V. Tem que amar... de verdade!



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Transcrição:

CLASSE DE CASAIS CURSO: CONSTRUINDO UM CASAMENTO COM AMOR V. Tem que amar... de verdade! Esta lição tem por objetivo... Nós amamos porque Deus nos amou primeiro (I Jo 4.19) (a) Mostrar a diferença entre atração física, amizade e amor. (b) Mostrar que o casamento não se mantém com atração física e amizade apenas, mas também e principalmente com amor verdadeiro. (c) Mostrar que o amor verdadeiro inspira- se no amor de Deus por nós e é uma dádiva de Deus, um fruto do Espírito. Introdução. O amor é um assunto muito popular hoje em dia. Nas conversas, nas novelas, no cinema, nas igrejas, as pessoas falam de amor... Dizem: Eu te amo!, Eu amo a minha família!, Eu amo o meu carro!, Eu amo esta pizza!, Amei este filme...! Os jornais às vezes falam de crimes amorosos... É óbvio que a palavra amor significa coisas diferentes. Porém, o amor verdadeiro é um conceito bíblico fundamental e é também o ingrediente mais importante para um casamento bem sucedido. Nesta lição, vamos procurar entender o que o termo realmente significa. Como a maturidade, o amor também é um processo! Na lição anterior, falamos de maturidade no casamento. O amor verdadeiro é a mais bela expressão dessa maturidade. Como esta, o amor também cresce. É um processo, não um estado. Não existe amor à primeira vista. Talvez uma simpatia, uma atração, um começo de amor... Dissemos que o indivíduo imaturo, como os bebês, só pensa em si mesmo, é egoísta e só quer receber. Na medida em que amadurece, começa a pensar no outro, aprende a dar, sem esperar nada em troca. Isso tem tudo a ver com o crescimento do amor. Os bebês precisam de amor, choram para receber amor e carinho, mas não sabem amar. Com um ano ou mais, eles aprendem a fazer algum afago. As mães acham uma gracinha e pensam que é uma expressão de amor. Mas é o esforço intuitivo dos bebês para conseguir comida e mais carinho. Bebês amam a si mesmos! Mais tarde, crescendo, descobrirão que há mais pessoas no mundo... As primeiras expressões de amor e carinho geralmente são para a mamãe. Depois para o papai e outros da família. Começam as amizades com outras crianças, comumente da mesma idade e do mesmo sexo. Então, chega a adolescência, e tudo muda. Os adolescentes do sexo oposto não são mais inimigos mortais. Agora são amigos atraentes e sedutores... Então acontece... Eu estou amando! Será? Isto é realmente amor? Em que nível? Os gregos antigos tinham três palavras para descrever os níveis diferentes de amor. Em português, usamos a palavra amor sem estas distinções. Mas elas são importantes... Eros. A primeira palavra grega é eros. Aparece com freqüência na literatura grega secular, mas não na Bíblia. Eros é o amor totalmente humano, carnal, voltado para o sexo. Daí a nossa palavra erótico. Esse tipo de amor pode até incluir algum sentimento verdadeiro, mas é, basicamente, atração física, desejo sexual e expectativa de satisfação pessoal. O eros apresenta- se como amor pelo outro mas é amor por si próprio. Sua melhor declaração é Eu amo você porque você me faz feliz. Ou Eu me sinto fortemente atraído por sua amabilidade (você me amará), por seu temperamento alegre (você me diverte), por sua beleza e sensualidade (você me dará prazer), por seu talento (eu me orgulho de você)! Porém, quando uma ou mais destas características 25

