BIOGRAFIA John Graz (1891 1980) 1891 Nasce em Genebra, Suíça, dia 12 de abril.



Documentos relacionados
Como você leu vários artistas participaram da Semana de Arte Moderna de 1922.

Semana de Arte Moderna

MODERNISMO. História da Arte Profº Geder 1ª Série Ensino Médio (2012)

Viagem Cultural Rosário São Paulo 8ª séries

EXPRESSIONISMO FAUVISMO CUBISMO SÉC. XX

ARTES 9 ANO PROF.ª GABRIELA DACIO PROF.ª ARLENE CALIRI ENSINO FUNDAMENTAL

Concurso Arte na Capa 2011

Histórico O surrealismo surgiu na França na década de Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund

6ª EDIÇÃO DO FESTIVAL CULTIVAR PROMOVE RECONEXÃO DAS PESSOAS COM A NATUREZA

Unidade I Tecnologia Corpo, movimento e linguagem na era da informação.

Plano Anual de Atividades Museu Lasar Segall 2016 Pronac Lei Rouanet art % r. berta, 111 vila mariana são paulo - sp museusegall.org.

Memorial do Imigrante

XIII. A República dos Marechais

Vanguardas Históricas I


Português 3º ano Wilton. Vanguardas na Europa e no Brasil

Resgate da Memória ANO 2, Nº 4. ABR.2015

JÚLIO GUERRA Lembranças de São Paulo

A SEMANA DE ARTE MODERNA FEVEREIRO DE 1922

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Centro de Comunicação e Letras Curso de Propaganda, Publicidade e Criação PLANO DE ENSINO

Arte abstrata ou abstracionismo é um estilo artístico moderno em que os objetos ou pessoas são representados, em de pinturas ou esculturas, através

Matéria: literatura Assunto: pintura - di cavalcanti Prof. IBIRÁ

Principais características:

2009 Athos Bulcão - Compositor de Espaços, Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília DF, Brasil

Exposições individuais

MODERNISMO BRASILEIRO SÉC. XX

Residência para coletivos na Casa do Povo. Inscrições até 15 de maio

Anjos e carrascos CONCEITOS A EXPLORAR. M atemática COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER. H istória. Identidade social e diversidade. Ideologia.

Portfólio Ueliton Santana BREVE HISTÓRICO DO ARTISTA:

CCR SPVias apoia maior pesquisa de hábitos culturais já feita em Sorocaba

Modernismo. Semana de Arte Moderna

Livro explica a obra de Oscar Niemeyer

Excelentíssimo Embaixador Fernando Igreja, Chefe do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores;

06. Explique o método de pintura impressionista. Neste texto, correlacione a escolha da cor com o formato da pincelada?

A Direção Municipal da Cultura dispõe de um conjunto de exposições e de apresentações multimédia, sobre diversos temas, que poderá disponibilizar


Sete dos dez maiores museus do Rio não têm alvará dos Bombeiros

HISTÓRIA DO PAISAGISMO

COMUNICAÇÃO I-D-E-N-T-I-D-A-D-E-S e Outros Olhares Inclusão social de jovens infratores através das artes plásticas

NEJAD EXAME SUPLETIVO 2016 ENSINO FUNDAMENTAL DISCIPLINA DE ARTE

CHARTERS DE ALMEIDA 2015

Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais

I Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pósgraduação em Arquitetura e Urbanismo

1 o ano Ensino Fundamental Data: / / NOME:

FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL I CONTEÚDO E HABILIDADES ARTES. Conteúdo: - Cubismo e Abstracionismo

Análise de obra arquitetônica: O prédio do Museu Brasileiro da Escultura (MUBE), de Paulo Mendes da Rocha.

o ex-piloto André Ribeiro visita o novo João Amaro, e o convida para conhecer sua coleção de carros de corrida

PROPOSTA COMERCIAL PORTAL UTILITÀ ONLINE

AS QUESTÕES OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER ENTREGUES EM UMA FOLHA À PARTE COM ESTA EM ANEXO.

