I CIMES Painel: Fomento, Preços, Compras e Encomendas

Posicionamento Anpei: vetos presidenciais ao Marco Legal de C,T&I

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 78/2012. Acordo de Empréstimo LN 7513 BR COMPONENTE SAÚDE CONSULTORIA PESSOA FÍSICA

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

Base Legal da Ação Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998.

Seminário. Demandas do Exército Brasileiro: Tecnologia, Produtos e Serviços

ANEXO (Portaria Interministerial MCT/MDIC nº 291, de )

Políticas Públicas de Incentivo à Inovação

XIV SIMPÓSIO NACIONAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS

O SUAS e rede privada na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais

O Prefeito do Município de João Pessoa, Estado da Paraíba, faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei:

DECRETO Nº , DE 29 DE AGOSTO DE 2014

O PAPEL DOS NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM UM CENÁRIO DE INOVAÇÃO ABERTA

Regulamento de Compras :

ANEXO 5 ESCOPO DO ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E JURÍDICA

PROJETO DE LEI Nº 433/2015 CAPÍTULO I DOS CONCEITOS

Auditoria e Consultoria para seu Negócio.

PADRONIZAÇÃO & CLASSIFICAÇÃO VEGETAL

Título da Apresentação

Título da Apresentação

Estratégias para atuação do Instituto de Ciência e Tecnologia da UFF no município de Rio das Ostras

FINEP UMA AGÊNCIA DE INOVAÇÃO. Vânia Damiani. Departamento de Instituições de Pesquisa Área de Institutos Tecnológicos e de Pesquisa

AUTONOMIA GERENCIAL PARA UNIDADES PÚBLICAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DO SUS: OPORTUNIDADE E NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO

PREFEITURA DE PORTO VELHO

2ª REUNIÃO DO COMITÊ DE LÍDERES DA MEI DE As Prioridades da Agenda da MEI

ESPELHO DE EMENDA INICIATIVA

Título da Apresentação

Capacitação de Recursos Humanos em Pesquisa e Desenvolvimento para o Setor de Tecnologia da Informação (CT-Info)

COORDENADORIA DE EXTENSÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, e CAPÍTULO I DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

Dispõe sobre a Política Estadual de Agricultura Irrigada e dá outras providências.

Regulamento Normativo para a Concessão de Apoios a entidades e organismos que prossigam na Freguesia, fins de interesse público

PROJETO DE LEI N 3476/04 EMENDA DE PLENÁRIO N

CAPÍTULO I DO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E DO PLANO PLURIANUAL


SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENAÇÃO DOS INSTITUTOS DE PESQUISA CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

CONTABILIZAÇÃO DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS PROPOSTA DE REGULAMENTAÇÃO CONTÁBIL

Conferência sobre Administração Executiva para a América Latina e Caribe

Projeto de lei no. 440/2011 Audiência Pública. Mercedes Bustamante Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS CONSELHO UNIVERSITÁRIO

Lei Ordinária Nº de 13/12/2005 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO INTERNO DE COMPRAS E CONTRATAÇÕES

SETORIAIS VISÃO GERAL

Transforma a Companhia de Transportes do Município de Belém - CTBel em Autarquia Especial e dá outras providências. CAPÍTULO I DA ENTIDADE MUNICIPAL

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

[EXAME OAB DIREITO ADMINISTRATIVO] Organização Administrativa brasileira

Agências Executivas. A referida qualificação se dará mediante decreto do Poder Executivo. Agências Reguladoras

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE

Norma Interna n 001/2001 Regulamento de Contratações, Compras e Alienações

CLEINALDO DE ALMEIDA COSTA Presidente

PROGRAMAS OPERACIONAIS REGIONAIS DO CONTINENTE. Deliberações CMC POR: 18/06/2010, 25/11/2010, 4/04/2011, 30/01/2012, 20/03/2012 e 8/08/2012

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FACULDADE DE MEDICINA DO TRIÂNGULO MINEIRO

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA COMPRAS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMPRADORES E FORNECEDORES FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIFESP

