O SISTEMA RITUALÍSTICO NORTE - AMERICANO



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O RITO DE YORK O SISTEMA RITUALÍSTICO NORTE - AMERICANO

AGRADECIMENTOS Ao Grande Arquiteto do Universo. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a concretização deste trabalho. Àqueles que vierem depois, dispostos a criticar. F&S Sérgio Roberto Cavalcante MM Ex-Venerável Mestre das Lojas Presidente Roosevelt nº 13 e Cavaleiros do Sol nº 42 GLMEPB. O RITO DE YORK O Sistema Ritualístico Americano O Rito de York surgiu nos Estados Unidos da América do Norte, trazido pelos colonizadores ingleses. Mas, os colonizadores ingleses não o denominavam como hoje o é, visto que, desde tempos idos, o vocábulo rito é inominado(ou seja, não existe) no Sistema Ritualístico Inglês. Lá pelos idos de 1797, um notável maçom norte-americano de nome Thomas Smith Webb 1, organizou o Rito de York, dando-lhe a estrutura que se mantém até os nossos dias. Thomas Smith Webb Os rituais das blue lodges das Grandes Lojas Estadunidenses, são semelhantes ao antigo ritual da Grande Loja dos Antigos, ou seja, a de 1751. Anterior aos rituais da 1 Esse maçom norte-americano é considerado por muitos, como sendo o organizador e fundador do Rito de York moderno.

Grande Loja Unida da Inglaterra, confeccionados a partir do Pacto de União entre as duas Grandes Lojas Rivais até então existentes, no ano de 1813. Alguns afirmam que a primeira Grande Loja fundada nos Estados Unidos da América do Norte foi a Grande Loja da Pensilvânia, no ano de 1731 2. Os EUA possuem 51(cinqüenta e uma) Grandes Lojas, com aproximadamente, quinze mil lojas maçônicas e quatro milhões de maçons. Com cinqüenta e uma jurisdições 3 os Estados Unidos contam com cerca de metade de todas as Grandes Lojas reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra, Irlanda e Escócia. Dos quatro milhões de maçons dos Estados Unidos, três milhões são do Rito de York, ou seja 85%. A Palavra Semestral 4 ; Cadeia de União; NÃO TEM NA RITUALÍSTICA DO RITO DE YORK 2 Informação coletada no site: http//bessel.org/glsyear.htm. Consta em alguns livros maçônicos norte-americanos que a Grande Loja de Massachusetts é a mais antiga, tendo sido fundada em abril de 1733, como Loja Provincial Inglesa com o nome de Loja Provincial de Massachusets tendo como Grão-mestre Distrital o Ir. Henry Price. Mas a Grande Loja de Virginia é a mais antiga em termos de existência continua, pois há documentos de uma Loja desde 1730, mas de uma maneira discutível. A Grande Loja foi fundada em 1733, não foi adiante e erguida em 1754. Há relatos de Loja funcionando em Nova York a partir de 1730, mas abateu colunas até 1757 e a Grande Loja de New York foi criada em 1771. Na Pennsylvania, Bejamin Franklin relata Lojas desde 1730 e ele foi admitido na Ordem em 1731 na Tun Tavern Lodge na Philadelphia, mas esta Loja abateu colunas em 1738, A Grande Loja deste Estado foi criada em 1750. Conclui-se que, como no Brasil, a documentação é escassa. Há realmente documentos reais da criação da Grande Loja de Massachusetts em 1733 e documentos na Philadelphia Gazette de Benjamin Franklin, relatando funcionamento de Lojas neste Estado em 1730. A Grande Loja de Massachusetts auto denomina-se ser a mais antiga em continuidade e a Grande Loja da Pennsylvania afirma que neste Estado existiu a primeira Loja nos Estados Unidos e a Grande Loja de Virginia também alega ser a mais antiga, mesmo em descontinuidade. Bem, oficialmente a Grande Loja de Massachusetts foi regularmente criada antes de todas as outras pela Inglaterra. 3 Sem contar com as Grandes Lojas Prince Hall, ou seja, a Maçonaria dos negros norteamericanos. Vide resumo sobre a vida e morte de Prince Hall, no final desta monografia. 4 A Palavra Semestral foi instituída no dia 28 de outubro de 1773, pelo Duque de Orleans, na época Grão-mestre do Grande Oriente de França. A instituição da Palavra Semestral, aparentemente, surgiu da necessidade de peneirar os maçons que se apresentavam às Lojas, em uma época de grandes agitações na Europa e conseqüentemente na França,-.

