Projecto Europeu (VI Programa Quadro)



Documentos relacionados
Projecto Europeu (VI Programa Quadro)

Assegurar a qualidade nas tecnologias solares para aquecimento e arrefecimento

Água Quente Solar para PORTUGAL (AQSpP) E. Maldonado DGE

Caracterização do desempenho de um grande edifício de serviços

QAiST Assegurar a qualidade nas tecnologias solares para aquecimento e arrefecimento. Reunião CT54

COLECTORES SOLARES TÉRMICOS

Colectores Solares Estacionários. Colectores Solares Estacionários. INETI-DER Outubro de 06. Aproveitamento directo da Energia Solar:

Sessão de Divulgação: Avisos QREN Eficiência Energética em PME e IPSS Local: Auditório do NERGA - Guarda

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA PADRE AMÉRICO, 131, 2.º ANDAR - AP. 25 Localidade CAMPO VLG

SEMINÁRIO FACHADAS ENERGETICAMENTE EFICIENTES: CONTRIBUIÇÃO DOS ETICS/ARGAMASSAS TÉRMICAS FACHADAS EFICIENTES NO DESEMPENHO ENERGÉTICO DE EDIFÍCIOS

CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS REABILITADSOS

Eficiência Energética e Integração de Energias Renováveis em Edifícios

Certificação de equipamentos e instaladores.

Guia Prático do Certificado Energético da Habitação

Certificado Energético Edifício de Habitação

PRINCIPAL REGULAMENTAÇÃO EXISTENTE E SUA IMPLEMENTAÇÃO A NÍVEL EUROPEU CAPÍTULO 3

Arrefecimento solar em edifícios

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada MONTE STO ANTONIO - CASA FELIZ, CAIXA POSTAL 2010P, Localidade BENSAFRIM

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA DA CARAPINHEIRA, 14 E 16, Localidade CARAPINHEIRA

Programa Janela Eficiente tem potencial de negócio de 500 milhões 08/03/11, 18:31

Relatório de Auditoria Energética

Albaenergy Solutions, Lda. Ar Condicionado

GAMA DE TURBINAS EÓLICAS COMFORT 220

assegurar a qualidade em sistemas solares térmicos certificação de sistemas solares e seus componentes

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AV. WENCESLAU BALSEIRO GUERRA,, 115, 2º B Localidade PAREDE

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA GENERAL HUMBERTO DELGADO, BLOCO F, 181, 3.º DIR. Localidade MATOSINHOS

MICROGERAÇÃO. DL 363/2007 de 2 de Novembro PRODUZA E VENDA ENERGIA ELÉCTRICA À REDE ALTA RENTABILIDADE ALTA RENTABILIDADE DO INVESTIMENTO.

Instalador de Isolamentos na Construção

Aquecimento / Arrefecimento forma de climatização pela qual é possível controlar a temperatura mínima num local.

Estruturas Solares Multifunções

CERTIFICADO DE DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA QUALIDADE DO AR INTERIOR

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA ENGENHEIRO CARLOS RODRIGUES, BLOCO N.º 4, 1º D Localidade ÁGUEDA

Análise comparativa dos sistemas de avaliação do desempenho docente a nível europeu

Objetivos: Potencial para aplicação ST em grandes instalações: Água quente sanitária. Água quente de processo Água quente para arrefecimento

Ficha de identificação da entidade participante

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA DO CHOUPELO, 811, R/C ESQUERDO Localidade VILA NOVA DE GAIA

Colectores Solares para Aquecimento de Água. S. T. Spencer

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AVª FONTES PEREIRA DE MELO, 51 A 51-G, 8º ESQ Localidade LISBOA

Cumprir Quioto é um desafio a ganhar

Água Quente Sanitária. Climatização Passiva. Aquecimento e Arrefecimento. Aquecimento

Recuperação e Readaptação Funcional de um Palacete para o Arquivo Municipal de Fafe

A Nova Regulamentação

Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios. Janeiro/Fevereiro 2008

O palácio de Belém Um exemplo pioneiro

COM SISTEMAS ACTIVOS DE ELEVADA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA MÁRTIRES DO TARRAFAL, Nº375, 1º ESQ Localidade MONTIJO

