Assunto: Situação Atual da Dengue em Alagoas.



Documentos relacionados
Assunto: Situação Atual da Dengue em Alagoas. Quadro Síntese

SUMÁRIO. 1 Apresentação. 2 Notas Informativas. 3 Características de Instrução da População - Alagoas. 4 Indicadores Educacionais Alagoas

SUPERINTENDENTE DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE - SUVISA DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DIVEP

Série Histórica da Rubéola em Alagoas

LEVANTAMENTO SOBRE LAI E PORTAIS DA TRANSPARÊNCIA NOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

NOTA TÉCNICA SEMANAL Nº. 52/ DE JANEIRO DE 2015 Assunto: Situação Atual da Dengue em Alagoas. Quadro Síntese

EDUCAÇÃO. Atalaia. Barra de. Santo Antônio. Batalha. Belém. Belo Monte. Boca da Mata. Branquinha. Cacimbinhas. Cajueiro. Campestre.

APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB REALIDADE DE ALAGOAS

ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE ATENÇÃO A SAÚDE

SITE INATIVO CONTA SUSPENSA

Número de Processos em 31/05/2015 Classificação. Número de Processos em31/12/2014

Vestibular Estácio -AMA

18 Traipu - Arapiraca e V.V. 7, Igaci - Palmeira dos Índios e V.V. 2,50

ALAGOAS Atendimento Rede de Formação em 2008

ESTRUTURA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SEDUC LEI DELEGADA Nº 47, DE 10 DE AGOSTO DE 2015

Relação de Padroeiras

ESTADO DE ALAGOAS CONSELHO DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE RESOLUÇÃO Nº. 01/2017

PLANO ESTADUAL DE REGIONALIZAÇÃO

19ª Região - Alagoas

PORTARIA Nº 2904/2012-DGPC/GD

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM ALAGOAS

Projeção da População dos Municípios Alagoanos

BALANÇO 4 ANOS ALAGOAS

Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQA-VS)

CIDADE (TURNO) VAGAS INSCRITOS RELACAO CANDIDATOS x VAGAS AREA LEI LEI LEI TOTAL VCG PCD TOTAL VCG PCD VCG PCD 12990

VAGAS CRE Municípios a serem atendidos

Dengue, Chikungunya e Zika

MUNICÍPIO COORDENADOR (A)

"O lugar da Vigilância Socioassistencial na gestão do SUAS e a articulação com o Plano Municipal de Assistência Social"

Tribunal de Contas da União. Dados Materiais: Acórdão 351/93 - Segunda Câmara - Ata 43/93 Processo nº TC /91-0

PLANO MUNICIPAL DE COMBATE A DENGUE

Tópicos Específicos em Estimação de Receita

Vigilância epidemiológica da Dengue no município de Natal

Vigilância em Saúde. Nesta Edição:

RANKING DA TRANSPARÊNCIA

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR Lei nº 6.673/2005

Portaria n. 201, de 1º de junho de 2011

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Dengue no Brasil Informe epidemiológico 17/2009 Monitoramento CGPNCD

Dengue:situação atual e desafios. Giovanini Evelim Coelho

Entrega da proposta da reforma pelo hospital 1/9/ /11/ /10/ /10/2015

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE PÚBLICA DO RIO GRANDE DO NORTE COORDENAÇÃO DE PROMOÇÃO À SAÚDE SUBCOORDENADORIAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL

PMAQ ALAGOAS CRONOGRAMA DE VISITAS DA MACRO 2. ROTA COMUM MACROS 01 e 02 PMAQ ALAGOAS NÚMERO EQUIPES. SEGUNDA-FEIRA 25/11 Atalaia TODOS

Programa de Controle da Dengue/SC

Francisco Paz 09/12/2015

Pernambuco (62), Santa Catarina (01) e Paraíba (02). O genótipo D8 foi identificado em 50 amostras e o D4 em uma amostra.

