INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS NAS QUEIXAS DOLOROSAS EM ESCOLARES FREQUENTADORES DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA

Documentos relacionados
PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

BAILANDO NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DANÇA EM UMA ASSOCIAÇÃO DE IDOSOS DE GOIÂNIA/GO

FISIOTERAPIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR MEIO DE ATIVIDADES DE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE

PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1

OS SABERES PROFISSIONAIS PARA O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ESCOLA

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO BÁSICO: PROJETO AMBIENTE LIMPO

VAMOS MANTER A POSTURA CORPORAL EM DIA!

POSTURA CORPORAL/DOENÇAS OCUPACIONAIS: UM OLHAR DA ENFERMAGEM SOBRE AS DOENÇAS OSTEOARTICULARES

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem. (Mário Quintana).

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2 º SEMESTRE DE 2015 CAPOEIRA ESCOLA DO SÍTIO / RESPONSÁVEL: MESTRE LU PIMENTA Coordenação das atividades: Ludmila Santos

Manual de Risco Operacional

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO DO IDOSO COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Postura corporal hábitos causas e consequências

A EDUCAÇAO INFANTIL DA MATEMÁTICA COM A LUDICIDADE EM SALA DE AULA

ANÁLISE DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DE XINGUARA, PARÁ SOBRE O ENSINO DE FRAÇÕES

INVESTIGANDO O ENSINO MÉDIO E REFLETINDO SOBRE A INCLUSÃO DAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA PÚBLICA: AÇÕES DO PROLICEN EM MATEMÁTICA

ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

PLANEJAMENTO, CONCEITOS E ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DE UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL

REFLEXÕES INICIAIS DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA INCLUIR OS DEFICIENTES AUDITIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

ESPAÇO INCLUSIVO Coordenação Geral Profa. Dra. Roberta Puccetti Coordenação Do Projeto Profa. Espa. Susy Mary Vieira Ferraz RESUMO

A PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS EM PEDAGOGIA SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR EM UMA FACULDADE EM MONTE ALEGRE DO PIAUÍ - PI

Os desafios da EducaÄÅo FÇsica na EducaÄÅo de Jovens e Adultos (EJA)

Projeto em Capacitação ao Atendimento de Educação Especial

O ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA ATRAVÉS DE JOGOS LÚDICOS RESUMO

REFLEXÕES SOBRE A UTILIZAÇÃO DE JOGOS CARTOGRÁFICOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S

9. Os ciclos de aprendizagem e a organização da prática pedagógica

A prática de esportes nas aulas de Educação Física Escolar: perspectivas a partir da descrição de estudos nacionais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL COLÉGIO DE APLICAÇÃO DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES ÁREA DAS SÉRIES INICIAIS HORTA ESCOLAR:

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

Estatística na vida cotidiana: banco de exemplos em Bioestatística

SÍNDROME DE DOWN E A INCLUSÃO SOCIAL NA ESCOLA

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PSICOMOTOR EM CRIANÇAS COM DISLEXIA DESENVOLVIMENTAL

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

O uso de jogos no ensino da Matemática

A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA INCLUSÃO DO IDOSO NO AMBIENTE ACADÊMICO

PERCEPÇÃO DE DORES MUSCULOESQUELÉTICAS DOS TRABALHADORES DE UMA INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE LIMPEZA E POLIMENTO. Kele da Silva Ribeiro

Software do tipo simulador e os conteúdos de química

A ENERGIA NOSSA DE CADA DIA: CONHECER PARA PRESERVAR

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN INTERVENÇÃO EDUCATIVA INSTITUCIONAL PROJETO PSICOPEDAGÓGICO

Palavras-chave: Deficiência Visual. Trabalho Colaborativo. Inclusão. 1. Introdução

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel

GEPAM - GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA NA ÁREA DE MATEMÁTICA uma articulação de ensino e iniciação à pesquisa

Utilização do Software de Simulações PhET como estratégia didática para o ensino dos conceitos de soluções

ANÁLISE DESCRITIVA DO NÍVEL DE STRESS EM PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO E REEQUILÍBRIO POSTURAL EM GRUPO

OFICINAS PEDAGÓGICAS: CONSTRUINDO UM COMPORTAMENTO SAUDÁVEL E ÉTICO EM CRIANÇAS COM CÂNCER

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

Discentes do curso de psicologia,centro Universitário de Maringá (CESUMAR), Maringá - Pr- Brasil, umbelinajusto@wnet.com.br 2

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Núcleo 2.1 Jung (2014)

AURICULOTERAPIA NO TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO (DORT): UMA AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

JOGO DE BARALHO DOS BIOMAS BRASILEIROS, UMA JOGADA FACILITADORA DA APRENDIZAGEM DOS DISCENTES NA BIOGEOGRAFIA.

