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Transcrição:

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - 2007 Senhores Participantes, Receitas e Despesas As receitas do Fundo Garantidor de Créditos - FGC são oriundas de contribuições de todas as Instituições do mercado financeiro nacional, incluídas as estatais, privadas e estrangeiras. Esta receita apresentou média mensal de R$ 78.296 mil neste exercício (R$ 113.884 mil no exercício de 2006), ocorrendo um decréscimo de 45,45% em relação ao ano anterior, conforme comentário no item Redução das Contribuições. Além desta contribuição mensal, o FGC recebe também o valor das tarifas que são cobradas pelo processamento das inclusões e exclusões de nomes no cadastro nacional de contas encerradas por devolução de cheques sem fundos, no valor médio mensal de R$ 8.592 mil neste exercício (R$ 9.278 mil no exercício de 2006), totalizando a média mensal das duas fontes de receita, neste exercício, R$ 86.888 mil (R$ 123.162 mil no exercício de 2006), não consideradas as receitas financeiras. 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 113.884 123.162 78.296 86.888 2007 40.000 20.000 8.592 9.278 2006 0 Contribuições Recheque Total Relativamente às despesas de custeio (pessoal, gerais e administrativas), o FGC apresentou neste exercício gasto médio mensal de R$ 550 mil, equivalentes a 0,63% sobre a média mensal da arrecadação total (R$ 487 mil no exercício de 2006, equivalentes a 0,40% sobre a mesma média). 140.000 120.000 123.162 100.000 80.000 86.888 Receitas 60.000 40.000 20.000 0 550 0,63% 2007 2006 487 0,40% Despesas Percentual Garantias Prestadas Neste exercício, tivemos despesas com garantia de créditos de apenas R$ 187 mil, referentes a garantias não reclamadas anteriormente pelos credores (basicamente do Banco Santos S.A.), demonstrando o excelente nível de estabilidade no Sistema Financeiro Nacional. Redução das Contribuições Em 6 de setembro de 2006, o Conselho Monetário Nacional - CMN, através da Resolução 3.400/06, alterou o valor máximo da garantia proporcionada pelo FGC para R$ 60 mil, na forma dos nossos estatutos, bem como autorizou o Conselho de Administração do FGC a fixar as contribuições ordinárias das instituições associadas em 0,0125% do montante dos saldos objeto de garantia, a partir do mês de agosto de 2006. Nessa mesma Resolução, foram incluídos nas contas objeto de garantia os depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. Essas medidas, oportunas não apenas pelo aumento do valor da garantia prestada e pela redução dos custos para nossas associadas após doze anos da criação do FGC, certamente estão contribuindo no processo de redução da atual taxa de juros a consumidores e sinaliza de forma definitiva ao mercado, tanto interno como externo, a real situação de estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. Associação Internacional de Seguradores de Depósitos Em novembro de 2007, na cidade de Kuala Lumpur, Malásia, o FGC recebeu o prêmio de Deposit Insurance Organization of the Year for 2007, conferido pela International Association of Deposit Insurers - IADI - em razão da sua colaboração internacional na área de Seguro de Depósitos. A IADI é uma entidade sem fins lucrativos, com sede na cidade de Basiléia - Suíça, instalada nas dependências do BIS - Bank of International Settlements e congrega vários institutos seguradores de depósitos do mundo, da qual o FGC é membro fundador. 1

