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Transcrição:

1

2 DIRIGENTES DA UNIVERSIDADE PORTIGUAR DIRIGENTES Reitora Profª Msc. Sâmela Soraya Gomes de Oliveira Pró-Reitora Acadêmica Profª Msc. Sandra Amaral de Araújo Diretor da Escola de Gestão e Negócios Profº Msc. Raniery Christiano de Queiroz Pimenta Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais Profº Msc. José Padilha Chrispim Neto

3 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE Jose Padilha Chrispim Neto, Mestre, TI Carolina Barbosa Montenegro Procópio, Mestre, TI. Karen Barbosa Montenegro de Souza, Mestre, TI. Isabella Mendonça de Souza Almeida, Especialista, TI. Leonardo Doro Pires, Mestre, TI. EQUIPE TÉCNICA Núcleo de Projetos Marcione Cristina Silva (Coordenação) Luana de Albuquerque Tavares REVISOR (A) / ELABORAÇÃO Andressa Milena Silva Pacheco Félix PESSOAL ADMINISTRATIVO Brunna Félix dos Santos Stéfany Dionisio da Silva

4 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO PARTE I CONTEXTO INSTITUCIONAL... 9 1.1 MANTENEDORA... 10 1.2 MANTIDA... 11 1.2.1 Base legal... 11 1.2.2 Perfil e missão... 11 1.2.3 Organização administrativa e acadêmica... 12 1.2.4 Dados socioeconômicos da região Nordeste... 12 1.2.5 Breve histórico da UnP... 13 PARTE II ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA... 15 2.1 DADOS DO CURSO... 16 2.1.1 Denominação... 16 2.1.2 Atos legais... 16 2.1.3 Polos de oferta e número de vagas... 16 2.1.4 Regime acadêmico... 17 2.1.5 Formas de ingresso... 17 2.1.6 Integralização... 17 2.1.7 Coordenação do Curso... 17 2.1.8 Conselho de Curso... 20 2.2 CONTEXTO ECÔNOMICO, SOCIAL, CULTURAL, POLÍTICO, EDUCACIONAL E AMBIENTAL... 21 2.3 CONCEPÇÃO... 35 2.4 OBJETIVOS... 38 2.4.1 Gerais... 38 2.5 PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO... 39 2.6 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR... 43 2.6.1 Referências legais e normativas... 43 2.6.2 Desenho curricular: ciclos/blocos de conhecimentos/disciplinas... 44 2.6.3 Estrutura curricular... 45

5 2.6.5 Estratégias de interdisciplinaridade... 53 2.6.6 Abordagem da educação ambiental, das relações étnico-raciais e em direitos humanos... 54 2.7 METODOLOGIA... 56 2.7.1 Estratégias Metodológicas... 56 2.7.2 Acessibilidade pedagógica e atitudinal... 59 2.7.3 Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nos processos de ensino-aprendizagem... 60 2.7.4 Sistema de controle de produção e distribuição de material didático (logística)... 61 2.8 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM... 67 2.9 PESQUISA, INICIAÇÃO CIENTÍFICA E EXTENSÃO... 72 2.9.1 Pesquisa e iniciação científica... 72 2.9.2 Extensão e ação comunitária... 76 2.10 APOIO AO DISCENTE... 85 2.11 AVALIAÇÃO DO CURSO... 89 PARTE III CORPO DOCENTE, TUTORIAL E TÉCNICO- ADMINISTRATIVO... 91 3.1. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE... 92 3.2 CORPO DOCENTE... 93 3.2.1 Formação acadêmica, regime de trabalho e tempo de experiência profissional... 93 3.3 TUTORIA... 97 3.3.1 Tutoria a distância... 97 3.3.2 Tutoria presencial... 99 3.3.3 Mecanismos de interação entre docentes, corpo tutorial e estudantes... 101

6 PARTE IV INFRAESTRUTURA... 102 4.1 ESTRUTURA FÍSICA DA UnP... 103 4.1.1 Espaços gerais... 103 4.2 SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS (SIB/UnP)... 105 4.3 INSTALAÇÕES EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA... 107 4.3.1 Núcleo de Educação a Distância (NEaD)... 107 4.3.2 Coordenação do Curso Sede... 107 4.3.3 Polos de apoio presencial... 107 4.4 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA... 108 4.5 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP)... 109 APENDICES

7 6 APRESENTAÇÃO O Curso Superior de Tecnologia (CST) em Processos Gerenciais, modalidade EAD, vem funcionando regularmente desde a sua instalação em 2013, constituindo-se em uma das estratégias da Universidade Potiguar (UnP) para implementar metas e ações estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016) 1, especialmente no que se refere ao acesso de jovens e adultos ao ensino superior. Essa iniciativa é das mais relevantes ao se considerar o fato de que na atual fase de desenvolvimento econômico e socioambiental brasileiro são essenciais a ampliação dos níveis de escolaridade e a formação de profissionais que possam atender aos requisitos do mercado de trabalho, constantemente renovados em função dos avanços científicos e tecnológicos. Rege o funcionamento do Curso o presente Projeto Pedagógico (PPC), construído coletivamente de acordo com as diretrizes curriculares nacionais gerais definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) para as graduações tecnológicas (Pareceres CNE/CES n. 436/2001 e CNE/CP n. 29/2002; Resolução CNE/CP n. 3/2002), e com outros instrumentos legais e normativos pertinentes. Na sua estrutura, este Projeto contém quatro partes, sendo que, na primeira, encontram-se indicadas as principais informações sobre o contexto institucional; da segunda constam os elementos que norteiam o desenvolvimento e avaliação curriculares do Curso, observada a natureza de uma graduação tecnológica. A terceira parte trata do NDE e dos docentes do curso, assim como do pessoal técnico-administrativo e, ainda, das políticas de apoio a esses segmentos. Por fim, a quarta parte compreende a descrição geral das instalações da UnP e a indicação de espaços disponibilizados ao Curso, além do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIB/UnP). Por se constituir em instrumento de planejamento, logo, de direcionamento dos fazeres acadêmico, didático e pedagógico, este Projeto vem guiando o dia a dia do Curso, estabelecendo-se uma dinâmica participativa que inclui avaliações, redimensionamentos e ressignificações, sempre que necessário, de modo a assegurar o sentido político e educacional do CST em 1 Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2016 atualizado para 2014/2016.

