GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS



Documentos relacionados
GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Publicado no Diário Oficial n o 4.412, de 10 de julho de

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

O processo é encaminhado pela julgadora singular à assessoria técnica do CAT para verificação dos documentos acostados pela impugnante.

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Conselho de Contribuintes RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº 13.

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda, CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTARIO CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Desobrigado do Recurso Hierárquico, na expressão do artigo 730, 1, inciso II, do RICMS, aprovado pelo Decreto nº /97.

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /11/1ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

RELATÓRIO VOTO DO RELATOR (VOTO VENCIDO)

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda,

RECURSO Nº ACORDÃO Nº

RESOLUÇÃO N ^ /2006 Ia CÂMARA SESSÃO DE 17/07/2006

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT

~"<V' ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de Recursos Tributários la Câmara de Julgamento

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES. - Junta de Revisão Fiscal

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ti.? ,S~ ~ \ ) .,. ~~v GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da FRUndl1, CONTENCIOSOADMINSTRATIVO TRIBUTARIO CONSELHODE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES JUNTA DE REVISÃO FISCAL

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda Contencioso Administrativo Tributário Conselho De Recursos Tributários 2" Câmara

~"" /'~ ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GoVERNO 00 EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda,

ROZINETE ARAÚJO DE MORAIS GUERRA Conselheira Relatora

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /11/3ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

EsTADO DO CEARÁ Secretaria,la Fazellda, CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTARIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de RecursosTributários 1a Câmara de Julgamento

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /10/2ª Rito: Ordinário PTA/AI: Impugnação: 40.

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - CONAT CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS- CRT

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS ADM. FISCAIS

RIO GRANDE DO NORTE CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

EMENTA: ICMS. IMUNIDADE FISCAL.

RESOLUÇÃO : Nº 31/11 CÂMARA DE JULGAMENTO SESSÃO : 44ª EM: 22/07/2011 PROCESSO : Nº 0132/2010 RECORRENTE : DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS ADM.

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

GoVERNO 00 EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazetldtl I

ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS. A peça vestibular dos autos acusa o contribuinte o seguinte relato:

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA E CONTROLE GERAL CONSELHO DE CONTRIBUINTES. - Junta de Revisão Fiscal. - Conselheiro Sylvio de Siqueira Cunha

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DA BAHIA PROCESSO- A.I. Nº /00 RECORRENTE- GERDAU S.A. RECORRIDA- FAZENDA PUBLICA ESTADUAL

NORMA DE EXECUÇÃO Nº 03, DE 21 DE JUNHO DE 2011

~1&i~ ;. \ I. ~",~ ~/ GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS ACÓRDÃO Nº 0115 /2015-CRF

. ' ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS /

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIADA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Secretaria da Fazenda. CONTENCIOSO ADMINSTRATIVO TRlBUTARlO CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

VERITAE TRABALHO - PREVIDÊNCIA SOCIAL - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEX PREVIDÊNCIA SOCIAL E TRIBUTOS

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Conselho de Contribuintes

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO RELATÓRIO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

ICMS-ST DÉBITO FISCAL POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. SIGEHISA MIURA SILVIA MARIA BARBETA

MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA. Processo nº / Recurso nº

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT

,." \,J ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS R E L A T Ó R I O

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECORRIDA SEXTA TURMA DA JUNTA DE REVISÃO FISCAL

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazendn, CONTENCIOSOADMINSTRATIVOTRIBUTARIO CONSELHODE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO CARTILHA DO ADVOGADO

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /12/1ª Rito: Ordinário PTA/AI: Recurso Inominado: 40.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS CONSELHO MUNICIPAL DE TRIBUTOS RELATÓRIO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRiBUTÁRiOS

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº TITULAR DA IFE 01 BARREIRA FISCAIS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /14/1ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ACÓRDÃO N.º 147 /2008 TCE Pleno

f \;~ ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

Município de Taquari Estado do Rio Grande do Sul

Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS ACÓRDÃO N o : 074/2013 RECURSO VOLUNTÁRIO N o : 8.125 PROCESSO N o : 2011/6040/510050 AUTO DE INFRAÇÃO N o : 2011/002553 RECORRENTE: 14 BRASIL TELECOM CELULAR S/A INSCRIÇÃO ESTADUAL N o : 29.345.768-9 RECORRIDA: FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL EMENTA ICMS. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO. FALTA DE REGISTRO NOS LIVROS FISCAIS DE SAÍDAS. DETRAF DOCUMENTO DE DECLARAÇÃO DE TRÁFEGO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Prevalece o lançamento que exige multa formal, quando constatada divergências nas informações transmitidas ao fisco e os registros nos livros fiscais de saídas do contribuinte. RELATÓRIO O contribuinte foi autuado nos campos 4, 5, 6 e 7, referente à multa formal pela falta de registro no livro de saídas das prestações de serviços de comunicação (Documento de Declaração de Tráfego e de Prestação de Serviços DETRAF), bem como não apresentado os documentos fiscais das prestações de serviços de comunicações nos arquivos do Convênio ICMS 115/2003, comparado com os Relatórios das Prestações de Serviços de Saídas de Comunicações (Documento de Declaração de Tráfego e de Prestações de Serviços DETRAF Código 555), apurados conforme Levantamento Especial e Anexos. A autuada foi intimada por via direta, comparecendo aos autos, apresentando impugnação no prazo legal (fls. 19/30), alegando a nulidade do auto de infração, pelo motivo que a administração pública fazendária incorreu em flagrante erro quando do preenchimento da legislação aplicável à infração supostamente praticada pela impugnante, isto porque, em momento algum, deixou de escriturar em seus livros fiscais as operações realizadas por ela. 1

