Rev. Data Resp. Téc/Proj. Resp. Téc/Concess. ANTT Verificado. - ANTT Aprovado - ANTT

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Código RT-BR0000364-000-0.000-0-0P3-Y05-400 Rev. 00 Emissão: 14/04/2015 Folha 1 / 62 Resp. Técnico / Projetista: Resp. Técnico / Concessionária: Lote: Edital de Chamamento Público Nº 4/2014 Rodovia: BR-364 (MT/PA) / BR-230 (PA) ANTT Trecho: BR-364/060/MT/GO, no trecho da BR-364 do entroncamento com a BR-163(A) (Rondonópolis) até o entroncamento com a BR-060(A) (Jataí); e da BR-060 do entroncamento com a BR-364(A) (Jataí) até Goiânia. Verificado: - Objeto: PRODUTO 4 ESTUDOS ECONÔMICOS-FINANCEIROS Aprovado: - Documento de Referência: Documentos Resultantes: 00 00/00/0000 Responsável (Assinatura) FOLHA 1/4 Rev. Data Resp. Téc/Proj. Resp. Téc/Concess. ANTT Verificado. - ANTT Aprovado - ANTT

FOLHA 2 / 31 Sumário 4.1. APRESENTAÇÃO... 4 4.2. DADOS DE ENTRADA... 5 4.2.1. Demanda... 5 4.2.2. Despesas de Capital... 5 4.2.3. Despesas Operacionais... 6 4.3. PREMISSAS ECONÔMICO-FINANCEIRAS... 8 4.3.1. Premissas Macroeconômicas... 8 4.3.2. Premissas do Projeto... 8 4.3.3. Amortização e Depreciação... 9 4.3.4. Premissas Tributárias... 15 4.3.4.1. Tributação sobre a Receita... 15 4.3.4.2. Tributação sobre o Lucro... 16 4.3.5. Variação de Capital de Giro... 18 4.3.6. Premissas Financeiras... 18 4.3.6.1. Financiamento de Curto Prazo... 19 4.3.6.1.1. Captação... 20 4.3.6.1.2. Juros... 20 4.3.6.1.3. Amortização... 20 4.3.6.2. Financiamento de Longo Prazo... 20 4.3.6.2.1. Captação... 21 4.3.6.2.2. Juros... 24 4.3.6.2.3. Amortização... 24 4.3.6.3. Índice de Cobertura do Serviço da Dívida... 24 4.3.7. Receita Financeira... 25 4.3.8. Política de Dividendos... 26 4.3.9. Estrutura de Garantias... 26 4.3.9.1. Garantia de Apresentação da Proposta... 26 4.3.9.2. Garantia de Execução do Contrato... 26 4.3.10. Verbas Contratuais... 27 4.3.10.1. Verba de Fiscalização... 27 4.3.10.2. RDT Recursos de Desenvolvimento Tecnológico... 27 4.3.10.3. Segurança no Trânsito... 28 4.3.10.4. Emolumentos à Bovespa... 28 4.3.11. Capital Mínimo... 28

FOLHA 3 / 31 4.4. RESULTADOS... 29 4.4.1. Tarifa... 29 4.4.2. Fluxo de Caixa do Projeto... 31 4.5. ANEXOS... 32 4.5.1. Atualização das Premissas Macroeconômicas e do Projeto... 32 4.5.1.1. Premissas Macroeconômicas... 32 4.5.1.2. Premissas do Projeto... 32 4.5.2. Cenários Adicionais... 33 4.5.2.1. Premissas... 34 4.5.2.1.1. Premissas Tributárias... 34 4.5.2.1.2. Variação de Capital de Giro... 35 4.5.3. Vantagens da Parceria Público-Privada... 53

FOLHA 4 / 31 4.1. APRESENTAÇÃO O presente documento corresponde ao Tomo Único do Produto 4 e abrange as premissas utilizadas para a elaboração do Estudo de Viabilidade Econômico- Financeira da estruturação da Concessão Pública para o lote rodoviário BR- 364/060/MT/GO, no trecho da BR-364 no entroncamento com a BR-163 (Rondonópolis) até o entroncamento com a BR-060 (Jataí); e da BR-060 do entroncamento com a BR-364 (Jataí) até Goiânia conforme estabelecido no Edital de Chamamento Público Nº 5 de março de 2014. O modelo de análise de viabilidade econômico-financeira empregado no estudo foi desenvolvido com base nas melhores práticas usuais. O principal resultado da análise é a tarifa de pedágio, calculada com base em projeções dos fluxos de caixa considerando horizonte de prazos da concessão de 30 anos. Inicialmente são apresentados os dados de entrada (demanda, despesas de capital e despesas operacionais) associadas à viabilidade do empreendimento. Por conseguinte são apresentadas as premissas utilizadas na elaboração deste Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira (premissas macroeconômicas, premissas do projeto, amortização e depreciação, premissas tributárias, variação de capital de giro e premissas financeiras) Por fim, são apresentados os resultados do Estudo de Viabilidade Econômico- Financeiro e os anexos pertinentes.