Câmara de Reflexões 5 ; Espadas dentro da loja 6 ; Bolsa de Propostas e Informações; Passos para entrada na loja; Cartão de visitante 7 ; Transmissão da Palavra Sagrada; Cálice da Amargura; Consagração pela Espada e o Malhete nas iniciações; Espada Flamejante; Prova dos Elementos; Tríplice abraço; Diferença de nível entre o Oriente e Ocidente 8 ; Separação física entre o Oriente e Ocidente 9 ; Os cargos de: Orador, Chanceler, Experto, Porta Estandarte e Porta Espada; Corda de 81 nós; Não se usam, as palavras: Balaústre ou Peça de Arquitetura. Usa-se: MINUTA, EXPEDIENTE ou PALESTRA, CONFERÊNCIA; ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO RITO DE YORK Há somente um livro de ATAS(Minutas) para todos os graus - todas as ATAS(Minutas) são escritas, lidas e aprovadas no Terceiro Grau; o Altar dos Juramentos fica exatamente no centro da loja com as três luzes: a Bíblia, o Compasso e o Esquadro. O ritual não deve ser lido em loja em hipótese alguma 10. Ele é todo memorizado. O "Proficiency Test"(Prova oral de passagem de Grau) é feito em loja aberta e depois de concluído, o Irmão se retira para a loja votar, e cabe aos Irmãos presentes votar e aprovar por maioria simples. Se for reprovado, o irmão poderá fazer outro exame em trinta dias. O exame pode ser feito no mesmo dia do grau, pois se ele for aprovado no teste inicia-se o grau em seguida. As batidas são sempre três e iguais, independentemente do grau em que a loja estiver operando. Não há Maçonaria Filosófica no Rito. 5 É chamada de Sala de Preparação. 6 O único oficial que utiliza espada é Cobridor(Tyler), o qual fica na parte externa do templo. 7 Há Obediências(Grande Loja) que exige o Passport(Passa Porte) Maçônico. 8 Isso depende de cada jurisdição. 9 Isso depende de cada jurisdição. 10 Não há rituais em Loja. Há sim, Código Maçônico, o qual é todo cifrado.