Sistema de Certificação Energética e de QAI


CONTEÚDOS MODELO DAS AUDITORIAS ENERGÉTICAS

Damos valor à sua energia

CERTIFICADO DE DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA QUALIDADE DO AR INTERIOR

Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) Sistema de Certificação Energética - Geral

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA DO CASTELO,, Localidade MONTEMOR-O-VELHO

"A nova legislação do desempenho energético dos edifícios

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AV. COMBATENTES 15, RCH DRT,, Localidade SESIMBRA

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA D. GLÓRIA DE CASTRO, Nº 141,, Localidade VILA NOVA DE GAIA

Seminário Eficiência Energética : Políticas, Incentivos e Soluções. Sertã, 06 de Junho 2011

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA DO AREAL, 35, 1.º DRT.º TRÁS Localidade TRAVASSÔ

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada SESMARIA DE SÃO JOSÉ, RUA DO AGRICULTOR, 51, Localidade SALVATERRA DE MAGOS

O Solar- Térmico na Melhoria da Eficiência Energética. om tions.eu 1

OBSERVATÓRIO para a Energia Solar

REDE EUROPEIA DE CENTROS EDUCATIVOS 50/50

Pós-Copenhaga E o ambiente? Francisco Ferreira

CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA E DA QUALIDADE DO AR INTERIOR NOS EDIFÍCIOS

Bioenergia Portugal 2015 Portalegre, 28/05/2015. Biomassa para a Energia. importância da qualidade na cadeia de valor

Seminário Cidades mais Inteligentes. A certificação energética e a reabilitação urbana. Braga, 10 de Maio de 2011

Eficiência Energética

Certificado Energético Pequeno Edifício de Comércio e Servicos IDENTIFICAÇÃO POSTAL

Soluções de Energia Solar. Março de

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Aquecimento Doméstico

Workshop Soluções energeticamente eficientes em edifícios públicos Portalegre, 14 de Abril de 2010

CO N C E P Ç ÃO, DESEN VO LV I MENTO E FABRI CO P ORTUGUÊ S BLOCO SOLAR ÁGUAS QUENTES SANITÁRIAS AQUECIMENTO CENTRAL CLIMATIZAÇÃO DE PISCINAS

A Sustentabilidade do Uso Energético da Biomassa Florestal. Comemoração do Dia Internacional das Florestas 20 de Março de 2014

Saber mais sobre Energia

Pré-Certificado Energético Edifício de Habitação SCE PROVISÓRIO

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa.

Técnico/a Especialista de Automação, Robótica e Controlo Industrial Nível 4

Certificado Energético Edifício de Habitação

P L A N O D E A C T I V I D A D E S

Planos de Mobilidade e Transportes (PMT) e Planos de Mobilidade Urbana Sustentável (SUMP / PMUS): Diferenças e Semelhanças

Seminário sobre Energia Elétrica Luanda, 8 e 9 de Setembro de 2011


STC 6 Modelos de Urbanismo e mobilidade

Como me preparar para o mercado de trabalho?

ANEXO: PROGRAMA DO CURSO 1º Módulo: Fundamentos de Térmica de Edifícios FTE

Bombas de Calor Geotérmicas

BOMBAS DE CALOR AR/ÁGUA CLIMAECO

Experiência de participação da Vajra em projectos de investigação do 7ºPQ

Aspetos da Sustentabilidade

S13. A casa ideal. Marco Silva S13

Água Quente Solar para Portugal

Solar Térmico: Uso de paineis solares para águas quentes sanitárias. Luis Roriz

Energias renováveis. Fontes de financiamento e utilização em projectos de I&D. Edifício Inovisa II

CERTIFICADO DE DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA QUALIDADE DO AR INTERIOR

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. ADENE Agência para a Energia Maio de 2010

GEOTERMIA. a energia sustentável

PERFIL DO JOVEM EMPREENDEDOR

Transcrição:

Nova Geração de Sistemas Solares TérmicosT (New Generation of Solar Thermal Systems) NEGST Projecto Europeu (VI Programa Quadro) Maria João Carvalho Investigadora INETI Objectivo: Introdução de sistemas solares térmicos mais económicos no mercado, principalmente para aquecimento de água e/ou aquecimento e arrefecimento ambiente, de modo a contribuir para Plano de Acção da União Europeia relativo à redução de emissões de CO2 e ao fornecimento de energia, de forma económica, recorrendo a fontes renováveis.