Na oportunidade, o Diretor Executivo do FGC agradeceu o reconhecimento, expressando-se da seguinte forma: Para o Conselho de Administração do Fundo Garantidor de Créditos - FGC e para as autoridades monetárias do Brasil, esse reconhecimento é muito honroso e reforça o compromisso de manutenção do nível de cooperação internacional neste momento reconhecido pelos associados da IADI. Gostaríamos também de registrar nosso agradecimento àqueles que contribuíram com o seu voto, como também nosso reconhecimento aos institutos seguradores dos demais países que conosco concorreram a este título: Bulgária, Jordânia, Turquia e Estados Unidos da América, grandes colaboradores internacionais dessa matéria, lembrando que o título designado ao FGC de Deposit Insurance Organization of the Year for 2007 não indica nem a melhor, nem a maior instituição, mas simplesmente a instituição do ano. Nosso especial agradecimento ao Sr. Jean Pierre Sabourin, presidente da IADI desde a sua fundação e que ora deixa a sua presidência, principalmente pelo conjunto de sua obra à frente da IADI, a qual ficará marcada de forma extremamente positiva para sempre. Gostaríamos ainda de deixar registrada a grande satisfação da Diretoria, Gerências e funcionários do FGC por esse reconhecimento internacional. Volumes do Sistema Apresentamos quadro estatístico comparativo da evolução de produtos e de créditos sujeitos a garantia do FGC, com dados fornecidos pelo DESIG/DINFO do Banco Central do Brasil. TOTAL DO SISTEMA - COMPARATIVO DE DEZ/2006 E DEZ/2007 POR FAIXAS Dez/2006 Dez/2007 Faixas Número % Valores % Número % Valores % (Valores em R$) de Clientes s/ Total (R$ Milhões) s/ Total de Clientes s/ Total (R$ Milhões) s/ Total De a 0,01 5.000,00 115.647.848 91,65% 47.598 7,62% 122.603.413 90,93% 51.796 7,00% 5.000,01 10.000,00 4.368.966 3,46% 31.029 4,97% 4.861.535 3,61% 34.712 4,69% 10.000,01 15.000,00 1.879.898 1,49% 22.913 3,67% 2.143.760 1,59% 26.318 3,56% 15.000,01 20.000,00 1.010.526 0,80% 17.515 2,80% 1.188.738 0,88% 20.662 2,79% 20.000,01 25.000,00 668.261 0,53% 14.845 2,38% 796.181 0,59% 17.818 2,41% 25.000,01 30.000,00 441.768 0,35% 12.067 1,93% 533.095 0,40% 14.624 1,98% 30.000,01 35.000,00 332.228 0,26% 10.740 1,72% 405.997 0,30% 13.155 1,78% 35.000,01 40.000,00 242.157 0,19% 9.041 1,45% 298.857 0,22% 11.186 1,51% 40.000,01 45.000,00 196.291 0,16% 8.315 1,33% 243.531 0,18% 10.330 1,40% 45.000,01 50.000,00 151.306 0,12% 7.171 1,15% 190.391 0,14% 9.029 1,22% 50.000,01 60.000,00 240.186 0,19% 13.135 2,10% 300.017 0,22% 16.407 2,22% Subtotal 125.179.435 99,21% 194.369 31,12% 133.565.515 99,06% 226.037 30,54% Acima 60.000,01 1.001.199 0,79% 430.169 68,88% 1.263.949 0,94% 514.099 69,46% Total 126.180.634 100,00% 624.538 100,00% 134.829.464 100,00% 740.136 100,00% Variação Dez/06 a Dez/07 6,85% 18,51% Valor Sujeito à Garantia 254.441 301.874 Variação Dez/06 a Dez/07 18,64% COMPARATIVO POR PRODUTO (R$ milhões) Produto Dez/2006 % s/total Dez/2007 % s/total (Dez-2006/Dez-2007) Poupança 187.532 30,03% 234.291 31,66% 24,93% Depósitos à Vista 114.330 18,31% 161.791 21,86% 41,51% Depósitos a Prazo 299.879 48,02% 313.771 42,39% 4,63% Depósitos Investimentos 3.727 0,60% 4.243 0,57% 13,84% Letras Hipotecárias 3.316 0,53% 1.922 0,26% (42,04%) Letras de Câmbio 8.743 1,40% 15.119 2,04% 72,93% Letras Imobiliárias 194 0,03% 233 0,03% 20,10% Letras de Crédito Imobiliário 6.264 1,00% 7.194 0,97% 14,85% Depósitos não Mov. por Cheques 553 0,09% 1.572 0,21% 184,27% Total 624.538 100,00% 740.136 100,00% 18,51% Fonte: BACEN - DESIG / DINFO Agradecimentos Aos nossos participantes, ao público em geral e às autoridades monetárias de nosso país que nos honram com sua confiança, expressamos os nossos agradecimentos. Deixamos também consignado nosso agradecimento especial aos Srs. Carlos Eduardo da Silva Monteiro, Gustavo Adolfo Funcia Murgel e Rossano Maranhão Pinto, membros deste Conselho de Administração que se retiraram durante este exercício, após valiosa contribuição. 2