Os cargos eletivos da loja são: Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes, Secretário e Tesoureiro. Todos os demais cargos são indicações do Venerável eleito. No Rito de York não há exigência para ninguém ser Past Master para ocupar qualquer cargo ou função na loja, podendo um Mestre Maçom recentemente Exaltado ser eleito e Instalado no cargo de Venerável Mestre da sua Loja. As cerimônias de elevação de graus são: Iniciação, Elevação e Exaltação. No Rito de York os assuntos administrativos são discutidos em loja aberta e sempre no Terceiro Grau. Nas Cerimônias de Iniciação, Elevação e Exaltação é obrigatório o esquadramento da Loja. Há um sentido obrigatório de caminhar na Loja. E sempre é em linha reta e mudando de rumo em ângulo reto 11. Há uma ordem para levantar-se ou sentar-se, nas reuniões 12. Um toque, todos sentam; dois toques, levantam-se só os Oficiais da Loja; e três toques levantam-se todos os presentes. O único que pode falar sentado na Loja é o Venerável Mestre e o Secretário quando estiver trabalhando. Para fazer uso da palavra basta levantar-se sem fazer sinal 13 algum e pedir a palavra, pela ordem de solicitação. Quando o Venerável Mestre está ausente, quem deve substituí-lo é o Primeiro Vigilante, sempre. Não há uma Linha Sucessória para se atingir ao cargo máximo de uma loja maçônica no sistema ritualístico americano. Qualquer Mestre Maçom pode ser eleito Venerável Mestre sem passar nas outras posições. O traje oficial para assistir a uma reunião é o terno completo 14. Não há cortejo para entrada e saída. Quem deve fazer a leitura do Salmo 133 15 é o Capelão. O Marshall é o oficial da loja que senta-se à esquerda do Primeiro Vigilante(Senior Warden) e junto da "Inner Door", que é a porta interna do Templo por onde entram os neófitos para a Iniciação; os aprendizes para Elevação; e os Companheiros para Exaltação. Ele é uma espécie de Mestre de Cerimônias, pois recebe e conduz os visitantes em loja. 11 Lembrem-se dos deslocamentos dos nossos sobrinhos(de Molay). 12 Esse procedimento varia de jurisdição para jurisdição. 13 Deve-se porém, fazer o Due-guard. E isto depende de cada jurisdição. 14 Isso depende de cada jurisdição. Dependendo de cada jurisdição, os maçons assistem as reuniões com roupas do dia-a-dia. Ou seja, trajando calça jeans, sem uso de balandrau, pois lá esse tipo de vestimenta maçônica não é autorizada. 15 Essa leitura é feita no Monitor Maçônico ou Código Maçônico. Isto depende de cada Grande Loja.

Há duas portas que dá acesso ao templo. Uma fica à direita do Primeiro Vigilante(Senior Warden), que é a porta oficial de entrada do Templo, que fica guardada pelo lado de fora pelo "Tyler". Todos entram por ela, exceto os candidatos sendo Iniciados ou os Irmãos sendo Elevados(Passing) ou Exaltados (Raising), que entram pela outra porta ("Inner Door"), que fica à esquerda do Senior Warden e ao lado do "Marshal". Na parte de dentro do Templo ficam as duas colunas (B & J) 16. O Segundo Diácono(Junior Deacon) é responsável pela abertura da porta na parte de dentro do Templo. Os Senior Steward Júnior Steward 17 são assistentes do Segundo Vigilante(Junior Warden) e o assistem na preparação do Ágape, na preparação do Templo antes das reuniões e conduzem os candidatos juntamente com o "Senior Deacon" (Primeiro Diácono). As reuniões nos Graus 1 e 2 são exclusivamente para Iniciação, Passagem de Grau, Instrução, Prova de Conhecimentos, Apresentação de Trabalhos e atividades correlatas, mas nessas reuniões jamais haverá qualquer votação ou negócios maçônicos. A disposição de uma Loja no Rito de York é diferente de outros Ritos, pois o Altar dos Juramentos é localizado no centro da loja e a movimentação pode ser feita em todos os sentidos, mas sempre em linha reta e mudando de direção em ângulo reto, sem jamais se cruzar à linha entre o altar dos juramentos e a estação do Venerável Mestre. A única exceção é nas cerimônias dos graus, pois nesses casos a passagem é livre ao redor do altar. A localização dos oficiais da loja também é a seguinte: O Venerável Mestre senta no Leste, tendo à sua esquerda o Secretário, o Tesoureiro; e um pouco à frente deles o Capelão; à direita do Venerável Mestre senta-se o Primeiro Diácono. No Oeste e exatamente em frente do Venerável Mestre senta-se o Primeiro Vigilante, tendo à sua esquerda o(marshall assemelhado aos Diretor ou Mestre de Cerimônias) e à direita o Segundo Diácono. 16 As colunas nem sempre estão no interior do templo. Na Grande Loja do Alasca e da Califórnia, elas ficam próximas a Sala de Preparação. 17 Em algumas Grandes Lojas e em suas respectivas blue lodge jurisdicionadas, os Mordomos ao se deslocarem, levam consigo os seus respectivos bastões. Também em algumas blue lodge os bastões dos Mordomos são de cor branca, diferenciando-se dos bastões dos Diáconos, que da mesma forma podem portar ou não seus respectivos bastões, quando em seus deslocamentos em Loja. Na Grande Loja do Estado de Minnesota, os Diáconos e os Mordomos deslocam-se em Loja carregando seus respectivos bastões em um ângulo de 23,5 graus na vertical, refletindo a inclinação da linha central da terra do plano de sua órbita. Na Grande Loja do Estada da Virginia, os Diáconos deslocam-se com seus respectivos bastões com um ângulo de 45 graus. Os Mordomos não utilizam os seus respectivos bastões em todo o seus trabalhos em loja.

