INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR - IS IS Nº 43.13-005 Revisão A



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Transcrição:

INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR - IS IS Nº 43.13-005 Aprovação: Portaria nº 2166, de 26 de agosto de 2013, publicada no Diário Oficial da União de 27 de agosto de 2013, Seção 1, página 9. Assunto: Ferramentas Especiais Origem: SAR/GTPN 1. OBJETIVO Esta Instrução Suplementar tem como objetivo esclarecer métodos, recomendações e critérios mínimos para a demonstração de equivalência de ferramentas, equipamentos ou aparelhos de teste especiais recomendados pelo detentor do projeto de tipo ou o fabricante de um produto aeronáutico e, outros, projetados e fabricados como equivalentes. Nota - para efeitos desta IS, ferramentas, equipamentos ou aparelhos de teste são simplesmente referidos como ferramentas. 2. REVOGAÇÃO N/A 3. FUNDAMENTOS 3.1 O parágrafo 21.50(b) do RBAC 21 estabelece que o detentor de um certificado de tipo ou um certificado suplementar de tipo de uma aeronave, motor ou hélice, cujo requerimento para a obtenção tenha sido submetido após 28 de janeiro de 1981, deve fornecer pelo menos um conjunto completo das instruções para aeronavegabilidade continuada, para o proprietário de cada aeronave, cada motor ou cada hélice quando de sua entrega ou quando da emissão do primeiro certificado de aeronavegabilidade padrão para a aeronave envolvida, o que ocorrer depois. As instruções devem ser preparadas de acordo com as seções 23.1529 do RBAC 23, 25.1529 e 25.1729 do RBAC 25, 27.1529 do RBAC 27, 29.1529 do RBAC 29, 31.82 do RBHA 31, ou dispositivo correspondente do RBAC que venha a substituí-lo, 33.4 do RBAC 33, 35.4 do RBAC 35, com o RBAC 26, ou como especificado pelos critérios de aeronavegabilidade aplicáveis, estabelecidos pelo RBAC 21.17(b), como aplicável. Depois disto, o detentor de um certificado de tipo ou certificado suplementar de tipo deve colocar tais instruções à disposição de qualquer pessoa a quem os RBAC requeiram o cumprimento de qualquer condição de tais instruções. Adicionalmente, modificações em instruções para aeronavegabilidade continuada devem ser colocadas à disposição de qualquer pessoa a quem os RBAC requeiram o cumprimento de qualquer uma de tais instruções. 3.2 O parágrafo 43.13(a) do RBAC 43 estabelece que cada pessoa que estiver executando manutenção, manutenção preventiva e alteração em um artigo, deve usar métodos, técnicas e práticas estabelecidas na última revisão do manual de manutenção do fabricante, ou nas instruções para aeronavegabilidade continuada preparadas pelo fabricante ou outros métodos, técnicas e práticas aceitáveis pela ANAC, exceto como previsto na seção 43.16. A pessoa deve usar as ferramentas, equipamentos e aparelhos de teste necessários para asse-

