EDIÇÃO: ALBRASCI (Associação Luso-Brasileira para a Segurança Contra Incêndio)



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Transcrição:

TÍTULO: Atas dos Artigos das 4 as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos EDIÇÃO: ALBRASCI (Associação Luso-Brasileira para a Segurança Contra Incêndio) EDITORES: Débora Ferreira (IPB), Elza Fonseca (IPB), João Carlos Viegas (LNEC), João Paulo C. Rodrigues (UC - ALBRASCI), José Pedro Lopes (ANPC), Luís Mesquita (IPB), Nuno Lopes (UA), Paulo Piloto (IPB) DESIGN GRÁFICO: Soraia Maduro CIPweb IPB EDIÇÃO: 1ª, Novembro de 2014 ISBN: 978-989-97210-2-9 DEPÓSITO LEGAL: 382800/14 IMPRESSÃO: Bringráfica Indústrias Gráficas, Lda OBSERVAÇÃO: Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida sem autorização escrita dos autores e da editora

4 as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Instituto Politécnico de Bragança - Portugal - 6-7 de Novembro de 2014 PREFÁCIO A Segurança Contra Incêndio de Edifícios (SCIE) atingiu a sua maturidade em Portugal fruto do desenvolvimento sustentado que tem tido na última década não só ao nível da investigação com a realização de vários projetos nacionais e europeus em várias instituições Portuguesas, como com o aparecimento de formação avançada (mestrado e doutoramento) e formação profissional em várias áreas da SCIE e da criação duma regulamentação uniforme para a área, suportada por uma normalização também ela completa e abrangente de toda a área da SCIE. Este desenvolvimento trará enormes retornos não só ao nível da segurança das edificações, bens e pessoas, como económicos, com um reflexo positivo para a sociedade. Portugal está hoje na primeira linha do desenvolvimento na área da SCIE. Poderemos dizer que projetar e construir hoje é mais seguro em termos de SCIE do que há quinze anos atrás e por isso temos que nos sentir orgulhosos. No acompanhamento deste desenvolvimento, os Laboratórios das instituições públicas Portuguesas também se apetrecharam com novos e importantes equipamentos, que permitem o ensaio e certificação dos produtos das indústrias nacionais, tornando estas mais competitivas na sua ação não só no mercado nacional como internacional. Portugal é hoje uma referência mundial na área da SCIE, sendo respeitado no Brasil e restantes PALOP como no resto do mundo. Neste relacionamento deve se destacar a ligação com o Brasil não só ao nível dos bombeiros, dos técnicos da empresas e dos professores e investigadores que na ALBRASCI Associação Luso-Brasileira para a Segurança Contra Incêndio encontraram um espaço de discussão e colaboração em diferentes iniciativas em SCIE. As Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos começaram em 2006, aquando da realização do primeiro Mestrado em Segurança Contra Incêndios Urbanos na Universidade de Coimbra, e em cada nova edição o sucesso vai-se renovando com o aparecimento de novos trabalhos científicos com um nível científico cada vez maior. Estas Jornadas têm constituído um fórum de debate alargado entre técnicos e demais interessados na área da SCIE. As 4 as Jornadas em SCIE (4JORNINC) realizam-se este ano em Bragança, no Instituto Politécnico, pois esta é uma Escola que ao longo das últimas décadas tem realizado trabalho na área e criou um grupo de investigação que tem atuado ao maior nível em termos nacionais e internacionais. O número e qualidade das publicações submetidas a este evento foi muito bom pelo que o sucesso das 4JORNINC está assegurado. Para finalizar queria agradecer a sua participação nestas Jornadas que serão certamente do seu maior interesse e profícuas para o seu desenvolvimento profissional. João Paulo C. Rodrigues i

ii

4 as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Instituto Politécnico de Bragança - Portugal - 6-7 de Novembro de 2014 COMISSÃO ORGANIZADORA Débora Ferreira (IPB) Elza Fonseca (IPB) João Paulo C. Rodrigues (UC - ALBRASCI) João Carlos Viegas (LNEC) Luís Mesquita (IPB) Nuno Lopes (UA) José Pedro Lopes (ANPC) Paulo A. G. Piloto (IPB) Laboratório Nacional de Engenharia Civil iii