No Sul e exatamente à direita do altar senta-se o Segundo Vigilante, tendo à sua frente os dois "Stewards"(Mordomos). Do lado de fora da porta de entrada do templo, que fica à direita do Primeiro Vigilante, fica o "Tyler". Estes são os oficiais das "blue lodges" e suas "estações"(forma usada no RY para significar localização). No Rito de York não há local estabelecido para os "Past Masters" (ex-mestres Instalados) no Leste 18, cabendo ao Venerável Mestre convidar quem ele deseje para sentar-se no Leste durante os trabalhos em loja aberta. Quando se pede a entrada em loja aberta, o "Tyler" dá as batidas normais na porta de entrada e o Segundo Diácono anuncia que há um "alarme na porta", sendo instruído pelo Venerável Mestre para abrí-la e verificar do que se trata. Normalmente ele logo acrescenta que se for um irmão propriamente vestido seja-lhe concedida à entrada em loja. O Segundo Diácono assim procede, dando entrada ao irmão, que logo se dirige ao altar para saudar o Venerável Mestre no grau que a loja estiver operando, fazendo os sinais próprios e recebendo os mesmos do Venerável Mestre, que o convida a sentar-se. O telhamento é feito com os sinais de mãos acompanhados das senhas respectivas, começando sempre pelo grau 1 e seguindo até o grau 3, se esse for o caso. Se o irmão for companheiro maçom, por exemplo, logicamente ele vai parar neste grau e assim será identificado. Neste caso, se a loja estiver operando em grau 1 ou 2 ele poderá entrar, caso contrário não lhe será dado entrada. Em loja aberta, todos os presentes ficam sentados e só precisam se levantar durante a apresentação da bandeira, nas orações, para saudar as autoridades ou quando quiserem se expressar. Há colunetas 19 nas estações 20 dos Vigilantes, mas não há na estação do Venerável Mestre. 18 Nas blue lodge, não se menciona Oriente. E sim, Leste, Oeste, Norte e Sul. 19 Nem sempre há colunetas nas estações dos Vigilantes. Cito algumas Grandes Lojas e suas respectivas jurisdicionadas que utilizam colunetas nas estações dos Vigilantes: Alasca, Arizona, Califórnia, Distrito de Columbia; Geórgia, Indiana, Minessota, Missuri, etc. Outras que não fazem uso: Alabama, Kansas, Massachusetts, New Hampshire, Oklahoma, Virginia e Wisconsin. 20 Estação é nome dado ao local(cadeira e birô) onde tem assento o Venerável Mestre e os seus respectivos Vigilantes. Lá(U.S.A.) não se utiliza o termo errôneo de altar aplicado aqui pelas Potências Maçônicas Brasileiras. Pois ALTAR é uma espécie de mesa de pedra para os holocaustos nas religiões pagãs; podendo ser também, mesa onde se celebra um culto; missa; veneração. Ao nosso ver, o termo mais correto a ser aplicado, seria trono, que nos tempos idos serviam(e servem ainda) para os soberanos nele terem assento. Logo não há forma de se confundir os dois vocábulos(altar/trono) que não são sinônimos. Destarte, nos tronos sentam os que têm autoridade, pois nos Altares, ninguém senta.

