EXPORTAR DESENVOLVIMENTO LISBOA, 11 DE MAIO DE 2012



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Transcrição:

CONCORRÊNCIA LEAL. EXPORTAR DESENVOLVIMENTO LISBOA, 11 DE MAIO DE 2012

Forte interligação entre múltiplos temas RSE Concorrência leal. Competitividade e justiça económica. Comércio Mundial justo Desenvolvimento sustentável. Trabalho digno. Globalização com dimensão social

I. Concorrência Leal e Competitividade. A economia informal/ clandestina; Justiça O funcionamento da Administração Pública A capacidade técnica de muitas empresas; Os custos de contexto claros e justos A aposta na melhoria das qualificações profissionais dos portugueses. Regulação actividade económica Legislação laboral e custos do trabalho

Concorrência leal e Economia Clandestina Conceito: de alguma complexidade, sobreposições - Economia clandestina - Economia informal - Economia não declarada - Evasão e fraude fiscais, etc UGT-subdeclaração, evasão e fraude de empresas declaradas, empresas submersas subsistência sobrevivência

ESTUDO - ESTIMATIVAS SOBRE ECONOMIA INFORMAL (Fac. Ec. Porto) Economia não registada- A economia que se processa no território nacional mas não é contabilizada no cálculo do produto interno bruto. É composta de diversos conjuntos: - economia subterrâneacorresponde ao produto que se furta à contabilização por razões dominantemente fiscais (evasão e fraude) - economia ilegalcorresponde ao produto que não é contabilizado porque resulta de atividades ilegais, pelos seus fins ou pelos meios utilizados. - economia informal corresponde ao produto criado por actividades essencialmente associadas a uma estratégia de sobrevivência ou melhoria de condições de vida das famílias (??? discussão)

Economia não registada Fonte: OGEBEF Tendência 2010-2012 num contexto de crise. Agravamento em tempo de crise?

ECONOMIA NÃO REGISTADA Impactos: 1) Se não houvesse economia não registada, o deficit do Orçamento do Estado seria menor. Níveldereceitascobradas émaisbaixodoqueoquedeveriaser Nível de tributação sobre os que já pagam tem de ser mais elevado Injustiça fiscal Menor capacidade para gastos públicos, nomeadamente nas áreas sociaiis riscos para ESTADO SOCIAL, mas também necessidade de maior austeridade em momento de crise como o actual.

Impactos (cont) 2) Concorrência desleal entre empresas que cumprem e que não cumprem, comprometendo viabilidade das empresas e também sustentabilidade dos postos de trabalho alguns casos recentes que levantam questões a vários níveis 3)Desregulação do mercado de trabalho- gera um elevado nível de emprego informal/ clandestino, subdeclaração ou não declaração de salários (salários/ horários/ condições HST, acidentes de trabalho) com implicações também sobre cobrança contribuições segurança social AMEAÇA JUSTIÇA SOCIAL E TRABALHO DIGNO

UGT impulsionou a integração de compromissos no CCCE com consenso das associações empresariais: 1) Combate à Fraude e Evasão Fiscal e Contributiva Essencial para diminuir o peso da economia informal e, por essa via, contribuir para um reforço da justiça tributária. (aumento RH, reforço inspectivo, cruzamento informação 2) Combate à Economia Informal 2) Combate à Economia Informal Introduzir fatura obrigatória nas transações comerciais, sem prejuízo da salvaguarda das situações em que não seja exequível a sua adoção; Introduzir um período para a legalização das empresas não registadas, sem penalizações retroativas; Rever e simplificar o regime fiscal das micro e pequenas empresas; Apresentar um estudo sobre as feiras de venda por grosso e fiscalizar as restantes feiras, nomeadamente no que respeita ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA); Estabelecer metas quantitativas na redução da economia informal e paralela.

Competitividade e concorrência leal plano mundial Importante criar um enquadramento de concorrência e competitividade leal e justa no plano mundial Capacidade competitiva das empresas Sustentabilidade das empresas Trabalho digno Desenvolvimento e bem-estar social Desenvolvimento mundial equilibrado entre regiões

II. Globalização exige uma nova forma de agir Principais elementos da globalização 1. Livre circulação capitais (investimento real, financeiro, especulativo) 2. Aumento do comércio internacional 3. Maior difusão de novas tecnologias, especialmente das TIC, e sistemas de produção 4. Forte peso das multinacionais, com impacto económico, social e político Em teoria com impactos positivos à escala mundial, mas

II. Globalização necessidade de uma nova forma de agir Mas. Análises apontam para um globalização desequilibrada, muito marcada pela economia financeira, conduzindo à desregulação económica, comprometendo os direitos dos trabalhadores, tendo uma fraca dimensão social (OIT) 1) Aumento das desigualdades intra e entre países 2) Aumento do desemprego, em especial dos jovense grupos mais vulneráveis 3) Aumento da pobreza e exclusão 4) Estagnação de salários Conclusões da Comissão para a globalização que se acentuaram na recente crise financeira mundial

