DEVOLUÇÃO OU TROCA DE MERCADORIA VENDIDA PELO ECF CUPOM FISCAL PROCEDIMENTOS E RECOMENDAÇÕES



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Obrigatoriedade do ECF

Transcrição:

DEVOLUÇÃO OU TROCA DE MERCADORIA VENDIDA PELO ECF CUPOM FISCAL PROCEDIMENTOS E RECOMENDAÇÕES Tratando-se de devolução ou troca de mercadorias, além de observar as demais disposições constantes no artigo 76 da Parte Geral do Regulamento do ICMS, o contribuinte deve emitir Nota Fiscal de Entrada da mercadoria, documentando o retorno da mesma ao seu estabelecimento e observando que o aproveitamento do crédito relativo à devolução, somente é possível se o Cupom Fiscal relativo à venda da mercadoria devolvida conter a identificação do adquirente impressa pelo próprio ECF. Reproduzimos abaixo os dispositivos do Regulamento do ICMS/MG, relativos ao assunto: - O estabelecimento que receber mercadoria, em devolução ou troca, emitirá nota fiscal na entrada, relativamente à mercadoria devolvida, da qual constarão o número, série e data do documento fiscal emitido por ocasião da saída. - A nota fiscal emitida quando do recebimento de mercadoria, em devolução ou troca, será arquivada em separado, juntamente com os documentos fiscais, ou cópia, que acobertaram a remessa e o retorno da mercadoria. - Não será permitida a apropriação de crédito em devolução ou troca de mercadoria e serviços adquiridos com emissão de Cupom Fiscal ou Bilhete de Passagem, exceto aqueles que contenham identificação do adquirente impressa por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF). E nos casos de desistência da viagem pelo passageiro ou quando o mesmo desejar alterar a data da viagem? No caso de desistência da utilização de serviço de transporte rodoviário de passageiros, o valor do imposto poderá ser estornado na apuração do contribuinte (na escrituração do Livro Registro de Saídas), desde que, cumulativamente: seja elaborado demonstrativo mensal de documentos fiscais cancelados para fins de dedução do imposto e nele sejam anexados os documentos cancelados. tenha sido devolvido ao passageiro o valor pago pela prestação de serviço não realizada. o documento fiscal contenha as seguintes informações: - a identificação e o endereço do passageiro, ainda que indicados de forma manuscrita, e sua assinatura. - a identificação do responsável pelo estabelecimento usuário do ECF, ainda que indicada de forma manuscrita, e sua assinatura. - a justificativa da ocorrência. No caso de alteração da data prevista para a prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros, o documento poderá ser revalidado para o mesmo passageiro, desde que nele conste, ainda que de forma manuscrita e no seu verso, a nova data e horário de embarque e o número da poltrona a ser ocupada. OBS: Nota-se que tanto no caso de devolução ou troca de mercadorias quanto no caso de desistência da utilização de serviço de transporte, para que seja possível o aproveitamento do crédito relativo à devolução da mercadoria ou o estorno do débito relativo ao serviço não