Secretaria de Vigilância em Saúde Informe Epidemiológico da Dengue Análise de situação e tendências

Situação Epidemiológica da Dengue

Boletim Epidemiológico da Dengue

Secretaria de Vigilância em Saúde Informe Epidemiológico da Dengue Análise de situação e tendências

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

INFORME TÉCNICO SEMANAL: DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA E MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA

Situação da Dengue no Rio Grande do Sul. Francisco Zancan Paz Secretário Adjunto e Diretor Geral Secretaria Estadual da Saúde/RS

INFORME SEMANAL DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

Secretaria de Vigilância em Saúde Informe Epidemiológico da Dengue Análise de situação e tendências

2. Operações de emergência

Administração Central. Centros de Atendimento da Gerência Comercial Metropolitana DCA Grande Maceió

Diagnóstico Situacional dos Acidentes com Material Biológico (ACMB) /ALAGOAS.

VAGAS ESPECIALIZAÇÃO OU CURSO EXIGIDO

2º Simpósio Brasileiro de Saúde & Ambiente (2ºSIBSA) 19 a 22 de outubro de 2014 MINASCENTRO Belo Horizonte - MG

RELATÓRIO MENSAL DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DO ESTADO DE ALAGOAS

PLANO OPERATIVO ANUAL ESTADUAL

Secretaria Municipal de Saúde atualiza Boletim Epidemiológico - Saúde...

INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE DE ALAGOAS ASSESSORIA AMBIENTAL DE GEOPROCESSAMENTO RELATÓRIO SEMANAL DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE QUEIMADAS

SUA DOAÇÃO FAZ TODA A DIFERENÇA

ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS NO CONTROLE DE UM SURTO DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE PIRIPIRI-PI

Estimativa da quantidade de alunos aptos a cursar o primeiro ano do ensino médio, por microrregiões de Alagoas, para 2014.

NOTA TÉCNICA 05/2011

Adesão NutriSUS/2014. Tabela 1 - Lista dos municípios que aderiram ao NutriSUS

ANEXO IX Fluxograma de Notificação do Município com Epidemia de Dengue

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SVES - Coordenação de Vigilância Epidemiológica. São Luís (MA). Fevereiro/2009

NOTA TÉCNICA DIRETRIZES NACIONAIS PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DE EPIDEMIAS DE DENGUE. Brasília, 30 de junho de 2009.

DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE ALAGOAS

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA DENGUE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

NOTA TECNICA SAÚDE-N Título: CNM alerta municípios em áreas de risco do mosquito Aedes aegypti

SEGUNDA OFICINA DE CAPACITAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA IMPLANTAÇÃO DE COLETA SELETIVA REGIÃO DO SERTÃO

Aspectos Agroeconômicos da Cultura da Mandioca: Características e Evolução da Cultura no Estado de Alagoas entre 1990 e 2004

SMSA divulga resultado do LIRAa de outubro

AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DENGUE NA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE DE DOURADOS/MS Fernanda de Brito Moreira bolsista UEMS 1

1. DENGUE. Gráfico 1 Incidência de casos de dengue por Distrito Sanitário em Goiânia 2015, SE 21. Fonte: IBGE 2000 e SINAN/DVE/DVS/SMS- Goiânia

EDITAL SEE Nº 01/2008

SEMINÁRIO ZIKA, CHIKUNGUNYA, DENGUE BELO HORIZONTE, DEZEMBRO DE 2015

Informe Técnico Sarampo nº 9 - ALERTA SARAMPO. Novos casos confirmados de sarampo (Genótipo D4), residentes no Estado de São Paulo.

SMSA divulga resultado do LIRAa de Outubro de 2015

CIDADE / DISTRITO MUNICIPIO CENTRO MACEIO MACEIO CENTRO ARAPIRACA ARAPIRACA JATIUCA MACEIO MACEIO SANTANA DO MUNDAÚ

Secretaria de Estado da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde Informe Epidemiológico da Dengue Semanas de 1 a 52 de 2009

Dengue: situação epidemiológica e estratégias de preparação para 2014

Informe Técnico SARAMPO nº 5 Sarampo no Estado de São Paulo

NOTA TÉCNICA Nº 001 DIVE/SES/2014

Transcrição:

Assunto: Situação Atual da Dengue em Alagoas. Quadro Síntese Até o dia 09 de março de 2012, 83 (83,37%) dos 102 municípios alagoanos notificaram 1.728 casos suspeitos de dengue o que não descarta a ocorrência de casos nos demais. Em relação ao mesmo período de 2011, esse número indica uma redução de 19,14% no número de casos de dengue; Foram registrados 76 casos suspeitos das formas graves da dengue distribuídos nos municípios de Arapiraca, Boca da Mata, Cajueiro, Campo Alegre, Canapi, Inhapi, Jacuípe, Maceió, Murici, Novo Lino, Olho d Água das Flores, Ouro Branco, Palmeira dos Índios, Pariconha, Palmeira dos Índios, Passo de Camaragibe, Paulo Jacinto, Penedo, Porto Calvo, Rio Largo, Santana do Ipanema, São Sebastião, Senador Rui Palmeira e União dos Palmares, representando um aumento de 72,97%, comparada ao ano de 2011; Até o momento foram registrados 03 óbitos suspeitos de dengue destes, 01 foi descartado; Foram analisadas 296 amostras para sorologia, 101 para NS1 e 04 para isolamento viral provenientes de 44 municípios. Destas, 152 sorologias (51,35%), 14 NS1 (13,86%) foram reagentes/positivas, provenientes dos municípios de Arapiraca, Bara de São Miguel, Branquinha, Cacimbinhas, Cajueiro, Campo Alegre, Coité do Nóia, Craíbas, Campo Girau do Ponciano, Igaci, Inhapi, Jacaré dos Homens, Jequiá da Praia, Lagoa da Canoa, Maceió, Major Isidoro, Maragogi, Marechal Deodoro, Novo Lino, Ouro Branco, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Paulo Jacinto, Penedo, Piaçabuçu, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, São Sebastião, Senador Rui Palmeira e Teotônio Vilela; No ano de 2011 foram confirmados 353 casos de dengue por sorologia distribuídos em 52 municípios e o isolamento viral detectou a presença do DENV1 nos municípios de Atalaia, Igreja Nova, Jequiá da Praia e Maragogi. Já o DENV2, foi detectado apenas na capital, confirmando a circulação dos vírus no Estado; Nas primeiras semanas do ano, as secretarias municipais realizaram inquéritos entomológicos para levantamento dos índices de infestação nas cidades. Até o momento, 19 municípios estão em situação de risco de surto, 41 em situação de alerta e 42 em situação satisfatória. 1

A) A presença do mosquito e a circulação dos vírus O Aedes aegypti infesta 100% dos municípios alagoanos e circulam os sorotipos DENV-1, DENV - 2 e DENV - 3 (introduzidos respectivamente em 1986, 1991 e 2002). Em 2011 foram isoladas 10 amostras sendo 09 do sorotipo DENV-1, 01 do município de Atalaia, 01 de Igreja Nova, 01 de Jequiá da Praia e 06 de Maragogi, e 01 do sorotipo DENV-2 do município de Maceió. B) O Programa de controle O Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD, instituído em 2002, elaborou em 2009 as novas Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, que estão implantadas em todos os municípios brasileiros. Desde 2002, foram identificados como prioritários um grupo de 19 municípios utilizando os seguintes critérios: (I) a Capital e região metropolitana; (II) os municípios com população igual ou superior a 50 mil habitantes; e (III) os municípios receptivos à introdução de novos sorotipos de dengue (fronteiras, portuários, núcleos de turismo etc.). Os municípios prioritários em Alagoas respondem pela maioria dos casos notificados no Estado, são eles: Arapiraca, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Delmiro Gouveia, Maceió, Maragogi, Marechal Deodoro, Messias, Palmeira dos Índios, Paripueira, Penedo, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Santana do Ipanema, Satuba, Teotônio Vilela e União dos Palmares. Com a divulgação da Portaria GM/MS, Nº 2.557/2011, em 2012, 53 municípios alagoanos, além dos 19 prioritários, receberão um incentivo financeiro para que sejam intensificadas as medidas de prevenção e controle da dengue antes de seu período sazonal com a realização de ações de combate ao vetor, vigilância epidemiológica, assistência e aprimoramento dos planos de contingência, evitando assim, que novas epidemias surjam nos municípios. C) Situação da doença Em 2012, até a Semana Epidemiológica Nº09, foram notificados 1.728 casos em 83 municípios do Estado. (Figuras 01 e 02) 2