A ARQUITETURA. Professor H. Oliveira

(61)

Manoel Pastana na Amazônia do início do século XX

VANGUARDA DISCIPLINA: ARTES PROFESSORA: ANA PRISCILA

15º Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos

Plano de Patrocínio. PROJETO: Celso Coppio 40 Anos. Realização: PRONAC: PATROCINADORES:

ARQUITETURA A PARTIR DOS ANOS DE 1950 AULA 04 - ARQUITETURA BRITÂNICA DO PÓS GUERRA new brutalism e urban structuring

Bens em regime de proteção municipal COMPHAC

Exposição patente na Casa da Cultura de Santannna, ao Sitio do Barreiro, até ao dia 14 de Janeiro de 2011.

Boletim Eletrônico Casa Abrigo Betel

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO BOSQUE DOS ITALIANOS (PRAÇA SAMUEL WAINER)

INICIATIVAS PREMIADAS

A concisa história de um projeto pedagógico para o design

XVIII BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE DE CERVEIRA. 18 de julho a 19 de setembro de Regulamento do Concurso Internacional

ACTA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BELMONTE, REALIZADA NO DIA SETE DE MAIO DE DOIS MIL E QUINZE

Os escritos, pensamentos e obras de Hélio Oiticica em exposição

MUSEU REVIEW _N E W S L E T T E R # 2 MUSEU REVIEW 1ªS ACÇÕES

A gestão por Competências do. Magazine Luiza. Uma empresa familiar que leva o nome da dona

Mulheres e Meninas, Educar para Liderar. Informativo Interclubes - São Paulo.

António Lobo Antunes e Eduardo Lourenço. Colóquio "Viver Mais, Viver Melhor", Fórum Gulbenkian de Saúde, Abril de 2009.

A DOMINAÇÃO JESUÍTICA E O INÍCIO DA LITERATURA NACIONAL

São Paulo (SP) - Cemitério da Consolação terá visita noturna por seus túmulos históricos


CÂMARA MUNICIPAL COVILHÃ

Em mais uma edição do seu tradicional leilão, James Lisboa Leiloeiro Oficial apresenta 157 obras de grandes nomes da arte brasileira.

CADERNO DE ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO. Artes

EDITAL - REGULAMENTO DO I CONCURSO CULTURAL UM OLHAR SOBRE

BELO HORIZONTE Uma história contada pelos nomes de seus edifícios e por sua arquitetura

Ar puro. Natureza. Conexão. Espaço. Conforto. Liberdade. Segurança. Tranquilidade. Modernidade. Estilo. Sua vida com tudo o que mais importa.

Olá! Vamos lá? A viagem vai começar!

JAM OLIDO DE DANÇAS URBANAS 02 de novembro FESTIVAL CONTEMPORÂNEO DE DANÇA

Colégio dos Santos Anjos Avenida Iraí, 1330 Planalto Paulista A Serviço da Vida por Amor

ELABORAMOS ALGUMAS SUGESTÕES PARA AJUDAR AS FAMÍLIAS E OS ALUNOS A PLANEJAR PASSEIOS, LEITURAS E ATIVIDADES DIVERSIFICADAS PARA O PERÍODO DE FÉRIAS.

SISEB Informa Ano I Número 5 agosto º Seminário Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias

TRAÇOS DE LUXO. ISALONI 2015 Os grandes mestres Michele De Lucchi, Attilio Stocchi e Paolo Ulian em entrevistas exclusivas

EXPOSIÇÃO DE ARTES 2015 OS 150 ANOS DA BATALHA NAVAL DO RIACHUELO REGULAMENTO

Lançamento da série Que monstro te mordeu?

ANÍSIO TEIXEIRA E AS POLÍTICAS DE EDIFICAÇÕES ESCOLARES NO RIO DE JANEIRO ( ) E NA BAHIA ( )

O MUSEU HISTÓRICO E A MEMÓRIA DA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE.