FOLHA 5 / 31 4.2. DADOS DE ENTRADA 4.2.1. Demanda A projeção de receitas da Concessão depende da demanda pedagiada da rodovia, estimada a partir do volume de veículos e possíveis fugas de tráfego das praças de pedágio. Gráfico 1: Volume Diário Médio Anualizado Equivalente 4.2.2. Despesas de Capital Os valores dos investimentos totais estão estimados em R$ 5.455.738 Mil conforme gráfico abaixo: Gráfico 2: Investimento

FOLHA 6 / 31 4.2.3. Despesas Operacionais Os custos operacionais foram estimados no total de R$ 3.798.105 Mil, representando uma média anual de R$ 126.604 Mil, conforme tabela e gráfico abaixo: Tabela 1: Despesas Operacionais Despesas Operacionais Custos operacionais Total Média Anual Custos e Despesas Operacionais 3.234.821 107.827 Conservação da Rodovia 1.202.550 40.085 Monitoração da Rodovia 32.300 1.077 Administração - - Operação 1.999.971 66.666 Conservação de Equipamentos e Sistemas - - Custos Operacionais - - Programas de Gestão Ambiental - - Despesas Diversas - - Despesas obrigatórias Total Média Anual Outras Despesas 340.704 11.357 Verba de Fiscalização 252.503 8.417 Verba de Segurança no Trânsito 43.085 1.436 Recursos Para Desenvolv. Tecnológico 42.084 1.403 Emolumentos BMF/BOVESPA 600 20 Ressarcimento de EVTEA 2.432 81 Ressarcimento de Estudos Ambientais - - Seguros e garantias Total Média Anual Seguros e Garantias 222.580 7.419 Riscos de Engenharia 3.978 133 Risco Operacional 160.427 5.348 Responsabilidade Civil 42.400 1.413 Garantia de Execução 13.125 438 Perda de Receita 2.650 88 Total 3.798.105 126.604

Gráfico 3: Despesas Operacionais FOLHA 7 / 31

FOLHA 8 / 31 4.3. PREMISSAS ECONÔMICO-FINANCEIRAS 4.3.1. Premissas Macroeconômicas Conforme orientação do Poder Concedente foram adotadas as seguintes premissas macroeconômicas para TJLP, IPCA, CDI: Tabela 2: Premissas Macroeconômicas PREMISSAS ANO TJLP IPCA CDI 2015 5,00% 8,32% 12,50% 2016 5,00% 5,30% 11,50% 2017 5,00% 5,20% 9,41% 2018 5,00% 5,30% 9,51% 2019 5,00% 4,93% 9,13% 2020 5,00% 4,50% 8,68% 2021-... 5,00% 4,50% 8,68% 4.3.2. Premissas do Projeto A Taxa Interna de Retorno (TIR) do Projeto foi ajustada de modo a refletir o cenário atual através da atualização dos inputs utilizados no WACC, o que resultou em uma Taxa Interna de Retorno de 9,2%, conforme Nota nº02/2015/stn/seae/mf de 10/07/15. Tabela 3: WACC

FOLHA 9 / 31 Estrutura de Capital Atualização (A) Participação de Capital Próprio 40,00% (B) Participação de Capital de Terceiros 60,00% Custo do Capital Próprio (CAPM) (1) Taxa Livre de Risco 4,33% (2) Taxa de Retorno do Mercado 10,77% (3) Prêmio de Risco do Mercado: (2) - (1) 6,44% (4) Beta Desalavancado 0,557 (5) IR + CSLL 34,00% (6) BETA ALAVANCADO: {[ (A) + (B) * [1 - (5)]} / (A) * (4) 1,11 (7) Prêmio de Risco de Negócio: (3) * (6) 7,14% (8) Prêmio de Risco Brasil 4,18% (9) Custo de Capital Próprio Nominal: (1) + (7) + (8) 15,65% (10) Taxa de Inflação Americana 2,33% (11) Custo Real do Capital Próprio 13,01% Custo do Capital de Terceiros (12) Taxa Livre de Risco 4,33% (13) Prêmio de Risco Brasil 4,18% (14) Risco de Crédito 5,30% (15) Custo Nominal da Dívida: (12) + (13) + (14) 13,80% (16) Custo Nominal da Dívida Líquida de Impostos: (15) * [1- (5)] 9,11% (17) Taxa Real em R$: [1+ (16)] / [1+ (10)] - 1 6,62% WACC (18) WACC: (A) x (11) + (B) x (17) 9,20% 4.3.3. Amortização e Depreciação Após a promulgação da Lei 11.638/07 e da Lei 11.941/09, da emissão dos Pronunciamentos Técnicos Contábeis (CPCs) e da adoção desses referidos pronunciamentos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), diversas alterações contábeis foram introduzidas, todas com o objetivo de harmonizar as práticas contábeis brasileiras aos Padrões Internacionais de Contabilidade (IFRS International Financial Reporting Standards). Dentre as alterações, foram modificados radicalmente os procedimentos de contabilização dos Contratos de Concessão e Parcerias Público-Privadas (PPP). A partir de janeiro de 2010 os contratos de concessão devem obedecer a Interpretação Técnica ICPC 01 Contratos de Concessão (Correlação à Norma