COMISSÃO CIENTÍFICA Aldina M. da Cruz Santiago (FCTUC) António Moura Correia (IPC) A. Sérgio Miguel (U Minho) Carlos Ferreira de Castro (Action Modulers) Carlos Pina dos Santos (LNEC) Cristina Calmeiro dos Santos (IPCB) Débora Ferreira (IPB) Elza Fonseca (IPB) José Carlos M. Góis (FCTUC) João Carlos Viegas (LNEC) João Ferreira (IST) João Paulo C. Rodrigues (FCTUC) João Pinheiro (CDOS Bragança ANPC) João Ramôa Correia (IST) Joaquim Barros (U Minho) Jorge Gil Saraiva (LNEC) Lino Forte Marques (FCTUC) Luís Laím (FCTUC) Luís Mesquita (IPB) Miguel Chichorro Gonçalves (FEUP) Nuno Lopes (UA) Paulo A. G. Piloto (IPB) Paulo Jorge M. F. Vila Real (UA) Paulo Lourenço (U Minho) Pedro Martins Arezes (U Minho) Pedro Vieira Carvalheira (FCTUC) Rui Faria (FEUP) Vítor Carlos T. Abrantes (FEUP) iv

4 as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Instituto Politécnico de Bragança - Portugal - 6-7 de Novembro de 2014 ÍNDICE PREFÁCIO...i COMISSÃO ORGANIZADORA... iii COMISSÃO CIENTÍFICA... iv PALESTRAS...1 O DIMENSIONAMENTO AO FOGO DE ESTRUTURAS E OS EUROCÓDIGOS ESTRUTURAIS...3 PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA OS RISCOS DERIVADOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS... 27 GRAU DE PRONTIDÃO DOS MEIOS DE SOCORRO E A EFICÁCIA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES... 37 CONTROLO DE FUMO EM GRANDES ÁTRIOS... 47 VALIDAÇÃO NUMÉRICA DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS EM CONDIÇÕES DE INCÊNDIO... 61 ARTIGOS... 111 SESSÃO DE ARTIGOS 1:... 111 ANÁLISE DA REGULAMENTAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS E PROPOSTA DA SUA APLICAÇÃO EM MOÇAMBIQUE... 113 UMA VISÃO SISTÊMICA DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES NO BRASIL E A POSSIBILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE UM REGULAMENTO NACIONAL... 127 ANÁLISE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO SEGUNDO OS PRECEITOS DE DESEMPENHO, DURABILIDADE E SEGURANÇA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO CONFORME AS PRESCRIÇÕES NORMATIVAS BRASILEIRAS... 139 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM INSTALAÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE MERCADORIAS... 149 INCÊNDIOS EM TÚNEIS RODOVIÁRIOS ENSAIOS À ESCALA REAL... 157 IMPLEMENTAÇÃO DA DIRETIVA ATEX NO SETOR INDUSTRIAL... 167 CONCEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE REDES SECAS... 177 COMPUTATIONAL SIMULATION ON THE PERFORMANCE OF AIR PLANE JETS FOR SMOKE CONTROL... 187 CARACTERIZAÇÃO DOS JATOS GERADOS POR VENTILADORES DE IMPULSO... 199 SESSÃO DE ARTIGOS 2:... 213 ANÁLISE DO PERIGO DE INCÊNDIO NA ANTIGA VILA DOS PESCADORES EM PORTO ALEGRE (RIO GRANDE DO SUL - BRASIL)... 215 ADEQUAÇÃO DO MÉTODO DE GRETENER À AVALIAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO NOS CENTROS URBANOS ANTIGOS... 225 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE NA AVALIAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO DE EDIFÍCIOS INDUSTRIAIS... 235 v

