Residência para coletivos na Casa do Povo. Inscrições até 15 de maio

Transcrição

1 Residência para coletivos na Casa do Povo Inscrições até 15 de maio

2 Sobre a Casa do Povo A Casa do Povo começou a ser construída logo após a Segunda Guerra Mundial por meio de um esforço coletivo da comunidade judaica progressista do bairro do Bom Retiro para funcionar como um monumento vivo: um lugar onde lembrar é agir. Em 2011 teve início um projeto de renovação com o objetivo de dar continuidade aos ideais de seus fundadores. Hoje, funciona como um centro cultural ligado ao pensamento contemporâneo, incentivando práticas artísticas focadas no processo, na experimentação e na transdisciplinaridade. Para saber mais sobre a história da Casa do Povo, escreva para: info@casadopovo.org.br. Disponibilizaremos para todos os interessados artigos sobre a instituição e um relatório das atividades dos 2 últimos anos. Apoio Re al i z a ç ão A p o io C ul t ural

3 O que é? Convidamos coletivos, grupos de estudos, movimentos, companhias, conselhos, associações ou qualquer outra forma de agenciamento coletivo e horizontal a enviar propostas para a Casa do Povo. Serão selecionadas 02 propostas. A intenção é que os coletivos selecionados desenvolvam uma residência na Casa do Povo com duração de 45 a 60 dias. Aviso importante: essa chamada incentiva a transdisciplinaridade. Assim, não é focada exclusivamente em práticas artísticas específicas, mas propõe o diálogo com outras práticas como as científicas, urbanísticas, sociais, agrícolas, etc. Cronograma As propostas serão recebidas até o dia 15 de maio, às 23h59. O resultado será divulgado no dia 06 de junho. As propostas selecionadas deverão acontecer entre julho e novembro de 2016, sendo que cada coletivo deverá optar, no ato da inscrição, por um período: Opção 1: 06 de julho a 02 de setembro Opção 2: 05 de setembro a 11 de novembro Opção 3: indiferente

4 Como participar? Os coletivos interessados devem enviar as seguintes informações em um único documento PDF com até 5mb: - Currículo das atividades ou pesquisas realizadas; - Breve texto com até 200 palavras definindo a partir de sua prática o que entende por coletivo e até 3 imagens para ilustrar o texto; - Proposta com até palavras e até 5 imagens (opcional) descrevendo possíveis formas de engajamento com a Casa do Povo (sua arquitetura e/ ou sua história), e/ou com o bairro do Bom Retiro; - Justificativa de até palavras e até 5 imagens (opcional) sobre a importância da residência no desenvolvimento da proposta; - Orçamento de até R$12.000,00 que contemple a realização da proposta; - Cronograma de trabalho; - -Esboço de uma abertura pública referente a proposta encaminhada (o formato da abertura não é predefinido e pode ter tempos e espaços diversos ao longo da residência); - Período desejado para realizar a residência (Opção 1, Opção 2 ou Opção 3); - e telefone de contato de um(a) responsável pelo coletivo.

5 Pré-requisitos - Existir como coletivo há mais de um ano (ao menos desde junho de 2015) e defender ou promover práticas transdisciplinares. A chamada aberta não se limita a coletivos artísticos. ADENDO (20/04/2016): - Não ter realizado nenhuma proposta na Casa do Povo no último ano (entre maio de 2015 e maio de 2016). Nosso compromisso O coletivo selecionado receberá: - Acompanhamento e apoio da equipe de produção da Casa do Povo no desenvolvimento da proposta; - Garantia de uso dos espaços da Casa do Povo - em tempos a serem definidos de acordo com as atividades já programadas pela instituição - durante o período da residência; - Verba de até R$ de produção (valor cheio), podendo ser alocada de maneira livre, mediante aprovação da equipe da Casa do Povo

6 Seleção O júri será composto pela artista Graziela Kunsch e pelo curador Thiago Carrapatoso, convidados pela Casa do Povo para esta edição da chamada aberta, pela equipe da Casa do Povo e por alguns dos coletivos que habitam a Casa do Povo (Ocupeacidade, G>E e Lote Osso). O júri analisará os projetos e selecionará 02 propostas/02 coletivos. Contatos e prazos Interessados(as) devem enviar a proposta para o info@casadopovo.org.br com o assunto RESIDÊNCIA PARA COLETIVOS 2016, até o dia 15 de maio, às 23h59. Os resultados serão divulgados no dia 06 de junho na página da Casa do Povo no Facebook:

7 FAQ Proposta ou projeto? A chamada aberta foca em propostas mais do que em projetos. Definimos proposta como um conjunto de práticas, ideias e pesquisas ainda não resolvidas. Uma proposta pode passar a se tornar um projeto. O valor de apoio pode ser utilizado para pagar cachê aos integrantes? Sim. Uma proposta em andamento pode ser contemplada? Sim. Mas priorizaremos propostas que ainda não têm um formato fechado. Uma proposta com outros financiamentos pode ser contemplada? Sim. A residência contempla viagem e hospedagem? Não. A residência é de trabalho apenas. A Casa do Povo não dispõe de alojamentos e não irá contribuir com as viagens para São Paulo ou o alojamento do coletivo selecionado. A proposta tem que acontecer ao longo dos 2 meses? Não. A residência deve ter no mínimo 45 dias e no máximo 60 dias.

8 Existem restrições geográficas? Não. A chamada está aberta a coletivos nacionais e internacionais, porém, custos com deslocamento não serão contemplados. O coletivo precisa ficar em São Paulo o período da residência? Pelo menos um integrante do coletivo deve estar na cidade de São Paulo durante o período de execução da proposta. As propostas não precisam acontecer imprescidivelmente na Casa do Povo, porém, a presença física no bairro do Bom Retiro é desejada. Quais são os espaços que os coletivos poderão usar? Os espaços (por volta de m2 repartidos em 3 andares) são todos compartilhados. O coletivo selecionado deverá compartilhar o espaço com os outros coletivos. O horário da Casa do Povo é diurno mas a proposta pode ser noturna na condição que o coletivo aloque verba para poder abrir o espaço a noite. Tanto de dia quanto de noite, existem algumas restrições sonoras. Neste sentido as propostas serão analisadas caso a caso. Posso propor um projeto existente? Sim, mas é importante frisar que não se trata de uma residência de apoio ao desenvolvimento de projetos como montagem teatral ou produção de obras. Posso participar se já realizei projetos na Casa do Povo? Se seu projeto foi realizado há mais de um ano, sim. Se seu projeto foi realizado entre maio de 2015 e maio de 2016, não será possível participar desta chamada aberta.

9 Sobre o júri convidado Thiago Carrapatoso é jornalista com foco em Arte, Comunicação e Tecnologia, e mestre em estudos curatorias pela Bard College (NY). Colaborou na fundação da Casa de Cultura Digital e do movimento BaixoCentro. Hoje, é coordenador executivo do Theatro Municipal Digital e curador do projeto Cidade Queer, uma parceria entre a residência Lanchonete. org e a fundação canadense Musagetes. Graziela Kunsch é artista, crítica, editora, curadora e educadora. Muitos de seus projetos implicam um alargamento do chamado público da arte, relacionando-se com contextos políticos e sociais. Participou da Bienal de São Paulo em duas edições - 29ª Bienal (2010) e 31ª Bienal (2014). Entre 2001 e 2003 abriu a casa onde morava como residência pública (Casa da Grazi), ali acolhendo residências e exposições de coletivos de arte de diferentes cidades brasileiras. Organizou e apresentou mostras de vídeo pioneiras em torno da arte ativista, que reuniram a produção de trinta coletivos brasileiros. Atualmente é doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais na ECA-USP, editora da revista Urbânia e responsável pela formação de público no projeto Vila Itororó Canteiro Aberto. Website: naocaber.org

10 Sobre os coletivos da Casa do Povo Lote é um contexto de convívio e aproximação desenvolvido por artistas vinculados ao modo de pesquisa e criação do coreógrafo Cristian Duarte. Se organiza como residência artística e tem por princípio estimular o trânsito de informação, práticas de trabalho compartilhado e a experimentação em dança, promovendo cruzamentos e interlocução com outros artistas e pessoas interessadas em ações que possam contribuir para a construção de um espaço de estudo permeável. O coletivo ocupeacidade teve início em 2006 com a proposta de unir pessoas interessadas em produzir coletivamente ações artísticas nos diversos espaços da cidade. Ao longo dos anos foi somando outras práticas e técnicas ao seu percurso e atualmente se dedica também ao projeto zerocentos publicações: uma editora voltada para publicações artesanais e independentes, onde são utilizadas uma série de ferramentas de impressão, reprodução de imagens e recursos gráficos artesanais.

11 O G>E [grupo maior que eu], coordenado pela artista Karlla Girotto tem no coletivo sua força e forma. Pode-se descrevê-lo como um programa intensivo e extensivo de experiência transdisciplinar para uma política da imaginação: política porque se preocupa na forma como organizamos os recursos, as práticas, os espaços, a produção material e a vida que partilhamos; imaginação porque destina-se à formação de novas ideias e imaginários sobre como fazer e como manter a potência criativa viva e ativa.