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais) Ativo 2007 2006 Circulante Bancos conta-movimento... 255 523 Aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários (Nota 4)... 14.572.766 12.006.026 Contribuições a receber (Nota 5)... 77.842 68.327 Outros créditos... 1.074 1.364 14.651.937 12.076.240 Não circulante Realizável a longo prazo Aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários (Nota 4)... 160.107 - Títulos e créditos a receber Cédulas hipotecárias... 20.441 24.018 Contratos hipotecários... 31.468 33.259 Créditos junto ao FCVS... 1.596.914 1.693.012 Créditos junto ao FCVS - a Caracterizar 176.761 37.850 Créditos junto a Sociedades de Crédito Imobiliário repassadoras... 349.011 315.146 Outros títulos e créditos a receber.. 42.087 37.648 Depósitos judiciais... 36.180 35.664 Provisão para ajuste a valor de mercado de títulos e créditos a receber... (241.996) (229.081) Provisão para créditos de liquidação duvidosa... (617.493) (319.511) (Nota 6)... 1.393.373 1.628.005 1.553.480 1.628.005 Permanente Imobilizado... 220 206 Diferido... 62 39 282 245 Total do ativo... 16.205.699 13.704.490 Passivo 2007 2006 Circulante Fornecedores... 659 1.169 Outras obrigações... 38.011 36.620 Salários e encargos sociais... 47 35 38.717 37.824 Não circulante Exigível a longo prazo Outras obrigações Obrigações contratuais - EMGEA (Nota 7)... 682.630 792.233 Outras... 23.828 22.126 706.458 814.359 Provisões para contingências Contratuais... 142.512 143.352 Judiciais... 36.180 35.664 178.692 179.016 885.150 993.375 Patrimônio social Superávit acumulado... 15.281.832 12.673.291 15.281.832 12.673.291 Total do passivo... 16.205.699 13.704.490 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. DEMONSTRAÇÕES DAS RECEITAS E DESPESAS E DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais) 2007 2006 Demonstração das receitas e despesas Receitas (despesas) de arrecadações Contribuições mensais... 939.554 1.366.609 Contribuições da RECHEQUE... 103.106 111.331 Despesas com serviços de arrecadação (5.215) (5.627) Receita líquida de arrecadação... 1.037.445 1.472.313 Receitas (despesas) operacionais Com garantias de créditos sub-rogados (Nota 8.a)... (187) (818) Gerais e administrativas... (5.533) (4.908) Com pessoal... (1.064) (933) Despesas vinculadas a créditos junto ao SFH... (1.151) (3.059) Outras despesas operacionais... (1.446) (381) Aprovisionamentos e ajustes patrimoniais (Nota 8.b)... (29.084) (90.774) Despesas financeiras (Nota 8.c)... (55.207) (63.170) Receitas financeiras (Nota 8.d)... 1.664.768 1.662.993 1.571.096 1.498.950 Despesas não operacionais... - (22) Superávit do exercício... 2.608.541 2.971.241 Demonstração das mutações do patrimônio social Saldo inicial... 12.673.291 9.702.050 Superávit do exercício... 2.608.541 2.971.241 Saldo final... 15.281.832 12.673.291 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais) 2007 2006 Origens dos recursos Superávit do exercício ajustado Superávit do exercício... 2.608.541 2.971.241 Depreciação e amortização do exercício 70 59 Valor residual das baixas do permanente - 22 Aumento do exigível a longo prazo Outras obrigações... - 58.973 Provisão para contingências... - 9.744 Redução do realizável a longo prazo Títulos e créditos a receber... 234.632 - Imóveis não de uso... - 1.637 2.843.243 3.041.676 Aplicações de recursos Aumento do realizável a longo prazo Aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários... 160.107 - Títulos e créditos a receber... - 94.084 Redução do exigível a longo prazo Outras obrigações... 107.901 - Provisão para contingências... 324 - Inversões no ativo permanente Imobilizado... 63 66 Diferido... 44 14 268.439 94.164 Aumento no capital circulante... 2.574.804 2.947.512 Ativo circulante No início do exercício... 12.076.240 9.127.297 No fim do exercício... 14.651.937 12.076.240 2.575.697 2.948.943 Passivo circulante No início do exercício... 37.824 36.393 No fim do exercício... 38.717 37.824 893 1.431 Aumento no capital circulante... 2.574.804 2.947.512 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 3