desaparecem, o amor morre. Esse tipo de amor só quer receber. O pouco que ele dá, é com o intuito de receber algo em troca. Infelizmente, muitos jovens escolhem o namorado ou a namorada, que poderá ser o companheiro ou companheira para toda a vida, com base apenas no eros. As relações físicas são antecipadas; a intensidade do eros prejudica o amor genuíno. Os namorados, mesmo não sabendo quase nada um do outro, pensam que esse tipo de amor os manterá juntos. Mas isto geralmente não acontece. Seu amor não é o verdadeiro amor. A ênfase exagerada no eros é alimentada por uma filosofia playboy. Esta filosofia estimula em extremo a sensualidade, tanto da mulher como do homem; a mulher desnuda- se e exibe- se pelo prazer da sedução e do sexo; o homem cobiça e apropria- se pelo prazer do machismo e do sexo; a mulher é mero objeto sexual, um brinquedo (perigoso) para o homem (criança) egoísta. Nessa filosofia, relação sexual é sinônimo de fazer amor. Casamentos construídos sobre bases físicas e eróticas apenas não duram muito... Antes do pleno envolvimento físico, os pretendentes precisam se conhecer nas áreas mais importantes da alma e do espírito. Para tanto, têm que namorar e noivar, por algum tempo, antes de se entregarem um ao outro, definitivamente, no casamento. O relacionamento sexual após o casamento será a coroação de um relacionamento consolidado, comprometido e crescente. Se você cometeu o erro de se casar (formal ou informalmente) na base do eros, apenas, aqui está uma boa notícia para você: o amor pode crescer. Não crescerá automaticamente, mas na medida em que você o cultivar. Portanto, a única esperança para o seu casamento é ascensão aos níveis mais altos do amor. Philia. Relaciona- se com a alma, mais do que com o corpo. Lida com a personalidade humana o intelecto, as emoções e a vontade. Envolve compartilhamento mútuo. Em português, a palavra mais próxima é amizade. A forma nominal é usada apenas uma vez no Novo Testamento (Tg 4.4), mas o verbo amar, no sentido de gostar, e o adjetivo amável são usados muitas vezes. Este é o grau de afeição que Pedro disse ter por Jesus quando este lhe perguntou, Simão, filho de João, tu me amas?. O pescador respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. No original grego, o sentido é: Sim, Senhor, tu sabes que gosto de ti, que sou teu amigo (Jo 21. 15,16). Neste nível, o amor é menos egoísta, mas ainda contempla o prazer, a realização e os interesses pessoais. Não deveria, mas... Normalmente, desenvolvemos amizades com pessoas cujas características nos agradam, cujos interesses intelectuais e gostos compartilhamos. Desejamos e esperamos que estes relacionamentos sejam agradáveis e nos beneficiem de algum modo. Damos, sim, amizade, atenção e ajuda, mas com alguma motivação egoísta. Mesmo assim, philia é um nível de amor mais elevado do que eros. Nesse nível, nossa felicidade é mais importante do que minha felicidade. Muitos casamentos comparativamente felizes são construídos nesse nível. É muito bom quando marido e mulher são amigos. Alguns maridos e esposas dizem que se amam, mas, no dia a dia, nem amigos eles são. Prova disto é que não têm sequer prazer e empolgação com a companhia, os interesses e assuntos um do outro. Um casamento não pode sobreviver a menos que cresça pelo menos até ao nível do philia. Se você é jovem e está pensando em se casar, você deve tomar tempo para verificar se gosta realmente da pessoa com quem você pretende se unir para o resto da vida. Seguramente, essa pessoa tem defeitos, características e hábitos que poderão irritá- lo ou mesmo exaspera- lo no dia 26

