XXVIII Jornada Paraibana de Ginecologia e Obstetrícia Complicações da Videohisteroscopi a Rievani de Sousa Damião RSD
Frequência O,5 10 : 1000 Cooper et al., Obstet. Gynecol. Clin North Am, 2000; 27: 347
Diagnóstica Cirúrgica
Diagnóstica - Dor - Reflexo vagal - Perfuração uterina - Infecção - Secundárias ao meio de distensão gasosa(co2)
Dor - passado, principal motivo de insucesso do método - presente, considerada irrelevante - anestesia geral ou loco-regional - ansiosas - nuligestas - pós-menopausa
Reflexo vagal - Estímulo parassimpático: - passagem da óptica - distensão uterina - Bradicardia, hipotensão e lipotímia - Náuseas, vômitos e sudorese - Suspender o exame e ocasionalmente utilizar atropina
Secundário ao meio de distensão gasosa (CO2) - Embolia gasosa : 0.03 0,51 % Bradner et. al., 1999 - Dor escapular Insufladores: fluxo fixo 50ml/ min e pressão variável máxima de 150mmHg - trauma cervical (maior entrada de gás) - posição de trendelemburg - utilizar solução fisiológica para distensão
Cirúrgica Complicações intra-operatórias 1. mecânicas 2. Meios de distensão Complicações pós-operatórias 1. infecção 2. hemorragias 3. hematométrio 4. sínequias 5. gestação
Cirúrgica Complicações intra-operatórias Mecânicas: Trauma cervical Perfuração uterina Hemorragias
Trauma cervical - Lesões ocorrem no momento da cirurgia: 1. tração do colo com a pinça de Pozzi 2. passagem das velas dilatadoras Maior risco: Pós menopausa Uso de GnRH Medidas preventivas: Laminárias Estrogênio Misoprostol Ressectoscópico de menor calibre
Perfuração uterina - Complicação mais comum (1-10%) Cooper et al., Obstet. Gynecol. Clin North Am, 2000; 27: 347 Maior risco: Pós menopausa Útero em AVF ou RVF ressecções de miomas, septos, e lise de sinéquias. Medidas a ser adotada: velas/ : expectante/conservadora ressectoscópio: videolaparoscopia para excluir dano visceral
Hemorragia - Segunda complicação mais comum: Maior risco: Medidas a ser adotada: Ressecção de miomas ( 2-3%) análogos GnRH sonda de foley na cavidade uterina
Meios de distensão Fluido: Visibilidade: Riscos/complicações: Dextran 70% Manitol Glicina Ringer ou SF Excelente Boa Boa Boa Anafilaxia/ dano instrumental Diurese osmótica/ desidratação Depressão SNC/ alt. visão Síndrome do intravasamento overload
Sd. intravasamento - penetra sob pressão pelos vasos endometriais - absorção do líquido extravasado pelas tubas Consequência: sobrecarga cardíaca edema agudo pulmonar homodiluição Hiponatremia grave Clínica: ansiedade desorientação, cefaléia e náuseas edema pulmonar (Na ++ 125-130mEq/l) bradicardia, hipotensão, ICC, espasmo muscular, convulsão e encefalopatia
Sd. intravasamento Prevenção: integração efetiva da equipe cirúrgica cirurgião: avaliar risco cirúrgico anestesista: controle hemodinâmico instrumentadora: balanço hídrico (500-1500 ml) controle dos limites de pressão de infusão: insuflador eletrônico usar análogos do GnRH corrente bipolar
Sd. intravasamento Tratamento: interromper procedimento suporte ventilatório e circulatório dosar eletrólitos, creatinina e glicose gasometria restrição hídrica diurético de alça solução salina hipertônica a 3%
Cirúrgica Complicações pós-operatórias 1. Infecção 2. Hematométrio 3. sinéquia 4. gestação 0,3-1,6 % Cistites, endometrites e parametrites Riscos: repetidas inserções, cx longas, fragmentos de tecidos deixados no útero e DIP prévias
Cirúrgica Complicações pós-operatórias 2. hematométrio 3. sinéquia 4. gestação ocorre em 1-2% pós ablação endometrial maior risco: ressecção do segmento inferior tratamento: dilatação
Cirúrgica Complicações pós-operatórias 3. sinéquias 4. gestação
Cx Cirúrgica Complicações pós-operatórias 4. gestação gestação pós ablação endometrial (0,2-1,6%) - morte perinatal, RPMO, prematuridade e acretismo placentário. - informar a paciente deste risco e oferecer esterilização ou anticoncepção
Considerações finais Miomectomia (128) Resseção de septo (21) Aderência (20) Ablação (78) Polipectomia (270) diagnostica (410) Total (925) Complicação Absorção excessiva 6 0 0 1 0 0 7 (0,8%) Hiponatremia 3 0 0 0 0 0 3 (0,3%) Perfuração uterina 2 0 0 0 0 2 4 (0,4%) Infecção 2 0 0 0 1 2 5 (0,5%) Inabilidade em terminar Cx 3 2 0 0 0 0 5 (0,5%) Inabilidade para dilatar 0 0 0 0 0 2 2 (0,2%) Reinternação 2 0 1 0 0 1 4 (0,4%) Total 13 (10,1%) 2 (9,5%) 1 (5%) 1 (1,3%) 1 (0,4%) 7 (1,7%) 25 (2,7%) Propst et al., Obstet. Gynecol., 2000; 96: 517
Conclusões a videohisteroscopia é procedimento simples e seguro, no entanto não livre de complicações Complicação de maior risco: Síndrome de intravasamento miomectomias, ressecção de septos e sinéquias indicação precisa treinamento adequado observação dos riscos inerentes ao instrumental e ao meio de distensão rievani@yahoo.com