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais) 1. Contexto operacional O Fundo Garantidor de Créditos - FGC, que por força legal incorporou em 28 de abril de 2005 o extinto Fundo de Garantia dos Depósitos e Letras Imobiliárias - FGDLI, é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, regida pelos termos da Resolução 3.251, de 16 de dezembro de 2004, do Conselho Monetário Nacional - CMN e pelas disposições legais e regulamentares, isenta do imposto de renda e da contribuição social sobre o superávit social, conforme disposto no art. 4.º da Lei n.º 9.710/ 98, tendo por objetivo prestar garantia aos depositantes das instituições dele associadas nas seguintes hipóteses: a. Decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de instituição associada; b. Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil - BACEN, do estado de insolvência da instituição associada que, nos termos da legislação vigente, não estiver sujeita aos regimes referidos no item (a); e c. Ocorrência de situações especiais não enquadráveis nos itens (a) e (b), mediante prévio entendimento entre o Bacen e o FGC. O FGC garante o valor máximo de R$ 60 (R$ 20 até setembro de 2006) por pessoa, física ou jurídica, observadas as condições estabelecidas no art. 2.º do Anexo II à Resolução 3.251, de 16 de dezembro de 2004, com nova redação dada pelo art. 3.º da Resolução 3.400, de 6 de setembro de 2006, contra uma instituição ou contra todas as instituições de um mesmo conglomerado financeiro e abrangem as operações de depósitos à vista, depósitos em contas-correntes de depósito para investimento, depósitos de poupança, depósitos a prazo e em contas não movimentáveis por cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras hipotecárias e letras de crédito imobiliário. Os créditos titulados por associações, condomínios, cooperativas, grupos ou administradoras de consórcio, entidades de previdência complementar, sociedades seguradoras, sociedades de capitalização e demais sociedades e associações sem personalidade jurídica e entidades assemelhadas são garantidos até o valor de R$ 60 na totalidade de seus haveres em uma mesma instituição associada. O FGC possui como instituições associadas os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em funcionamento no País, e que possuam as operações acima citadas. A responsabilidade de cada associada é limitada às contribuições que estão obrigadas a fazer para o custeio da garantia. Os recursos para custeio da garantia a ser prestada pelo FGC, conforme determinado no seu estatuto social e disposições regulamentares, são provenientes de: Contribuições mensais ordinárias das instituições associadas, tomando-se por base os saldos médios mensais das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia, conforme citado acima, pelas instituições associadas; Recursos da Reserva para Promoção da Estabilidade da Moeda e do Uso do Cheque - RECHEQUE; Recuperação de direitos creditórios oriundos das garantias prestadas, e resultado dos demais rendimentos do FGC. O percentual de contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é fixado pelo Conselho de Administração, mediante solicitação específica, devidamente fundamentada, apresentada ao Banco Central do Brasil, para exame e submissão à prévia autorização do Conselho Monetário Nacional, observado o percentual máximo de 0,025%. A partir de agosto de 2006, inclusive, o Conselho Monetário Nacional, através da Resolução 3.400, de 6 de setembro de 2006, autorizou a Administração do FGC a fixar a contribuição mensal em 0,0125%. Conforme previsto na Resolução 3.251, de 16 de dezembro de 2004, do CMN, o FGC pode aplicar recursos na aquisição de direitos creditórios de instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, bem como na realização de operações vinculadas na forma da Resolução 2.921, de 17 de janeiro de 2002, do CMN, limitado o saldo dessas aplicações a 20% do patrimônio social. 2. Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações. Estimativas e premissas, consideradas prudentes pela Administração, foram utilizadas na preparação dessas demonstrações, incluindo a mensuração do valor de mercado de créditos junto ao Fundo de Compensação das Variações Salariais - FCVS; a provisão para créditos de liquidação duvidosa de cédulas hipotecárias, dos créditos junto ao FCVS, dos créditos junto às Sociedades de Crédito Imobiliário repassadoras, dos créditos junto a instituições financeiras em regime de liquidação extrajudicial; e a provisão para contingências oriundas, principalmente, de contratos com coobrigação. Essas premissas e estimativas são revistas periodicamente pela administração. 3. Principais práticas contábeis a. Apuração do superávit O superávit é apurado pelo regime de competência, sendo as contribuições ordinárias reconhecidas quando do conhecimento de seus valores. Os créditos baixados a prejuízo e registrados em contas de compensação, quando de sua renegociação, voltam a ser registrados em contas patrimoniais, mantendo a sua respectiva provisão. O reconhecimento em resultado ocorre quando do efetivo recebimento e ou quando da confirmação da existência dos créditos recebidos em dação de pagamento, para os casos de recebimento através de créditos junto ao FCVS. b. Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados ao custo e, quando aplicável, incluindo os rendimentos auferidos e deduzidos de provisão para ajuste ao valor de mercado ou de realização. c. Provisões para ajuste a valor de mercado de títulos e créditos a receber e títulos e valores mobiliários São constituídas pelo diferencial das taxas de juros dos créditos e aquelas negociadas no mercado, para ativos com características semelhantes em relação aos seus riscos. A provisão para ajuste a valor de mercado dos créditos junto ao FCVS é constituída to- 4

mando-se por base o valor líquido desses ativos na data do balanço, compreendido pelo valor total dos créditos a receber e excluindo-se as obrigações contratadas que poderão ser liquidadas, ao par, com esses créditos. d. Provisão para créditos de liquidação duvidosa As provisões para créditos de liquidação duvidosa foram constituídas a partir das informações disponíveis na data do balanço, sendo que a administração julga como suficiente para cobrir as perdas prováveis, e tomando-se por base as seguintes diretrizes: Provisão para créditos junto ao FCVS - Constituída com base na rejeição esperada na habilitação dos créditos em conjunto com a capacidade econômica dos agentes em estarem honrando os referidos valores, bem como pelos efeitos do Decreto n.º 97.222/88 combinado com a Lei n.º 10.150/00; Provisão para créditos junto às Sociedades de Crédito Imobiliário repassadoras - Constituída com base na diferença entre a remuneração dos créditos cedidos em pagamento de dívidas pela repassadora e a remuneração contratada junto ao extinto FGDLI (diferencial de taxa de juros), bem como pela perda esperada na realização desses créditos; e Provisão para perdas em cédulas e contratos hipotecários - Constituída com base em informações obtidas junto aos Agentes, considerando, individualmente, o nível de atraso de parcelas e os saldos sem cobertura do FCVS. e. Permanente Demonstrado ao valor de custo. A depreciação é calculada pelo método linear a taxas anuais, que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens. f. Passivos circulante e exigível a longo prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos. g. Provisão para contingências O FGC possui coobrigação em contratos de cessão de créditos