a dia da vida conjugal. Você vê mais virtudes do que defeitos e gosta dessa pessoa o bastante para perdoá- la, ajudá- la e fazê- la feliz? Provavelmente você já ouviu esta frase romântica: O amor é cego! Cuidado! O único amor cego é o eros. Esse tipo de amor realmente fecha os olhos para as faltas, ri dos defeitos e racionaliza os problemas potenciais (a menos que a pessoa amada não seja interessante em seu aspecto físico). Philia, por outro lado, honestamente encara os defeitos e decide se eles podem ser superados pelas virtudes. Philia é o meio caminho do amor verdadeiro dá um pouco para receber um pouco, numa proporção de 50% a 50%. Um casal pode viver razoavelmente bem com esse tipo de amor, enquanto cada um fizer a sua parte e as circunstâncias forem favoráveis. Porém, se um deles deixa de fazer a sua parte, ou se ocorrem circunstâncias adversas (crise financeira, enfermidade grave, tensões com parentes, problemas sexuais, problemas com os filhos etc), a amizade sofre. Philia não agüenta muita pressão. No fim, torna- se egoísta e exigente. Vêm os conflitos. A amizade vira inimizade. A única esperança para um casamento estável, bem- sucedido e feliz é o crescimento para o nível mais alto do amor. Agape. Esse tipo de amor não é alimentado pelo mérito ou valor da pessoa amada, mas por Deus. Agape ama até mesmo quando a pessoa amada não é amável, não tem muito valor, não corresponde. Esse amor não é egoísta, não busca a própria felicidade, mas a do outro, a qualquer preço. Não dá 50% para receber 50%; dá 100% e não espera nada em troca. Há quem diga: Mas isto não é possível, não é humano! Tem razão. Ninguém pode amar desse jeito... a menos que Deus lhe dê esse tipo de amor. Agape é amor divino! Jesus e os apóstolos usaram este substantivo (e o verbo correspondente) quando se referiram ao amor de Deus. Veja estas passagens: Jo 3.13; Rm 5.8; I Jo 4.8-10. O Novo Testamento nos ensina também que quando nós nos arrependemos dos nossos pecados e cremos em Cristo, recebendo- o como nosso Salvador e Senhor, Deus derrama seu amor em nosso coração (Rm 5.5). A partir daí, espera- se que o amor de Deus se manifeste através de nós, nos nossos relacionamentos, principalmente com o cônjuge. Veja Ef 5.25 e Tt 2.3-4. Isto não é fácil... Todos queremos ser amados... Fazemos de tudo para conseguir um pouco de amor... E o que acontece? Nossos esforços neste sentido acabam dificultando ainda mais as coisas; talvez até afastem de nós a pessoa cujo amor tanto almejamos. A duras provas, descobrimos que é preciso amar primeiro... com amor agape! Em I Jo 4, há várias referências ao amor de Deus por nós e recomendações para nos amarmos também uns aos outros. Nesse contexto, o apóstolo explica porque ou como isto é possível: Nós amamos porque Deus nos amou primeiro ( I Jo 4.19). O amor de Deus por nós ensina- nos a amar ou gera amor em nosso coração. Deus nos ama como somos, a despeito da nossa pecaminosidade, das nossas atitudes e atos egoístas. Refletindo sobre isto, observando e agradecendo as manifestações diárias do seu amor, aprenderemos a amar de verdade. Além disso, o Espírito Santo faz alguma coisa sobrenatural em nosso coração... O fruto do Espírito é amor... (Gl 5.22). Só assim, seremos capazes de amar, no sentido mais elevado e nobre do termo. Note que esse amor não é um esforço que fazemos porque é a única maneira de conseguirmos que uma certa pessoa anos ame. Esse amor, o amor de verdade É ordenado por Deus... para nos induzir. É exemplificado por Deus... para nos ensinar. É produzido por Deus... para nos capacitar. 27

O marido ou esposa que ama assim não tenta mudar o cônjuge, não cobra dele o amor desejado. Simplesmente ama, sem cobrar nada em troca. Entretanto, assim como nós amamos porque Deus nos amou primeiro, o cônjuge amado, mais cedo ou mais tarde, responderá com amor. O princípio é simples: amor gera amor! Outras passagens ensinam esta mesma verdade. Lc 6.38; Gl 6.7. Conclusão. Como está seu relacionamento conjugal? Que tipo de amor levou você a se casar ou viver com esta pessoa com quem você está vivendo, eros, philia ou agape? Se começou com eros, você diria que a atração inicial tem crescido para os níveis superiores