8 Processos Gerenciais no cenário nacional, em particular no Rio Grande do Norte (RN).

PARTE I CONTEXTO INSTITUCIONAL 9

10 1.1 MANTENEDORA Sociedade Potiguar de Educação e Cultura Ltda. (APEC). BASE LEGAL Endereço: Av. Floriano Peixoto, 295. Petrópolis. Natal/RN. Razão social: pessoa jurídica de natureza privada, constituída como sociedade por quotas, com finalidade lucrativa. Registro no cartório: - Estatuto Social original da APEC - inscrito no Cartório do 2 Ofício de Notas da Comarca de Natal - Registro Civil das Pessoas Jurídicas - no livro próprio A - n. 10, à fl. 109, sob o número 215, data de 14.09.79. - Contrato Social atual: registro no dia 09/10/2013, na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte (JUCERN) - NIRE 24200645943 e CNPJ/MF n. 08.480.071/0001-40.

11 1.2 MANTIDA Universidade Potiguar (UnP) 1.2.1 Base legal Endereço: Campus Natal, sede Av. Roberto Freire, 2184 Capim Macio. Atos legais: - Autorização: Parecer CFE n. 170, de 18 de fevereiro de 1981; Decreto n. 85.828/1981 (D.O.U. de 20 de março de 1981). - Credenciamento como Universidade: Decreto de 19 de dezembro de 1996 (D.O.U. de 20 de dezembro de 1996). - Recredenciamento (ensino presencial): Portaria MEC n. 529, de 10 de maio de 2012 (D.O.U. de 11 de maio de 2012). - Credenciamento EaD: Portaria MEC n. 837, de 3 de abril de 2006 (D.O.U. de 04 de abril de 2006). - Campus fora da sede - Mossoró: Portaria/MEC n. 2.849, de 13 de dezembro de 2001 (D.O.U. de 04 de abril de 2006). 1.2.2 Perfil e missão A UnP, com sede em Natal, capital do Rio Grande do Norte (RN), é a única Universidade particular do Estado, atuando ao lado de três outras instituições públicas, da mesma natureza: as Universidades Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), as duas últimas com sede em Mossoró/RN. A Universidade Potiguar tem a sua estrutura organizada em dois campi: o Campus Natal, abrangendo cinco Unidades - Floriano Peixoto, Salgado Filho, Nascimento de Castro, Roberto Freire e João Medeiros, e o Campus Mossoró, fora da sede, autorizado nos termos da Portaria/MEC n. 2.849, de 13 de dezembro de 2001. Integrando a Laureate International Universities desde 2007, a UnP se destaca no cenário educacional do RN e do Nordeste pela qualidade dos serviços que, oferece nas áreas do ensino, da pesquisa e da extensão e ação comunitária.

12 É missão da UnP formar cidadãos comprometidos com os valores éticos, culturais, sociais e profissionais, contribuindo - através do ensino, da pesquisa e da extensão de excelência - para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, da Região e do País. 1.2.3 Organização administrativa e acadêmica A organização administrativa da UnP, conforme seu Estatuto, é constituída por: a) Administração Superior, exercida pela Presidência, pelos Órgãos Colegiados Superiores - Conselho Superior Universitário (ConSUni) e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (ConEPE); pela Reitoria, como órgão executivo; b) Administração Acadêmica, exercida pelo Comitê Acadêmico, com a seguinte composição: Reitoria, Pró-Reitoria Acadêmica, Diretoria Acadêmica de Campus fora de sede; Diretorias de Escolas, (Comunicação e Artes, Direito, Educação, Engenharias e Ciências Exatas, Gestão e Negócios, Hospitalidade, Saúde); Diretoria de Pilares Estratégicos; Coordenação Acadêmico-Administrativa do Ensino de Pós-graduação Lato Sensu; Secretaria Geral (controle e registros acadêmicos). As coordenadorias de curso vinculam-se às Diretorias de Escola e têm como órgão colegiado o Conselho de Curso (ConseC). A UnP conta, ainda, com órgãos especiais, suplementares e de assessoramento às suas atividades-fim. 1.2.4 Dados socioeconômicos da região Nordeste A UnP está localizada no Rio Grande do Norte (RN), um dos estados do Nordeste brasileiro, região em que reside expressiva parcela da população brasileira (27,7%), conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, constantes da Síntese dos Indicadores Sociais 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2 2 BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Diretoria de Pesquisas. Indicadores Sociais: uma análise das condições

13 A participação nordestina no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 13,9% em 2014, destacando-se avanços expressivos nos setores industrial, como o Distrito Industrial de Ilhéus, na Bahia, ou o Distrito Industrial de Maracanaú, no Ceará; na tecnologia da informação, com destaque para Recife que detém o maior polo tecnológico do país. Salienta-se ainda a produção de petróleo, principalmente no Rio Grande do Norte, com ênfase para Mossoró, município de destaque no cenário potiguar. Na Bahia encontra-se o polo Petroquímico de Camaçari, um dos mais importantes do Brasil. O Nordeste segue a tendência nacional de efetivação de significativos avanços sociais nos últimos anos, destacando-se como a região de maior crescimento. Contudo, a distribuição de riqueza e renda ainda é expressivamente desigual, tal como ilustra o índice de Gini 3. Consideradas as grandes regiões brasileiras, observa-se que a desigualdade é historicamente superior no Nordeste e Centro-Oeste. Enquanto, em 2013, o índice de Gini para o Brasil era de 0,501, nessas duas regiões os coeficientes observados foram de, respectivamente, 0,509 e 0,519. Em melhor situação ficaram as regiões Sul, com 0,458, e, em seguida, a Sudeste (0,483). Para o Norte registra-se 0,484. Com essas características e pelas potencialidades econômicas que apresenta, a região Nordeste requer a atuação de instituições educacionais de nível superior que possam influenciar positivamente a realidade, em função da redução das desigualdades sociais e do fortalecimento e ampliação dos avanços já alcançados. 1.2.5 Breve histórico da UnP A UnP iniciou suas atividades em 1981 com a oferta das graduações em Administração, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis. Registra uma expansão significativa a partir do seu credenciamento como Universidade, em 1996. Hoje, são 78 (setenta e oito) cursos de graduação presenciais em de vida da população brasileira 2014. (Estudos e Pesquisas. Informação Demográfica e Socioeconômica. N. 34). Rio de Janeiro, 2014. 3 Mede o nível de desigualdade de um país, numa escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, tanto mais desigualdade na distribuição de renda e riqueza; quanto mais próximo de 0, mais igualdade.