FOLHA 10 / 31 Internacional de Contabilidade IFRIC 12). A ICPC 01 orienta os concessionários sobre a forma de contabilização das concessões de serviços públicos e entidades privadas, caso: O concedente controle ou regulamente quais serviços o concessionário deve prestar com a infraestrutura, a quem os serviços devem ser prestados e o seu preço; E o concedente controle por meio de titularidade, usufruto ou de outra forma qualquer participação residual significativa na infraestrutura no final do prazo da concessão. Os contratos de concessão (comum, patrocinada ou administrativa) possuem essas características, pois é o Poder Concedente que controla e regulamenta os serviços a serem prestados, estabelece a tarifa e ainda, ao final do arranjo, os bens serão revertidos ao mesmo. Portanto, o Concessionário deve seguir as orientações da ICPC 01. A infraestrutura (bens reversíveis), dentro do alcance dessa interpretação, não será registrada como ativo imobilizado do concessionário porque o contrato de concessão não transfere ao concessionário o direito de controle do uso da infraestrutura (muito menos de propriedade) de serviços públicos. É prevista apenas a cessão de posse desses bens para realização dos serviços públicos, sendo eles revertidos ao concedente após o encerramento do respectivo contrato. O concessionário tem acesso para operar a infraestrutura para a prestação dos serviços públicos em nome do concedente, nas condições previstas no contrato (item 11, ICPC 01). O Poder Concedente tem o controle dos serviços, preços e interesse sobre a propriedade ao final do contrato. Por isso, a infraestrutura deverá ser

FOLHA 11 / 31 contabilizada no balanço do Poder Concedente. A contabilização do imobilizado no Poder Concedente segue o CPC 27 Ativo Imobilizado. À medida que os investimentos vão sendo realizados pela SPE o Poder Concedente reconhece em seu ativo imobilizado a infraestrutura que está sendo construída e/ou ampliada. A partir do momento em que a infraestrutura está pronta para ser utilizada, deve ser depreciada ao longo da sua vida útil (e não do prazo contratual). Na análise dos contratos de Concessão, assume-se que os fluxos de investimentos da SPE representam o valor justo das infraestruturas construídas. Em outros termos, parte-se do pressuposto de que os valores dos investimentos representem o quanto o Poder Concedente pagaria para adquirir tais infraestruturas. No Poder Concedente, à medida que os serviços são prestados pela SPE, são reconhecidos os ativos e os passivos correspondentes. No caso dos serviços de construção, na medida em que esses são prestados, o Poder Concedente os reconhece no seu ativo (infraestrutura) e também reconhece o correspondente passivo (obrigação de pagamento do Aporte de Recursos Públicos e Contraprestações). Mesmo estando a infraestrutura em construção (ainda não fruível), por competência registra-se a obrigação do Poder Concedente para remunerar a construção. É lógico que a remuneração (o pagamento em si) somente ocorrerá observando a legislação específica. Porém, economicamente, os passivos já existem. Os contratos de concessão são fechados sob a premissa de que as partes envolvidas cumprirão com suas obrigações. Portanto a SPE é considerada como