do philia e, por fim, do agape? Não se esqueça: Quando damos amor, recebemos amor. Precisamos abrir nossos corações para o amor de Deus (agape) e permitir que ele expresse este seu amor através de nós para o nosso cônjuge no casamento. Ele usará isto para transformar nosso casamento em um belo relacionamento, tal como ele planejou. Esta lição foi preparada pelo Pr. Éber Lenz César para Classe de Casais Partes da lição, principalmente a primeira parte, são uma tradução livre, resumo e adaptação de mensagens escritas por Richard L. Strauss, Th.M., Th.D., sob o título Marriage is for Love (1998, Biblical Studies Press. www.blible.org). Se usar em alguma ministração pública, favor citar a fonte. Não pode ser comercializado. Introdução. Versão resumida para os casais alunos V. Tem que amar... de verdade! Este é um assunto muito popular. Nas conversas, nas novelas, no cinema, nas igrejas, as pessoas falam de amor... Dizem: Eu te amo!, Eu amo a minha família!, Eu amo o meu carro!, Eu amo esta pizza!, Amei este filme...! Os jornais descrevem crimes amorosos (?) É óbvio que a palavra significa coisasdiferentes. Porém, o amor verdadeiro é um conceito bíblico fundamental e o ingrediente mais importante para um casamento bem sucedido. Vamos entender isto melhor. Como a maturidade, o amor também é um processo! Na lição anterior, falamos de maturidade... O amor verdadeiro é a mais bela expressão dessa maturidade e, como esta, é um processo, não um estado. Os bebês choram para receber amor e carinho, mas não sabem amar. Com um ano ou mais, aprendem a fazer algum afago. As mães pensam que é amor. Mas é o esforço intuitivo dos bebês para conseguir comida e mais carinho. Bebês amam a si mesmos! Crescendo, descobrirão que há mais pessoas no mundo. As primeiras expressões de amor são para a mamãe. Depois para o papai e outros da família. Começam as amizades com outras crianças... De repente, na adolescência... Eu estou amando! Será? É realmente amor? Em que nível? Os gregos antigos tinham três palavras para descrever níveis diferentes de amor. Vamos ver. Eros. Aparece na literatura grega secular, não na Bíblia. É o amor totalmente humano, carnal, voltado para o sexo. (Daí a palavra erótico). Esse tipo de amor pode até incluir algum sentimento verdadeiro, mas é, basicamente, atração física, desejo sexual e expectativa de satisfação pessoal. O eros apresenta- se como amor pelo outro mas é amor por si próprio. Sua melhor declaração é Eu amo você porque você me faz feliz. Ou Eu me sinto fortemente atraído por sua amabilidade (você me amará), por seu temperamento alegre (você me diverte), por sua beleza e sensualidade 28

(você me dará prazer), por seu talento (eu me orgulho de você)! Quando uma ou mais destas características desaparecem, o amor morre. Esse tipo de amor só quer receber. O pouco que ele dá, é com o intuito de receber em troca. Infelizmente, muitos jovens escolhem o namorado(a) com base apenas no eros. As relacões físicas são antecipadas... Os namorados pensam que esse tipo de amor os manterá juntos. Mas isto geralmente não acontece. A ênfase exagerada no eros (filosofia playboy) é responsável por um alto índice de casamentos desfeitos. Antes do pleno envolvimento físico, os pretendentes precisam se conhecer nas áreas mais importantes da alma e do espírito... O relacionamento sexual após o casamento será a coroação de um relacionamento consolidado, comprometido e crescente. Se você cometeu o erro de se casar na base do eros apenas, aqui está uma boa notícia: o amor pode crescer. Não automaticamente, mas na medida em que você o cultivar. A única esperança para o seu casamento é ascensão aos níveis mais altos do amor. Philia. Lida com a personalidade humana o intelecto, as emoções e a vontade. Em português, a palavra mais próxima é amizade. Este é o grau de afeição que Pedro disse ter por Jesus em Jo 21. 