MI - NEW ART CONCEPT AVENIDA 25 DE ABRIL, Nº672, LOJA F CASCAIS PORTUGAL

uma investigação de paisagens interiores: o turista como souvenir Bauhaus-Universität Weimar + Universidade Federal da Bahia

A Geometria, a Arquitetura e as Artes

CW&ACOMUNICAÇÃO. Veículo: O Dia_Caderno D Data: 30/07/2007

Espanha. Valência. Barcelona. Sevilha. Madrid. e gieeducacional.com.br T:

ANEXO 1. Casas de Cultura na cidade de São Paulo

TRIBUTO AOS MAÇONS. uma cerimônia aberta emitida pelo. Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil

A importância da propriedade intelectual para as obras geradas nas instituições de ensino

ESTUDO DIRIGIDO - 5º Ano EF- JULHO/ º ANO: DATA DE ENTREGA: Queridos alunos e alunas

ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES

Transcrição:

BIOGRAFIA John Graz (1891 1980) 1891 Nasce em Genebra, Suíça, dia 12 de abril. 1911 Entra para a Escola de Belas Artes de Genebra, quando o diretor era Daniel Baud-Bovy, e estuda com Gillard e Edouard Ravel (tio do célebre compositor Maurice Ravel). 1915 Inicia a produção de cartazes publicitários, ganhando vários concursos, inclusive o do lançamento no Brasil de um novo produto da Rhodia, o lança-perfume. Destaca-se ainda o cartaz de abertura do magazine suíço Grand Passage, no acervo do Museu de Arte de São Paulo e o da Estrada de Ferro Yverdon-St. Croix. Após passagem pelos ateliês da vanguarda parisiense, aperfeiçoa-se em publicidade e litografia com o Professor Moos, Munique. Retorna a Genebra, onde produz pinturas, gravuras e vitrais, com destaque para os vitrais da Église des Eaux Vives, e recebe duas vezes a bolsa de estudos Lissignol, viajando para a Espanha. 1920 Expõe na Sociedade de Arquitetos, Pintores e Escultores de Lausanne. Vem para o Brasil e casa-se com Regina Gomide, irmã de Antônio Gomide, seu contemporâneo da Escola de Belas Artes; traz para o cenário das artes brasileiras as influências recebidas de Hodler i, renovador da pintura suíça. Expõe no Salão do Cinema Central em São Paulo. 1922 Convidado por Oswald de Andrade, participa da Semana de Arte Moderna ii com sete telas, junto a Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Victor Brecheret e outros então expoentes da nascente vanguarda artística paulista. Colabora na 7ª edição da revista Klaxon iii. 925 Inicia a criação e produção de mobiliário, projetos de decoração, painéis e objetos para ambientes familiares ou de trabalho. Introduz o estilo Art Déco no Brasil a partir dos princípios da nova Escola Bauhaus iv, totalmente adaptado à temática brasileira: seus

afrescos e pinturas têm motivos retirados da flora, fauna, raças e história do Brasil; é denominado pelos modernistas de Graz, o Futurista. 1930 Participa da Exposição Uma Casa Modernista v. Concebe capas para a revista Ilustração Artística do Brasil. Forma o Grupo 7, com Regina Graz, Antonio Gomide, Elizabeth Nobling, Rino Levi, Victor Brecheret e Yolanda Mohalyi. Inaugura a loja John Graz Decorações. 1931 Expõe no Salão Revolucionário, no Rio de Janeiro. 1932 É um dos fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM) vi e integra o CAM (Clube dos Artistas Modernos) vii. 1933 Participa da 1ª Exposição de Arte Moderna da Sociedade Pró-Arte Moderna. 1947 Retoma a pintura e expõe suas telas, junto com Antônio Gomide, na rua Barão de Itapetininga, São Paulo. 1969 Distante já do ofício de designer e decorador, inaugura a Galeria Opus, com exposição individual. 1970 Retrospectiva de seu trabalho na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). 1971 Convidado da XI Bienal Internacional de São Paulo. Exposição individual no Centro Cultural Brasil - Estados Unidos. 1974 Exposição-retrospectiva John Graz e o Design no MASP, com apresentação de Pietro M. Bardi.