Instrumentos não vinculativos -Os Princípios Gerais para as Empresas Multinacionais - OCDE Recomendações dirigidas às empresas multinacionais, estabelecendo normas e orientando práticas para que as suas actividades possam contribuir para o desenvolvimento económico e social dos países, cobrindo um importante leque de actividades empresariais: a publicação de informações; a concorrência, o financiamento, a fiscalidade, o emprego e relações industriais, o Ambiente e a Ciência e tecnologia. Promover maior eficácia e aplicação das Linhas Directrizes Assegurar que todos os Pontos de contacto Nacionais disseminem e funcionem eficazmente; Estabelecer objectivos gerais para a implementação das LD Desenvolver campanhas de informação e sensibilização

Instrumentos não vinculativos -A Declaração de princípios tripartida sobre as empresas multinacionais - OIT Responder a um conjunto de problemas sociais que possam advir do funcionamento das empresas multinacionais, estabelecendo-se um conjunto de princípios nos domínios: do emprego, da formação, das condições de trabalho e de vida das relações industriais. Tendo como objectivo o progresso económico e social global. E contribuindo para o desenvolvimento de um partenariado saudável entre Governo, Empregadores e Trabalhadores que devem assumir as suas responsabilidades na promoção de um desenvolvimento económico e social equilibrado, num clima de relações industriais harmonioso propício à paz social

EMN- Acordos Quadros Globais Códigos de Ética Empresariais EMN- Acordos Quadros Globais (caracter vinculativo) Acordos entre as Federações mundiais Sindicais + Empresas negociação colectivade empresa (sector mineiro, alimentação, florestas, automóvel ).

Precisamos de uma globalização diferente com valores éticos, que promova o combate à pobreza, ao subdesenvolvimento e à concorrência desleal entre nações 1) Agir sobre as EMN essencial, mas insuficiente. 2) Impor cláusulas sociais respeito pelas Convenções OIT - e ambientais nos Acordos Internacionais do Comércio (Selos de comércio justo) 3) Regulação financeira internacional organismos, taxas tobin e controlo dos paraísos fiscais. 4) Preservar e modernizar o MSE exportá-lo em articulação com um mais adequada política de cooperação UE para o desenvolvimento

ALGUNS INSTRUMENTOS GERAIS -DECLARAÇÃO DA OIT SOBRE JUSTIÇA SOCIAL PARA UMA GLOBALIZAÇÃO JUSTA 10 JUNHO 2008 Convergência eficaz de políticas nacionais e internacionais que conduzam a uma globalização justa e promovam um maior acesso de mulheres e homens ao trabalho digno, em toda a parte. Avançar na direcção de um maior respeito pela dignidade humana e de uma prosperidade global que satisfaça as necessidades e as esperanças dos povos, famílias e comunidades em todo o mundo.

Algumas iniciativas- RSE GLOBAL COMPACT -NAÇÕES UNIDAS Iniciativa lançada em 2000 8000 signatários Os 10 Princípios Direitos Humanos Princípio 1: As empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos, reconhecidos internacionalmente; Princípio 2: Garantir a sua não participação em violações dos direitos humanos. Práticas Laborais Princípio 3: As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo à negociação coletiva; Princípio 4: A abolição de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório; Princípio 5: Abolição efetiva do trabalho infantil; Princípio 6: Eliminação da discriminação no emprego. Proteção ambiental Princípio 7: As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; Princípio 8: Realizar iniciativas para promover a responsabilidade ambiental; Princípio 9: Encorajar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias amigas do ambiente. Anti-Corrupção Princípio 10: As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno.

Instrumentos e políticas importantes num mundo global, onde continuamos a assistir a um paradoxo As empresas estão sedeadas localmente com um conjunto de deveres e obrigações baseadas na lei de cada Estado mas agem globalmente A RS, pelo carácter transnacional que pode assumir, pode ter um papel importante para resolver esse paradoxo, mas não pode ser um substituto ao cumprimento das leis nacionais e internacionais NECESSIDADE: 1) de estabelecer um mínimo de regulação, nomeadamente quanto a critérios de avaliação e aferição da Responsabilidade Social, uniformizando os processos de avaliação, deverão estar em cima da mesa 2) de estabelecer um conjunto de regras económicas, financeiras e sociais (OIT. OMC, Banco Mundial, Nações Unidas) na defesa de um comércio justo e de uma globalização com um rosto mais social.

Globalização -ALGUNS DESAFIOS Emprego - necessidade de maior crescimento económico para criação de empregos dignos Protecção social, procura sustentada e trabalho dignomedidas para combater as desigualdades sociais são essenciais para um desenvolvimento mais sustentável (mínimo de protecção social, salário mínimo e reforço da negociação colectiva visando a melhoria das condições de trabalho Regulação financeira defesa da economia real, regulação das agências de rating e transparência nos sistemas bancários e financeiros Tributação justa e progressiva - equidade fiscal como elemento essencial Intervenção ambiental - medidas de protecção ambientaleconomia verde

os representantes dos governos, dos empregadores e das organizações de trabalhadores dos 182 Estadosmembros enfatizam o papel chave OIT para ajudar a alcançar o progresso e a justiça social no contexto da globalização. Juntos, comprometem-se a reforçar a capacidade da OIT para concretizar estes objectivos, através da Agenda para o Trabalho Digno. A Declaração institucionaliza o conceito de TrabalhoDigno, desenvolvido pela OIT desde 1999,

A humanidade transformou-se numa tão Grande Família que não podemos assegurar a nossa prosperidade sem assegurar a prosperidade de todos os outros Bertrand Russell