AVALIAÇÃO DE RISCO DE INCÊNDIO URBANO PROPOSTA DE UM MÉTODO PARA ANÁLISE E GESTÃO DO EDIFICADO EXISTENTE... 245 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS: PRINCIPAIS GRUPOS DE INTERESSE... 253 A SEGURANÇA OPERACIONAL NA ATIVIDADE DE SALVAMENTO E DE COMBATE A INCÊNDIOS... 263 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS GESTÃO NO USO DOS EDIFÍCIOS... 273 ESTUDO DA EVACUAÇÃO EM CASO DE INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS... 283 O CONTROLO DE FUMO POR MEIOS ATIVOS E A EVACUAÇÃO EM LOCAIS DE RISCO... 293 SESSÃO DE ARTIGOS 3:... 305 ANÁLISE NUMÉRICA DA ENCURVADURA POR ESFORÇO TRANSVERSO EM VIGAS SUJEITAS A INTERAÇÃO ENTRE ESFORÇO TRANSVERSO E MOMENTO FLETOR A TEMPERATURAS ELEVADAS... 307 ESTUDO PARAMÉTRICO DA RESISTÊNCIA AO FOGO DE VIGAS EM C ENFORMADAS A FRIO... 319 EFFECT OF ELEVATED TEMPERATURES ON THE BOND STRENGTH OF FRP-STRENGTHENED BRICKS... 331 ESTUDIO NUMÉRICO DE VIGAS PARCIALMENTE EMBEBIDAS SOMETIDAS A FLEXIÓN A ALTAS TEMPERATURAS... 341 RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE AÇO INOXIDÁVEL COM SECÇÕES TUBULARES QUADRADAS DE CLASSE 4 SUJEITOS A FLEXÃO COMPOSTA COM COMPRESSÃO... 351 COMPORTAMENTO AO FOGO DE ELEMENTOS DE COMPARTIMENTAÇÃO DE BASE GESSO SUJEITOS A INCÊNDIO NATURAL... 363 COMPORTAMENTO AO FOGO DE VIGAS DE BETÃO ARMADO REFORÇADAS À FLEXÃO COM LAMINADOS DE CFRP COLADOS EXTERIORMENTE. ESTUDO EXPERIMENTAL... 375 ANÁLISE NUMÉRICA DE VIGAS MISTAS PARCIALMENTE REVESTIDAS DE AÇO E CONCRETO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO... 387 ANÁLISE TÉRMICA DE PILARES DE AÇO EXPOSTOS A INCÊNDIOS LOCALIZADOS... 399 SESSÃO DE ARTIGOS 4:... 411 PROPAGAÇÃO DE CHAMAS ATRAVÉS DE VÃOS DE FACHADA EM EDIFÍCIOS... 413 COMPORTAMENTO AO FOGO DE COLUNAS DE GFRP. ESTUDO EXPERIMENTAL... 425 BETÕES CORRENTES EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO... 435 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DOS MODELOS DE CÁLCULO DA EN1993-1-2 PARA O DIMENSIONAMENTO AO FOGO DE VIGAS C EM AÇO ENFORMADAS A FRIO... 445 BETÃO COM ADIÇÃO DE FIBRAS DE AÇO E TÊXTEIS RECICLADAS DE PNEU SUJEITO A ALTAS TEMPERATURAS... 457 ANÁLISE TÉRMICA 2D E 3D DE UM PAVIMENTO/COBERTURA EM MADEIRA COM PERFURAÇÕES... 467 RESISTÊNCIA AO FOGO DE VIGAS EM MADEIRA E SECÇÕES DE PERFIS EM AÇO... 475 vi

4 as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Instituto Politécnico de Bragança - Portugal - 6-7 de Novembro de 2014 REDUÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS SECÇÕES METÁLICAS PARCIALMENTE EMBEBIDAS COM BETÃO SUJEITAS AO FOGO... 483 COMPORTAMENTO AO FOGO DE PAREDES EM TABIQUE... 493 SESSÃO DE ARTIGOS 5:... 505 RESISTÊNCIA AO FOGO DE LAJES CELULARES EM MADEIRA COM DIFERENTES PERFURAÇÕES ANÁLISE EXPERIMENTAL... 507 RESISTÊNCIA AO FOGO DE LAJES CELULARES EM MADEIRA COM DIFERENTES PERFURAÇÕES ANÁLISE NUMÉRICA... 517 RESISTÊNCIA AO FOGO DE BLOCOS DE BETÃO LEVE À BASE DE CAROÇO DE ESPIGA DE MILHO... 527 REAÇÃO AO FOGO DE BETÃO COM E SEM FIBRAS DE POLIPROPILENO ANÁLISE EXPERIMENTAL E VALIDAÇÃO NUMÉRICA... 537 VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS NÃO UNIFORMES EM AÇO - VALIDAÇÃO NUMÉRICA DO MÉTODO GERAL DO EC3... 549 FORMULAÇÃO E COMPORTAMENTO DE TINTAS INTUMESCENTES... 559 ESTUDIO NUMÉRICO DE VIGAS PARCIALMENTE EMBEBIDAS SOMETIDAS A FLEXIÓN EXPUESTAS A FUEGO ISO834... 569 COMPORTAMENTO AO FOGO DE PERFIS C E Z ENFORMADOS A FRIO... 579 ENSAIOS DE REAÇÃO AO FOGO DE TINTAS INTUMESCENTES COM GRANULADO DE CORTIÇA... 589 FATOR DE REDUÇÃO DO NÍVEL DE CARREGAMENTO, ηfi: VALORES DE PROJETO E CONSEQUÊNCIAS DA SIMPLIFICAÇÃO APONTADA NO EC2-1-2... 599 NÍVEL DE CARREGAMENTO À TEMPERATURA NORMAL, n: VALORES DE PROJETO E VALORES MÁXIMOS APONTADOS NO EC2-1-2... 609 vii