O Grão-mestre 21 senta-se na estação do Venerável Mestre toda vez que for na loja, pois ele assume o comando da loja quando estiver presente. Não há bolsa de coleta obrigatória em loja, mas se alguém quiser voluntariar com doações é normal, porém não é obrigatório. Existe um compartimento denominado de Sala de Preparação. É o local onde o candidato é preparado antes da cerimônia. O uso da cartola ou chapéu é obrigatório único exclusivamente pelo Venerável Mestre, em todas as sessões 22. ADMINISTRAÇÃO DA LOJA A administração de uma Loja do Rito de York, consiste: Venerável Mestre 23 {Worshipful Master} Primeiro Vigilante {Senior Warden} Segundo Vigilante {Junior Warden} Secretário {Secretary} Tesoureiro {Treasurer} Primeiro Diácono 24 {Senior Deacon} Segundo Diácono {Junior Deacon} Guarda 25 {Tyler} Capelão 26 {Chaplain} Marechal 27 [Marshal] Organista {Organist} 1º Mordomo {Senior Steward} 2º Mordomo {Júnior Steward} Trustee 28 21 Inexiste prova histórica de que, antes do ano de 1717 tenha existido a figura do Grãomestre. O primeiro maçom que recebeu o título de Grão-mestre foi Antony Sayer, em Londres, a 24 de junho de 1717. 22 Há modelos de chapéu e cartolas para todo gosto. 23 Em algumas Grandes Lojas, o termo aplicado é Mestre da Loja(Master of Lodge). 24 Uma das atribuições do 1º Diácono é a de acender[início dos trabalhos] e apagar{término dos trabalhos} as Três Grandes Luzes da Maçonaria(Volume da Lei Sagrada Esquadro Compasso), que são simbolicamente representadas quando do acendimento de três luzes em três respectivos castiçais. 25 Também denominado de Cobridor. 26 O Capelão é o responsável pelas preces. 27 Parecido com o Diretor de Cerimônias do Craft ou Mestre de Cerimônias no REAA e demais Ritos praticados no Brasil. Sua função principal é conduzir os visitantes para o local pelo Venerável Mestre determinado.

Historian 29 Lecture 30 Orator 31 Musician 32 Electrician 33 POSIÇÃO 34 DOS CASTIÇAIS{COLUNETAS} EM LOJA GRANDES LOJAS RHODE ISLAND - PENNSYLVANIA WYOMING - ALABAMA GRANDES LOJAS SOUTH DAKOTA WEST VIRGINIA CONNECTICUT AVENTAIS DOS OFICIAIS GRANDE LOJA DE WASHINGTON 28 Em algumas Grandes Lojas e em suas respectivas lojas simbólicas(blue lodge) existe tal cargo. Pesquisas foram feitas na NET. E foi encontrado o seguinte significado: fiduciário ; depositário ; e consignatário. Pode ser um cargo semelhante ao de Mestre da Caridade, existente no Craft(ofício) do Sistema Ritualístico Inglês. 29 Idem para o referido cargo. Em pesquisa em dicionário on-line Babylon, descobriu-se que o vocábulo tem o significado de Historiador. 30 Idem para o referido cargo. Em pesquisa em dicionário on-line Babylon, descobriu-se que o vocábulo tem o significado de palestra, que maçônicamente pode(acho. Não é certeza) significar instrutor. 31 Idem para o referido cargo. Pesquisando na NET no dicionário on-line Babylon, descobriu-se que o vocábulo tem o significado de Orador. Não sei se esse cargo se refere ao Capelão em algumas outras blue lodges. 32 Idem para o referido cargo. Pesquisando na NET através de dicionário on-line Babylon encontrou-se o seguinte significado para o vocábulo musician : Pessoa que trabalha com música; quem escreve música; quem pesquisa música. Maçonicamente pode ter o mesmo significado de Organista(Organist) 33 Idem para o referido cargo. Pesquisando na NET através do dicionário on-line Babylon, encontrou-se o seguinte significado para o vocábulo Electrican : Eletricista. 34 Dados extraídos do site: www.bessel.org