gurar a execução do trabalho de acordo com práticas industriais de aceitação geral. Se o fabricante envolvido recomendar equipamentos e aparelhos de teste especiais, a pessoa deve usar tais equipamentos e aparelhos ou equivalentes aceitos pela ANAC. 3.3 O parágrafo 145.109(a) do RBAC 145 estabelece que cada organização de manutenção certificada deve ter equipamentos, ferramentas e materiais necessários para a execução da manutenção, manutenção preventiva ou alteração em conformidade com seu certificado, especificações operativas e com o RBAC 43, exceto se determinado de outra forma pela ANAC. Os equipamentos, ferramentas e materiais devem estar localizados nas instalações e sob o controle da organização de manutenção quando o serviço estiver sendo executado. 3.4 O parágrafo 145.109(a)-I do RBAC 145 estabelece que cada organização de manutenção certificada deve possuir uma listagem do ferramental de sua propriedade. Quando o ferramental utilizado for de terceiros, a organização deve possuir um contrato ou outro dispositivo legal que autorize o uso, o qual deve ser mantido disponível para a ANAC por pelo menos 5 (cinco) anos, desde a sua última utilização. 3.5 O parágrafo 145.109(c) do RBAC 145 estabelece que os equipamentos, ferramentas e materiais devem ser aqueles recomendados pelo fabricante do artigo, ou outros cuja equivalência tenha sido demonstrada de acordo com um procedimento descrito no manual da organização de manutenção. 4. DEFINIÇÕES 4.1 Ferramentas especiais: são ferramentas especialmente projetadas para serem utilizadas em um determinado artigo, e geralmente aplicam-se unicamente àquele artigo. As ferramentas especiais recomendadas pelo fabricante do produto aeronáutico são identificadas em documentos de serviço (Illustrated Tool and Equipment Listing, Aircraft Maintenance Manual, Component Maintenance Manual, Service Bulletins, etc., incluindo as publicações de detentores de Certificado Suplementar de Tipo). Cada ferramenta especial possui um número/código específico de identificação (Part Number P/N) e podem conter um número de série (Serial Number S/N). Exemplos de ferramentas especiais: garfo de reboque, macaco de asa, protractor, gerador de sinal TCAS, ferramental de remoção/instalação de motores, gabaritos e ferramentas de medição customizadas (rigagem), bancos de prova, etc. Nota - ferramentas/equipamentos/aparelhos comuns, disponíveis no mercado, tais como alicates, soquetes, chaves allen, furadeiras, rebitadeiras, etc. não se enquadram na definição de ferramenta especial, mesmo que listado em documentos de serviço. Incluem-se nesse contexto, equipamentos mais sofisticados, tais como micrômetros, torquímetros, multímetros, e até estações de trabalho, tais como para inspeção por END. Modelos diferentes de uma mesma ferramentas/equipamentos/aparelhos comuns (entre um ou mais fabricantes) podem apresentar requisitos de aplicação e desempenho equivalentes entre si, entretanto não são consideradas como uma ferramenta especial, tal como descrito na definição acima. 4.2 Ferramentas especiais alternativas (ou opcionais): são ferramentas especiais, recomendadas pelo fabricante de um determinado produto aeronáutico, que podem ser utilizadas opcionalmente a uma determinada ferramenta especial para a mesma finalidade. Nota - esse conceito pode não ser aplicado no caso de P/N de substituição de uma deter- Origem: SAR/GTPN 2/8

minada ferramenta especial pela obsolescência de uma de modelo anterior, quando o novo substitui o anterior. 4.3 Ferramentas especiais equivalentes: são aquelas que, apesar de não serem as especificamente recomendadas pelo fabricante do artigo são suas equivalentes, conforme demonstração considerada aceitável pela ANAC, e detalhada nesta IS. 5. DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO 5.1 Ferramentas especiais 5.1.1 As ferramentas especiais tornam possível o cumprimento de tarefas específicas de manutenção, manutenção preventiva e alterações de um artigo aeronáutico de acordo com o RBAC 43. 5.1.2 Cada pessoa requerida a executar essas tarefas deve usar ferramentas especiais (incluindo as opcionais) recomendadas pelo detentor do projeto de tipo ou o fabricante de um produto aeronáutico, ou suas equivalentes. As ferramentas especiais recomendadas estão listadas na documentação de serviço do artigo. 5.1.3 Nos casos em que o detentor do projeto de tipo ou o fabricante de um produto aeronáutico disponibiliza todos os dados técnicos indispensáveis para a sua fabricação, uma ferramenta especial pode ser fabricada por uma pessoa. Esses dados técnicos geralmente compreendem: desenhos em escala com especificações de materiais, cotas, tratamento térmico e outros beneficiamentos, especificação de acabamento, etc. Por exemplo: blocos de referência para Ensaios Não Destrutivos END. Nota - as ferramentas fabricadas de acordo com os dados técnicos acima descritos podem ser identificadas com o P/N disponibilizado pelo detentor do projeto de tipo ou o fabricante de um produto aeronáutico, e são consideradas idênticas às ferramentas especiais originais. As ferramentas, se fabricadas em lote, podem ser identificadas por Serial Number S/N. 5.1.4 Cada ferramenta especial, fabricada conforme instruções do detentor do projeto de tipo ou do fabricante do produto aeronáutico, necessita da declaração de conformidade (formulário ANAC F-900-77) assinada por Responsável Técnico da OM. O formulário ANAC F-900-77 deve ser conclusivo em determinar que a ferramenta especial foi fabricada de acordo com as instruções do detentor do projeto de tipo ou o fabricante de um produto aeronáutico. Os desenhos e dados técnicos utilizados na fabricação da ferramenta especial devem ser juntados a esta declaração de conformidade. 5.2 Ferramentas especiais equivalentes 5.2.1 Uma ferramenta especial equivalente pode ser aceita pela ANAC, conforme estabelece o parágrafo 43.13(a) do RBAC 43, sendo que um dos meios aceitáveis para demonstração de equivalência é descrito nesta IS. 5.2.2 A ferramenta especial equivalente deve ser capaz de realizar todas as funções requeridas (ajustes, regulagens, testes, e avaliar todos os parâmetros solicitados pelo documento de serviço associado) com precisão igual ou superior a da ferramenta especial recomendada, em todas as faixas de medição ou função requerida. Origem: SAR/GTPN 3/8