Requer a realização de prova pericial e ressalta que toda documentação probatória será trazida aos presentes autos em momento oportuno, em razão da complexidade e grande volume. Alega ainda, que sucessivamente, caso apesar dos argumentos expostos, o julgador absurdamente entenda que a impugnante deixou de escriturar as operações no livro de saídas, na verdade incorreu em mero erro sistêmico, ao supostamente deixar de registrar seus livros fiscais com a chave hash code. Neste caso, o percentual correspondente à multa a ser aplicada é de 2%, prevista no art. 50, inciso V, alínea c, da Lei 1.287/2001, e não 10%, conforme pretende o Fisco Estadual. A julgadora de primeira instância, em despacho às fls. 55, solicita que os autos retornem ao autor do lançamento ou seu substituto, para que faça juntada dos levantamentos, anexos e relatórios mencionados, sob pena de caracterizar cerceamento ao direito de defesa do contribuinte. Em despacho às fls. 58, o autor do lançamento anexa os levantamentos e aponta que os relatórios e os livros fiscais por serem grandes, estão gravados em mídia, gerado com o uso do MD-5 e protocolo de entrega ao contribuinte, às fls. 16 dos autos. Ao tomar ciência do despacho exarado pelo auditor fiscal, o contribuinte comparece aos autos às fls. 67, reporta-se às razões esposadas na impugnação apresentada em 28/12/2011, reiterando os pedidos. A julgadora de primeira singular em sentença às fls. 69/71, conhece a impugnação apresentada, nega-lhe provimento e julga procedente o auto de infração, por entender que a impugnante não fez juntada de documentos que comprovem que os registros mencionados, tenham sido efetuados faltando apenas a chave hash code exigida na legislação tributária. Concluindo que as penalidades aplicadas estão corretas e de acordo com os ilícitos fiscais descritos. Ciente da decisão prolatada em primeira instância, a autuada apresentou recurso voluntário tempestivo (fls. 74/79) a este Conselho, alegando a parcial improcedência do auto de infração, em virtude do claro equívoco do Fisco Estadual ao considerar o valor das notas fiscais canceladas na base de cálculo da multa arbitrada, bem como o erro ao considerar o valor disposto no campo somatório de Outros Valores, ao invés do constante no campo Somatório do Valor Total, constante no Recibo de Entrega de Arquivo Convênio ICMS 115/03. Como prova do alegado, anexa planilha com os erros apontados e ao final solicita o cancelamento parcial da exigência fiscal. A Representação Fazendária, após manifestação às fls. 186/187, pede que seja mantida a decisão singular. Às fls.190, foi anexado DARE de quitação do campo 6.11, com benefícios da Lei 2.648/2012. 2

Em sessão plenária do dia 05 de fevereiro de 2013, decidiu o Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais, por unanimidade, converter o julgamento em diligência, a pedido do conselheiro relator, para o autor do procedimento se manifestar sobre as alegações do sujeito passivo constantes do recurso voluntário de fls. 76/77 e sobre os documentos juntados ao processo às fls. 88/175. Encaminhado o processo ao autor do lançamento, este apresenta manifestação às fls.195/198, afirmando que quanto à aplicabilidade legal ao auto de infração está previsto na Lei 1.287/01 e o Convênio ICMS 115/2003. Quanto as notas fiscais canceladas, afirma que as mesmas não foram incluídas na base de cálculo apurada e que a autuada não teve o cuidado de conferir detalhadamente os levantamentos fiscais e anexos. Com relação ao erro de autuação, reconhece que no mês de fevereiro de 2007, ocorreu uma diferença favorável à autuada, reduzindo o valor autuado para R$ 28.492,40 e base de cálculo para R$ 284.924,00. Reconhece também, que ocorreu uma diferença em 2009, favorável à autuada na importância de R$ 724,97. Quanto aos demais valores questionados pela recorrente trata-se de notas fiscais canceladas, já manifestadas anteriormente. Para comprovar suas alegações, anexa documentos de fls. 199 a 523. VOTO A presente lide se configura pela exigência de crédito tributário referente à multa formal pela falta de registro no livro de saídas das prestações de serviços de comunicação (Documento de Declaração de Tráfego e de Prestação de Serviços DETRAF), bem como não apresentado os documentos fiscais das prestações de serviços de comunicações nos arquivos do Convênio ICMS 115/2003, comparado com os Relatórios das Prestações de Serviços de Saídas de Comunicações (Documento de Declaração de Tráfego e de Prestações de Serviços DETRAF Código 555). Foi constatado como infração o art. 44, inciso II, combinado com o art. 44, inciso III, e art. 45, inciso XVII, todos da Lei 1.287/2001, e a cláusula quinta do Convênio ICMS 115/2003. Primeiramente, há de se observar que a multa formal indicada ao presente caso, está tipificada em nossa legislação, mais precisamente no art. 50, inciso IV, alínea e, da Lei 1.287/2001, e devidamente sugerida pelo autuante, não havendo nada a questionar sobre sua aplicação. Quanto ao pedido de perícia, os autos foram remetidos ao autor do lançamento para manifestação e este respondeu com detalhes os questionamentos da recorrente, inclusive retificando parte dos valores autuados. 3