celebrados pelo então Fundo de Garantia dos Depósitos e Letras Imobiliárias - FGDLI. Com vistas a cobrir os prováveis valores que deverão ser honrados, a administração, com base em estudo técnico que leva em consideração a capacidade de substituição ou pagamento desses créditos pelos agentes, constituiu provisão para contingências no montante de R$ 142.512 (2006 - R$ 143.352). Não existem processos judiciais envolvendo o FGC que na avaliação da Administração e de seus assessores jurídicos se classifiquem como perdas prováveis ou possíveis que possam afetar de forma significativa o patrimônio social e as atividades do FGC. Em 31 de dezembro de 2007, o FGC possui R$ 36.180 (2006 - R$ 35.664) em depósitos judiciais, os quais se encontram integralmente provisionados. 4. Aplicações Financeiras e Títulos e Valores Mobiliários a. Composição das aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários As aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários compõem-se em 31 de dezembro, conforme demonstrado a seguir: Instituição 2007 2006 Banco do Brasil S.A. Operações compromissadas (i)... 10.612.790 8.900.041 Certificado de Depósito Bancário - CDB... 43.316 38.733 Caixa Econômica Federal - CEF Operações compromissadas (i)... 3.909.548 2.883.032 Títulos Públicos Federais Letras Financeiras do Tesouro - LFT... 7.112 8.549 CVS (ii)... 160.107 - Quotas de Fundos de Investimentos Fundo de Investimento (iii)... - 175.671 Total... 14.732.873 12.006.026 Ativo circulante... 14.572.766 12.006.026 Realizável a longo prazo... 160.107 - (i) Operações lastreadas em títulos públicos federais e remuneradas por taxas pós-fixadas idênticas à remuneração da taxa média SELIC. (ii) Títulos oriundos da conversão de créditos junto ao FCVS em títulos CVS, ocorrida em março de 2007. (iii) Refere-se a fundo exclusivo, que aplica recursos exclusivamente em um fundo de investimento de direitos creditórios. Esse fundo de direitos creditórios possui cotas subordinadas correspondentes no mínimo a 20% do seu patrimônio líquido, sendo que os créditos de sua carteira são consignados e pulverizados. b. Composição das disponibilidades do FGC As disponibilidades do FGC podem ser assim sumarizadas: Bancos conta-movimento... 255 523 Aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários... 14.572.766 12.006.026 Créditos líquidos junto ao FCVS (i)... 459.170 601.640 Total das disponibilidades... 15.032.191 12.608.189 (i) Composto pelos créditos junto aos FCVS, líquidos da provisão para créditos de liquidação duvidosa, da provisão para ajuste a valor de mercado e das obrigações contratuais que poderão ser liquidadas com esses créditos. 5. Contribuições mensais As contribuições mensais ordinárias das associadas do FGC são informadas ao Banco do Brasil S.A. até o dia 15 do mês seguinte ao mês base de apuração e recebidas no primeiro dia útil do mês subseqüente ao recebimento da informação. O saldo de contribui ções a receber em 31 de dezembro de 2007 monta a R$ 77.842 (2006 - R$ 68.327). 5

6. Títulos e créditos a receber - Ativo realizável a longo prazo Os títulos e créditos a receber estão compostos, substancialmente, de créditos incorporados do extinto FGDLI, conforme demonstrado abaixo: Provisão para Valor Créditos de Ajuste a Valor líquido em em liquidação valor de 2007 2006 Descrição 2007 duvidosa mercado Cédulas hipotecárias... 20.441 (6.437) - 14.004 16.322 Contratos hipotecários... 31.468 (12.465) - 19.003 19.061 Créditos junto ao FCVS... 1.596.914 (268.611) (186.503) 1.141.800 1.365.650 Pré-novados (i)... 347.327 - - 347.327 789.473 Homologados (i)... 667.136 - - 667.136 353.606 Habilitados (i)... 577.967 - - 577.967 463.081 Habilitar (i)... 4.484 - - 4.484 86.852 Provisão para ajuste a valor de mercado... - - (186.503) (186.503) (146.692) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - (268.611) - (268.611) (180.670) Créditos junto ao FCVS a caracterizar... 