JÓIAS DOS CARGOS EM LOJA Venerável Mestre 1º Vigilante 2º Vigilante 1º Diácono 2º Diácono Secretário

Cobridor(Tyler) Marechal(Marshal) 35 1º Mordomo Tesoureiro 2º Mordomo Organista Capelão Past Master OS AVENTAIS 35 Em algumas Grandes Lojas norte-americana, o cargo de Marechal(Marshal) fica posicionado no Oeste(Ocidente), próximo à esquerda da estação(pedestal/altar) do 1º Vigilante.

AVENTAL DE APRENDIZ 36 AVENTAL DE COMPANHEIRO 37 AVENTAL DE MESTRE 38 36 Em algumas jurisdições maçônicas estadunidense, o Mestre Maçom utiliza o avental igual ao de Aprendiz Maçom. 37 O Avental do Companheiro Maçom nas Grandes Lojas estadunidense é igual ao de Aprendiz Maçom. Porém, a parte inferior esquerda é dobrada para cima. 38 Existem diferenças nos aventais do Mestre Maçom para cada Grande Loja.

39 Idem para o de Past Master. AVENTAL DE PAST MASTER 39

TEMPLO MAÇÔNICO 40 ORDEM DOS TRABALHOS a. Apresentação da Bandeira Americana a Oeste do Altar dos Juramentos e o respectivo juramento; b. Leitura e confirmação da MINUTA 41 da sessão anterior; 40 Também há diferenças quanto ao posicionamento dos oficiais em Loja 41 Minuta é a nossa Ata, aqui no Brasil.

c. Recebimento de cartas e comunicações. d. Agenda (assuntos do dia); 7. Encerramento. DIFERENÇAS NO SISTEMA RITUALÍSTICO INGLÊS E NORTE-AMERICANO ESTRUTURA DO RITO DE YORK 42 42 Na realidade, os graus simbólicos nos Estados Unidos da América do Norte, são separados tanto do Rito de York e bem como do Rito Escocês Antigo e Aceito. Ao contrário ao do que acontece aqui no Brasil, onde esses graus(simbólicos) fazem parte dos referidos Ritos. Ou seja. Lá as Grandes Lojas não têm nenhum relacionamento(obrigatório ou não) com os Ritos: York e Escocês.

43 Gentilmente cedido pelo Venerável Irmão Carlos Leopoldo Foltz 43

A HISTÓRIA E A LENDA DE PRINCE HALL O Ir. Prince Hall Deve-se destacar, na figura de Prince Hall, a parte real, mas menos romântica, resgatada pela moderna pesquisa historiográfica e a lenda, devida, na maioria das vezes, a Grimshaw e que vem sendo alimentada pelo povo maçônico afro-americano. A moderna historiografia estima que Prince Hall nasceu em 1735 em lugar desconhecido. Alguns especulam que teria nascido em Barbados nas Índias Ocidentais, outros que teria sido na África enquanto uma minoria chega a afirmar que o seu local de nascimento seria os Estados Unidos. Documentos analisados mostram que teria exercido várias profissões, tais como: trabalhador braçal, artesão de roupa de couro e fornecedor de alimentos. Outros documentos apresentam-no como líder e eleitor numa pequena comunidade negra em Boston. A versão tradicional, muito aceita mas de pouca ajuda para a pesquisa científica, afirma que Prince Hall nasceu em Bridgetown, Barbados, nas Índias Ocidentais em 1748, filho de Thomas Hall, um inglês, mercador de couro que teria como esposa uma mulher negra livre, de descendência francesa. Teria vindo para a Nova Inglaterra durante a metade do século XVIII, estabelecendo-se em Boston, na colônia de Massachusetts, onde teria se tornado pastor da Igreja Metodista. A versão tradicional ainda afirma que Prince Hall teria pertencido às fileiras do Exército Revolucionário e lutado na guerra de independência norte-americana. Um ponto controverso tem sido a versão de que Prince Hall tenha sido escravo ou não. Sherman afirma que "tive a fortuna de descobrir, na Biblioteca Athenaeum de Boston, uma cópia do documento de alforria, provando que Prince Hall tinha, originalmente, sido escravo na família de um negociante em roupa de couro de Boston chamado William Hall que o alforriou em 1770". Certos historiadores afro-americanos rejeitam alguns documentos que tentam demonstrar ter ele sido escravo da família Hall, como se, em sendo isto verdade, teria sido uma desonra para a figura de Prince Hall. Aqui, convém lembrar o dizer da carta de Mahatma Gandhi ao Irmão W.E.B.