FOLHA 12 / 31 cumpridora de suas obrigações: construção da infraestrutura e operação da mesma. Dado que a construção está em andamento, o Poder Concedente também tem como obrigação remunerar esse serviço, portanto, o passivo reflete essa obrigação, pari passu à construção do ativo. Os Projetos que preveem remuneração por Tarifa deverão apresentar em sua contabilidade um ativo intangível, já os que adicionalmente a receita tarifária contam com recursos advindos por parte do Poder Concedente na forma Contraprestação e/ou Aporte de Recursos Públicos deverão apresentar também um ativo financeiro, conforme Comitê de Pronunciamentos Contábeis - Interpretação Técnica ICPC 01: 15. Se o Concessionário presta serviços de construção ou melhoria, a remuneração recebida ou a receber pelo Concessionário deve ser registrada pelo seu valor justo. Essa remuneração pode corresponder a direitos sobre: (a) um ativo financeiro, ou (b) um ativo intangível. 16. O Concessionário deve reconhecer um ativo financeiro à medida em que tem o direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do Concedente pelos serviços de construção; o Concedente tem pouca ou nenhuma opção para evitar o pagamento, normalmente porque o contrato é legalmente imponível. O Concessionário tem o direito incondicional de receber dinheiro se o Concedente garantir em contrato o pagamento (a) de valores preestabelecidos ou apuráveis ou (b) da diferença negativa, se houver, entre os valores recebidos dos usuários dos serviços públicos e os valores preestabelecidos ou apuráveis, mesmo se o pagamento estiver condicionado à garantia pelo Concessionário de que a infraestrutura atende a requisitos específicos de qualidade ou eficiência. 17. O Concessionário deve reconhecer um ativo intangível à medida que recebe o direito (autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos. Esse direito não constitui um direito incondicional de receber dinheiro porque os valores são condicionados à utilização do serviço pelo público.

FOLHA 13 / 31 18. Se os serviços de construção do Concessionário são pagos parte em ativo financeiro e parte em ativo intangível, é necessário contabilizar cada componente da remuneração do Concessionário separadamente. A remuneração recebida ou a receber de ambos os componentes deve ser inicialmente registrada pelo seu valor justo recebido ou a receber. A divisão, portanto, da remuneração do Concessionário em ativo financeiro e intangível se dá em função da participação da Receita Tarifária, Contraprestação e Aporte de Recursos Públicos nas receitas totais apresentadas em seu fluxo de caixa. A remuneração originada pela cobrança de tarifa aos usuários do serviço (Receita Tarifária), caso das Concessões Comuns e Concessões Patrocinadas, deverá ser reconhecida como ativo intangível, dado que esta não constitui um direito incondicional de receber. A amortização deste ativo ocorrerá de forma gradativa ao longo do contrato de concessão e será proporcional à percepção de receita tarifária (curva de tráfego estimada). O ativo financeiro é decorrente dos arranjos que dispõe sobre direitos incondicionais de receber pela construção e/ou operação serviço, tanto por dinheiro ou outro ativo financeiro. Considera-se direito incondicional quando o concedente garante o pagamento na celebração do contrato dos valores pactuados ou apuráveis; ou, se houver defasagem entre os valores pré-determinados e os valores efetivamente recebidos dos usuários do serviço público, mesmo se estiver condicionado a performance. À medida que a SPE constrói, reconhece o resultado da construção e a parcela

FOLHA 14 / 31 do recebível correspondente. Esse recebível é o espelho dos compromissos do Poder Concedente, e vai ser realizado quando dos pagamentos do Aporte de Recursos Públicos e das Contraprestações. As obrigações assumidas pelo Poder Concedente pela remuneração da construção do imobilizado são amortizadas até o fim do prazo contratual. Dessa forma, com o início do adimplemento do Aporte de Recursos Públicos e Contraprestações pelo Poder Concedente, também se iniciam as amortizações dos passivos. Com o advento da Lei nº 12.973/14, as regras contábeis originadas a partir da edição da Lei 11.638/2007 foram neutralizadas e, conceitos como o de ativo intangível e ativo financeiro, passam a ser utilizados também para efeito do cálculo dos impostos. Até o final de 2014, as alterações estavam restritas ao tratamento contábil, uma vez que permaneciam inalteradas as regras fiscais para cálculo dos impostos em função do Regime Tributário de Transição RTT instituído pela Lei nº 11.638/2007 (eficácia mandatória a partir do ano-calendário 2014). 4.3.4. Premissas Tributárias O marco regulatório prevê que sobre a Concessionária incidem ISS (Imposto Sobre Serviços), COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), PIS (Programa de Integração Social), IRPJ (Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas) e a CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido).