Exposição individual na Galeria Documenta. Participa da exposição O Tempo dos Modernistas, no MASP. Viúvo, casa-se em segunda núpcias com Annie Brisac. 1975 Participa da exposição SPAM e CAM, no Museu Lasar Segall, São Paulo. 1976 Em São Paulo, participa da mostra coletiva A Mulher, na Galeria Azulão, e expõe individualmente nas galerias Azulão e R&R Camargo de Arte. Convidado para a exposição Imigrantes nas Artes Plásticas, no MASP. Convidado da Bienal Nacional de São Paulo. 1978 Expõe na Galeria Portal, São Paulo. 1979 É condecorado pelo Governo do Estado de São Paulo com a Medalha Mário de Andrade. 1980 Exposição individual na Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo. Inauguração no Paço das Artes, São Paulo, da exposição Reminiscências do Modernismo, em homenagem a Victor Brecheret, Menotti del Picchia e John Graz. O artista falece 11 dias antes da inauguração. Deixa um acervo com centenas de pinturas e mais de 3000 desenhos, anotações de suas viagens pelo Brasil e pelo mundo e estudos de móveis, objetos, jóias, esculturas, afrescos e jardins.

1981 Exposição Homenagem ao Modernismo, na Estação Sé do Metrô, São Paulo. 1982 O SESC-SP realiza a exposição 60 Anos da Semana de Arte Moderna em homenagem a John Graz, comemorando a instalação da escultura Diana e dos relevos de sua autoria recuperados e integrados ao acervo do SESC Campestre - São Paulo; Victor Brecheret e Guilherme de Almeida integram a exposição como artistas convidados. Exposição-homenagem a John Graz na sede do IPEN da Universidade de São Paulo. Exposição Do Modernismo à Bienal, MAM, São Paulo. 1985 Exposição Os anos 70 no Acervo do MAM, São Paulo. 1988 Inauguração da Praça John Graz, no bairro de Pinheiros, São Paulo. 1990 Exposição Mobiliário Modernista, 1º Tempo: John Graz e o Design, Casa Modernista, São Paulo. 1991 Em homenagem ao centenário do artista, o MASP abriga exposição de desenhos de John Graz, com curadoria de Eunice M. Sophia. 1992 Duas poltronas projetadas pelo artista são reeditadas pela Casa Teperman. Exposição Óleos e Papéis - 1920 / 1970, no Gabinete de Arte José Duarte de Aguiar. 1994 Participação na Exposição Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal de São Paulo.

1995 Participação na Exposição Modernismo Paris Anos 20: Vivências e Convivências no MAC (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo), integrando a coleção Leirner (móveis, quadros e objetos). 1996 Exposição John Graz - Vida e Obra, com Curadoria de Sérgio Pizoli (artes plásticas) e Guinter Parschalk (design), com lançamento de reedições da coleção John Graz (móveis, tapetes, luminárias, jóias). 1997 John Graz passa a integrar a pesquisa 500 Anos de Arte Suíça, realizada pelo Institut Suisse pour l Étude de l Art, em Lausanne. 1998 Produção do site John Graz on the WEB para a Internet. 2000 Exposição O Café, curadoria de Ruth Tarasantchi, Carlos Eugenio Marcondes de Moura e Carlos A C Lemos. Praça do Banco real, São Paulo. Exposição 500 Anos Design, Pinacoteca do Estado de São Paulo. 2001 Pesquisa realizada pelo Cabinet des Estampes, Genebra, encontra 9 cartazes litográficos de John Graz, datados do início do século XX. 2002 Integra a exposição De la Antropofagia a Brasília Brasil, 1920 1950 com curadoria de Jorge Schwartz, no IVAM (Instituto Valenciano de Arte Moderna, Valência, Espanha). Integra a exposição São Paulo dos Modernistas SESC Ipiranga, São Paulo, SP, Curadoria de Sérgio Pizoli. 2003 Reapresentação da exposição da Antropofagia a Brasília Brasil, 1920 1950 no MAB- FAAP, São Paulo, SP.