176.761 (176.761) - - 28.223 Créditos junto à Sociedade de Crédito Imobiliário Repassadoras... 349.011 (153.219) (53.767) 142.025 130.618 Depósitos judiciais... 36.180 - - 36.180 35.664 Outros... 42.087 - (1.726) 40.361 32.527 Total em 2007... 2.252.862 (617.493) (241.996) 1.393.373 - Total em 2006... 2.176.597 (319.511) (229.081) - 1.628.005 (i) A variação ocorrida nos saldos das contas deve-se à evolução nos processos dos créditos junto ao FCVS, à renegociação de créditos anteriormente baixados para prejuízo e à conversão de parte desses créditos em títulos CVS no valor de R$ 321.040 em março de 2007, dos quais R$ 158.379 permanecem na carteira, cujo saldo atualizado em 31 dezembro é de R$ 160.107 e R$ 162.661 foram utilizados para pagamento de obrigações contratuais junto à EMGEA, ocorrida em março de 2007. Dessa conversão resultou, ainda, o recebimento em espécie no valor de R$ 54.515, no período compreendido entre março e dezembro de 2007. Neste exercício, foram renegociadas dívidas anteriormente baixadas em prejuízos e até então controladas em contas de compensação no montante de R$ 289.865. Com isso, esses créditos voltaram a ser registrados em contas patrimoniais, mantidas inicialmente as provisões integrais sobre esses valores, sendo que essas provisões vêem sendo revertidas por ocasião do reconhecimento pelo FCVS dos créditos que o FGC recebeu como pagamento quando das renegociações. Em 31 de dezembro de 2007, a provisão remanescente sobre esses valores monta a R$ 212.429. 7. Obrigações contratuais - EMGEA Quando da incorporação do extinto FGDLI, o FGC firmou, em 28 de abril de 2005, com a Empresa Gestora de Ativos - EMGEA, contrato definindo o valor e a forma do pagamento de determinadas coobrigações do FGDLI. Esse contrato será liquidado em até 7 anos a contar daquela data e teve 2 anos de carência. O instrumento prevê a possibilidade de pagamento através de créditos caracterizados junto ao Fundo de Compensação das Variações Salariais - FCVS ou títulos a que esses créditos derem origem - CVS, pelo seu valor de face. O saldo é atualizado pelos índices da TR e acrescidos de juros de 6,17% ao ano e monta em 31 de dezembro de 2007 a R$ 682.630 (2006 - R$ 792.233). No exercício foi efetuado pagamento, através de CVS, no valor de R$ 162.661. 8. Receitas (Despesas) operacionais a. Com garantias de créditos sub-rogados Referem-se, substancialmente, à prestação de garantia a clientes de instituições financeiras cuja liquidação extrajudicial ou intervenção foi decretada nos termos mencionados na Nota Explicativa n.º 1. Banco Brasileiro Comercial S.A.... (35) - Banco Santos S.A.... (150) (814) Outras... (2) (4) Total... (187) (818) O FGC mantém registrado em contas de compensação os pagamentos referentes às despesas com garantias de créditos subrogados aos clientes de instituições financeiras cuja liquidação extrajudicial ou intervenção foi decretada, líquido das recuperações e a valores históricos, cujo montante acumulado até 31 de dezembro de 2007 corresponde a R$ 3.620.421 (2006 - R$ 3.620.234). Possui ainda, registrados em contas de compensação créditos de difícil realização oriundos do extinto FGDLI, valorizados até a data da incorporação do FGDLI pelo FGC no montante de R$ 2.579.977 (2006 - R$ 3.000.518). b. Aprovisionamentos e ajustes patrimoniais Constituição de provisão para crédito de liquidação duvidosa... (94.444) (91.884) Provisão para ajuste a valor de mercado de títulos e créditos a receber... (12.915) 10.141 (Constituição)/reversão de provisão para contingências contratuais... 839 (9.031) Recuperação de créditos baixados para prejuízo (Nota 6)... 77.436 - Total... (29.084) (90.774) c. Despesas financeiras Juros e atualização monetária - Obrigações contratuais... 54.989 62.859 Outras... 218 311 Total... 55.207 63.170 6