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

ANEXO I. PROJETO DE -- Selecione --

AVALIAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: UMA ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA ATRAVÉS DAS INTERVENÇÕES DO PIBID/UEPB.

INVOLUÇÃO X CONCLUSÃO

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

METODOLOGIA: O FAZER NA EDUCAÇÃO INFANTIL (PLANO E PROCESSO DE PLANEJAMENTO)

PERGUNTAS FREQUENTES. Sobre Horários. Pessoal docente, escolas públicas. 1 Há novas regras para elaboração dos horários dos professores?

Comorbidades que podem estar associadas a Dislexia (TDA/TDAH)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DE CURSO INTRA-UNIDADE

Plano de Estágio do Curso Técnico em Segurança do Trabalho

Avaliação antropométrica de idosas participantes de grupos de atividades físicas para a terceira idade.

PROGRAMA DE FUTEBOL 10ª Classe

XI Encontro de Iniciação à Docência

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO PARANÁ SENAR-AR/PR PROGRAMA APRENDIZAGEM DE ADOLESCENTES E JOVENS

DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS

PROJETO. Saúde, um direito Cívico

PALAVRAS-CHAVES: práticas educativas; criança; saúde.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIENCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO BRUNO MASSINHAN

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA. Relatório da Auto Avaliação Institucional 2014

BADMINTON: PRÁTICA ESPORTIVA ENTRE ESCOLARES, UNIVERSITÁRIOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

PROC. Nº 0838/06 PLL Nº 029/06 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 ISBN

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011

Realizar grupos de aconselhamento psicológico com os atletas que praticam. Desenvolver ações em saúde psicológica que visem à promoção, prevenção e

Descrição dos Estágios do Núcleo 3-8º per./2016

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

INFORMÁTICA NA ESCOLA: UM PROJETO COMO INSTRUMENTO DE ESTÍMULO PARA O INGRESSO NO ENSINO SUPERIOR

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDAVEIS: Um relato de experiência

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA PRÉ-ESCOLARES DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM VIÇOSA-MG

A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS PROJETOS SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO - UMA BREVE ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PROJETO DEGRAUS CRIANÇA

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

PIBID 2015 GÊNERO E SEXUALIDADE

A utilização de jogos no ensino da Matemática no Ensino Médio

Resgatando a autoestima das mulheres em situação de violência através da corrida e caminhada

INTEGRAÇÃO E MOVIMENTO- INICIAÇÃO CIENTÍFICA E.E. JOÃO XXIII SALA 15 - Sessão 2

Transcrição:

6º Fórum de Extensão Conta INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS NAS QUEIXAS DOLOROSAS EM ESCOLARES FREQUENTADORES DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA INTRODUÇÃO Lidiane de Fátima Ilha Nichele (apresentadora) Ana Fátima Viero Badaró (Orientadora) Patrícia Turra Tatiéli Zulian As crianças e os adolescentes, na fase escolar, estão sujeitos a comportamentos de risco, principalmente no que se refere à utilização de mochilas e à postura sentada. Esses comportamentos podem vir a acarretar alterações posturais e queixas dolorosas que afetarão o indivíduo na vida adulta (PENHA et al, 2005). Nesse período estímulos variados são imprescindíveis para que os indivíduos possam reconhecer e inserir hábitos de vida saudáveis ao seu cotidiano (FREIRE et al., 2008; MARTINEZ-CRESPO et al.,2009; NOLL et al., 2012) Sob esta perspectiva a fisioterapia na saúde do escolar, constitui um fator importante para a aprendizagem de hábitos de vida saudáveis, devido a infância e a adolescência serem fases decisivas na construção de condutas. A escola vem a ser um campo de possibilidades para acompanhar esse crescimento e desenvolvimento corporal. Assim, a fisioterapia tem muito a contribuir no ambiente escolar e em ações que envolvem a promoção da saúde, a prevenção de doenças e a recuperação corporal. OBJETIVOS Verificar a influência das atividades motoras nas queixas dolorosas em escolares de 7 a 12 anos, freqüentadores de uma Instituição Filantrópica, durante o período de dois anos 2012 e 2013.