14 atividade, consideradas todas as Unidades do Campus Natal com 62 (sessenta e dois) e no Campus Mossoró 16 (dezesseis) 4. Na educação a distância (EaD) assinalam-se a criação do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), em 2004, e, no ano 2006, o credenciamento institucional para atuação nacional nos diversos níveis do ensino superior. Atualmente, registram-se 14 (quatorze) cursos de graduação em funcionamento (entre bacharelados; licenciaturas; CSTs), com polos no RN e em outras Unidades da Federação. Na pós-graduação lato sensu, implantada desde os anos 1990, a oferta presencial compreende 45 (quarenta e cinco) cursos de especialização 5, situados em vários campos: direito; educação e comunicação; engenharias, tecnologia da informação e meio ambiente; gestão e negócios; saúde e bemestar. Em nível stricto sensu indicam-se quatro mestrados profissionais em funcionamento Administração, Engenharia de Petróleo e Gás, Biotecnologia e Psicologia e Organização do Trabalho. A pesquisa e a extensão têm viabilização por meio de mecanismos de apoio aos professores e alunos: financiamento de pesquisas; programas de bolsas estudantis iniciação científica e extensão; revistas eletrônicas e promoção de eventos para a divulgação da produção, a partir de linhas estabelecidas institucionalmente. Todos os cursos de graduação e de pós-graduação e respectivas atividades de ensino, pesquisa e extensão encontram-se organizados por Escolas: Comunicação e Artes; Direito; Educação; Engenharias e Ciências Exatas; Gestão e Negócios; Hospitalidade; Saúde. Estas, por sua vez, estabelecem a gestão dos seus cursos sob quatro pilares estratégicos institucionais cobrindo todas as dimensões estabelecidas no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES): qualidade acadêmica; empregabilidade; internacionalidade; responsabilidade social. 4 Dados do cadastro e-mec sistematizados pelo Núcleo de Projetos da Pró-Reitoria Acadêmica (NuPe/ProAcad). Considere-se a mesma fonte para o número de cursos EaD. 5 Conforme a Coordenação Acadêmico-Administrativa da Pós-graduação lato sensu/unp. Ag./2015.

PARTE II ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 15

16 2.1 DADOS DO CURSO 2.1.1 Denominação Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais modalidade a distância. Eixo tecnológico: Gestão e Negócios 2.1.2 Atos legais Resolução nº 033 ConSUni/UnP, de 30 de outubro de 2012, com 240 vagas totais anuais. 2.1.3 Polos de oferta e número de vagas Redução das vagas: Resolução nº 003/2014, com 50 vagas totais anuais. Zona Sul Natal Mossoró RN Caicó/ RN C.Novos/ RN Zona Norte Natal Cuiabá/ MT Goiânia GO 16 8 6 6 6 4 4 Polos - Endereços CAICÓ/RN: Rua Otávio Lamartine, 461 Centro/Área Urbana, CEP: 59300-000, Caicó/RN. CURRAIS NOVOS/RN: Praça Cristo Rei, 74, Centro, CEP: 59380-000, Currais Novos/RN. CUIABÁ: Rua Sediaria I, quadra 51, nº 28 Típica, CEP:, Cuiabá/MT. GOIÂNIA: Rua Formosa, quadra 06 lote 09 Cidade Jardim, CEP:, Goiânia/GO. MOSSORÓ/RN: Av. João da Escóssia, 1561, Nova Betânia, CEP: 59607-330, Mossoró/RN. ZONA NORTE NATAL/RN:Av. Dr. João Medeiros Filho, 2300 Potengi, CEP: 59120-555, Natal/RN. ZONA SUL NATAL/RN: Av. Eng. Roberto Freire, 2184, Capim Macio, CEP: 59082-902, Natal/RN.

17 2.1.4 Regime acadêmico Seriado semestral 2.1.5 Formas de ingresso O acesso ao Curso ocorre mediante processo seletivo aberto a candidatos que tenham escolarização completa de nível médio ou equivalente, garantindo a igualdade de oportunidade e a equidade no tratamento e proporcionando a avaliação da sua capacidade e a sua classificação. As informações sobre o processo constam de edital próprio estruturado conforme disposições da Portaria Normativa Nº 40, de 12 de dezembro de 2010 (art. 32, 3º). As vagas iniciais ofertadas são em sua maior parte destinadas a candidatos que se submetem a concurso vestibular; a outra parte das vagas é destinada a candidatos que optam por usar o resultado obtido no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) Constituem outras formas de acesso ao Curso, no caso de vagas não preenchidas após a matrícula dos classificados em processo seletivo: transferência interna e externa e ingresso como portador de diploma de graduação, sendo a seleção realizada mediante avaliação do histórico escolar do curso de origem. 2.1.6 Integralização Carga horária mínima: 1600 horas Duração: mínima - 4 semestres/2 anos; máxima 6 semestres/3 anos. 2.1.7 Coordenação do Curso Coordendor: José Padilha Chrispim Neto Contato: josepadilha@unp.br, (84) 99402-1200 Perfil: Graduado em Tecnologia em Ciências dos Materiais (2003), Mestrado em Engenharia de Produção (2007). Atua na educação superior desde 2007 sendo professor em instituições do ensino superior. Foi coordenador do Curso Superior de Marketing entre 2014 e 2015. Trabalhou no Serviço Social da Indústria entre 1989 e 1991 e trilhou a partir daí, o mercado na área de assessoria empresarial, posteriormente, entrando no segmento de

