Kércia Melo de Oliveira Fonseca. Escalas de comprometimento da paralisia facial: análise de concordância

Documentos relacionados
Terapia miofuncional na paralisia facial associada à aplicação de toxina botulínica

ESTUDO DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS COM PARALISIA FACIAL ADQUIRIDA CRÔNICA RESUMO

ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO ISOLADA E SIMULTÂNEA DAS ANÁLISES ESPECTROGRÁFICA E PERCEPTIVO-AUDITIVA NA CONFIABILIDADE DA AVALIAÇÃO DA VOZ

Investigação do impacto psicossocial da paralisia facial periférica na avaliação fonoaudiológica: proposição de uma escala

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA

Brazilian Journal of OTORHINOLARYNGOLOGY.

Regilaine de Paiva Lotte Atuação Fonoaudiológica na Paralisia Facial Periférica - Fase da Sequela: análise de casos clínicos

EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA MENTE ATIVA NO EQUILÍBRIO E COGNIÇÃO DE PARTICIPANTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva

RUTE MARIA DE PAULA OLIVEIRA COMPORTAMENTO SEXUAL DE CABRAS TOGGENBURG DURANTE A ESTAÇÃO REPRODUTIVA APÓS LUTEÓLISE NATURAL OU INDUZIDA

Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS DIABETES MELLITUS E AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS

Perfil auditivo de idosos submetidos à reabilitação vestibular

GUARAQUEÇABA-PR, 2012

DIFICULDADES ENCONTRADAS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS

Avaliação da linguagem na síndrome de Down: análise de protocolos desenvolvidos em extensão universitária

Aula 8 Planejamento e Análise de Experimentos

CADEIAS MUSCULARES CADEIAS MUSCULARES CADEIAS MUSCULARES CADEIAS MUSCULARES. Dra. Adriana Tessitore. CADEIAS MUSCULARES aplicada à

CONHECIMENTO DE PROFESSORES ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DE FALA E AÇÕES

PROGNÓSTICO E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DA CRIANÇA COM PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA IDIOPÁTICA: RELATO DE CASO

REGULAMENTO DO PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO (PCC) CAPÍTULO I Da natureza e finalidade. Capítulo II

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas

Programa de Doutorado Interinstitucional em Ciências da Reabilitação DINTER UFMG - UFC para Edital N 03/ 2016

Utilização do modelo da CIF para descrever a evolução do paciente com PFP sendo submetido ao tratamento com a técnica de Kabat

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas. Edital de Seleção 2016 Mestrado

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON SUBMETIDOS AO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO SOLO E NA ÁGUA

O USO DE MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA NA GESTAÇÃO

ESTUDO DE CASO: TOXINA BOTULINICA TIPO A EM RUGA GLABELAR

Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Educação Curso de Especialização em Docência na Educação Infantil

Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Medicina Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA MARIANA SOUZA AMARAL

MEDIDAS DE FLEXIBILIDADE

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Curso de Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria

, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei, 8.078/90 que dá plena autorização ao (à) médico (a)

juntamente com este regulamento.

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO - IX GRUPO DE ESTUDO DE OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - GOP

Avaliação quantitativa da força axial da língua em indivíduos com grave diminuição da tensão lingual

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

CAPACIDADE PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM OBESOS

Tema: Boceprevir para tratamento da hepatite viral crônica C associada a cirrose hepática

BIOTECNOLOGIA AMBIENTAL

RELATÓRI O AN UAL DE ATI VI DADES

LEVANTAMENTO DO PERFIL DO COMPLEXO ESTOMATOGNÁTICO DOS ALUNOS DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO INOVADOR DA EEEMIDR.

TÉCNICA MANUAL DE MENSURAÇÃO DA PARALISIA FACIAL COM RÉGUAS

Seminário Programa Saúde na Escola I:

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eventos realizados pelo grupo Unidos pela MO 1ª Reunião Científica da MO São Paulo. Coordenação Comitê de MO da SBFa

UNICAMP Faculdade de Ciências Médicas Fonoaudiologia. Filipe Modesto

Treinamentos Siscomex Carga e Sistema Mercante

PADRÃO DE USO DE ÁLCOOL ENTRE HOMENS E MULHERES NA GRANDE SÃO PAULO

PROGRAMA DA DISCIPLINA EMENTA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RELATÓRI O AN UAL DE ATI VI DADES

Imagem da Semana: Tomografia computadorizada, exame de líquor e EEG

REGULAMENTO DA MONITORIA DOS CURSOS SUPERIORES

PROGRAMA DE ESTÁGIO EM CIRURGIA PLÁSTICA (Serviço credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP)

INDICADORES DE DESEMPENHO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA A ADMINISTRAÇÃO LOCAL. Carlos Guardado da Silva

Paralisia Facial M.Sc. Prof.ª Viviane Marques

ASTRONOMIA, SOMBRAS E OUTROS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS NO ENSINO MÉDIO

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Pós-Graduação em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Secretaria da Saúde do Estado da Bahia

