INTERESSADO/MANTENEDORA CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA UF ASSUNTO: SOLICITA INFORMAÇÕES QUANTO À NECESSIDADE DOS CURSOS DE POS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABA LHO SEREM CREDENCIADOS PELO C RELATOR: SR. CONS. WALT PORTO 1 - RELATÓRIO consulta O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia "quanto à necessidade dos cursos pós graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, ministrado nos termos da Lei 7.410/85 e Parecer nº 19/87, desse C.F.E. is por esse Conselho Federal de Educa- ção" "ser ponto de vista deste CONFEA de que tais cursos necessitam do credenciamento face aos arts. 24, 26 e 27 da Lei 5 540/68 principalmente por conferirem capacita-ção privativa "para o exercício profissional na área abrangida pelo respectivo currículo, com validade em todo o território nacional". 1,1. 0 CURSO Dispondo sobre a especialização de Engenheiros e
"Art. 1- - O exercício da especialização de Engenheiro de Segurança do Trabalho será permitido, exclusivamente: I - ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de c tifiçado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, a ser ministrado no País, em nível de pós-graduação; II - ao portador de certificado de curso de e, cialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário, pelo Ministério do Trabalho; III - ao possuidor de registro de Engenheiro Segurança do Trabalho, expedido pelo Ministério do Trabalho, até a data ficada na regulamentação desta Lei. Parágrafo Único - O curso previsto no inciso I deste artigo terá o curso Fixado pelo Conselho Federal de Educação, por proposta do Ministério do Trabalho, e seu funcionamento determinará a extinção dos cursos de que trata o inciso II, na forma da regulamentação a ser expedida. Art. 3 2-0 exercício da atividade de Engenheiros e Arquitetos na especialização de Engenharia de Segurança do trabalho dependerá de registro em Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, após mentação desta Lei... II. PARECER E VOTO DO RELATOR 0 curso de especialização de Engenheiros e Arquitetos em En- genharia de Segurança do Trabalho não se inclui, obviamente, na pósgraduação stricto sensu, que mereceu a regulamentação da Res. CFE nº 5, de 10 de março de 1983. Ele se integra no contexto mais amplo da pós-graduação lato sensu, cano curso de natureza predaninantemente profissionalizante, objeto, neste Conselho, da Indicação 74/76, analizada pelo Parecer CFE nº B/77, aprovado em 2 de setembro de 1977 e do qual resultou a Reso-
lução CFE nº 14/77. Referindo-se aos cursos de especialização, aperfeiçoamento e msão, o art. 25 da Lei nº 5 540/68 determinava que eles seriam mirados "de acordo com os planos traçados e aprovados pelas universidades e pelos estabelecimentos isolados". Essa disposição levou a que o então Conselheiro Antonio Paes de Carvalho, relator do Parecer nº 2 288 citado, indagasse, inicialmente, se a lei permitia que o CFE baixasse normas sobre tais cur E entendeu ele que o tesxto do art. 25 da lei nº 5 540 não deveria ser interpretado como uma carta de liberdade total da instituição no tocante a esses cursos: "A letra da lei garante apenas que a instituição terá liberdade didática para organizar o currículo e determinar os métodos de ensino empregados. Logicamente, deverá faze-lo de acordo com a natureza e objetivos do curso, estes determinados por que direito. É portanto possivel dentro da lei estabelecer definições e normas gerais para os cursos de Aperfeiçoamento e Espe-cializaçã, desde que fique preservada a autonomia di-dática da instituição de ensino superior". Dispôs, então, o Conselho, sobre a qualificação minima exide todo o corpo docente, sobre a carga horária mínima, sobre a duração, sobre os certificados resultantes dos cursos, reunindo tais normas na Resolução 14/77 mencionada. Já regulados, então, por tal diploma legal, cursos corno o de Especialização de Engenheiras e Arquitetos em Engenharia de Segurança não exigem, a nosso ver, deste Conselho, o controle mais rigoroso, que se expressaria pelo credenciamento.. entendemos possa ser ele classificado como "curso guiar de especialização" só porque - cano alega o Sr. Presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquiterura e Agronomia - se equipare "por analogia, com os cursos de graduação" ou porque tenha currículo básico fixado por este Conselho Neste ultimo aspecto, afastou-se o CFE da interpretação dada ao art. 25 da Lei 5 540/68 pelo então Conselheiro Antônio Paes de Carvalho, estabelecendo, para o curso de especialização em exame, mais que "definições e normas g ". Cremos, então, em resposta à consulta, que, n ' -nos da lução 14/77, não se faz necessário o credenciamento por este Con-
selho, do Curso de Especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho. E que, assim, falta respaldo le-gal, ao art. 3º a Resolução nº 325 do Conselho Arquitetura e Agronomia, que traz como exigência para o registro profissionais de Engenharia de Segurança do Trabalho, a comprovação de credenciamento. III. CONCLUSÃO DA CÂMARA A Câmara de Legislação e Normas - CLN, acompanha o voto do Relator. Sala das Sessões, em
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por unanimidade, a Conclusão da Câmara. Sala Barretto Filho, em 07 de 07 de 1988.