FOLHA 15 / 31 4.3.4.1. Tributação sobre a Receita O marco regulatório prevê que sobre as receitas do Concessionário incidem COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), PIS (Programa de Integração Social) e ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza). Conforme a Lei Complementar nº 07/1970, são contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado, tendo o cálculo de tal contribuição baseado nas receitas auferidas de acordo com a Lei Federal nº 9.718/98 e com alíquotas diferenciadas de acordo com o perfil da receita como definida pela Lei Federal nº 10.673/2002. A COFINS, assim como o PIS, é regida atualmente pela Lei Federal nº 9.718/98, que estabelece que todas as pessoas jurídicas e seus equivalentes em relação à legislação do Imposto de Renda são seus contribuintes. No caso deste projeto, a Receita da Concessionária é composta especificamente pela Receita Tarifária que sujeita a Concessionária ao pagamento de PIS e COFINS nas alíquotas de 0,65% e 3,00% respectivamente. Além da tributação de PIS/COFINS, a Concessionária fica sujeita ao pagamento de ISS de acordo com a Lei Complementar nº 116/2003. Quanto a incidência de ISS sobre as remunerações vinculadas aos serviços de transporte rodoviário (Receita Tarifária), o modelo econômico-financeiro considerou, com base nos termos utilizados pelo Poder Concedente na 3ª Etapa de Concessões Rodoviárias, a alíquota indecente máxima de ISS de 5%, dado que o ISS é devido aos municípios onde passa o trecho da estrada e que a taxa cobrada depende da legislação de cada município

FOLHA 16 / 31 Tabela 4: Impostos sobre Receita 4.3.4.2. Tributação sobre o Lucro A SPE também deverá recolher imposto sobre o Lucro do Projeto - Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL). Para o cálculo do IRPJ, a modelagem econômico-financeira fez uso da declaração do imposto no Regime de Lucro Real apurado anualmente, nos termos da legislação federal vigente, em obediência ao art. 14 da Lei nº 9.718/98, que obriga as pessoas jurídicas cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais), multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (limite fixado pela Lei Nº 10.637/2002). Sobre o Lucro antes do IR/CSLL (LAIR), incide alíquota de Imposto de Renda de 15% quando a parcela do lucro real for inferior ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), pelo número de meses do respectivo período de apuração. Porém, quando os resultados da SPE apontarem para um valor superior a este montante, a legislação estabelece a cobrança de um adicional de 10% sobre o valor excedente. O pagamento da CSLL é regulado pela Lei Federal nº 7.689/1988, que a estabelece através das mesmas normas de apuração do Imposto de Renda

FOLHA 17 / 31 Sobre Pessoa Jurídica, tendo sua base de cálculo definida nos dispositivos da Lei Federal nº 10.684/2003, que determina a incidência da alíquota de 9% sobre as empresas optantes pelo regime de declaração sobre Lucro Real. Tabela 5: Impostos sobre Lucro Gráfico 4: Impostos sobre Receita e Lucro 4.3.4.3. Desconto do REIDI Em concordância com o Ofício nº 76/2014/CS/ANTT e Norma Informativa mº 172/2014/DECOJ/SFAT/MT o presente estudo considerou a aplicação do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura REIDI, que consiste na isenção de PIS e COFINS para obras e projetos compreendidos no escopo do Contrato desta Concessão. Dessa forma, foi aplicado durante o período de implantação desconto de 3,65% sobre os investimentos. 4.3.5. Variação de Capital de Giro Para fins de elaboração do modelo econômico-financeiro foram considerados os

FOLHA 18 / 31 seguintes prazos de variação de capital de giro: Tabela 6: Variação de Capital de Giro CAPITAL DE GIRO Contas a Reeceber Contas a Pagar Tributos a Recolher 20 dias 20 dias 20 dias 4.3.6. Premissas Financeiras A Concessão da Rodovia BR-364/060 configura-se como um empreendimento com perfil de investimento de longo prazo, ou seja, com elevado montante de capital e longo prazo de maturação, demandando estrutura financeira que compatibilize o fluxo de caixa da dívida com o fluxo de caixa do Projeto, de modo a propiciar um índice de cobertura do serviço da dívida 1 adequado. Dado que o projeto apresenta investimento ao longo de todos os anos do prazo Contratual, a estrutura financeira do empreendimento compreende tanto a obtenção de linhas de financiamento de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como a emissão de Debêntures Incentivadas. O nível de alavancagem foi definido pelas características próprias do Projeto, incluindo a volatilidade das receitas e o dimensionamento dos custos. Esse item contempla estudos e considerações acerca da estrutura de financiamento do projeto. 1 O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) é calculado através da divisão da geração de caixa operacional pelo serviço da dívida, com base em informações registradas nas Demonstrações Financeiras, em determinado período.