TÍTULO: AVALIAÇÃO DE TRAUMATISMO DENTO-ALVEOLAR EM ESPORTISTAS DE RIBEIRÃO PRETO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

NORMA E PROCEDIMENTO

TREINAMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO E COMPETÊNCIA

ANÁLISE DA PRIMEIRA CONSULTA DE PUERICULTURA EM UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA

Vestibular da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein/2016

Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo

Movimento Empresa Júnior

BLOG DE EDUCAÇÃO FÍSICA: APRESENTANDO O PIBID AO MUNDO

Ana Clara de Oliveira¹; Luís Henrique Sales Oliveira²

A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA A EMPRESA ABELARDO.COM

TREINAMENTO DE FORÇA RELACIONADO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Palavras Chave: Fisioterapia preventiva do trabalho; LER/DORT; acidente de trabalho, turnover.

CARGOS, VAGAS, LOCAL DE TRABALHO, CARGA HORÁRIA E REMUNERAÇÃO. N. de vagas. Sede do Centro de Defesa da Cidadania - BH

ANÁLISE DA IMAGEM E ESQUEMA CORPORAL DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

Reflexo Estapédico em Portadores de Paralisia Facial Periférica Antes e Após Intervenção Fonoaudiológica

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR GABINETE DO REITOR

DIFERENÇAS TÉRMICAS OCASIONADAS PELA ALTERAÇÃO DA PAISAGEM NATURAL EM UMA CIDADE DE PORTE MÉDIO - JUIZ DE FORA, MG.

DEPARTAMENTO DE MOTRICIDADE E FUNÇÕES OROFACIAIS. Destaque 2009

>> PROGRAMA DE DISCIPLINA

Edital do Processo Seletivo de Candidatos para o Mestrado em Direito

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL EM MEDICINA VETERINÁRIA

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA ACADÊMICA MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA. S e l e ç ã o d a 1 6 ª T u r m a E D I T A L

Avaliação Goniométrica no contexto do Exame Fisioterapêutico

Escola Superior de Educação João de Deus

It Introdução. Isto explica porque a área de pessoal é constituída de técnicas altamente flexíveis e adaptáveis.

Estudo Geotécnico sobre a Utilização de Resíduos de Construção e Demolição como Agregado Reciclado em Pavimentação

RESUMO EXPANDIDO SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE DAS PROVAS MONOTERMAIS NO DIAGNÓSTICO OTONEUROLÓGICO

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO

Atuação fonoaudiológica no Programa Saúde na Escola (PSE) Autores: RENATA CORREIA DA SILVA, APARECIDO JOSÉ COUTO SOARES, MARIA SILVIA CÁRNIO,

ANATOMIA DA PATELA DE ESQUELETOS HUMANOS

AVALIAÇÃO AUDITIVA DE BOLSISTAS VINCULADOS A UM PROJETO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE AUDITIVA DESENVOLVIDO NA CIDADE DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO.

ANÁLISE DA FUNÇÃO FÍSICA E SOCIAL NA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA APÓS TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Aluno: Carolina Terra Quirino da Costa Orientador: Irene Rizzini

PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADE NA CIDADE DE BARBALHA-CE

Treinamento do Sistema RH1000 = Entrevista de Desligamento =

OPAS/OMS Representação do Brasil Programa de Cooperação Internacional em Saúde - TC 41 Resumo Executivo de Projeto

LEI N 511, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009.

Transcrição:

Kércia Melo de Oliveira Fonseca Escalas de comprometimento da paralisia facial: análise de concordância Trabalho apresentado à banca examinadora para conclusão do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Orientadora: Laélia Cristina Caseiro Vicente Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Co-Orientadoras: Andréa Rodrigues Motta Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana Aline Mansueto Mourão Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurociências da UFMG, Fonoaudióloga formada pela UFMG. Belo Horizonte 2012

AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me dado forças para concluir este trabalho com afinco. À minha querida orientadora Laélia, pelos puxões de orelha, pela paciência, pela compreensão e dedicação, à Andréa e Aline pela imensa contribuição e às fonoaudiólogas que contribuíram para a realização desta pesquisa. Aos meus pais e ao meu irmão pelo apoio e incentivo sempre demonstrados. Ao Phillipe, pela presença constante e paciência nos momentos difíceis. Às amigas da Fono XIX por todos os momentos que passamos juntas. Obrigada! Kércia Melo de Oliveira Fonseca