REGULAMENTO DE COMPRAS E CONTRATAÇÕES COM RECURSOS PÚBLICOS FUNDAÇÃO SICREDI

Como se viu, a base dessa estruturação foram os Eixos Referenciais, que passaremos a descrever:

Projeto de Fortalecimento e Intercâmbio de Mosaicos de Áreas Protegidas na Mata Atlântica

Decreto 7.546, de 02 de agosto de 2011

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE ANÁPOLIS-CMDCA

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS

RELATÓRIO SINTÉTICO DAS ATIVIDADES DE AUDITORIA BIÊNIO: FEVEREIRO/2011 A JANEIRO/2013

a) Requerimento para fiscalização de produtos agropecuários (FORMULÁRIO V);

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 1.565, DE 26 DE MARÇO DE 2009

ANEXO VI REGIMENTO INTERNO DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E INVESTIMENTOS ESTRATÉGICOS CAPÍTULO I CATEGORIA E FINALIDADE

FONTES DE FOMENTO -FINANCIAMENTO PARA EMPRESAS NASCENTES

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMAC Conselho Municipal de Meio Ambiente - CONSEMAC

Incentivos Fiscais Pro r f. f.dr. r.a ri r st s e t u G omes T i T ninis C iab a á, á de d ez e e z mbr b o r de

Ministério do Trabalho e Emprego FUNDACENTRO. Trabalho e Inovação

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO REITORIA. Avenida Vitória,1729 Jucutuquara Vitória ES Tel:(27)

Diretrizes da Agenda Setorial do Setor de Energias Renováveis: Biocombustíveis

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002/DIR/2013

CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA

L E I Nº 6.816, DE 25 DE JANEIRO DE 2006.

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública

PROGRAMA DE APREDIZAGEM NO IFRN

PLANOS DE PRODUÇÃO E ESTÍMULO À MODERNIZAÇÃO DE INDÚSTRIAS NACIONAIS

Transcrição:

Novo Marco Legal para Ciência, Tecnologia, e Inovação no Brasil Regulamentação da Lei 13.243/2016 e o Futuro dos NITs

Desafio do Sec. XXI : integrar Estado-Mercado para gerar sociedades sustentáveis É preciso entender e definir quais políticas, quais instituições e forças sociais podem sustentar novas estratégias de desenvolvimento. Duas premissas...

1. A aprendizagem institucional e tecnológica, bem como a capacidade de inovar baseando-se no conhecimento científico, consolidam as atuais ferramentas do progresso técnico e da geração de riqueza.

2. A articulação público-privado passou a ser a alavanca dos Sistemas de C,T&I (Leis de incentivos e Fundos Públicos) Neoliberalismo x Economia Institucional Políticas podem explorar as fronteiras entre as formas mercantis e não-mercantis de organização econômica Inserção dos próprios mercados no interior de instituições não-mercantis

Evolução dos Modelos de Política de Ciência,Tecnologia e Inovação

Tripla Hélice

Dispêndios em P&D em milhões de R$, estimativa 2014, estrutura 2012 Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Fonte: ASCAP/MCTI

Política de Inovação no Brasil Lei de Inovação n.º 10.973, dez. de 2004 Decreto n.º 5.563, de 11 de out. de 2005 Eixo I - Constituição de ambiente propício às parcerias estratégicas entre as universidades, institutos tecnológicos e empresas. Eixo II - Estimulo à participação de instituições de ciência e tecnologia no processo de inovação. Eixo III - Incentivo à inovação na empresa

Novo Marco Legal de Inovação - EC 85 de 2015 e Lei 13.243 de 2016 Desafios da regulamentação: Como fortalecer a Política de Inovação das ICTs, os ambientes promotores da inovação e acelerar a transferência de tecnologia no país?