Passando ao mérito, destaca-se que o presente auto de infração, exige multa pelo descumprimento de obrigação acessória, ou seja, falta de registro do DETRAF nos livros próprios. Nota-se em seu recurso, que a autuada reconheceu parte dos valores autuados, inclusive quitando o valor referente ao campo 6 do auto de infração, que fica extinto pelo pagamento. Quanto ao campo 4, o autuante após analisar os argumentos e alegações da recorrente, reconhece a existência de erros e retifica para menor o valor autuado. Quantos aos demais campos, mantém os valores autuados, pois as notas fiscais canceladas e mencionadas no recurso pela autuada, não foram incluídas no seu levantamento, fato não observado pela recorrente. Em análise às Notas Fiscais de Serviços de Comunicação anexadas aos autos (fls. 88 a 175) pela recorrente, onde alega tratar de documentos cancelados e não observado pelo autuante, verifica-se tanto nos levantamentos às fls.199 a 523, quanto em discos (CD) às fls. 16, que os referidos documentos fiscais não constam nos mesmos, levando a crer que as alegações da recorrente nada tem a ver com a diferença apontada pela auditoria. Desta forma, pela inconsistência existente nos seus livros fiscais e no DETRAF, percebe-se que a autuada além de contrariar disposições do Convênio ICMS 115/2003, agiu em desacordo com a Legislação Tributária do Estado do Tocantins, especificamente os art. 44, inciso II e III, e o art. 45, inciso XVII, todas da Lei 1.287/2001, conforme a seguir: Art. 44. São obrigações do contribuinte e do responsável: (...) II escriturar nos livros próprios, com fidedignidade e nos prazos legais, as operações ou prestações que realizar, ainda que contribuinte substituto ou substituído; III emitir, com fidedignidade, documento fiscal correspondente a cada operação ou prestação, tributada ou não, inclusive sujeita ao regime de substituição tributária, ainda que dispensada a escrituração; Art. 45. É vedado ao contribuinte e ao responsável: (...) XVII omitir informações, prestá-las incorretamente ou apresentar arquivos e respectivos registros em meios magnéticos em desacordo com a legislação tributária; Portanto, analisados os presentes autos, visto que as alegações do sujeito passivo, foram insubsistentes, e as provas apresentadas não foram capazes de desconstituir o trabalho elaborado pelo fisco, entendo que está correta as exigências dos créditos tributários lançadas nos campo 4, 5 e 7 do auto de infração, nos valores retificados. 4

Diante do exposto, voto reformando a sentença prolatada em primeira instância e julgo procedente em parte a exigência fiscal do auto de infração de n o 2011/002553, mais os acréscimos legais. DECISÃO Decidiu o Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais, ao julgar o presente processo, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, para reformando a decisão de primeira instância, julgar procedente em parte a reclamação tributária constante do auto de infração nº 2011/002553, condenando o sujeito passivo ao pagamento dos créditos tributários nos valores de R$ 28.492,10 (vinte e oito mil, quatrocentos e noventa e dois reais e dez centavos), R$ 371.391,32 (trezentos e setenta e um mil, trezentos e noventa e um reais e trinta e dois centavos) e R$ 73.680,88 (setenta e três mil, seiscentos e oitenta reais e oitenta e oito centavos), referente a parte do campo 4.11 e os campos, 5.11 e 7.11, respectivamente, mais os acréscimos legais, e absolver no valor de R$ 35.432,38 (trinta e cinco mil, quatrocentos e trinta e dois reais e trinta e oito centavos), referente a parte do campo 4.11. O Senhor Rui José Diel fez sustentação oral pela Fazenda Pública. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Luiz Carlos da Silva Leal, Deides Ferreira Lopes, Valcy Barboza Ribeiro e Kellen Crystian Soares Pedreira do Vale. Presidiu a sessão de julgamento aos 23 dias do mês de outubro de 2013, o conselheiro Edson Luiz Lamounier. PLENÁRIO DO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS, em Palmas, TO, ao primeiro dia do mês de novembro de 2013. Edson Luiz Lamounier Presidente Luiz Carlos da Silva Leal Conselheiro Relator 5