FOLHA 19 / 31 4.3.6.1. Financiamento de Curto Prazo do BNDES O Financiamento de Curto Prazo representa um instrumento de captação da SPE, que propicia a alavancagem financeira necessária para a realização dos investimentos compreendidos durante a estruturação do financiamento de Longo Prazo. Foi considerado no modelo econômico-financeiro as condições de financiamento de Curto Prazo estabelecidas no documento CONDIÇÕES DE APOIO DAS CONCESSÕES DAS RODOVIAS BR-364/060/MT/GO, BR-163/230/MT/PA, BR- 364/GO/MG E BR-476/153/282/480 DO PROGRAMA DE INVESTIMENTOS EM LOGÍSTICA (PIL) DO GOVERNO FEDERAL. Tabela 7: Características do Empréstimo de Curto Prazo FINANCIAMENTO CURTO PRAZO Taxa Básica TJLP Taxa de Risco de Crédito 2% Prazo Total de Financiamento 1 ano Carência 12 meses 4.3.6.1.1. Captação O montante previsto para o empréstimo ponte foi estimado em R$ 236.208 Mil, correspondente a 70% do valor a ser investido pelo Concessionário no primeiro ano de Concessão. 4.3.6.1.2. Juros Os juros do empréstimo ponte deverão incidir sobre o saldo devedor da SPE junto à instituição financeira, devendo seu pagamento ocorrer mensalmente.

FOLHA 20 / 31 4.3.6.1.3. Amortização A liquidação do Financiamento de Curto Prazo deverá ocorrer via parcela única, tendo como funding a primeira tranche do Financiamento de Longo Prazo. 4.3.6.2. Financiamento de Longo Prazo do BNDES O Financiamento de Longo Prazo representa o principal instrumento de captação da SPE, propiciando a alavancagem financeira necessária para a realização dos investimentos compreendidos no arcabouço da PPP. As condições do Financiamento de Longo Prazo foram consideradas conforme documento CONDIÇÕES DE APOIO DAS CONCESSÕES DAS RODOVIAS BR-364/060/MT/GO, BR-163/230/MT/PA, BR-364/GO/MG E BR- 476/153/282/480 DO PROGRAMA DE INVESTIMENTOS EM LOGÍSTICA (PIL) DO GOVERNO FEDERAL. 4.3.6.2.1. Captação A modelagem considerou a obtenção de duas linhas de Financiamento de Longo Prazo na modalidade Project Finance, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico-Social (BNDES). A primeira a ser obtido no 2º ano de Concessão, com duração de 19 anos, com prazo de carência de 48 meses e alavancagem de 70% do valor a ser investido pelo Concessionário entre os anos 2 e 5. E a segunda a ser obtida no 16º ano de Concessão, com duração de 14 anos, com prazo de carência de 60 meses e alavancagem de 35% do valor a ser investido pelo Concessionário entre os anos 16 e 20. Para aprovar uma operação Project Finance, a classificação de risco do BNDES considera os seguintes fatores: A classificação de risco dos controladores da beneficiária,

FOLHA 21 / 31 conforme a dependência do projeto e do financiamento em relação aos mesmos; O risco de implantação do projeto e os respectivos mitigadores; O grau de alavancagem da beneficiária; A suficiência, previsibilidade e estabilidade dos fluxos de caixa do projeto; O risco operacional do projeto e respectivos mitigadores; O valor, liquidez e segurança das garantias oferecidas pela beneficiária.

FOLHA 22 / 31 Figura 1: Fluxo de Análise do BNDES *Fonte: BNDES DEPRI: Departamento de Prioridades do BNDES

FOLHA 23 / 31 Tabela 8: Características do Empréstimo de Longo Prazo 1º FINANCIAMENTO LONGO PRAZO BNDES Captação 70% Taxa Básica TJLP Taxa de Risco de Crédito 2% Início 2º ano Prazo Total de Financiamento 19 anos Carência 48 meses Tabela 9: Características do Empréstimo de Longo Prazo 2º FINANCIAMENTO LONGO PRAZO BNDES Captação 35% Taxa Básica TJLP Taxa de Risco de Crédito 2% Início 16º ano Prazo Total de Financiamento 14 anos Carência 60 meses Junto ao BNDES, a SPE deverá captar o montante de R$ 1.854.136 Mil entre os anos 2 e 5 de Concessão (1º Financiamento) e R$ 133.810 Mil entre os anos 16 e 20 de Concessão (2º Financiamento). 4.3.6.2.2. Juros Assim como a taxa de juros do empréstimo ponte, a taxa de juros a ser cobrada pelo BNDES incidirá sobre o saldo devedor da SPE junto à Instituição Financeira, devendo seu pagamento ocorrer mensalmente. 4.3.6.2.3. Amortização O sistema de amortização utilizado na modelagem financeira no Financiamento de Longo Prazo foi o mesmo do empréstimo ponte SAC.