d. Receitas financeiras Receitas de aplicações financeiras... 1.486.372 1.480.780 Atualização de créditos junto ao FCVS... 178.396 182.213 Total... 1.664.768 1.662.993 9. Eventos Subseqüentes A Lei n.º 11.638, publicada no Diário Oficial da União em 28 de dezembro de 2007, alterou diversos dispositivos da Lei n.º 6.404 (Sociedades por Ações). Essas alterações entram em vigor em 1.º de janeiro de 2008 e referem-se à forma de apresentação das demonstrações financeiras e critérios de apuração da posição patrimonial e financeira das empresas. A Administração do FGC está em processo de avaliação dos efeitos contábeis que as alterações poderão produzir em seu patrimônio social e possíveis efeitos que poderão ser produzidos nas suas receitas e despesas no exercício de 2008. Neste momento, a Administração entende não ser possível determinar os efeitos destas alterações nas receitas e despesas e no patrimônio líquido para o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, pois essas alterações dependem de regulamentação a ser emitida. Titulares Presidente - Gabriel Jorge Ferreira Antonio Francisco de Lima Neto Fabio Colletti Barbosa Márcio Artur Laurelli Cypriano Roberto Egydio Setubal Titulares Antonio Beltran Martinez Manoel Felix Cintra Neto Milton Almicar Silva Vargas Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva Diretor Executivo CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CONSELHO FISCAL DIRETORIA EXECUTIVA Carlos Henrique de Paula Diretor PARECER DO CONSELHO FISCAL Suplentes Carlos Alberto Vieira Maria Fernanda Ramos Coelho Milton Luiz de Melo Santos José de Paiva Ferreira Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Suplentes Alberto Corsetti Helio Ribeiro Duarte Tito Enrique da Silva Neto Luiz Armando Guarnieri Contador CRC 1SP 124.082/O-8 Os infra-assinados, membros do Conselho Fiscal do Fundo Garantidor de Créditos FGC, reunidos em sua sede na Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, 387 - conjunto 31, 3.º andar, na cidade de São Paulo, SP, dia 29 de fevereiro de 2008, às 17 horas, no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, tendo examinado o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço Patrimonial e as respectivas Demonstrações das Receitas e Despesas, das Mutações do Patrimônio Social e das Origens e Aplicações de Recursos, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, e à vista do Parecer da KPMG Auditores Independentes, apresentado sem ressalvas, são da opinião que as citadas peças, examinadas à luz das práticas contábeis adotadas no Brasil, representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Associação, opinando por sua aprovação pela Assembléia Geral Ordinária. São Paulo, 29 de fevereiro de 2008. Antonio Beltran Martinez Manoel Felix Cintra Neto Milton Almicar Silva Vargas Ao Conselho de Administração e Diretores do Fundo Garantidor de Créditos - FGC São Paulo - SP PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Examinamos os balanços patrimoniais do Fundo Garantidor de Créditos - FGC, levantados em 31 de dezembro de 2007 e 2006, e as respectivas demonstrações das receitas e despesas, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade da administração do FGC. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do FGC; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração do FGC, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Fundo Garantidor de Créditos - FGC, em 31 de dezembro de 2007 e 2006, suas receitas e despesas, as mutações de seu patrimônio social e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. KPMG São Paulo, 15 de fevereiro de 2008. Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Alberto Spilborghs Neto Contador CRC 1SP167455/O-0 7