18 telecomunicações tendo portanto, 27 anos de experiência profissional e 8 anos no ensino superior. A Coordenadoria de Curso é um órgão executivo da Administração Acadêmica da Universidade, exercida pelo Coordenador de Curso, designado por portaria pelo Reitor para mandato de um ano, permitido a recondução. Essa coordenadoria pode contar com a estrutura de pessoal da Escola à qual esteja vinculada, o que inclui, por exemplo, coordenadoria acadêmicoadministrativa e analistas de processos acadêmicos (APAs). Com atuação regida pelo Estatuto e Regimento Geral da Universidade, assim como pelo Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2016 6, a Coordenadoria de Curso terá na sua organização o Conselho de Curso (ConseC) e já atuante o Núcleo Docente Estruturante (NDE), sendo presidente dos dois últimos, com atividades administrativas e acadêmicas relacionadas ao ensino, à pesquisa e à extensão previstas nos projetos pedagógicos (PPCs). Em regime de Tempo Integral, o Coordenador cumpre a sua carga horária quer na atividade de ensino - ministrando aulas e orientando os alunos, na pesquisa e na extensão, quer em atividades de gestão na área pedagógica e na área administrativa, o que compreende também a assistência aos alunos e aos professores. A gestão do Curso apresenta-se integrada com a gestão institucional, principalmente por meio da execução do plano de metas do Curso que detalha metas e ações do PDI 2007/2016 7, e dá sustentação à implementação do projeto pedagógico. A coordenação participa como membro nato e preside o Conselho do Curso. São atribuições do coordenador: Auxiliar os Docentes de curso na organização das metodologias de ensino mantendo como referência a Metodologia Ativa. Desenvolver referenciais de qualidade para o planejamento das aulas; Organizar reuniões periódicas com o Colegiado de Curso, NDE, Docentes e tutores do curso para manter o alinhamento dos processos 6 Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2016 atualizado para 2014/2016 7 Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2016 atualizado para 2014/2016.

19 educativos, construção e revisão dos principais documentos no âmbito do curso (PPC, Ementário, Referências Bibliográficas, Planos de Ensino e Planos de Aula). Coordenar, Supervisionar e orientar as atividades de TCC, Estágio e Atividades Complementares quando previstas no curso. Motivar os Docentes a participarem dos eventos a distância e presenciais que permitam o compartilhamento das melhores práticas. Receber e endereçar as demandas de produção, revisão e revitalização de conteúdos instrucionais. Auxiliar na validação dos conteúdos instrucionais do curso. Garantir o cumprimento do calendário acadêmico. Verificar o cumprimento dos Planos de Ensino e Planos de Aula, conteúdo programático, realização das web conferências, assiduidade e qualidade das interações no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Construir colaborativamente relatórios analíticos que permitam identificar as oportunidades de inovação metodológica e tecnológica. Gerir as demandas de melhorias acadêmicas do curso a partir dos indicadores fornecidos pela CPA. Acompanhar os indicadores de satisfação do Estudante prevendo ações de mitigação. Acompanhar os indicadores de evasão desenvolvendo estratégias de retenção em conjunto com os Docentes. Prestar orientação e suporte aos Docentes e Estudantes sempre que solicitado. Estimular a pesquisa e publicação científica na área da EAD.

20 2.1.8 Conselho de Curso Constituído conforme o Estatuto, o Conselho do Curso tem designação dos seus membros por ato da Reitoria. Titulares Suplentes Presidente José Padilha Chrispim Neto Representação Docente Titulares Suplentes Leonardo Doro Pires Wesley Ferreira De Paula Karen Barbosa Montenegro de Souza Marcel Ribeiro Dantas Bruno Claytton Oliveira da Silva Felipe Nalon Castro Representação Discente Franklin Jose Batista da Silva Ronaldo César Ribeiro Linhares Representação de entidade profissional afeta ao Curso Gustavo Adolfo Maia Patrício Lima

21 2.2 CONTEXTO ECÔNOMICO, SOCIAL, CULTURAL, POLÍTICO, EDUCACIONAL E AMBIENTAL O Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais, sendo ofertado pela Universidade Potiguar (UnP), na modalidade a distância, é planejado em um cenário de significativas transformações sociais, econômicas, políticas e culturais com consequências as mais diversas, como a implementação de novos formatos de organização e configuração de diferenciadas exigências de qualificação profissional, inclusive como requisito indispensável a uma maior eficiência e eficácia, passando as pessoas a ser o principal ativo de competitividade entre as organizações. Ao implementar os cursos superiores de tecnologia (CSTs) presenciais no ano de 2003, a Universidade Potiguar (UnP) iniciou o cumprimento de metas do PDI(2007/2016) 8 relacionadas ao atendimento a demandas de elevação da escolarização da população e de formação profissional. Naquele momento foi estabelecida uma política de valorização desse tipo de oferta, que foi gradualmente fortalecida pela diversificação da oferta, expansão de vagas, criação das condições materiais e de recursos humanos, de modo a garantir o seu funcionamento. Destaca-se também a implantação de cursos na modalidade a distância, principalmente de graduações tecnológicas, considerando as inúmeras possibilidades encontradas nas Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTIC) e sua utilização nos processos educativos. No Rio Grande do Norte (RN), para esse mesmo ano, tem-se 148.990 matrículas, quantitativo um pouco inferior ao de 2009 que atingiu 151.975. A educação profissional continuou em expansão, com crescimento de 7,4%, ultrapassando 900 mil matrículas no Brasil em 2010 e a educação profissional subsequente (para alunos que concluíram o ensino médio) aumentou 27% e tem participação de 62% no total de matrículas da educação profissional. O curso foi desenvolvido em um contexto de expressivas transformações políticas, econômicas, sociais e culturais e de avanço do conhecimento científico e tecnológico. Observam-se impactos nas condições de trabalho, como os 8 Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2016 atualizado para 2014/2016