Para atingir os objectivos do projecto criou-se um consórcio de peritos no campo da energia solar térmica que inclui investigadores e laboratórios de ensaio, assim como participantes da indústria de vários países da Europa. ITW, Alemanha Coordenador SPF, Suiça coordenador WP1 ARSENAL research, Austria coordenador WP2 TNO, Holanda SP, Suécia ENEA, Itália coordenador WP5 CSTB, França ESTIF coordenador WP4 INTA, Espanha INETI, Portugal SERC, Suécia NCSR DEMOKRITOS, Grécia UNI KASSEL, Alemanha Ecofys, Holanda AEE INTEC, Austria coordenador WP3 UIO, Noruega POLIMI, Itália BYG.DTU, Dinamarca Organização de tarefas no projecto:

WP1 - Nova geração de sistemas solares térmicos 1. Levantamento em cada país das tecnologias actualmente existentes Tipos de sistemas mais comuns (AQS e AA) Identificação de Novas Concepções de Sistemas Solares Térmicos (com o objectivo de quebrar barreiras à utilização do solar térmico) e que possam constituir uma nova geração de sistemas solares térmicos 2. Avaliação teórica das concepções mais promissores e elaboração de relatório desta avaliação. 3. Organização de Workshops para transferência de conhecimento 4. Elaboração de guia de concepção e instalação dos sistemas seleccionados 5. Avaliação de alguns destes sistemas em funcionamento normal ( on-site ) WP1 - Nova geração de sistemas solares térmicos Conceito muito interessante (Clima Português): Aquecimento e arrefecimento ambiente com sistemas de arrefecimento de baixa potência assistidos por colectores solares Ainda em fase de investigação. Necessidade de solução de alguns problemas tecnológicos Introdução do conceito de aquecimento ambiente com colectores solares para países do Sul da Europa Problema: necessidade de dissipar a energia extra na estação quente Soluções possíveis: utilização em piscinas

WP1 - Nova geração de sistemas solares térmicos Sistemas solares para: AQS (águas quentes sanitárias), AA (Aquecimento Ambiente) no período de inverno (6 meses) e AP (Aquecimento Piscina) no período de Verão (6 meses) - Boa adequação às aplicações em habitações unifamiliares Existem já alguns exemplos (empresas VAJRA; AoSol; outros) WP1 - Nova geração de sistemas solares térmicos Estudo teórico com base no programa TSol : Estudo efectuado considerando chão radiante Sistema utilizando dois depósito: um para AQS e um para AA; AP directo do campo de colectores Sistema utilizando combi-store (AQS e AA); AP directo do campo de colectores

WP1 - Nova geração de sistemas solares térmicos Alguns resultados preliminares : ano 14 12 10 8 6 4 2 Gáz Natural 0 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Custo ( /m3) Sistema em avaliação (AQS, AA, AP) ref - 500 /m2 ref - 750 /m2 aval - 500 /m2 aval -750 /m2 ano Sistema de referência (apenas AQS) Gáz Propano ref - 500 /m2 ref - 750 /m2 14 12 aval - 500 /m2 aval - 750 /m2 10 8 6 4 2 0 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3 3.1 Custo ( /m3) WP2 - Concepções standard de sistemas solares (de grande dimensão) 1. Levantamento das práticas de planeamento, instalação e comercialização de grandes sistemas solares nos diferentes países da Europa; 2. Realização de um inquérito sobre sistemas de grande dimensão de aquecimento e arrefecimento; 3. Marketing e financiamento 1. Aspectos contratuais 2. Métodos de monitorização 4. Desenvolvimento de concepções normalizadas para este tipo de sistemas