Figura 01 Distribuição dos Casos Notificados por Semana Epidemiológica, Alagoas 2012. 500 Casos noticados 350 200 50 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Semana Epidemiológica Fonte: SES-AL / SINAN Dados tabulados em 09/03/2012, sujeitos a revisão Figura 02 Casos notificados de dengue no Estado, por semana epidemiológica. Janeiro a Março nos anos de 2008 a 2012. Casos notificados 2.600 2.100 1.600 1.100 600 2.960 2.157 1.177 1.728 714 2008 2009 2010 2011 2012 Anos Casos notificados Fonte: SES-AL / SINAN Dados tabulados em 09/03/2012, sujeitos a revisão. Segundo a incidência, 02 (dois) municípios estão na categoria risco de surto, 71 (setenta e um) municípios estão na categoria sob controle, 10 (dez) na categoria em alerta e 19 (dezenove) sem informação. No período de 1996 a 2011 ocorreram picos epidêmicos nos anos de 1998, 2002, 2003, 2007, 2008 e 2010, como mostra a figura 3. Figura 03 Coeficiente de Incidência de Dengue, Alagoas, 1996 a 2011. 1.800 1.766 Coef. de Incidência / 100.000 hab. 1.500 1.200 900 600 300 0 129 262 328 49 56 84 414 343 570 431 224 155 124 191 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anos Fonte: SES-AL / SINAN Período referente aos anos de 1996 a 2011. 193 3

No que concerne às formas graves (DCC, FHD e Síndrome do Choque da Dengue), foram notificados 76 (setenta e seis) casos, destes, 03 foram óbitos suspeitos de dengue sendo 01 descartado. (Quadro 01). Quadro 01 Situação de Formas Graves de Dengue Notificados e Confirmados em Alagoas, Janeiro a Março de 2012 MUNICÍPIO CASOS NOT. CASOS CONF. CASOS DESCARTAS CLASSIFICAÇÃO FINAL DC DCC FHD SCD CASOS SOB INVESTIGAÇÃO ÓBITOS DCC FHD SCD ÓBITOS DESCARTAS Arapiraca 2 1 1 1 Boca da Mata 1 1 Cajueiro 1 1 Campo alegre 1 1 Canapi 1 1 Inhapi 1 1 1 Jacuípe 1 1 Maceió 45 2 1 2 43 Murici 1 1 Novo Lino 4 3 1 2 1 Olho d'água das Flores 1 1 Ouro Branco 1 1 Palmeira dos Índios 1 1 Pariconha 1 1 Passo de Camaragibe 1 1 1 Paulo Jacinto 1 1 1 Penedo 1 1 Porto Calvo 2 2 Rio Largo 2 2 Santana do Ipanema 4 4 São Sebastião 1 1 1 Senador Rui Palmeira 1 1 União dos Palmares 1 1 TOTAL 76 9 2 4 1 4 0 66 0 0 0 1 Fonte: SES-AL / DIVEP / Planilha Paralela de Acompanhamento Semanal de Casos Graves de Dengue Dados tabulados em 27/02/2012, sujeitos a revisão. A taxa de letalidade é um indicador que reflete a qualidade da assistência prestada aos pacientes, bem como a organização dos serviços de saúde. A Organização Mundial da Saúde OMS considera aceitável uma letalidade inferior a 1%. Em 2006 a Taxa de letalidade foi de 20%, 4

apresentando redução nos anos seguintes, já em 2011 houve um aumento de 71,25% (Tabela 1), que reflete a qualidade da assistência e não cumprimento dos protocolos do Ministério da Saúde pela rede no Estado. Tabela 1 - Série Histórica da Taxa de Letalidade das Formas Graves de Dengue (Febre Hemorrágica do Dengue - FHD/Síndrome do Choque da Dengue SCD/Dengue Com Complicações DCC) ANO Taxa de Letalidade das Formas Graves de Dengue (DCC/ FHD/SCD) 2006 20,0% 2007 9,38% 2008 7,34% 2009 6,98%** 2010 7,98%** 2011 17,07%** 2012 0%** Fonte: SES/AL/Planilha Paralela de Acompanhamento das Formas Graves. ** Dados parciais sujeitos a revisão. Na semana epidemiológica nº 09 as formas graves acometeram principalmente a faixa etária de 20 a 39 anos com 43,4% do total (Quadro 02) e o gênero mais acometido foi o masculino, com 51,3% (Quadro 03). Quadro 02 Distribuição dos casos graves notificados de dengue, segundo faixa etária, Alagoas 2012. Faixa Etária Semana 09 Nº de casos % < - 1 ano 0 0,0 1-9 anos 5 6,6 10-19 anos 15 19,7 20-39 anos 33 43,4 40-59 anos 16 21,1 60 e + 7 9,2 Ignorada 0 0,0 Total 76 100 Fonte: SES-AL/DIVEP /Planilha Paralela de Acompanhamento Semanal de Grave de dengue/cievs. Dados tabulados em 09/03/2012, sujeitos a revisão. 5