22 concernentes à deterioração nas condições de emprego (expressas na flexibilização dos contratos de trabalho), à terceirização, à gestão e realização dos processos laborais, configurando-se, nessa dinâmica, novas exigências de formação profissional traduzidas na forma de competências (cognitivas e comportamentais). Socialmente, a despeito dos avanços, existe um quadro mundial de coexistência riqueza/pobreza associada à concentração de renda. Conforme o Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora a média nacional de rendimento domiciliar per capita fosse de R$ 668,00 em 2010, 25% da população recebiam até R$ 188,00 e metade dos brasileiros recebia até R$ 375,00, menos do que o salário mínimo naquele ano(r$ 510,00). Nesse mesmo ano, a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes), independentemente do indicador de pobreza monetária analisado. Enquanto a proporção média de pessoas que viviam com até R$ 70,00 de rendimento domiciliar per capita naquele ano era de 6,3%, nos municípios com 10 mil a 20 mil habitantes, essa proporção era duas vezes maior. O Brasil, a despeito de apresentar sua economia com uma das maiores do mundo, a 7ª, no final de 2012 (Economist Intelligence Unit - EIU) 9, e de registrar Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 10 de 0,742 em 2014, ocupando a 80ª posição entre 187 países avaliados, apresenta desigualdades sociais a serem superadas. Em relação aos indicadores educacionais divulgados pelo IBGE, observa-se uma estabilização na taxa de analfabetismo na população de 15 anos ou mais (Figura 1): de 8,6%, em 2011 para 8,7% em 2012 (13,2 milhões de analfabetos). A região Nordeste registrou uma taxa de analfabetismo de 17,4% entre as pessoas de15 anos ou mais de idade em 2012, indicando um aumento de 0,5 ponto percentual em comparação com a taxa de 2011 (16,9%). Nessa região, estão concentrados mais da metade (54%) do total de analfabetos de 15 anos ou mais de idade do Brasil. 9 Disponível em: http://country.eiu.com/brazil 10 Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/idh-do-brasil-e-inferior-media-daamerica-latina-em-educacao.html

23 Fonte: Presidência da República Figura 1. Taxa de Analfabetismo no Brasil e Regiões. Qualitativamente, observa-se que, praticamente universalizado (97,6%), o ensino básico ainda apresenta 2,1 milhões de crianças de 7 a 14 anos na escola, como indica também o IBGE. A taxa de frequência escolar cresceu no ensino médio: de 77,3% para 82,1%, de 1997 a 2007 11, mas dos 3,3 milhões de ingressantes nesse nível de ensino, apenas 1,8 milhões concluíram essa etapa em 2010 12. O Anuário Estatístico 2012 do IDEMA registra, no Rio Grande do Norte, 145.946 alunos matriculados no ensino médio e 510.197 no ensino fundamental. Conforme os dados do Censo do IBGE, de 2010 13, o Rio Grande do Norte (RN) tem uma população estimada em 3.168.027 habitantes, sendo que 77% vivem nas sedes dos municípios, situação indicativa de uma população cada vez mais urbana que demanda bens e serviços (figura 2). De acordo com a faixa etária e gênero, pode-se observar que o estado possui uma grande quantidade de adolescentes e adultos jovens (figura 3), e que a quantidade de homens e mulheres na população é bastante similar. 11 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2010. Rio de Janeiro, 2010. (Estudos & Pesquisas - Informação demográfica e sócio-econômica, 27). 12 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Anuário da Educação Básica 2012. Moderna [s.d.]. 13 Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/apps/mapa/

24 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010 Figura 2 População rural e urbana na sede municipal, segundo as Unidades da Federação 2010 14 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010 Figura 3 Distribuição da População do Rio Grande do Norte por Sexo e Idade 15 14 Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codigo=24 15 Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codigo=24

25 A área metropolitana de Natal registra 1.326.435 habitantes e compreende, além da capital, Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante que formam uma área conurbada, além de Ceará-Mirim, Extremoz, Monte Alegre, Nísia Floresta, São José de Mipibu e Vera Cruz. Somente o município de Natal apresenta 803.739 habitantes. A população em idade escolar típica entre 15 e 24 anos na área conurbada corresponde a 676.675 habitantes ou 21% dos habitantes do estado, sendo o município de Natal com 606.843, o equivalente a 19% do total de habitantes do RN. Com uma economia concentrada nos setores da agroindústria, turismo e prestação de serviços, o estado cresceu nos últimos anos em população e consolidou uma base industrial em municípios da Grande Natal (Extremoz e Macaíba) e em Mossoró o segundo mais importante do RN, situado no oeste Potiguar. Segundo o relatório de Contas Regionais do Brasil 16 2002-2010, o PIB do Rio Grande do Norte apresentou crescimento real de 4,5%, inferior à taxa da Região Nordeste de 6,4%, com valor de R$ 32.339 milhões 17. Em 2010, representando 0,9% do PIB brasileiro e o PIB per capita com valores em R$ 10.207,56. 16 Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasregionais/2010/default.shtm 17 Disponível em: http://www.centraldoinvestidor.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/central_investidor/arquivos/ pdf/rn_indicadores_basicos_industria_04_2012.pdf

26 Quadro 1 Principais setores econômicos e PIB setorial (2011) Fonte: Federação das Indústrias do RN De acordo com FIERN/2011, o setor industrial é a segunda atividade em ordem de importância econômica no estado, com 24% do PIB. A extração de petróleo e gás natural são as principais atividades, em virtude do elevado valor de mercado da commodity petróleo. Mas a vocação mineral potiguar se estende por outras atividades, como extração e refino de sal marinho; extração de calcário e produção de cimento, como se verifica principalmente em Mossoró. O universo industrial formalmente constituído do Rio Grande do Norte tem tamanho estimado em 5.174 empresas e 128.252 empregados, tomando-se por referência o ano 2010. A grande maioria das unidades produtivas, 80%, são microempresas e absorvem 17,6% dos empregados no setor. As empresas de pequeno porte correspondem a 16,6% do total, com 27,3% dos empregados. As médias são 3% das unidades produtivas e 25,9% da mão de obra, enquanto as empresas de grande porte correspondem a apenas 0,3% do total, com 29,2% do pessoal ocupado. Na indústria de transformação, o principal destaque do estado é a

27 indústria de alimentos e bebidas e a cadeia de têxteis e confecções. O Rio Grande do Norte abriga a maior indústria de confecções do Brasil, a Confecções Guararapes, que emprega em torno de 14.000 pessoas com carteira assinada, somente na atividade manufatureira (FIERN, 2009). Também pertencem ao grupo a rede varejista de confecções Riachuelo e o shopping center Midway Mall. Ainda no setor têxtil, destacam-se grandes grupos nacionais, como a Coteminas, Coats, Vicunha, dentre outros. A FIERN também informa que a indústria da construção civil tem um peso significativo na economia potiguar, graças às edificações ligadas ao turismo, aos estímulos recentes do Programa Minha Casa Minha Vida, às obras de infraestrutura viária e de saneamento em curso. Na indústria de eletricidade, gás e água, os chamados serviços industriais de utilidade pública, o desenvolvimento começou a ocorrer praticamente após a privatização da Cosern, distribuidora local de energia, ainda em 1998. Grandes investimentos foram feitos então para atender uma demanda que permaneceu represada por vários anos. Mas o setor encontra-se apenas no início de uma arrancada de desenvolvimento, que ocorrerá com a construção de várias plantas e usina de geração eólica, registrando-se, também, a existência de uma usina de cogeração de energia elétrica e vapor movido a gás natural, a Termoaçu. Além do potencial eólico, a elevada insolação presente no RN cria um ambiente propício ao desenvolvimento de mais uma fonte de geração de energia limpa no futuro. Foi verificado que o consumo de energia elétrica no Rio Grande do Norte cresceu 7,1% em 2013, em comparação com 2012. De acordo com a Cosern, a classe residencial tem o maior consumo médio por cliente quando comparado a todo o Nordeste, já o menor crescimento do consumo de energia no ano passado ocorreu na classe serviço público (quadro 2).