5.2.3 Nos casos em que a OM pretende demonstrar que um procedimento substitui a necessidade de utilização de uma certa ferramenta especial requerida nos dados técnicos, deve-se evidenciar a garantia da execução da tarefa, em toda sua extensão, com precisão igual ou superior a especificada originalmente. E neste sentido, pode não ser aplicável a casos complexos onde a demonstração da equivalência não for evidente e de fácil comprovação. 5.2.4 Para cada ferramenta equivalente, a OM certificada de acordo com o RBAC 145 deve demonstrar a equivalência com a ferramenta especial recomendada nos dados técnicos originais, conforme requer o RBAC 43.13, através de um formulário ANAC 900-77, e que contenha a demonstração técnica de sua equivalência, assinada pelo RT da OM. Nota - caso a ferramenta especial equivalente seja adquirida com um formulário ANAC que já tenham demonstrado a equivalência de modo aceitável pela ANAC, ainda assim, a OM precisará convalidar esses dados para declarar sua conformidade. 5.2.5 Em todos os casos, a OM certificada pelo RBAC 145 é a responsável pela determinação da equivalência de todas as ferramentas não originais, quer seja adquirida de terceiros, ou fabricadas localmente. É importante ressaltar que o ônus de demonstrar a equivalência cabe à OM, e não à ANAC. 5.2.6 A demonstração da equivalência pelo formulário ANAC 900-77 pode requerer projeto, medições e verificações técnicas além da declaração de conformidade, e deve ser elaborada por pessoa com qualificação apropriada e conhecimentos técnicos no artigo a ser mantido, que deve também assinar a documentação que atesta a conformidade. 5.2.7 A demonstração técnica de equivalência para a ferramenta especial equivalente deve ser conclusiva em: a) determinar que a ferramenta especial equivalente cumpre com a mesma finalidade da ferramenta especial recomendada, conforme a seção 5.2.2 desta IS; b) identificar, conforme aplicável, os dados técnicos disponíveis da ferramenta especial recomendada pelo detentor do projeto de tipo ou o fabricante do produto aeronáutico; c) identificar os requisitos de materiais, processos de usinagem e beneficiamentos, dimensões, tolerâncias de fabricação da ferramenta especial equivalente, se aplicável; e d) estabelecer um plano de manutenção e calibração, conforme necessário, que possibilite a manutenção das suas características funcionais. 5.2.8 As situações aceitáveis pela ANAC para demonstração de equivalência incluem: a) por comparação de dados técnicos: quando a equivalência é estabelecida comparando a especificação descrita na documentação da ferramenta original com as especificações técnicas da ferramenta equivalente utilizada pela OM. Neste caso os dados técnicos da ferramenta original disponíveis precisam ser completos o suficiente para garantir a demonstração; b) quando há dados técnicos parciais: quando os dados técnicos disponíveis da ferramenta original não são suficientes para a confecção da ferramenta equivalente, será preciso complementar a demonstração com dados de projeto que comprovem que a ferramenta equivalente atende todas as funcionalidades com precisão e qualidade igual ou Origem: SAR/GTPN 4/8