Quadro 03 Distribuição dos casos graves notificados de dengue, por sexo, Alagoas 2012. SEXO Semana 09 Nº de Casos % Feminino 37 48,7 Masculino 39 51,3 Total 76 100 Fonte: SES-AL/ DIVEP / Planilha Paralela de Acompanhamento Semanal de Grave de dengue/cievs. Dados tabulados em 09/03/2012, sujeitos a revisão. D) Situação do vetor A ausência do vetor é a única garantia de não ocorrência da doença e, considerando-se a atual situação epidemiológica, a meta é manter o IIP o mais próximo possível de zero. É por essa razão que as áreas infestadas por Aedes aegypti devem ser monitoradas rotineiramente, identificando precocemente as áreas de risco para o desencadeamento oportuno das medidas de controle. Observa-se que Alagoas manteve-se em situação de alerta em 09 anos, pois o IIP oscilou entre 1% e 3%, e que somente em 2003 o índice foi satisfatório. (Figura 4) Figura 04 Índice de Infestação Predial, Alagoas, 2001 a 2010. Indice de Infestação Predial 20 15 10 5 0 2,42 1,43 1,72 1,28 0,91 1,47 1,5 1,2 1,52 1,72 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Anos Fonte: SES-AL / DIVEP / SISFAD De acordo com o IIP, tem-se a seguinte distribuição na 8ª semana epidemiológica de 2012 (Mapa 1): 6

a)em risco de surto (IIP > 3%): 19 municípios (18,63%); b)em situação de alerta (IIP entre 1% e 3%): 41 municípios (40,19%); c)em situação satisfatória (IIP < 1%): 42 municípios (41,18%). Mapa 01 Classificação dos Municípios por Área de Risco, segundo o Índice de Infestação Predial - 2012. PARICONHA DELMIRO GOUVEIA 1 MATA GRANDE 10 ÁGUA BRANCA OLHO D ÁGUA CASA INHAPÍ PIRANHAS Região de Saúde CANAPÍ SENAR RUI PALMEIRA SÃO JOSÉ DA TAPERA OURO BRANCO MARAVILHA POÇO DAS TRINCHEIRAS CARNEIROS SANTANA IPANEMA OLHO D ÁGUA OLIVENÇA DAS FLORES BELO MONTE IS RIACHOS MAJOR ISIRO MONTEI RÓPOLIS JACARÉ S JARAMATAIA PÃO DE AÇÚCAR HOMENS BATALHA PALESTINA 9 Risco de surto (19 Municípios) IIP > 3%. Em Alerta (41 Municípios) 1% < IIP < 3%. Satisfatório (42 Municípios) o < IIP < 1%. ESTRELA CACIMBINHAS DE ALAGOAS 7 TRAIPU MINAR NEGRÃO GIRAU LAGOA DA PONCIANO CANOA CAMPO GRANDE OLHO D ÁGUA GRANDE SÃO BRAS 8 CRAÍBAS PORTO REAL COLÉGIO PALMEIRA S ÍNDIOS IGACÍ ARAPIRACA FEIRA GRANDE COITÉ NÓIA IGREJA NOVA QUEBRANGULO SÃO SEBASTIÃO TAQUA PILAR RANA ANADIA BOCA DA MATA LIMOEIRO DE ANADIA JUNQUEIRO PENE PAULO JACINTO TEOTÔNIO VILELA PIAÇABUÇU CHÃ PRETA VIÇOSA MAR PINBA VERMELHO TANQUE D ARCA BELÉM MARIBON 6 4 CAMPO ALEGRE 5 CORURIPE FELIZ DESERTO SANTANA MUNDAÚ ATALAIA SÃO MIGUEL S CAMPOS JACUÍPE IBATEGUARA CAMPESTRE NOVO SÃO JUNDIÁ JOSÉ COLÔNIA LINO DA LEOPOLDINA PORTO LAJE MATRIZ CALVO DE JOAQUIMCAMARAGIBE GOMES UNIÃO S PALMARES BRANQUINHA CAJUEIRO CAPELA J. DA PRAIA MURICÍ 3 COQUEIRO SECO MARECHAL DEORO ROTEIRO RIO LARGO FLEXEIRAS SÃO LUIS QUITUNDE MESSIAS SATUBA 1 BARRA DE SÃO MIGUEL PORTO DE PEDRAS BARRA DE SANTO ANTONIO PARIPUEIRA MACEIÓ SANTA LUZIA NORTE MARAGOGÍ 2 JAPARATINGA S. M. MILAGRES PASSO DE CAMARAGIBE Fonte: SESAU / Planilha Paralela de Dados Entomológicos do PNCD Dados parciais obtidos em 09/03/2012, sujeitos a revisão E) Principais ações desenvolvidas pela SES - 2012 1. Divulgação na página da SESAU das ações de prevenção e controle da dengue; 2. Assessoria técnica aos municípios pelos Coordenadores e Supervisores Estadual de Endemias da SES; 3. Articulação entre Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica para assessoria aos municípios nas ações de assistência ao paciente suspeito de dengue; 7