15,16 - Senhor, tu sabes que eu gosto de ti.... Este amor ainda tem um pouco de egoísmo, mas é mais elevado do que eros. Nesse nível, nossa felicidade é mais importante do que minha felicidade. Um casamento, para sobreviver, precisa cresçer pelo menos até ao nível do philia. Se você é jovem e está pensando em se casar, você deve tomar tempo para verificar se gosta realmente da pessoa com quem pretende se unir para o resto da vida. E ssa pessoa tem defeitos... Você vê mais virtudes do que defeitos e gosta dessa pessoa o bastante para perdoá- la, ajudá- la e fazê- la feliz? Dizem que o amor é cego! Cuidado! O único amor cego é o eros. Esse tipo de amor realmente fecha os olhos para as faltas, ri dos defeitos e racionaliza os problemas potenciais (a menos que a pessoa amada não seja interessante em seu aspecto físico). Philia honestamente encara os defeitos e decide se eles podem ser superados pelas virtudes. Philia é o meio caminho do amor verdadeiro dá um pouco em troca de um pouco. Um casal pode viver razoavelmente bem com esse amor, enquanto cada um fizer a sua parte e as circunstâncias forem favoráveis. Porém, se um deles deixa de fazer a sua parte, ou se ocorrem adversidades, a amizade sofre. Philia não agüenta a pressão. Torna- se egoísta e exigente. A amizade vira inimizade. A única esperança para um casamento estável e feliz é o crescimento para um nível mais alto de amor. Agape. Esse tipo de amor não é alimentado pelo mérito da pessoa amada, mas por Deus. Agape ama até mesmo quando a pessoa amada não é amável e não corresponde. Esse amor não busca a própria felicidade, mas a do outro; dá e não espera nada em troca. Há quem diga: Mas isto não é possível, não é humano! Tem razão. Ninguém pode amar desse jeito... a menos que Deus lhe dê esse tipo de amor. Agape é amor divino! É o amor referido em Jo 3.13; Rm 5.8; I Jo 4.8-10. Esse amor é derramado pelo Espírito em nosso coração ( Rm 5.5). A partir daí, espera- se que o marido ame a esposa e a esposa ao marido, de verdade (Ef 5.25 e Tt 2.3-4). Não é fácil. Todos queremos ser amados! Nossos esforços neste sentido acabam dificultando ainda mais as coisas. A duras provas, descobrimos que é preciso amar primeiro, com amor agape. É assim que Deus faz conosco. Leia I Jo 4.19. Deus nos ama como somos... Observando e agradecendo seu amor por nós, aprendemos a amar de verdade. Além disso, o fruto do Espírito é amor (Gl 5.22). O amor de verdade é (a) ordenado por Deus, para nos induzir; (b) exemplificado por Deus, para nos ensinar; (c) produzido por Deus, para nos capacitar. Assim como nós amamos porque Deus nos amou primeiro, o cônjuge amado, mais cedo ou mais tarde, responderá com amor. Amor gera amor! Ver Lc 6.38 e Gl 6.7. 29

Conclusão. Como está seu relacionamento conjugal? Que tipo de amor levou você a se casar ou viver com esta pessoa com quem você está vivendo, eros, philia ou agape? Se começou com eros, você diria que a atração inicial tem crescido para os níveis superiores do philia e do agape? Não se esqueça: Quando damos amor, recebemos amor. Precisamos abrir nossos corações para o amor de Deus (agape) e permitir que ele expresse este seu amor através de nós para o nosso cônjuge no casamento. Esta lição foi preparada pelo Pr. Éber Lenz César para Classe de Casais Partes da lição, principalmente a primeira parte, são uma tradução livre, resumo e adaptação de mensagens escritas por Richard L. Strauss, Th.M., Th.D., sob o título Marriage is for Love (1998, Biblical Studies Press. www.blible.org). Se usar em alguma ministração pública, favor citar a fonte. Não pode ser comercializado. 30