4 as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Instituto Politécnico de Bragança - Portugal - 6-7 de Novembro de 2014 ANÁLISE TÉRMICA 2D E 3D DE UM PAVIMENTO/COBERTURA EM MADEIRA COM PERFURAÇÕES Tânia Dias * Aluna IPB - Bragança Joel Pereira Aluno IPB - Bragança Elza Fonseca Professora IPB - Bragança RESUMO Neste trabalho apresenta-se um modelo numérico para a análise térmica 2D e 3D de um pavimento/cobertura em madeira com perfurações circulares e quadrangulares. Foi utilizado o método dos elementos finitos, com recurso ao programa Ansys, e adotado um método de solução em regime transiente não linear material. São obtidos os campos de temperaturas em diferentes posições nodais quando o modelo é submetido ao fogo. Os resultados numéricos serão obtidos utilizando elementos finitos bidimensionais (PLANE55) ou tridimensionais (SOLID70), respetivamente na análise 2D ou 3D. A camada carbonizada é verificada com a aplicação de um critério de temperatura máxima, que permite avaliar a secção residual, para um determinado instante de tempo. PALAVRAS-CHAVE: Elementos Finitos; Pavimento/cobertura; madeira. 1. INTRODUÇÃO Os pavimentos em madeira maciça são uma escolha tradicional por excelência, por possuírem qualidades de estabilidade, durabilidade e resistência superiores, para além da beleza do produto natural. A solução construtiva pavimento/cobertura em estrutura celular e perfurações é um modelo possível de ser utilizado em edifícios residenciais e comerciais [1], [2], [3]. As perfurações nestes elementos, para além da estética, permitem melhorar as condições acústicas. No entanto, sendo * Autor correspondente Instituto Politécnico de Bragança. Campus Santa Apolónia, 5301-857 Bragança. Telef.: +351 273 303155, Fax: +351 273 313051, E-mail: t.dias3@hotmail.com 467

Tânia Dias, Joel Pereira, Elza Fonseca a madeira um material combustível, a avaliação da resistência ao fogo é um fator importante na análise do seu desempenho. O modelo em estudo possui três cavidades, duas dessas cavidades têm perfurações (seção quadrada e circular) e a outra cavidade não possui qualquer abertura. É desenvolvido um modelo numérico com a utilização de um programa de elementos finitos, ANSYS. O modelo numérico é transiente térmico, não linear e utiliza elementos hexaédricos. Considerou-se a não linearidade das propriedades a temperaturas elevadas. Adotou-se a utilização de curva de incêndio padrão na face do modelo pavimento/cobertura que contém as perfurações, com exposição ao fogo. Foram ainda consideradas curvas para a evolução da temperatura no interior das cavidades, atendendo ao aquecimento da face perfurada [3]. As condições de fronteira, consideradas na análise foram convecção e radiação. O comportamento físico do modelo é também condicionado pela formação da carbonização, sendo este fenómeno considerado no modelo numérico. A velocidade de carbonização da madeira é uma característica que permite avaliar a resistência ao fogo, sendo determinada pela diminuição da seção residual num determinado instante de tempo [4]. Os resultados obtidos permitirão avaliar o efeito do tipo de perfuração no retardamento da ação térmica sobre o modelo pavimento/cobertura de madeira quando submetido a um incêndio. 2. METODOLOGIA E MATERIAIS A figura 1 representa algumas das soluções construtivas em madeira, utilizadas em edifícios para coberturas, pavimentos e fachadas, por exemplo. Figura 1: Soluções construtivas com perfurações. O desenho de definição do modelo pavimento/cobertura em estudo encontra-se representado na figura 2. O modelo possui três cavidades ou células: uma célula com perfurações quadradas de dimensões diferentes (q20 e q40), a outra com perfurações circulares também de dimensões diferentes (d20 e d40) e a outra cavidade não possui perfurações. 468