Inspirador da exposição São Paulo e suas Dianas, no SESC Ipiranga, São Paulo, SP. Com o retorno da escultura Diana ao local para o qual foi concebida pelo artista John Graz, o SESC reuniu as várias Dianas espalhadas pela cidade de São Paulo. 2004 Presente na publicação Caixa Modernista, editada pela EDUSP e Imprensa Oficial, com organização de Jorge Schwartz. Citado na minissérie da TV Globo Um só Coração. Exposição Novas Aquisições 2003, MAM, Rio de Janeiro. 2005 Fundação do Instituto John Graz e lançamento do seu site. Reedição da cadeira de 3 apoios, projetada pelo artista, em parceria com a Dpot e a designer Baba Vacaro. Integra a exposição e a publicação Mestres do Modernismo, realizada na Estação Pinacoteca em São Paulo, com curadoria de Maria Alice Milliet. Integra a exposição Coleção SESC de Arte Brasileira: Obras Selecionadas, SESC Interlagos, São Paulo. Documentário Universo Artístico de John Graz, Documenta Vídeo Brasil, direção de Cacá Vicalvi, Rede STV Rede SESC SENAC de TV, São Paulo, 22. 2006 Integra o catálogo Coleção ABN AMRO Real e participa da exposição na sede do Banco na Avenida Paulista, São Paulo.

2007 Participa da exposição Os Modernistas na galeria Jo Slaviero e Guedes. 2007 Descoberta e restauro da obra Bandeirantes, grande afresco de John Graz, com 3,45m X 1,75m, década de 1930, durante a reforma da casa localizada na Rua Peixoto Gomide, próximo ao Parque Trianon; o afresco está incorporado ao espaço e passa por processo de tombamento pelo CONDEPHAAT. É tema da tese de mestrado de Ana Maria Affonso dos Santos John Graz: O arquiteto de interiores, Departamento de História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo da FAU-USP. Orientador: Prof. Dr. Luciano Magliaccio. Integra a exposição Coleção Itaú Contemporâneo Arte no Brasil, 1981 2006, Itaú Cultural, São Paulo. 2008 Publicação de desenho temático no livro História do Café, de Ana Luiza Martins, Ed. Contexto, São Paulo, p.15. Integra livro Brasil, Olhar de artista, de Kátia Canton, Ed. DCL, São Paulo. 2009 Publicação de obras nos livros Didáticos: Marcha Criança Arte, 5º ano, Ligia Rego e Ligia Santos, Ed. Scipione; e Fundamental Arte I 5º ano, caderno 4, obra coletiva, Ed. Moderna. 2010 É tema da exposição O Brasil de John Graz, com curadoria de Sérgio Pizoli, na CAIXA Cultural Sé, em São Paulo. Com publicação de catálogo da exposição. É tema da exposição John Graz, Modernista. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Paraná, com publicação de catálogo da exposição.

2011 Participa da exposição Exílio e Modernidade O espaço do estrangeiro na cidade de São Paulo, realizado no Centro de Cultura Judaica, em São Paulo. 2012 Citado no livro 1922 - A Semana Que Não Terminou de Marcos Augusto Gonçalves, Editora Companhia das Letras. Tem obra exposta na exposição 90 anos depois A semana de Arte Moderna no Palácio dos Bandeirantes. Participa da exposição Do Art-Nouveau ao Art-Déco, no Centro Cultural Banco do Brasil-RJ. 2013 Tem a tela As Baianas exposta na mostra O CO-LE-CI-O-NA-DOR: arte brasileira e internacional na Coleção Boghici, no Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro. Participa do catálogo Arte Brasileira e Internacional na Coleção Boghici, publicação da exposição inaugural do Museu de Arte do Rio (MAR). É tema da exposição John Graz, Viajante. Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro. Com publicação de catálogo da exposição. Reedição da exposição O Brasil de John Graz, com curadoria de Sergio Pizoli, na CAIXA Cultural Brasília, DF. Com publicação de catálogo da exposição.