FOLHA 24 / 31 4.3.6.3. Debênture Incentivada Adicionalmente ao financiamento do BNDES o projeto fez uso da emissão de Debêntures Incentivadas entre os anos 16 e 20 de Concessão, com as seguintes características: Tabela 10: Características das Debêntures Incentivadas DEBÊNTURES Captação 35% Taxa Básica IPCA Taxa de Risco de Crédito 8% Início 16º ano Prazo Total de Financiamento 10 anos Carência Sem 4.3.6.3.1. Captação O montante previsto de captação via emissão de Debêntures Incentivadas foi estimado em R$ 133.810 Mil, correspondente a 35% do valor a ser investido pelo Concessionário entre os anos 16 e 20 de Concessão. 4.3.6.3.2. Juros Os juros das Debêntures Incentivadas deverão incidir sobre o saldo devedor da SPE, não apresentando carência de pagamento. 4.3.6.3.3. Amortização O sistema de amortização utilizado na modelagem financeira das Debêntures Incentivadas foi o SAC, sem a existência de carência. 4.3.6.4. Índice de Cobertura do Serviço da Dívida O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) configura-se como o principal indicador da capacidade de pagamento da dívida por parte de uma empresa e é

FOLHA 25 / 31 utilizado como critério de avaliação para a disponibilização de recursos por parte de uma instituição financeira. O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) é calculado a partir da divisão da geração de caixa operacional pelo serviço da dívida: Tabela 11: Cálculo do ICSD No caso do BNDES, para projetos de Project Finance, é exigido um ICSD projetado para cada ano da fase operacional do Projeto de, no mínimo, 1,3. Valor que pode ser reduzido ao mínimo de 1,2, quando o Projeto apresentar Taxa Interna de Retorno (TIR) mínima de 8% a.a. em termos reais. No caso do projeto em particular o ICSD apresentou valores superiores ao mínimo ao longo do Prazo Contratual. 4.3.7. Estrutura de Garantias 4.3.7.1. Garantia de Execução do Contrato A Garantia de Execução do Contrato (Performance Guarantee) tem como objetivo assegurar o desenvolvimento adequado do projeto. Assim, o

FOLHA 26 / 31 instrumento funciona como: (a) garantia do atendimento de parâmetros de desempenho pela concessionária na medida em que o projeto avança, (b) garantia das obrigações contratuais e (c) garantia de execução de parte correspondente das obras e da operação da rodovia em caso de rescisão do contrato por culpa da concessionária. A partir da experiência das concessões rodoviárias anteriores, verificou-se que a maioria dos investimentos ocorre nos primeiros anos do contrato e à medida que o tempo passa os valores de investimentos seguem uma tendência decrescente ao longo da concessão. Dessa forma as garantias durante os 5 primeiros anos de Concessão as garantias foram fixadas em 5,00% do Valor Presente Líquido da Receita Operacional Bruta Total prevista, e 2,50% do Valor Presente Líquido da Receita Operacional Bruta Total prevista no restante do prazo de Concessão. 4.3.8. Verbas Contratuais Conforme estabelecido no Edital de Chamamento Público da BR-364/060 o estudo econômico-financeiro considerou as seguintes premissas de cálculo da Verba de Fiscalização, Recursos de Desenvolvimento Tecnológico, Segurança no Trânsito, Emolumentos à Bovespa: 4.3.8.1. Verba de Fiscalização Seguindo os moldes dos Editais da 3ª Etapa do Programa de Concessões Federais, o valor anual a ser pago a título de Verba de Fiscalização é igual a 1,5% do Valor Presente Líquido da Receita Operacional Bruta Total prevista. 4.3.8.2. RDT Recursos de Desenvolvimento Tecnológico O RDT, da mesma forma que a Verba de Fiscalização, utilizou como referência os Editais da 3ª Etapa do Programa de Concessões Federais, que estabelecia o

FOLHA 27 / 31 valor anual a ser pago igual a 0,25% do Valor Presente Líquido da Receita Operacional Bruta Total prevista. 4.3.8.3. Segurança no Trânsito Para as despesas com Segurança no Trânsito se estabeleceu o valor de R$ 170/Km-mês. 4.3.8.4. Emolumentos à Bovespa Os emolumentos à Bovespa foram estabelecidos em R$ 600 Mil. 4.3.8.5. Ressarcimento do EVTEA Para ressarcimento do EVTEA foi estabelecido o valor de R$ 2.432 Mil. 4.3.9. Capital Mínimo O capital mínimo a ser aportado na Sociedade de Propósito Especifico foi estabelecido considerando a soma de 30% dos valores de investimento dos dois primeiros anos com os valores do Fluxo de Caixa Operacional dos dois primeiros anos da Concessão (quando negativos) menos a receita financeira do mesmo período.