4. Acompanhamento e monitoramento de planilha paralela nos municípios para notificação diária de casos e envio à SES; 5. Atuação do Grupo Técnico da Diretoria de Atenção à Saúde para implantar e monitorar a organização de serviços na Atenção Básica e na área hospitalar (média e alta complexidade); 6. Visitas diárias da equipe do CIEVS a 14 unidades hospitalares (nove hospitais e cinco unidades de pronto-atendimento) da Capital para identificação precoce dos casos suspeitos de dengue grave, o que permite a adoção de medidas oportunas; 7. Alerta aos gestores com relação ao aumento dos casos de dengue, destacando as medidas necessárias para o controle das epidemias; 8. Assessoria na realização de levantamento de índice através de metodologia LirAa ou LIA em 100% dos municípios para avaliar a infestação predial por Aedes aegypti e classificálos quanto ao risco para transmissão da dengue em baixo, médio e alto, nas primeiras semanas epidemiológicas no mês de janeiro no ano de 2012; 9.Treinamento para substituição do Diflubenzuron para Novaluron no município de: Maragogi no período de 11/01 a 13/01/2012; 10. Treinamento para Agentes de Controle de Endemias, com sede no município de União dos Palmares no período de: 16/01 a 27/01/2012, tendo como municípios participantes Messias e Rio Largo; 11. Projeto Mais Verão Saudável em parceria com a Diretoria de Promoção à Saúde, realizado no espaço em frente ao antigo Alagoinhas, orla marítima da Ponta Verde, nos dias 13, 14, 20 e 21/01/2012, objetivando alertar a população quanto à prevenção e controle da dengue; 12. Envio de equipe para realização de Força Tarefa para monitoramento e desenvolvimento das atividades de campo e ações em saúde para Combate a Dengue no município de Palmeira dos Índios com início no dia 24/01/2011; 13. Intensificação das Ações de Combate à Dengue como mutirões de limpeza, tratamento químico, orientações à população, nos municípios de Arapiraca, Belém, Cacimbinhas, Coité do Nóia, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Igreja Nova, Jequiá da Praia, Lagoa da Canoa, Marechal Deodoro, Ouro Branco, Palmeira dos Índios, Penedo, Pilar, Rio Largo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, São Miguel dos Milagres, Senador Rui Palmeira e Teotônio Vilela; 14. Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ), nos dias: 24/01 em Belém e Senador Rui Palmeira e 25/01 em Ouro Branco; 8

15. Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ), nos dias: 31/01 e 01/02 em Belém e Ouro Branco, 01 e 02/02 em Palmeira dos Índios e Senador Rui Palmeira e 02 e 03/02 em Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa; 16. Participação em reunião envolvendo médicos, enfermeiros, coordenadores de vigilância epidemiológica e atenção básica, supervisor de endemias, agentes comunitários de saúde e de endemias em Murici no dia 31/01/2012 para avaliação da atual situação epidemiológica e definição de ações de controle e prevenção da dengue no município; 17. Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ), nos dias: 07/02 e 08/02 em Belém e Ouro Branco, 08 e 09/02 em Palmeira dos Índios e Senador Rui Palmeira e 09 e 10/02 em Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa; 18. Reunião com os Coordenadores Municipais de Vigilância Epidemiológica para avaliar a qualidade do banco de dados de dengue e monitorar as metas estabelecidas nos planos de contingência para o enfretamento de epidemias de dengue no Hotel Tambaqui nos dias 07, 08 e 09 de fevereiro de 2012; 19. Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ), nos dias: 14 e 15/02 em Belém e Ouro Branco; 15 e 16/02 em Palmeira dos Índios e Senador Rui Palmeira e 16 e 17/02 em Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa; 20. Supervisão Emergencial de Vigilância aos municípios de: Novo Lino, Palmeira dos Índios e Senador Rui Palmeira no dia 14/02; Arapiraca, Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa no dia 15/02 e Penedo, Porto Calvo e Teotônio Vilela no dia 16/02/2012; 21. Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ), nos dias: 28 e 29/02 em Rio Largo; 29/02 e 01/03 em Canapi, Novo Lino, Olho d Água das Flores e Santana do Ipanema e 01 e 02/03/2012 em São Sebastião; 22. Intensificação das Ações de Combate à Dengue como mutirões de limpeza, tratamento químico, orientações à população, no município de São Sebastião nos dias 01 e 02/03/2012; 23. Realização de Tratamento a Ultra Baixo Volume (FUMACÊ), nos dias: 06 e 07/03 em Novo Lino, Porto Calvo e Rio Largo; 07 e 08/03 em Santana do Ipanema e Tanque D Arca e 08 e 09/03/2012 em Canapi, Olho d Água das Flores e São Sebastião. 9

F) Recomendações aos municípios a) Revisar e adequar o Plano Municipal de Intensificação das Ações de Combate à Dengue/2012, seguindo os parâmetros do Plano Estadual; b) Promover reuniões com as Secretarias Municipais de Educação, Obras, e outros setores municipais para ações de combate ao vetor; c) Definir equipe mínima para monitoramento e avaliação semanal de desempenho do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD), contando com representação da Vigilância Sanitária, Promoção à Saúde, Atenção Básica; d) Definir técnico responsável pela implantação do Protocolo de Atendimento ao Paciente com Suspeita de Dengue / Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco nas unidades de saúde; e) Realizar Força Tarefa, em conjunto com a SESAU, para a realização das operações de combate ao vetor, intensificando as ações nos domicílios, terrenos baldios, ferros-velhos, borracharias e cemitérios. As atividades deverão contar com a participação de Agentes Municipais de Endemias, Agentes Comunitários de Saúde e garis; f) Participar efetivamente do Comitê de Mobilização da Dengue, constituído por representantes de organização governamental e não governamental, atuando de forma sistemática nesse período considerado epidêmico; g) Realizar imediatamente reuniões para discutir as novas estratégias com os técnicos municipais das áreas de assistência ao paciente, vigilância, controle de vetor e comunicação, em parceria com os supervisores e coordenadores de endemias da SES; h) Divulgar cronograma do FUMACÊ, quando indicado, junto à comunidade para que sejam adotadas as orientações sobre os cuidados que devem ter durante o tratamento químico; i) Utilizar mídia local e outros recursos de comunicação (rádio, TV, outdoor, faixas, carro de som entre outros) para orientar a população com relação à adoção de boas práticas nos domicílios (acondicionamento adequado do lixo, proteção dos reservatórios de água para consumo) entre outras medidas; j) Realização de mutirão contra dengue nas localidades em situação de Alerta e Epidemia. Isolda Maria Wanderley Couto Lima Técnica do Programa Estadual de Dengue Cleide Maria da Silva Moreira Diretora da Vigilância Epidemiológica 10