prestado, é necessário que no documento fiscal relativo à operação originária, contenha a identificação do adquirente da mercadoria ou tomador do serviço (passageiro), impressa pelo próprio equipamento. Portanto, é recomendável que o contribuinte sempre faça a identificação do adquirente ou passageiro no documento fiscal impresso pelo ECF, devendo, antes de adquirir o equipamento, verificar se o mesmo possibilita esta impressão. OUTRAS ORIENTAÇÕES REF AO ASSUNTO ESTABELECIMENTOS DISPENSADOS DA OBRIGATORIEDADE DE USO DO ECF - empresas que cumulativamente atendam as seguintes condições: - esteja enquadrada como microempresa com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais); OBS.: Havendo o desenquadramento ou ultrapassando o limite de receita bruta, o contribuinte deve implantar o uso do ECF no prazo de 60 dias. - não mantenha no recinto de atendimento ao público, equipamento que possibilite o registro ou o processamento de dados relativos a operações com mercadorias ou prestação de serviços ou a impressão de documento que se assemelhe ao cupom fiscal, exceto no caso de equipamento eletrônico destinado a viabilizar o pagamento da operação ou prestação por meio de cartão de crédito ou de débito automático em conta corrente, desde que: - as informações relativas às operações de pagamentos realizados por meio de cartão de crédito ou de débito sejam mantidas, geradas e transmitidas pela empresa administradora do cartão, conforme estabelecido no parágrafo único do art. 132 do Regulamento do ICMS; - o número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do estabelecimento usuário do equipamento seja impresso no comprovante de pagamento. - estabelecimentos de hotelaria, concessionárias de veículos, oficinas de manutenção e reparação de veículos automotores, aparelhos ou equipamentos eletro-eletrônicos ou eletrodomésticos, cooperativas de produtores rurais, prestadoras de serviço de transporte público rodoviário regular de passageiros, interestadual e intermunicipal e o estabelecimento que praticar com preponderância as operações relacionadas no item 5.2 considerando como preponderância quando 80% (oitenta por cento) dos documentos fiscais emitidos se referirem à operações descritas no item 5.2. Em qualquer destas hipóteses o estabelecimento deverá emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou documentos fiscais por Sistema de Processamento Eletrônico de Dados (PED), autorizado nos termos do Anexo VII do Regulamento do ICMS, para acobertar as operações ou prestações que realizarem. OBS.: Caso o estabelecimento deixe de utilizar o sistema PED ou NFe, por qualquer motivo, inclusive a cassação da autorização de uso, deve no prazo de 60 dias implantar o uso de ECF. - empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público relacionado com o fornecimento de energia elétrica, gás canalizado e distribuição de água. OBSERVAÇÃO: Nestes casos a dispensa atinge todas as operações praticadas pelo estabelecimento, sendo desnecessário que este possua equipamento ECF. OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES EM QUE É DISPENSADA A EMISSÃO DE CUPOM FISCAL

- operação realizada fora do estabelecimento. - operação com veículos automotores, máquinas agrícolas e de terraplenagem, reboque e semi-reboque. - operação de venda para entrega futura, em que haja emissão da nota fiscal de simples faturamento. - operação destinada a contribuinte do ICMS ou a órgão público. - operação com bem para integrar o ativo imobilizado de pessoa jurídica. - operação realizada com empresa seguradora e de construção civil. - operação interestadual com mercadorias. - prestação de serviço de transporte de passageiros quando a emissão do documento fiscal ocorrer: - no interior do veículo utilizado na prestação do serviço. - em local de diminuta quantidade de documentos emitidos assim considerado aquele no qual são emitidos até 100 (cem) documentos por dia. Pela natureza e características técnicas do equipamento ECF, também estão dispensadas da emissão de documento fiscal por ECF: - operação promovida com diferimento ou suspensão. - operação de transferência ou de devolução de mercadoria. - operação de estorno de crédito, nos casos de mercadorias deterioradas, inutilizadas, roubadas ou destinadas a consumo ou utilização no próprio estabelecimento. - prestação de serviços de comunicações e de transporte de carga e de valores. OBSERVAÇÃO: Nestes casos a dispensa atinge apenas as operações e prestações citadas. Portanto, o estabelecimento deve possuir ECF para a emissão do Cupom Fiscal nas demais operações. NOTA FISCAL MODELO 1 OU 1-A OU 55 - Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55: para acobertar operações de transferência e de devolução de mercadoria. Base Legal citada nesta orientação e Decisões de fiscalização MG CRÉDITO DE ICMS - APROVEITAMENTO INDEVIDO - DEVOLUÇÃO IRREGULAR - SAÍDA COM CUPOM FISCAL. Constatada a apropriação indevida de créditos de ICMS provenientes de notas fiscais de entrada, emitidas para devolução/troca de mercadorias adquiridas por consumidor final com cupom fiscal, sem observância da legislação tributária aplicável, em especial o disposto no art. 30, 2º da Lei nº 6.763/75 e art. 76, caput, 2º, inciso I do RICMS/02. Exigências fiscais de ICMS e Multa de Revalidação capitulada no art. 56, inciso II e Multa Isolada prevista no art. 55, inciso XXVI, ambos da Lei nº 6.763/75. DECISÃO: ACORDA a 1ª Câmara de Julgamento do CC/MG, à unanimidade, em julgar procedente o lançamento. Pela Impugnante, sustentou oralmente a Dra. Julianna de Camargo Azevedo Finck Saweljew e, pela Fazenda Pública Estadual, o Dr. Gabriel Arbex Valle. RICMS MG Do Crédito Relativo às Devoluções, Trocas e Retornos de Mercadorias e às Desistências de Serviços Art. 76. O estabelecimento que receber mercadoria devolvida por particular, produtor rural ou qualquer pessoa não considerada contribuinte, ou não obrigada à emissão de documento fiscal, poderá apropriar-se do valor do imposto debitado por ocasião da saída da mercadoria, nas seguintes hipóteses:

I - se a devolução ocorrer em virtude de garantia, considerando-se como tal a que decorrer de obrigação assumida pelo remetente ou pelo fabricante de substituir a mercadoria remetida, caso esta apresente defeito dentro do prazo de garantia, desde que este não seja superior ao previsto no inciso I do 1º do artigo 96 deste Regulamento; II - quando se tratar de devolução, dentro de 90 (noventa) dias, de mercadoria identificável pela marca, tipo, modelo, espécie, qualidade, número de série de fabricação ou outros elementos que a individualizem; III - se a devolução se referir a mercadoria recebida por repartição pública; IV - quando se tratar de troca, assim considerada a substituição de mercadoria por uma ou mais da mesma espécie ou de espécie diversa, desde que de valor não inferior ao da substituída, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da saída. 1 A apropriação restringe-se às parcelas não recebidas da pessoa que promover a devolução, quando se tratar de venda a prestação. 2 A devolução ou a troca serão comprovadas mediante: I - restituição pelo cliente da via do documento fiscal a ele destinada, ou, tratando-se de devolução ou troca parciais, cópia reprográfica do documento; (1488) II - declaração do cliente ou do responsável, no documento referido no inciso anterior, de que devolveu ou trocou as mercadorias, especificando o motivo da devolução ou da troca, com menção ao seu número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF), endereço residencial e telefone, ou, tratando-se de pessoa jurídica ou seu preposto, com a aposição do carimbo relativo à inscrição do estabelecimento no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); (1128) III - visto obrigatório do Posto de Fiscalização, se existente no itinerário normal que deva ser percorrido pelo transportador, no documento que acobertar ou acompanhar o trânsito da mercadoria devolvida. (501) 3º Não será permitida a apropriação de crédito: (1488) I - em devolução ou troca de mercadoria adquirida com emissão de Cupom Fiscal, exceto em relação àqueles documentos que contenham a informação do número do CPF ou CNPJ do adquirente impresso por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); (502) II - no recebimento, em virtude de garantia, de parte ou peça de mercadoria remetida ao adquirente. 4º O estabelecimento que receber mercadoria, em devolução ou troca, emitirá nota fiscal na entrada, relativamente à mercadoria devolvida, da qual constarão o número, a série e a data do documento fiscal emitido por ocasião da saída. 5º A nota fiscal emitida quando do recebimento de mercadoria, em devolução ou troca, será arquivada em separado, juntamente com os documentos fiscais, ou cópia, que acobertaram a remessa e o retorno da mercadoria. 6º Nas hipóteses do caput deste artigo, na saída subseqüente, a mercadoria, para efeito de tributação, não será considerada usada. (1024) 7º No caso de mercadoria devolvida por microempresa ou empresa de pequeno porte, a recuperação do imposto anteriormente debitado por contribuinte que apura o ICMS pelo sistema normal de débito e crédito será efetuada mediante registro do documento fiscal relativo à devolução no livro Registro de Entradas, com indicação, na coluna Observações, da expressão Mercadoria devolvida por empresa enquadrada no Simples Nacional e do número da nota fiscal que acobertou a saída da mercadoria. (2283) 8º Em substituição aos procedimentos estabelecidos neste artigo, para a apropriação de crédito relativo às devoluções ou trocas de mercadorias adquiridas com a emissão de Cupom Fiscal, poderá ser autorizado sistema diferenciado de escrituração do ICMS, mediante regime especial concedido pelo titular da Delegacia Fiscal ou da Delegacia Fiscal de Trânsito a que estiver circunscrito o contribuinte, observado o seguinte: (1489) I - poderá ser dispensada a observância do disposto no 2º, no inciso I do 3º e no 4º, todos do art. 76 do RICMS, desde que sejam cumpridas as exigências previstas no inciso seguinte; (1489) II - o regime especial estabelecerá obrigações acessórias para apropriação do crédito do imposto, especialmente no que se refere a: (1489) a) emissão de Relatório Gerencial, com a indicação do motivo da devolução ou troca, o nome, CPF ou CNPJ, endereço e telefone do adquirente ou da pessoa que se apresentar no momento da devolução ou troca; (1489) b) entrega de arquivo SINTEGRA com informações específicas sobre as operações de trocas ou devoluções, mediante a apresentação do registro 88DV, constando campo obrigatório para o CPF ou CNPJ do cliente responsável pela devolução; (1489) c) emissão diária de nota fiscal para acobertar o total das entradas de mercadorias recebidas em função de troca ou devolução. Art. 77. Quando, por força de decisão transitada em julgado, houver rescisão de contrato do qual decorreu a saída da mercadoria, a reentrada desta no estabelecimento dará lugar ao aproveitamento do imposto debitado por ocasião de sua saída, deduzido aquele incidente sobre a importância já recebida pelo estabelecimento promotor da saída, observado o disposto no 4º do artigo anterior. Art. 78. O estabelecimento que receber em retorno integral mercadoria não entregue ao destinatário, para recuperar o imposto anteriormente debitado, deverá: (2556) I - emitir nota fiscal na entrada, fazendo referência à nota fiscal que acobertou o transporte da mercadoria, dentro do prazo de validade da nota fiscal referenciada; (2556) II - escriturar a nota fiscal de que trata o inciso anterior no livro Registro de Entradas, nas colunas ICMS - Valores Fiscais e Operações com Crédito do Imposto.