Notas i. Ferdinand Hodler (Berna, 1853 Genebra,1918) foi um pintor suíço, de origem humilde, que apresenta em suas obras a procura de harmonia entre homem e natureza, através da total liberdade no uso das cores, das pinceladas e da retomada de seus temas principais - mulheres, montanhas, lagos. Leva-nos a perceber no espelhamento das águas e montanhas, uma linha abstrata que, segundo Hodler, ultrapassa a arte porque domina a vida. Vive as grandes transformações artísticas da passagem do século XIX / XX e torna-se líder da transição formal da arte europeia. ii. Redescobrir o Brasil! A meta dos modernistas paulistas, empenhados em derrubar os dogmas do academicismo artístico brasileiro, centrado na capital carioca. A elite paulista, cafeeira e industrial, através de visitas frequentes à Europa, e dos seus descendentes que lá estudavam, mantinha contato com os diversos movimentos da vanguarda europeia que, no começo do século XX, escandaliza e enfrentava o momento literário e artístico do Velho Mundo. Estes intelectuais e artistas iniciam aqui um movimento de inquietação e discussão dos valores artísticos nacionais, empenhados em destruir uma ordem artística decadente e despertar a consciência para a realidade brasileira: mesclar as influências europeias com a visão renovada de nossas raízes culturais - indígena, africana e caipira. Em 1913, acontece a primeira exposição expressionista, de Lasar Segall, que estava de passagem por São Paulo; em 1917, Anita Malfatti, expõe seus quadros influenciados pela escola alemã e, execrada por Monteiro Lobato, é defendida, arduamente, por Oswald de Andrade. Estes acontecimentos levam à formação da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal, nos dias 13 a 17 de fevereiro, financiada pela elite cafeeira, em que fazem parte pintores, escultores, literatos, arquitetos e intelectuais. São realizadas sessões literárias e musicais no auditório, com Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Ronald de Carvalho, Mario de Andrade, Villa Lobos, Guiomar Novaes, além da exposição de artes plásticas no saguão, com obras de Anita Malfatti, Brecheret, John Graz, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac, Paim Vieira, Zina Aita, Wilhem Haarberg e outros. A platéia e a crítica não entenderam a proposta do evento, com vaias e ofensas publicadas. O prestígio e a produção cultural dos modernistas fazem aumentar o debate e a preocupação crescente com a temática brasileira; surgem correntes de pensamento divergentes: o grupo Pau Brasil e Antropofagia, em oposição ao Movimento Verde Amarelo, do Grupo da Anta. A Semana, definitivamente, acabou influenciando os rumos culturais brasileiros, passando pelas sociedades SPAM e CAM até os movimentos artísticos contemporâneos. iii. Klaxon Mensário de Arte Moderna, a primeira publicação modernista brasileira, com apenas nove números, foi editada em 1922/1923. De grande valor histórico, artístico e cultural, o primeiro ideário pós Semana de 22 e, consequentemente, do Modernismo, era irreverente e repleta de grafismos novos, trazendo matérias sobre música, livros e poesia, escritas pelos próprios editores: Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Mario de Andrade, Menotti Del Picchia, Sergio Milliet e Rubens Borba de Moraes. Inspirados nos movimentos da vanguarda europeia, exaltavam o progresso e a visão internacional do mundo na procura de uma identidade nacional.