Resistência ao fogo de vigas em madeira e secções de perfis em aço Figura 2: Desenho do modelo de pavimento/cobertura com perfurações. O material utilizado no modelo em análise é a madeira de abeto (spruce), com comportamento não linear dependente da temperatura, cujas propriedades térmicas se encontram definidas no anexo B do Eurocódigo 5 [4]. As propriedades térmicas a considerar são a condutividade térmica, o calor específico e a massa volúmica, conforme representado na figura 3. A massa volúmica da madeira de abeto, à temperatura ambiente e considerada neste trabalho, foi igual a 450 kg/m 3. O fator de emissividade considerado para o material foi igual a 0,8 [4]. 13,66... 4 Calor Específico [kj/kgk] Coeficiente multiplicativo da Massa Volúmica Condutividade Térmica [W/mK] 2 1 0 0 200 400 600 800 1000 1200 T [ºC] Figura 3: Propriedades térmicas da madeira. 469

Tânia Dias, Joel Pereira, Elza Fonseca 3. MODELOS NUMÉRICOS Na análise numérica é utilizado o método dos elementos finitos através do programa ANSYS, tendo sido utilizados elementos finitos bidimensionais de 4 nós (PLANE55) ou tridimensionais de 8 nós (SOLID70) com capacidade em formar tetraédricos, ambos com funções de forma lineares e respetivamente para a análise 2D ou 3D, conforme a figura 4. qd20_2d 3D qd40_2d Figura 4: Malhas de elementos finitos 2D e 3D. Para cada modelo numérico (3D ou 2D) é calculado o perfil de temperaturas e avaliada a carbonização ocorrida na face exposta ao fogo. O método de solução numérico é transiente e não linear, com uma duração de 3600s. De acordo com o Eurocódigo 1 [5] a evolução da temperatura de um incêndio ao longo do tempo pode ser definida por curvas de incêndio normalizado. Foi adotada a utilização da curva de incêndio padrão ISO 834 [6] para a face exposta do modelo, como se representa na figura 5, tendo sido consideradas as condições de fronteira de convecção e de radiação. No instante inicial, o modelo de pavimento/cobertura foi considerado à temperatura ambiente de 20ºC. Foi utilizado um coeficiente de convecção igual a 25 W/m 2 K na superfície exposta ao fogo, 4 W/m 2 K na superfície não exposta, 25 W/m 2 K nas paredes internas das células e respetivas 470

Resistência ao fogo de vigas em madeira e secções de perfis em aço aberturas nas perfurações. Foi ainda considerado um fator de emissividade de 1 para a ação do fogo [4]. As curvas admitidas para a evolução da temperatura ambiente no interior das cavidades foram obtidas em função do cálculo prévio da espessura carbonizada na face de exposição ao fogo, figura 5. Conhecendo a velocidade de carbonização (, mm/min), calculada em função da profundidade da espessura carbonizada, em mm, e do tempo de exposição ao fogo, em min, é possível avaliar a falha da estrutura. O Eurocódigo 5 [4] propõe um valor igual a 0,9 mm/min para painéis em madeira com características similares e utilizadas no modelo em estudo. O tempo calculado para que no modelo de pavimento/cobertura a face exposta ao fogo carbonize na totalidade é de 22,2 min (1333 s). Este critério permitiu concluir que a evolução da temperatura ambiente dentro das cavidades seguirá a curva de incêndio padrão ISO 834 [6] após 1333 s de exposição ao fogo. Até esse instante, admitiu-se uma evolução linear da temperatura dentro das cavidades, conforme se verifica no gráfico da figura 5. Nas faces das aberturas laterais (quadrangulares e retangulares) foi imposta a curva ISO 834, tal como na face exterior perfurada, enunciado anteriormente [6]. 1000 Temperatura [ C] 900 800 700 600 500 400 300 200 100 Curva ISO 834 Cavidades 0 0 600 1200 1800 2400 3000 3600 Tempo [s] Figura 5: Curva de incêndio padrão, e curva típica adotada para o interior das cavidades. 4. RESULTADOS NUMÉRICOS Para um determinado instante de tempo é possível verificar a camada carbonizada que ocorre no modelo de pavimento/cobertura em estudo através da cor cinza, conforme a figura 6. Apresentam-se os resultados das temperaturas para os instantes de tempo iguais a 900 s e 1800 s, nos modelos 2D e 3D. No modelo 3D foi efetuado um corte na secção que contém as perfurações. Estão ainda representadas as zonas do modelo com as perfurações através de 471