28 Quadro 2. Comportamento de Consumo de Energia Elétrica no Rio Grande do Norte (MWh) Classe Consumo 2012 Consumo 2013 Variação Residencial 1.635.582 1.804.819 10,35% Industrial 1.238.883 1.287.803 3,95% Comercial 922.068 997.825 8,22% Rural 407.283 420.341 3,21% Outras 663.205 702.026 5,85% Total 4.867.022 5.212.815 7,10% Fonte: Tribuna do Norte 18 O setor de serviços, por sua vez, com crescimento de 6,2%, em termos reais, puxou para cima o PIB do estado em 2008, com resultados expressivos: comércio e serviços de manutenção 12,6%, serviços de alojamento e alimentação 13,3%, intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 10,9%, além de serviços prestados às famílias e associativas 11,4%, que juntos representavam 32,9% do valor adicionado do setor e 23,0% do RN. O turismo ganhou ímpeto especial, principalmente durante as duas últimas décadas, com a construção de empreendimentos (de gastronomia, hotelaria, segunda residência, comércio e infraestrutura), de tal sorte que não é demasiado afirmar que foi o turismo que estimulou o crescimento da construção civil durante esse período. A atividade está presente, sobretudo na faixa litorânea, mas também há o turismo folclóricocultural, religioso, gastronômico e de aventura em outras partes do estado, como Caicó, Currais Novos e Mossoró. Em termos de volume de vendas, o varejo nacional obteve acréscimo da ordem de 8,5% sobre fevereiro do ano anterior, 7,4% no acumulado do bimestre e 5,0% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 13,9%,13,3% e de 12,3%, respectivamente. As vinte e sete Unidades da Federação apresentaram resultados positivos no mês de fevereiro desse ano, comparado ao mês de fevereiro de 2013, no que se refere ao volume de vendas. A pesquisa do IBGE, divulgada no dia 13 de março desse ano (referente a janeiro de 2014), 18 Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/consumo-de-energia-eletrica-no-rncresceu-7-1-em-2013/272966

29 apresentou alta de 6,2% na comparação com o mesmo mês do ano de 2013 (IBGE, PMC, 2014). Ainda que o varejo "ampliado" (classificação que adiciona ao varejo tradicional o atacado e varejo de materiais de construção, veículos e peças) tenha registrado variação negativa, de -1,6% para o volume de vendas, e de - 0,8 para a receita nominal de vendas, ambas com ajuste sazonal (comparadas com janeiro de 2014), o volume de vendas teve alta de 8,4% em janeiro de 2014 na comparação com janeiro de 2013, e de 13,3% na receita nominal de vendas. No tocante às taxas acumuladas, os aumentos foram da ordem de 6,5% no ano e de 3,9% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de 11,5% e 9,4% para a receita nominal, respectivamente (IBGE, PMC, 2014). Em meio a algumas previsões desfavoráveis para a economia, em geral, o comércio de bens e serviços apresenta-se como fundamental para a geração e a manutenção de vagas no mercado de trabalho. A previsão é de 293 mil novas vagas em 2014 (CNC, 2014) 19. O comércio do Rio Grande do Norte (RN), por sua vez, vem passando por mudanças significativas, não apenas com a presença do atacado e varejo, mas com o surgimento e a consolidação do arranjo produtivo do varejo moderno, formado por novas maneiras de organização da produção de serviços comerciais que tem, nos hiper e supermercados, nas lojas de conveniência e de departamentos, nos shoppings centers que usam processos de trabalho distintos do comércio tradicional e tem vinculação com grandes redes varejistas. De acordo com a Associação Brasileira de Shoppings Centers, no RN, esse setor cresceu 50,95%, nos últimos cinco anos, contando, atualmente, com sete praças comerciais. Atualmente, as bases da economia potiguar estão centradas no Comércio, que deve manter a ascensão em 2014; no Turismo, que encontra oportunidade na Copa e no novo aeroporto; e nos Serviços, cuja formação de mão de obra constitui o grande desafio do setor. O comércio potiguar está na base de desenvolvimento. O ritmo de crescimento médio anual, nos últimos 10 anos, foi de 6,91%, e a expectativa para 2014 é de se continuar crescendo. No primeiro mês desse ano, a atividade cresceu 6,1%, se comparado ao mesmo período de 2013 (IBGE, PMC, 2014). 19 Disponível em http://www.cnc.org.br/sites/default/files/arquivos/cnc-166.pdf

30 Esse ritmo acelerado do Comércio se deve à expansão do crédito e à redução das taxas de juros, bem como ao aumento de renda e do poder de compra da população, além da redução da pobreza. Segundo o IBGE, em 2011, último dado divulgado, o PIB do Rio Grande do Norte (RN) ficou na casa dos R$ 36,1 bilhões, dos quais R$ 22,7 bilhões foram gerados pela atividade comercial. Destaca-se ainda no contexto abordado, o Porto de Natal apresentou crescimento de mais de 10% de 2012 para 2013 em suas movimentações de cargas, conforme Quadro 3, e a perspectiva é de mais crescimento com as reformas previstas segundo a CODERN (Companhia Docas do RN). Quadro 3 Movimentação Geral de Cargas do Porto de Natal (2013-2013 em Toneladas) Quanto à empregabilidade do setor, de acordo com Itamar Manso 20, diretor da Associação Comercial e Empresarial do RN (ACRM), 98% do emprego direto no Estado estão concentrados nas micro e pequenas empresas. Contudo, a qualificação ainda é um gargalo na geração de emprego. Segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho, o setor de Comércio e Serviços abriu 11.660 novos empregos no estado em 2011 e, apesar de esse número cair para 11.621 empregos, em 2012, e 9.966 vagas, em 2013, para o Presidente da Fecomércio do RN, Marcelo Queiroz 21, essa queda não representa uma desaceleração do setor, mantendo-se um ritmo quase linear de abertura de empregos. Segundo 20 Entrevista veiculada no Jornal Tribuna do Norte, em 04 de maio de 2014 Encarte especial. 21 Entrevista veiculada no Jornal Tribuna do Norte, em 04 de maio de 2014 Encarte especial.