Dubois em 1929: "Não deixem os 12 milhões de negros [norte-americanos] se envergonharem pelo fato de serem descendentes de escravos. Não há desonra em ter sido escravo. Há desonra em ter sido proprietário de escravos". A Maçonaria Prince Hall nunca negou iniciação a qualquer ex-escravo desde que preenchesse os requisitos mínimos exigidos pela Ordem. A Grande Loja Unida da Inglaterra, após a abolição da escravidão nas Índias Ocidentais pelo Parlamento Britânico em 1º de setembro de 1847, mudou a expressão nascido livre para homem livre como requisito para ingresso nas suas Lojas. A tradição afirma que Prince Hall teria sido iniciado em 6 de março de 1775. E aqui existe uma controvérsia entre a Loja nº 441 e a Loja Africana, sendo que ambas estariam na gênese da maçonaria Prince Hall, com as implicações do reconhecimento pela Grande Loja Unida da Inglaterra e o problema de haver duas Obediências em um mesmo território. O historiador Jeremy Belknap afirma que "tendo uma vez mencionado esta pessoa(prince Hall), tenho a informar que ele foi um Grão-mestre de uma Loja de Maçons Livres, composta na sua totalidade de pretos e conhecida pelo nome de Loja Africana. Isto teria acontecido em 1775, quando esta cidade foi tomada pelas tropas britânicas, possibilitando a montagem de uma Loja e a iniciação de um bom número de negros. Após o estabelecimento da paz, enviou-se a Londres um pedido de reconhecimento, obtendo-se uma carta timbrada pelo duque de Cumberland e assinada pelo Conde de Effingham". Nelson King, editor da revista Philalethes, afirma que "em 29 de setembro de 1784 uma carta de reconhecimento (warrant) foi outorgada pela primeira Grande Loja da Inglaterra para 15 homens em Boston, Massachusetts(inclusive o Irmão Hall, cujo primeiro nome era Prince), formando a Loja Africana nº 459 no registro inglês. A Loja Africana contribuiu com o Fundo de Caridade Inglês até 1797 e permaneceu correspondendo-se com o Grande Secretário até início do século XIX. Os livros de registro da Grande Loja, para tal período, entretanto, são incompletos e não é impossível que a correspondência, entre ambos os lados, apareça como tendo sido ignorada. Após 1802, o contato foi perdido, devido, em grande parte, à interrupção que as guerras napoleônicas causaram sobre os transportes e as comunicações com a América do Norte. Em 1797, a Loja Africana, contrariamente aos termos da carta de reconhecimento e às Constituições de Anderson, às quais estava vinculada, deu autorização a dois grupos de homens para se reunirem como Lojas: I) a Loja Africana nº 459B em Filadélfia na Pensilvânia e II) a Loja Hiram (sem número) em Providence, Rhode Island. Autorizações continuaram a ser dadas para outras lojas a partir de 1808. Após a união das duas Grandes Lojas inglesas - antigos e modernos - em 1813 a fusão dos livros de registro omitiu a Loja Africana(assim como muitas outras lojas na Inglaterra e além mar) deixando de haver contato por longos anos. A Loja Africana, contudo, não foi formalmente extinta".