REFERENCIA TEÓRICO E METODOLOGIA A dor é definida pela International Association for the Study of Pain (1994) como uma experiência sensitiva emocional desagradável relacionada à lesão tecidual ou descrita em tais termos. Trata-se de uma manifestação subjetiva, que envolve mecanismos físicos, psíquicos e culturais. O ambiente escolar é um local predisponente às alterações posturais, pois quanto maior o tempo em que um indivíduo é exposto a riscos, maior a probabilidade de desenvolver problemas posturais com geração de sintomas dolorosos imediatos e/ou tardios (NOLL et al, 2012). Há evidências de que a permanência por longo período em uma posição sentada, somando-se as horas regulares de ensino em sala de aula e em frente à televisão e ao computador ( FREIRE et al., 2008; MARTINEZ-CRESPO et al., 2009), associado a carga, o modo de transporte e o modelo de mochilas utilizado, vem despertando o interesse de diferentes setores da saúde, por serem considerados fatores de riscos importantes nesta fase do crescimento (FERNANDES et al., 2008). Outra causa de dor em crianças e adolescentes é a dor de crescimento que pode acometer escolares com idade entre 6 e 13 anos. Essas dores são musculoesquelética, intensa, não articular, localizada nos membros inferiores, nas panturrilhas, nas coxas e na região poplítea (ASADI-POOYA, 2007). Tem duração de 10 a 15 minutos, que incide mais no final da tarde ou início da noite, podendo intercalar períodos remissivos que podem durar dias, semanas ou meses (FORNI, 2011). Estudos sobre prevalência de dor realizados em escolares (SUNDBLAD et al., 2007) mostraram intensidades significativamente mais altas da dor, principalmente nas meninas em comparação com os meninos. Esta diferença também foi encontrada por Slater et al. (2009) em uma amostra de pacientes atendidos em um centro pediátrico. A dor pode ser mensurada a partir de escalas, que são instrumentos simples, sensíveis e reprodutíveis, permitindo análise continua da dor, tendo a vantagem de se fazer entender e ajudar na mensuração e quantificação dos sintomas dolorosos. Um tipo de instrumento utilizado é a Escala Visual Analógica (EVA), que consiste em uma linha reta, indicando em uma extremidade a marcação de ausência de dor e na outra, pior dor imaginável (SAKATA et al., 2003). Este trabalho é proveniente de um programa extensionista intitulado Fisioterapia no Cuidado Corporal de Escolares, que possui financiamento FIEX e que envolve projetos de pesquisa, ensino e extensão, desenvolvendo-se no Centro de