FOLHA 28 / 31 4.4. Resultados 4.4.1. Tarifa A partir dos dados de entrada e das premissas econômico financeiras o modelo demonstrou a necessidade de uma tarifa de R$ 0,13147/Km resultando em: Tabela 12: Tarifas de Pedágio Tarifa (R$) R$/100Km 13,15 Praça 1 14,20 Praça 2 15,60 Praça 3 14,90 Praça 4 10,20 Praça 5 10,60 Praça 6 12,30 Praça 7 14,80 TARIFA R$ / 100 Km R$ 23,60 R$ / Praça 1 R$ 25,50 R$ / Praça 2 R$ 28,10 R$ / Praça 3 R$ 26,70 R$ / Praça 4 R$ 18,30 R$ / Praça 5 R$ 18,90 R$ / Praça 6 R$ 22,10 R$ / Praça 7 R$ 26,50 Gráfico 5: Receita Tarifária Tabela 13: Receita Tarifária por Praça de Pedágio (em Milhares) Receita Tarifária Média Anual Total Praça 1 R$ 143.073 R$ 4.292.187 Praça 2 R$ 105.333 R$ 3.159.980 Praça 3 R$ 123.059 R$ 3.691.773 Praça 4 R$ 66.328 R$ 1.989.834 Praça 5 R$ 49.294 R$ 1.478.810 Praça 6 R$ 99.611 R$ 2.988.337 Praça 7 R$ 119.969 R$ 3.599.082 Total R$ 706.667 R$ 21.200.004

FOLHA 29 / 31 Tabela 14: Resultados do Cenário Resultados Tarifa (R$/100Km) R$ 13,15 Receita Tarifária Total (Mil) R$ 21.200.004 Investimento Total R$ 5.455.738 TIR do Projeto (REAL) 9,20% TIR do Acionista (REAL) 16,13% TIR dos Dividendos (REAL) 15,23%

FOLHA 31 / 31 4.4.2. Fluxo de Caixa do Projeto Tabela 15: Fluxo de Caixa Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Receita Tarifária Bruta - - 269.630 481.805 507.922 533.194 578.704 592.360 606.397 622.287 635.212 Deduções - - (23.323) (41.676) (43.935) (46.121) (50.058) (51.239) (52.453) (53.828) (54.946) Custos e Despesas Operacionais - (95.968) (115.055) (120.600) (125.648) (130.115) (126.936) (127.110) (127.291) (127.363) (127.425) Tributos Sobre o Lucro - - (28.731) (79.991) (97.214) (96.961) (110.309) (114.246) (117.908) (122.048) (125.349) Variação de Capital de Giro - 5.332 (11.027) (7.612) (88) (1.048) (1.745) (465) (499) (572) (469) Investimentos - (337.440) (499.448) (620.252) (813.815) (715.250) (91.358) (73.246) (103.968) (104.901) (105.513) Fluxo de Caixa do Projeto - (428.076) (407.955) (388.326) (572.779) (456.302) 198.298 226.055 204.278 213.574 221.510 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Receita Tarifária Bruta 650.124 665.494 682.872 697.115 713.484 730.152 749.324 764.959 782.821 801.340 822.423 Deduções (56.236) (57.565) (59.068) (60.300) (61.716) (63.158) (64.817) (66.169) (67.714) (69.316) (71.140) Custos e Despesas Operacionais (127.526) (127.455) (127.584) (127.773) (127.835) (128.077) (128.140) (128.158) (128.311) (128.634) (128.770) Tributos Sobre o Lucro (128.611) (132.645) (138.207) (141.498) (145.305) (148.885) (153.168) (158.312) (163.918) (167.273) (168.416) Variação de Capital de Giro (570) (560) (566) (529) (616) (634) (732) (507) (587) (736) (999) Investimentos (142.502) (95.563) (22.501) (107.498) (107.393) (114.576) (108.825) (23.691) (25.314) (109.908) (197.181) Fluxo de Caixa do Projeto 194.680 251.705 334.946 259.517 270.618 274.821 293.644 388.123 396.977 325.474 255.917 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30 Receita Tarifária Bruta 839.485 859.270 879.478 902.684 921.263 943.112 965.265 990.620 1.011.208 Deduções (72.615) (74.327) (76.075) (78.082) (79.689) (81.579) (83.495) (85.689) (87.469) Custos e Despesas Operacionais (129.317) (129.473) (129.419) (129.364) (129.616) (129.727) (129.733) (129.692) (129.989) Tributos Sobre o Lucro (168.127) (170.909) (177.211) (183.976) (184.925) (185.732) (181.188) (168.177) (120.984) Variação de Capital de Giro (852) (841) (678) (805) (876) (1.058) (1.376) (2.012) 33.726 Investimentos (186.544) (110.163) (23.446) (25.905) (91.931) (86.634) (115.002) (132.155) (163.813) Fluxo de Caixa do Projeto 282.030 373.557 472.648 484.552 434.226 458.382 454.470 472.896 542.677 TIR do Projeto 9,20%