superior a original; c) por relatório de engenharia reversa: quando apenas parte ou nenhum dado técnico da ferramenta especial recomendada estiver disponível, incluindo os casos em que for possível obter-se um exemplar da ferramenta especial recomendada. A demonstração da equivalência pode ser possível através da comparação com os dados extraídos de medições da ferramenta original. Desde que seja possível realizar essas medições que gerem dados técnicos confiáveis, e que expressem as dimensões e propriedades da ferramenta, e que não haja restrições legais a esta cópia; d) na ausência de dados técnicos originais: Quando nenhum dado técnico da ferramenta especial estiver disponível a equivalência deverá ser comprovada considerando critérios como natureza e severidade da tarefa de manutenção, funcionalidade, experiência da OM na tarefa, descrição técnica aceitável; e) por calibração: quando a equivalência é estabelecida através dos dados de calibração da ferramenta equivalente, comparando-se os dados obtidos na calibração com os requisitos estabelecidos no dado técnico de referência (este método é aplicável somente a meios de medida e teste); e f) por declaração do fabricante do artigo: quando uma pessoa fabrica a ferramenta especial equivalente e obtém uma declaração do detentor do projeto de tipo ou do fabricante de um produto aeronáutico. Essa declaração pode ser expressa por um Non Technical Objection NTO, ou similar. Neste caso, o formulário ANAC F-900-77 deve anexar a declaração fornecida pelo detentor do projeto de tipo ou o fabricante de um produto aeronáutico. 5.3 Identificação de uma ferramenta especial equivalente 5.3.1 As ferramentas especiais equivalentes devem ser identificadas por P/N próprio da pessoa que a fabrica e esta informação deve constar no formulário ANAC F-900-77. O P/N de uma ferramenta especial equivalente pode ser semelhante ao da original, mas deve possuir elementos gráficos ou alfanuméricos que claramente identifique-o como uma ferramenta equivalente. Por exemplo: - ferramenta especial recomendada P/N 654. - ferramenta especial equivalente P/N 654*(sigla ou nome da empresa). 5.3.2 O P/N designado não pode ser idêntico ao da ferramenta especial original. Essa medida visa impedir que ferramentas não originais posteriormente confundidas como originais. 5.3.3 A identificação da ferramenta especial equivalente deve ser permanente. Caso não seja possível, esta deve ser feita da forma mais clara e direta possível de maneira a evitar o extravio de suas partes ou troca da ferramenta por outra diferente da estabelecida na sua documentação de equivalência. 5.4 Documentação de Equivalência 5.4.1 A OM deve manter documentos que demonstrem a equivalência de cada ferramenta equivalente que possui. Essa pasta deve conter, mas não está limitado a: dados, desenhos, especificações, instruções, fotografias, modelos, certificados e relatórios, declaração de equiva- Origem: SAR/GTPN 5/8

lência. 5.4.2 Os desenhos, relatórios, formulários, listagens, métodos de controle e identificação das ferramentas equivalentes são de livre escolha e desenvolvimento dos seus detentores; contudo, deve ser constituída de documentação suficiente para determinar a equivalência, bem como possibilitar a fabricação e sua manutenção. 5.4.3 A simples elaboração do formulário ANAC F-900-77 sem a existência de dados técnicos suficientes para sua substanciação não constitui método de determinação de equivalência aceitável. 5.4.4 O formulário ANAC F-900-77, utilizado para a demonstração de equivalência da ferramenta especial, deve relacionar, quando aplicável: a) Premissas de projeto da ferramenta especial equivalente para a satisfação do disposto na seção 5.2.2 desta IS. Essas premissas devem ser determinadas pela análise das funções desempenhadas pela ferramenta especial recomendada na atividade de manutenção específica; b) Projeto da proposta de ferramenta especial equivalente propondo, conforme aplicável, materiais, processos, interface, desempenho, etc.; c) Determinação de critérios de aceitação e rejeição em testes de desempenho. Este teste final de desempenho pode ser, por exemplo, realizado a partir de atividades simuladas de manutenção (tryout) da ferramenta especial equivalente; d) Resultado final dos testes de desempenho, evidenciando o atingimento dos critérios determinados; e e) Estabelecimento dos dados técnicos indispensáveis ao projeto da ferramenta especial equivalente a ser proposta para aceitação (materiais e processos, finalidade, aplicação, interface e desempenho, etc., conforme aplicável). 5.5 Procedimentos no Manual de uma OM relativos a ferramentas especiais 5.5.1 Os procedimentos relativos à obtenção, manutenção, calibração e controle de calibração das ferramentas especiais são os mesmos daqueles definidos no Manual da OM para as outras ferramentas, conforme definido na seção 145.109 do RBAC 145. 5.5.2 Quando utilizar ferramentas especiais equivalentes a OM deve incluir no Manual da OM os procedimentos utilizados para demonstrar a equivalência. 5.5.3 O manual da OM deve conter procedimento que determine a fácil localização das ferramentas especiais equivalentes usando como referência a identificação da ferramenta especial original. Isso é necessário para que se assegure a utilização da ferramenta correta quando forem seguidas as instruções dos documentos de serviço aplicáveis. 6. APÊNDICES Apêndice A Lista de reduções Origem: SAR/GTPN 6/8

7. DISPOSIÇÕES FINAIS 7.1 Os casos omissos serão dirimidos pela ANAC. 7.2 Para as empresas que ainda não estiverem adequadas as novas instruções dessa IS, haverá um prazo de até 180 dias para total adequação, a contar da data de sua publicação. Origem: SAR/GTPN 7/8

APÊNDICE A- LISTA DE REDUÇÕES A1. LISTA DE SIGLAS a) ANAC Agência Nacional de Aviação Civil b) IS Instrução Suplementar c) P/N Part Number d) RBAC Regulamento Brasileiro da Aviação Civil e) SAR Superintendência de Aeronavegabilidade f) S/N Serial Number g) OM Organização de Manutenção de Produto Aeronáutico Origem: SAR/GTPN 8/8