Tânia Dias, Joel Pereira, Elza Fonseca duas vistas diferentes. A face exposta ao fogo encontra-se sempre com temperaturas superiores a 300ºC e na face interna, dependendo do instante, nota-se uma maior carbonização junto às maiores perfurações (q40 e d40). 900 s, qd20_2d 900 s, qd20_3d 900 s, qd40_2d 900 s, qd40_3d 1800 s, qd20_2d 1800 s, qd20_3d 1800 s, qd40_2d 1800 s, qd40_3d 900 s 900 s 1800 s 1800 s Figura 6: Temperaturas no final de 900 s e 1800 s, modelos 2D e 3D. 472

Resistência ao fogo de vigas em madeira e secções de perfis em aço Os resultados obtidos através dos modelos 2D e 3D são similares. No instante de 1800 s verificase que o modelo está praticamente todo carbonizado. O instante em que a face perfurada exposta ao fogo carboniza totalmente é aos 1333 s, conforme cálculo prévio da velocidade de carbonização. Na figura 7 são obtidos os registos nodais do campo de temperaturas nos modelos 2D e 3D, no interior das cavidades junto às diferentes perfurações e na cavidade fechada sem perfuração. Temperatura [ C] 1000 900 800 700 600 500 qd40_2d qd20_2d d40_3d q40_3d d20_3d 400 q20_3d 300 fech_3d 200 fech_2d 100 Cavidades 0 0 600 1200 1800 2400 3000 3600 Tempo [s] Figura 7: Evolução da temperatura em pontos nodais próximo das perfurações. Até aos 1800 s, as temperaturas obtidas junto às perfurações maiores são ligeiramente superiores às perfurações menores, sendo indiferente a forma da perfuração. Nas perfurações menores existe uma ligeira diferença no registo das temperaturas entre as perfurações circulares e quadradas. Em relação à cavidade fechada, as temperaturas são sempre mais baixas. A partir dos 1800 s, todas as curvas de temperaturas têm o mesmo comportamento. 5. CONCLUSÕES Os resultados obtidos permitem avaliar o efeito do tipo de perfuração no modelo de pavimento/cobertura em madeira quando submetido a uma ação de incêndio. As maiores perfurações quadradas e circulares tiveram desempenho muito semelhante no modelo em estudo. Comparando as diferentes cavidades do modelo, pode concluir-se que as cavidades com perfurações maiores (qd40) atingem a carbonização para um tempo 25% superior em relação às perfuradas q20 e 75% em relação às perfuradas d20. Isto explica-se pelo maior aquecimento registado nas arestas das cavidades quadradas. As cavidades sem perfurações resistem 3,75 vezes mais quando comparadas com as cavidades qd40, sendo por esse motivo as cavidades com maior resistência ao fogo. 473

Tânia Dias, Joel Pereira, Elza Fonseca REFERÊNCIAS [1] Frangi A., Knobloch M., Fontana M. - Fire design of timber slabs made of hollow core elements. Engineering Structures, V.31, 2009, p.150-157. [2] Fonseca E.M.M., Couto D., Piloto P.A.G. - Fire safety in perforated wooden slabs: a numerical approach, WIT Transactions on the Built Environment, V.134, 2013, p.577-584. [3] E.M.M. Fonseca, L.M.S. Barreira, J.M. Meireles, P.A.G. Piloto - Numerical Model to Assess the Fire Behaviour of Cellular Wood Slabs with Drillings; 4th International Conference on Integrity, Reliability & Failure IRF2013, 2013, p.651-652. [4] EN1995-1-2: 2003. Eurocode 5: Design of timber structures - Part 1-2: Structural fire design, CEN - Comité Européen de Normalisation. [5] EN 1991-1-2: 2002. Eurocode 1: Actions on Structures - Part 1-2: General actions - Actions on Structures Exposed to Fire, CEN - Comité Européen de Normalisation. [6] ISO 834-1: 1999. Fire-resistance tests - Elements of building construction Part 1: general requirements. 474