RESUMO EXPANDIDO Objetivos: Determinar a concordância intra e inter avaliadores da interpretação do grau de comprometimento da paralisia facial a partir das escalas propostas por Chevalier et al. (1987) e House, Brackmann (1985), identificar qual escala apresenta maior concordância na classificação e analisar a opinião dos avaliadores quanto à utilização das escalas propostas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal comparativo. Participaram deste estudo cinco fonoaudiólogas que atuam com paralisia facial. As profissionais preencheram um protocolo de identificação com os seguintes dados: faixa etária, tempo de formação, tempo de atuação em Fonoaudiologia, área de atuação e especialização e analisaram a expressão facial de 30 indivíduos adultos com variação da mímica facial de normalidade à paralisia facial completa unilateral por meio das escalas propostas por Chevalier e House, Brackmann. Foram excluídos da pesquisa pacientes com paralisia facial associada à deformidades craniofaciais ou com comprometimento bilateral. As fonoaudiólogas participantes do estudo realizaram um treinamento prévio para classificar a gravidade da paralisia facial por meio das escalas propostas, sendo os três casos para o treino diferentes dos 30 sujeitos apresentados para a análise. As fotos da mímica facial de todos os indivíduos foram examinadas por duas vezes, com intervalo de uma semana entre elas. As descrições de cada grau de comprometimento da paralisia facial lhes foram oferecidas para consulta durante a análise dos casos. Para a investigação da concordância intra e inter-avaliadores os resultados foram submetidos à análise estatística por meio do software

R versão 2.15.0 e aplicado o coeficiente Kappa Ponderado com os intervalos percentílicos bootstrap de 95% confiança. Foram considerados os valores de Kappa igual a 0 como pobre concordância, de 0 a 0,20 como ligeira, de 0,21 a 0,40 considerável, entre 0,41 e 0,60 como moderada, de 61 a 0,80 substancial e acima de 0,80 excelente concordância. Para as questões relacionadas à opinião dos avaliadores realizou-se análise descritiva e qualitativa. Resultados: Houve excelente concordância de todos os avaliadores para as duas escalas (kappa>0,80). Na escala de Chevalier houve concordância substâncial intra-avaliadores na 1ª avaliação (kappa=0,792) e excelente na 2ª avaliação (kappa=0,928), enquanto a escala de House, Brackmann apresentou excelente concordância nos dois momentos da avaliação (kappa=0,850 e 0,857, respectivamente). Conclusão: Os resultados indicaram que as escalas de Chevalier e de House, Brackmann apresentaram boa concordância inter e intra-avaliadores e verificou-se que a maioria dos avaliadores concordou quanto à facilidade e a relevância da aplicação destas escalas. Observou-se que ambas as escalas são instrumentos confiáveis de avaliação e que a prática de aplicação as torna ainda mais eficientes. Descritores: Fonoaudiologia; Paralisia facial; Avaliação; Escalas; Classificação.

REFERÊNCIAS 1. Adams RD. Neurologia. Rio de Janeiro: McGraw-Hill; 1998. 2. Freitas KCS, Gómez MVG. Grau de percepção e incômodo quanto à condição facial em indivíduos com paralisia facial periférica na fase de sequelas. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2008;13(2):113-8. 3. Madeira MC. Anatomia da face. São Paulo: Sarvier, 1998:1-77. 4. Gomez MVSG, Vasconcelos LGE, Bernardes DFF. Reabilitação miofuncional da paralisia facial periférica. In: Ferreira LP, Befi-Lopes DM, Limongi SCO, 2004. 5. Calais LL, Gomez MVSG, Bento RF, Comerlatti LR. Avaliação funcional da mímica na paralisia facial central por acidente cerebrovascular. Pró Fono Revista de Atualização Científica, 2005;17(2):213-222. 6. Diels HJ, Combs D. Neuromuscular retraining for facial paralysis. Otolaryngol Clin North Am. 1997;30(5):727-43. Review. 7. Valença MM, Valença LPAA, Lima MCM. Paralisia facial periférica idiopática de Bell: a propósito de 180 casos. Arq Neuropsiquiatr 2001;59:234-42. 8. Quintal M, Tessitore A, Paschoal JR, Pfeilsticker LN. Quantificação da paralisia facial com paquímetro digital. Rev CEFAC, 2004;6(2):170-6. 9. Jesus LB, Bernardes DFF. Caracterização funcional da mímica facial na paralisia facial em trauma de face: relato de caso clínico. Rev CEFAC, 2011.

10. Cross et al.: Facial Paralysis and Acoustic Neuroma. Laryngoscope 2000;110:1539 1542. 11. Chevalier MA et al. Avaliação da função motora da face nas lesões periféricas e centrais. In: Lacôte M, Chevalier AM, Miranda A, Bleton JP, Stevenin P. Avaliação clínica da função muscular. São Paulo: Manole, 1987:13-35 12. House JW, Brackmann DE. Facial nerve grading system. Otolgol Head and Neck Surg. 1985;93:146-7. 13. Fleiss, J.L. Measuring nominal scale agreement among many raters. Psychological Bulletin 1971:378 382. 14. Landis, J.R., e G.G. Koch. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics 1977:159 174. 15. Fouquet ML, Lazarini PR. Atuação fonoaudiológica na paralisia facial periférica. In: Lopes Filho O. Tratado de fonoaudiologia. São Paulo: Tecmedd 2004:971-84. 16. Tessitore A, Pfelsticker LN, Paschoal JR. Avaliação de um protocolo da reabilitação orofacial na paralisia facial periférica. Rev CEFAC 2009;11(3): 432-440. 17. Croxson et. al. Grading facial nerve function: House-Brackmann versus Burres-Fisch Methods. The American Journal of Otology 1990;11(4).