31 dados do IBGE, a taxa de desemprego do RN é de 4,5%, bem próxima ao que os economistas costumam chamar de pleno emprego, situação em que as pessoas que procuram emprego e são qualificadas estão todas empregadas. Ainda que a geração de emprego tenha diminuído, o Comércio do estado tem registrado um aumento anual do volume de vendas. Em 2013, esse aumento foi de 8,8%, maior percentual gerado no nordeste. A última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) registrou um aumento de 10,1% no volume de vendas do mercado potiguar, em fevereiro de 2014, se comparado ao mesmo período do ano passado. Para a Fecomercio 22, esse aquecimento se deve à retomada dos investimentos do Estado em infraestrutura, notadamente as obras de mobilidade urbana, cujo investimento chegou ao montante de R$ 500 milhões em obras, somente no ano de 2013. Apesar da redução do percentual do PIB, em relação à média do PIB do Nordeste o estado se manteve mais ou menos estável conforme a figura 4. Fonte: Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia 2011. 23 Figura 4 Relação Entre o PIB a Preços de Mercado Entre o Rio Grande do Norte e a Média da Região Nordeste 22 Matéria veiculada no Jornal Tribuna do Norte, em 04 de maio de 2014. 23 http://www.sei.ba.gov.br/index.php?option=com_content&id=135&itemid=218

32 O comércio no Rio Grande do Norte passa por períodos cíclicos, observando-se que um novo ciclo de desaceleração chega ao fim nos últimos meses de 2009 (figura 5), quando as vendas do comércio estadual iniciam uma nova fase de aceleração. Esse terceiro ciclo de aceleração não atinge o pico do ciclo anterior e parece ter atingido o patamar no primeiro trimestre desse ano. Fonte: Economia-do-rn.blogspot.com Figura 5 Variação do Volume de Vendas do Comércio Varejista no RN Fonte: Economia-do-rn.blogspot.com O comércio varejista é um dos principais sustentáculos de economia estadual, e sua configuração vem se modernizando, com o surgimento de novos shoppings centers em Natal e também em Mossoró. Até o comércio livre de roupas e as feiras livres do bairro do Alecrim, em Natal, tentam se ajustar às novas formas de fazer negócios. Conforme pode ser visto no quadro 4, é plausível afirmar-se que a economia do Rio Grande do Norte apresenta vocações produtivas multifacetadas.

33 Quadro 4 Valor Adicionado Bruto a Preços Básicos - RN Todavia, apenas 20% da sua população têm instrução em nível superior em relação ao total dos trabalhadores formalizados, conforme tabela 1. Tabela 1 Estoque de Empregos Formais Segundo Grau de Instrução RN 2011/2012 Fonte: RAIS Dec. 76.900/75 CGTE/DES/SPPE/MTE Em especial, do ponto de vista da formação do tecnólogo em Processos Gerenciais, modalidade a distância, registram-se, segundo dados do e-mec, que 57 IES ofertam o curso a distância no Brasil, destas, 29 ofertam no Nordeste. No RN as IES que ofertam o curso correspondem a 5,2% em relação ao quadro nacional e a 10,3% ao quadro regional, incluída a oferta UnP.

34 Das 29 IES que ofertam no RN, 4 (quatro) são Universidades: três públicas (a Federal do Rio Grande do Norte UFRN; Estadual do Rio Grande do Norte UERN; Federal Rural do Semiárido UFERSA) e uma particular, a Universidade Potiguar. Assinalam-se ainda o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia IFRN; o Centro Universitário do Rio Grande do Norte Uni-RN e o Instituto de Educação Superior Pte. Kennedy. As demais Instituições são faculdades, a maioria localizada em Natal. Assim, com o objetivo de fortalecer os cenários acima descritos, se insere a oferta do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais - EAD da Universidade Potiguar, que se constitui como iniciativa de relevância na medida da sua contribuição para o atendimento de necessidades de natureza econômica, educacional e socioambiental, na perspectiva de contribuir para a formação profissional de cidadãos aptos a atuarem com competência na realidade local, regional e nacional cujo campo de trabalho deste profissional é bastante amplo, pois está inserido no processo de desenvolvimento de todo e qualquer empreendimento, de todos os setores produtivos, até mesmo os de natureza e fins não lucrativos.

35 2.3 CONCEPÇÃO O processo formativo a ser implementado pelo Curso pressupõe uma ação educativa metódica e intencional, construída por meio de interações aluno/objetos de estudo/professor, com a utilização do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) - UnP Virtual, a partir da compreensão educação a distância como: mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem (que) ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos 24. O Curso leva em conta a compreensão de autores, como Arafeh, 25 que diz: a Educação a Distância (EaD) abrange uma vasta gama de novas tecnologias, pedagogias, estilos de aprendizagem e habilidades e ambientes desenvolvidos para oferecer conteúdo educacional para a aprendizagem dentro e fora dos tradicionais ambientes educacionais. Como resultado, a EaD vem acompanhada por uma série de outros conceitos e práticas que surgiram de novos desenvolvimentos tecnológicos e sociais. A autora retoma a ideia tradicional de que a educação a distância tem como elementos constitutivos a educação (traduzida nos processos de ensino e aprendizagem); divergência geográfica ou temporal; um meio de transmissão (tecnologia) e informações ou conteúdos de comunicação. A concepção pedagógica adotada neste Projeto, em relação à aprendizagem, é a de que está se efetiva na inter-relação com o outro, sempre com a mediação da linguagem, e como um processo de elaboração compartilhada de significações. Assim sendo, aprender é um ato social, embora materializado individualmente. Visto que os cursos superiores de tecnologia, em geral, assim como os ofertados a distância têm frequência significativa por alunos adultos, as colaborações de Malcom Knowles também orientarão o Curso, adotando-se o 24 BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da LDB, que estabelece as diretrizes e bases da Educação a Distância. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5622.htm>. Acesso em: 10 fev. 2010. 25 ARAFEH, Sousan. The Implications of Information and Communications Technologies for Distance Education: Looking Toward the Future. SRI International, Arlington, Virginia, June 2004, 10-11. Disponível em:<http://www.sri.com/policy/csted/reports/sandt/it/distance_ed_lit_review_final_6-9- 04.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2011.