(2556) Parágrafo único. Na hipótese do caput: (2556) I - a mercadoria será acobertada, em seu retorno, pela mesma nota fiscal que tenha acobertado a sua saída; (2556) II - a prestação de serviço de transporte correspondente será acobertada pelo mesmo CTRC que tenha acobertado a remessa, observado o disposto no art. 10 da Parte 1 do Anexo IX deste Regulamento; (2556) III - a mercadoria deverá retornar ao estabelecimento dentro do prazo de validade da nota fiscal de que trata o inciso I deste parágrafo. Art. 79. Ocorrendo desistência relativa à prestação de serviço de transporte de passageiro, o valor do imposto poderá ser apropriado como crédito, desde que o Bilhete de Passagem contenha a identificação do usuário desistente. Parágrafo único. Na hipótese de Bilhete de Passagem emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), a apropriação do crédito de que trata o caput deste artigo somente será permitida se a identificação do usuário desistente tiver sido impressa pelo próprio equipamento. LEI Nº 6.763, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1975 (MG de 30/12/1975) Consolida a Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Disposição Preliminar Art. 1º Esta lei consolida a legislação tributária do Estado de Minas Gerais. LIVRO PRIMEIRO PARTE GERAL TÍTULO I Sistema Tributário Estadual CAPÍTULO I Dos Tributos de Competência do Estado Art. 2º Constituem tributos do Estado: I- impostos; II- taxas; III- Contribuição de Melhoria. Art. 30. O direito ao crédito, para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido a mercadoria ou o bem ou para o qual tenha sido prestado o serviço, está condicionado à idoneidade formal, material e ideológica da documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e nas condições estabelecidos na legislação. 2º O estabelecimento que receber mercadoria devolvida por particular, produtor ou qualquer pessoa física ou jurídica não considerada contribuinte ou não obrigada à emissão de documentos fiscais, poderá creditar-se do imposto pago por ocasião da saída da mercadoria, segundo o que for prescrito no regulamento. Art. 55. As multas para as quais se adotarão os critérios a que se referem os incisos II a IV do art. 53 desta Lei são as seguintes: XXXI - por emitir ou utilizar documento fiscal falso ou ideologicamente falso - 50% (cinquenta por cento) do valor da prestação ou da operação, cumulado com estorno de crédito na hipótese de sua utilização, salvo, nesse caso, prova concludente de que o imposto correspondente tenha sido integralmente pago;