14

Próximas etapas 1) Regulamentar os itens não autoaplicáveis; 2) Definir as políticas institucionais; 3) Testar e corrigir os mecanismos; 4) Equalizar a legislação dos Estados; 5) Prosseguir a agenda de reformas legais. 15

Estratégia Metodológica de Regulamentação I - Instituição de um GT Ministerial II - Consulta Pública em 3 Fases: Fase 1 subsídios para as novas regulamentações (15 itens) Fase 2 avaliação da Primeira Minuta de Ato Normativo Fase 3 - Audiências Públicas Fases 1 e 2 será executada no Participa BR e contará com consultas técnicas específicas. Prazo Estimado: 4 a 6 meses

Para regulamentação 1. Bônus Tecnológico (art. 2º, XIII incluído pela Lei nº 13.243/2016); 2. Cessão do uso de imóveis para instalação e consolidação de ambientes promotores da inovação (art. 3º-B, 2º, I incluído pela Lei nº 13.243/2016); 3. Participação minoritária da União e dos demais entes federativos e suas entidades autorizados, no capital social de empresas, com o propósito de desenvolver produtos ou processos inovadores (art. 5º incluído pela Lei nº 13.243/2016); 4. Contratos de transferência de tecnologia e de licenciamento podem outorgar direitos de uso e exploração desenvolvidas pela ICT inclusive em parcerias (art. 6º); 17

Para regulamentação Transposição, remanejamento ou transferência de recursos de categoria de programação orçamentária para outra (art. 9º-A, 4º, da Lei nº 10.973/2004 e art. 12 da Lei nº 13.243/2016); Prazo para manifestação do órgão ou da autoridade máxima da instituição acerca da cessão dos direitos da ICT sobre a criação (art. 11, parágrafo único da Lei nº 10.973/2004); Estabelecer as prioridades da política industrial e tecnológica nacional (art. 19, 1º da Lei nº 10.973/2004); Os mecanismos de fomento, apoio e gestão adequados à internacionalização das ICTs públicas (art. 15, 2º, da Lei nº 13.243/2016). 18

Para regulamentação Critérios e habilitação para as isenções e reduções do Imposto de Importação por empresas, na execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (art. 2º, inciso I, alínea g, Lei nº 8.032/90); Procedimento simplificado e prioritário para os processos de importação e de desembaraço aduaneiro de bens, insumos, reagentes, peças e componentes a serem utilizados em pesquisa científica e tecnológica ou em projetos de inovação (art. 11, Lei nº 13.243/2016); Celebração de instrumentos jurídicos e a prestação de contas de forma simplificada (art. 9º-A, 2º, incluído pela Lei nº 13.243/2016); Os procedimentos de prestação de contas dos recursos repassados de forma simplificada e uniformizada (art. 27-A incluído pela Lei nº 13.243/2016); Procedimentos para a prestação de informações pela ICT pública ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (art. 17 da Lei nº 13.243/2016); 19

Para regulamentação Previsão de recursos para cobertura de despesas operacionais e administrativas incorridas na execução de acordos e contratos firmados entre as ICT, as instituições de apoio, agências de fomento e as entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos (art. 10 da Lei nº 10.973/2004); Dispensa de licitação nos contratos de fornecimento de produto ou processo inovador resultante das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação encomendadas pelo Poder público (art. 20, 4º incluído pela Lei nº 13.243/2016); Dispensa de documentos de habilitação nas contratações de produto para pesquisa e desenvolvimento (art. 32, 7º, Lei nº 8.666/93); Procedimentos especiais para a dispensa de contratação de obras e serviços de engenharia nas áreas de pesquisa e desenvolvimento (art. 24, 3º, Lei nº 8.666/93). 20

Para regulamentação 18 - Regulamento para contratação pelas Fundações de Apoio quando da utilização de recursos públicos (art. 3º, da lei 8958/94); 19 - Disposição acerca das atividades desenvolvidas pelo pesquisador público quando do seu afastamento para prestar colaboração a outra ICT (art. 14, 1º da Lei nº 10.973/2004); 20 - Requisitos para concessão ao pesquisador público de licença sem remuneração para constituir empresa com a finalidade de desenvolver atividade empresarial relativa à inovação (art. 15 da Lei nº 10.973/2004). 21

Edilson Pedro Analista de C&T - SEXEC/MCTI Prof. Colaborado do Profinit Mail: edilson.pedro@mcti.gov.br edipedro@gmail.com Tel: 2033-7739