36 conceito de andragogia para a compreensão do processo cognitivo de aprendizagem do adulto. Destaca-se ainda o pensamento de Paulo Freire, particularmente no que se refere à conscientização como um processo de inserção crítica do indivíduo na realidade e de atuação para transformá-la (educação transformadora), assim como a construção da autonomia intelectual do estudante. Esse propósito pressupõe mudanças, as quais, segundo Behar, estariam pautadas no desenvolvimento das competências e habilidades, o respeito ao ritmo individual, a formação de comunidades de aprendizagem e as redes de convivência, entre outras 26. Desse modo, o modelo pedagógico adotado pelo Curso compreende elementos teóricos - que explicam e orientam a forma de abordagem do currículo e que se concretiza nas práticas pedagógicas, as quais requerem, necessariamente, interações professor/aluno/objeto de estudo - e, ao mesmo tempo, elementos práticos - fundamentais ao Curso, por sua natureza enquanto graduação tecnológica. Ao mesmo tempo, o processo formativo estará referido às relações sociais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos do Curso. Busca-se, portanto, a articulação entre conhecimentos científicos e os contextos, e o desenvolvimento de valores éticos, considerando a diversidade de pessoas e grupos e a necessidade de preservação ambiental. Nessa perspectiva, este Projeto Pedagógico será regido pelos seguintes princípios curriculares: a) interdisciplinaridade: pressupõe interações entre diferentes campos do conhecimento, no sentido de aproximações e complementações, sendo essencial o desenvolvimento de projetos formulados em torno de temáticas comuns, como os projetos interdisciplinares; b) contextualização: implica em constante articulação entre as atividades curriculares do Curso (teorias, práticas profissionais), tendências de mercado e realidades de emprego, promovendo-se um processo de formação significativo; c) flexibilidade curricular: abrange possibilidades de diversificação do 26 BEHAR, Patrícia Alejandra (Org.). Modelos pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2009.

37 percurso formativo, destacando-se a oferta de disciplinas optativas, o aproveitamento de estudos e de experiências profissionais do discente e a emissão de certificação intermediária; d) atualização permanente: pressupõe o incentivo à curiosidade e à atitude investigativa, bem como a revisão de conhecimentos dada a sua provisoriedade e a velocidade com que avançam a ciência e a tecnologia.

38 2.4 OBJETIVOS 2.4.1 Gerais Formar profissionais com habilidades e competências empreendedoras e visão abrangente e integrada de gestão de negócios de comércio, indústria ou de serviços, públicas ou privadas, estimulando uma postura ético-profissional, responsável e participativa com reflexos no processo de desenvolvimento econômico, social e educacional do país, observando os requisitos de qualidade de vida e exigências de sobrevivência das organizações. Específicos a) Desenvolver a competência empreendedora nos estudantes, de forma a torná-los aptos a conceber projetos para a criação de organizações, unidades de negócios, produtos e serviços; b) Aprimorar a competência gestora dos estudantes, possibilitando a compreensão e o inter-relacionamento das diversas funções gerenciais e preparando-os para enfrentar desafios de gestão complexos; c) Capacitar os estudantes para lidar com a internacionalização dos mercados, a responsabilidade social corporativa, a sustentabilidade e a gestão estratégica de negócios em ambientes com alta diversidade; d) Preparar os estudantes para desenvolver estratégias de gestão e processos gerenciais fundamentadas no uso de ferramentas de mensuração e análise de mercado; e) Ampliar a fluência digital do estudante em mídia de educação a distância, crescentemente exigida nos processos de comunicação pessoal e profissional, tanto locais quanto internacionais, e de atividades colaborativas virtuais. Os objetivos estabelecidos estão relacionados às habilidades e competências previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) Gerais para a organização e funcionamento dos cursos superiores de tecnologia, Resolução CNE/CP 3, de 18 de dezembro de 2002, bem como nas habilidades e competências definidas no âmbito institucional e da Escola de Negócios.

39 2.5 PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO O Curso está habilitado a formar profissionais para identificar novas oportunidades de negócios, assim como, aplicar as modernas ferramentas de gestão com base nos novos modelos gerenciais, visando a manutenção saudável de empreendimentos, compreendendo as necessidades atuais e futuras das organizações e principalmente que estas exigem uma gestão equilibrada dos sistemas socioeconômico e ambiental. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Aliando elevado nível acadêmico de Gestão de Processos a uma concepção pedagógica contemporânea, com recursos didáticos sofisticados, o Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Processos visa formar profissionais éticos, diferenciados na área de gestão de processos. O estudante é preparado para compreender que as necessidades atuais e futuras das organizações demandam uma gestão equilibrada dos sistemas socioeconômico e ambiental, devendo apresentar as seguintes competências ao final do Curso: a) Ter capacidade de comunicação e de bom relacionamento interpessoal junto aos diversos níveis hierárquicos da empresa e no exercício de suas atribuições, assumir uma postura ética e de liderança; b) Ser capaz de planejar e executar ações empresariais, saber negociar e desenvolver práticas de gerenciamento; c) Ser comprometido e responsável pelo processo de crescimento produtivo, analisando as tendências de mercado, contribuir para o desenvolvimento sustentável regional e local; d) Ser capaz de atualizar-se continuamente, demonstrando disposição para a mudança e para o autodesenvolvimento pessoal; e) Utilizar adequadamente a informação, considerando-a como matériaprima dos processos de trabalho e recurso estratégico de uma organização; f) Dominar conhecimentos específicos sobre aspectos financeiros para organizações, entender a dinâmica do mercado exterior; g) Analisar a atuação da empresa e as oportunidades de criação de novos nichos;