WP2 - Concepções standard de sistemas solares Instalações Solares para Aquecimento de Água e/ou Aquecimento Ambiente (de tipo colectivo) TorreVerde_TironeNunes WP2 - Concepções standard de sistemas solares Fonte: Christian Buchbauer (Arsenal)

Fonte: Christian Buchbauer (Arsenal) WP2 - Concepções standard de sistemas solares Exemplo 3: rede COBERTURA T3 T3a T5 T3b T3c PISO 4 T3 T3a T5 T3b T3c PISO 3 T3 T3a T5 T3b T3c PISO 2 T3 T3a T5 T3b T3c PISO 1 PISO 0 P m m3 3 Td PISO -1 BLOCO A BLOCO B BLOCO C PISO -2 Fonte: INETI (DER)

WP3 Integração em edifícios 1. Levantamento de regulamentos, regras de arte, etc existentes em diferentes países. 2. Levantamento, através de contacto com projectistas, instaladores, outros técnicos com intervenção na promoção do solar térmico para identificar possíveis barreiras à integração dos colectores solares em edifícios. 3. Organizar Worshops sobre este tema promovendo uma maior divulgação da instalação de sistemas solares térmicos em edifícios. WP3 Integração em edifícios Rigidez da construção - exemplo: montagem no edifício, fachada de vidro, tamanho e espessura? Risco de incêndio - isolamento do colector, classificação quanto a risco de incêndios dos materiais do colector..? Problemas de ruído - a integração de colectores em edifícios pode provocar níveis de ruído acima dos permitidos? Danos na construção - a integração de colectores em edifícios pode provocar enfraquecimento dos componentes do edifício ou parte da construção do mesmo? Requisitos térmicos - integração de colectores em edifícios pode pôr em causa as normas actualmente existentes para a eficiênca energética dos edifícios? Penetração de chuva e humidade - existem alguns problemas relativos à penetração de humidade no interior do edifício? Materiais com problemáticos sdo ponto de vista ambiental - existem problemas para satisfazer requisitos ambientais? Caso conheçam situações em que a integração dos colectores em edifícios foi complexa, difícil, gostaria que me indicassem esses casos.

WP3 Integração em edifícios Exemplos em Portugal Edifício sede do Centro de Operações da BRISA em Carcavelos 663,3 m 2 de colectores Climatização Chiller de Absorção, efeito simples, LiBr Edifício Solar XXI - DER - INETI (financiamento Programa PRIME) WP3 Integração em edifícios Stanz, Austria (2003) AQS e AA 150 m 2 colectores integrados na fachada 3x2000 l depósito de armazenamento 500 m 2 Chão Radiante

WP3 Integração em edifícios Vorarlberg, Austria AQS e AA 67 m 2 colectores integrados na fachada WP3 Integração em edifícios Konstanz, Alemanha (2002) AQS e AA 140 m 2 colectores integrados na fachada

WP4 Nova geração de normas Pretende-se identificar aspectos em que a Normalização contribua para uma melhor penetração no mercado de novos sistemas solares térmicos. 1. Colectores 2. Depósitos 3. Controladores 4. Combisystems 5. Sistemas de arrefecimento solar 6. Desalinização 7. Fluidos térmicos 8. LCA (Análise de ciclo de vida) 9. Conversão de m² para potência e energia (para utilização em estatísticas de mercado) WP4 Nova geração de normas Conversão de m² para potência e energia (para utilização em estatísticas de mercado) Para converter m² em potência (máxima instalada): Utilizar o valor 700 W/m² para qualquer tipo de colector Apresentação de Jan-Erik Nielsen, ESTIF (2ªReunião Projecto NEGST)

WP5 Aplicações avançadas 1. Arrefecimento solar 2. Desalinisação Elaboração de relatório do estado da arte Avaliação do interesse na penertração do Solar Térmico no mercado Para mais informação sobre o projecto sugiro a consulta da página: www.swt-technologie.de technologie.de/html/negst.html Sugestões sobre os temas em desenvolvimento no projecto: mjoao.carvalho@ineti.pt