Em tom já antropofágico, negavam qualquer influência e proclamavam a opção pelo novo Klaxon não e futurista. Klaxon é klaxista. iv. Primeira escola de design e arquitetura, fundada por Walter Gropius, em 1919, na cidade de Weimar, Alemanha. Uma nova época, pós-guerra, exigia a ruptura com a tradição e a adoção dos avanços tecnológicos, advindos da revolução industrial. Daí, surgir um novo estilo arquitetônico e uma nova visão de design para objetos, que optam pela funcionalidade, uso de novas tecnologias e novos materiais, com custo reduzido e direcionado para a produção em massa; e sem deixar de lado a procura da perfeição estética. O resultado é fundamental no desenvolvimento da arquitetura ocidental e seus produtos, assinados por mestres como Marcel Breuer, Wassily Kandinski, Mies van der Rohe, que são considerados e ocupam, até hoje, lugar de destaque na decoração de interiores. Em 1933, a Bauhaus é fechada pelo governo nazista. v. A Casa Modernista da Rua Itápolis, de autoria do arquiteto de origem ucraniana, Gregori Warchavchik (1896 1972), projetada em 1929 e terminada em 1930, é considerada sua obra de arquitetura moderna mais arrojada e livre. Com linhas retas, fachada branca em concreto armado e jardim de plantas brasileiras, foi aberta com uma exposição de móveis, objetos e pinturas modernistas. Além de John Graz, participaram da inauguração Lasar Segall, Tarsila e Brecheret. vi. SPAM - Após um mês da derrota do Movimento Constitucionalista de 1932, um grupo de 39 sócios fundadores, recrutados entre pessoas ligadas as diversas áreas da expressão artística, liderados por Lasar Segall, formam a SPAM - Sociedade Pró Arte Moderna, que promove o reveillon São Silvestre dos Farrapos e duas festas: o Carnaval na Cidade de SPAM, realizado no Palácio Trocadero e Expedição às Matas Virgens da Spamolândia. São consideradas extraordinárias manifestações de arte coletiva, com a participação de diversos artistas plásticos - Anita Malfatti, Antônio Gomide, Hugo Adami, John Graz, Victorio Gobbis e Victor Brecheret - na confecção de figurinos e das cenografias específicas, complementadas por programas de música e dança. Em abril de 1933, realiza a I Exposição de Arte Moderna da SPAM, de grande abrangência artística já que, além dos artistas associados, foram apresentadas obras de Brancusi, De Chirico, Delaunay, Foujita, Gris, Léger, Picasso e Le Coubusier, entre outros, pertencentes às coleções de Olívia Guedes Penteado, Paulo Prado, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Samuel Ribeiro. A II Exposição, realizada no final do mesmo ano, contou com a participação de importantes nomes da arte moderna: Di Cavalcanti, Guignard e Cândido Portinari. Com a morte de Olivia Guedes Penteado, termina o mecenato e a sociedade. vii. CAM - Clube cultural criado em São Paulo, em 24 de novembro de 1932, com a finalidade de promover manifestações artísticas inspiradas no ideário estético modernista, teve como idealizador o arquiteto e artista Flávio de Carvalho, seguido por Di Cavalcanti, Antônio Gomide e Carlos Prado. Com forte direcionamento social, ali expuseram Käthe Kollwitz e David Alfaro Siqueiros, artistas plásticos, que retratavam em obras expressionistas, as condições de vida da classe trabalhadora. Pioneiro, organizou a mostra A Arte dos Loucos e das Crianças, com curadoria do psiquiatra Osório César, que se interessava pela produção artística dos pacientes do

Hospital Psiquiátrico Juqueri, Franco da Rocha. Em novembro, Flavio de Carvalho instaurou o seu Teatro de Experiências, com a encenação única do polêmico Bailado do Deus Morto, que teve problemas com censura e, após três apresentações, foi fechado pela polícia. O Clube de Arte Moderna, irreverente, anuncia o nascimento da crítica brasileira, com a palestra de Mario Pedrosa, As tendências sociais da arte de Käthe Kollwitz, e conseqüente publicação na revista Homem Livre. Fundado um dia após a criação da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), estendeu suas atividades por aproximadamente um ano. Neste mesmo contexto, decorrentes do movimento modernista originário na Semana de 22, surgem outros grupos associativos que procuram ampliar os espaços para a arte moderna em São Paulo: Grupo Santa Helena, em 1934, Família Artística Paulista, em 1937, ambos formados por artistas operários, e Grupo Seibi-kai, 1935, formado por colonos japoneses, todos eles distantes da elite paulista.