Referência Familiar Recanto do Sol (CEFASOL). Este local recebe as crianças e adolescentes em turno diferente ao das aulas regulares, para complementar as atividades escolares e lhes propiciar alimentação, lazer e atividades como:, canto, percussão, informática e artesanato. Além disso, a fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) desenvolve por meio da extensão, atividades lúdicas com bolas suíças, que visam o relaxamento, alongamento e conscientização corporal. Também o Curso de Educação Física da UFSM proporciona atividades esportivas e recreativas a todas as crianças. Desenvolvem-se, nesta mesma Instituição, pesquisas provenientes do projeto Avaliações do Crescimento e do Desenvolvimento Corporal de Escolares (aprovado no CEP/UFSM), que integra o programa de extensão. Foram entrevistados 38 escolares (14 meninos e 24 meninas), no primeiro semestres de 2012 e no de 2013. Os critérios de inclusão adotados foram: ter freqüentado regularmente a instituição neste período, obtenção do TCLE assinado e realização da avaliação anual das queixas dolorosas. Os critérios de exclusão foram: apresentar algum tipo de alteração cognitiva. Utilizou-se um breve questionário para investigar a presença de queixas dolorosas quanto à localização, à freqüência e à intensidade. A localização foi feita por meio da apresentação de um mapa do corpo humano para a criança indicar o(s) local (is) da dor referida. A intensidade da dor foi identificada através da Escala Visual Analógica (EVA) que, depois de explicada pelo avaliador, a criança apontou para a figura, com número e cor, de acordo com a sua interpretação dolorosa. A intensidade foi determinada em leve (0-2), moderada (3-7) ou intensa (8-10), através do número ou cor que a criança usou para simbolizar a dor. RESULTADOS ALCANÇADOS E PÚBLICO ENVOLVIDO Das 38 crianças avaliadas, por meio do questionário de dor, observou-se na primeira avaliação que 30 escolares relataram sentir algum tipo de dor e na segunda apenas 21 referiram alguma queixa dolorosa. As queixas dolorosas foram mais referidas nas pernas e na coluna. Sugere-se que a dor nas pernas seja proveniente do crescimento dessas crianças, conhecida como dor do crescimento. As dores nas costas podem ser interpretadas como resultado do longo período de permanência em posição sentada (escola, TV, computador), geralmente em posturas inadequadas.

Entre os avaliados a média de intensidade da EVA encontrada em 2012 foi 4,5, sendo classificada como moderada. Em 2013, esta média diminuiu passando para 3,3, obtendo a mesma classificação moderada, tendo, entretanto, mudança de mais de um ponto na escala de intensidade. Assim, pode-se sugerir que a diminuição da intensidade das dores possa se relacionar com as atividades motoras presente na rotina dessas crianças. Também, acredita-se que o programa propicie aos acadêmicos participantes uma visão sobre a importância de vivências no aprendizado em uma relação de ensinoassistência. Dessa maneira, busca-se incentivar a publicação do trabalho realizado, no intuito de incrementar as pesquisas nessa área e causar impacto na formação dos estudantes. INDICADORES DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS A adesão e participação dos escolares na ação, a inserção da fisioterapia no ambiente escolar, obtenção dos dados por meio do questionário semiestruturado e consulta aos pais e gestores da instituição. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS ASADI-POOYA, A.; BORDBAR, M.R. Are laboratory tests necessary in making the diagnosis of limb pains typical for growing pains in children? Pediatr Int. v. 49, n. 6, p. 833-835, 2007. FERNANDES, S. M. S.; CASAROTTO, R. A.; JOÃO, S. M. A. Efeitos de sessões educativas no uso das mochilas escolares em estudante do ensino funadamental I. Rev Bras Fisioter. v. 12, n. 6, 2008. FORNI, J. E. N.; JALIKHIAN, W. Dor do crescimento. Rev Dor. v. 12, n. 3, p. 261-264, 2011. FREIRE, I.A.; TEIXEIRA, T.G.; SALES, C.R. Hábitos posturais: diagnóstico a partir de fotografias. Conexões. v.6, n.2, p. 28-41, 2008. International Association for the Study of Pain. Concensus development conference statement: the integrated approach to the management of pain. Journal of AccidEmerg Med. 1994. MARTINEZ-CRESPO, G. et al. Dolor de espalda en adolescentes: prevalencia y fatores associados. Rehabilitación.v. 43, n.2, p. 72-80, 2009. NOLL, M. et al. Alterações posturais em escolares do ensino fundamental de uma escola de Teutônia/RS. Rev bras Ci. e Mov. v. 20, n. 2, p. 32-42, 2012.

PENHA, P.J. et.al. Postural assessment of girls between 7 and 10 years of age. Clinics. v. 60, n. 1, p. 9-16, 2005. SLATER, S.et al. Effects of gender and age on paediatric headache. Cephalalgia. v. 29, p. 969-973, 2009. SAKATA, R. K. et al. Avaliação da Dor. In: CAVALCANTI, I. L.; MADDALENA, M. L., editores. Dor. Rio de Janeiro: SAERJ, 2003. p. 53-94. SUNDBLAD, G.; SAARTOK, T.; ENGSTROM, L. Prevalence and co-occurrence of self-rated pain and perceived health in school-children: Age and gender differences. European Journal of Pain. v.11, p.171-180, 2007.