Gould, em toda sua monumental obra, não chega a citar a figura de Prince Hall, mas num quadro em que lista as Lojas nos EEUU reconhecidas pela Grande Loja da Inglaterra entre 1733 e 1789 cita a African Lodge de Massachussets com a data de 1784-86. Outro historiador chega a afirmar que Prince Hall teria sido iniciado numa Loja Militar, a Loja nº 441, sob a jurisdição da Grande Loja da Irlanda, ligada a um dos regimentos do exército do General Gage e cujo Venerável Mestre era o Irmão J.B.Watt. Esta Loja volante existiu na vizinhança de Boston, estabelecendo-se futuramente em Nova Iorque e participou na formação, segundo a versão da Maçonaria Prince Hall, da Primeira Grande Loja Caucasiana. Com a remoção da Loja para Nova Iorque, supõese que aquele Irmão J.B.Watt tenha dado uma "permissão" (se escrita, o documento perdeu-se; talvez oral, para que Prince Hall continuasse a funcionar em Boston). Daí talvez a gênese da "Loja Africana". O que se especula é que essa "permissão" daria a Prince o direito de fazer reunião e de enterrar seus mortos, quando necessário. As atas da "Loja Africana" deixam muito a desejar sobre o que teria acontecido após a partida dos ingleses, sendo que este fato concorre para que a maçonaria branca marginalize a nascente Maçonaria Prince Hall. Na época, Prince Hall mandou uma petição ao Grande Mestre Provincial Joseph Warren, pedindo reconhecimento. Entretanto, Warren foi morto na batalha de Bunker Hill antes de poder responder. Convém salientar que, com a morte de Warren, a jurisdição de Massachusetts abateu colunas e não havia autoridade maçônica na região. Em seguida buscou conseguir uma autorização legal e regular que substituísse a precária "permissão" de Watt. Primeiramente, tentou-se o Grande Oriente de França mas o seu intento foi infrutífero. Procurou então contatar a Grande Loja de Londres (modernos) através de duas cartas dirigidas ao Irmão William M. Moody em Londres. Desta vez obteve sucesso, conseguindo finalmente o "warrant" em 20 de setembro de 1784 para a African Lodge nº 459. Essa autorização chegou às mãos de Prince em 29 de abril de 1787 e foi noticiada pelos jornais locais. É um documento de importância vital para a Maçonaria Prince Hall, pois é a prova inconteste para fugir da irregularidade que a ela é imputada pela maçonaria branca. Walkes chega a afirmar que "a carta permaneceu nas mãos da Prince Hall Grand Lodge of Massachussets. Em 1869, foi chamuscada num incêndio, sendo, contudo, salva pela ação do P.G.M. Kendall que recuperou o documento. Existe um grande número de maçons Prince Hall que acreditam ter sido o incêndio uma tentativa de a Maçonaria Caucasiana destruir o mais valioso de todos os documentos da Maçonaria Prince Hall. Enquanto esta crença não pode ser provada, o fato alegado mostra a freqüente relação tensa entre a fraternidade Prince Hall e a sua contraparte caucasiana. Mostra também a conexão emocional entre a América Negra e Branca." É preciso ter em mente o status colonial do negro norte-americano na época da independência. Não possuíam educação formal, além do mais sofriam restrição legal

para adquiri-la e os códigos dos negros legais impediam reuniões ou ajuntamentos com mais de três indivíduos da raça negra. Os historiadores negros afirmam que os negros estavam na América Colonial mas não eram da América. Eram súditos coloniais dos súditos coloniais da Inglaterra. Não estavam sendo explorados por George III, mas sim por George Washington, pelos maçons e pelos donos de escravos. Os Pais Brancos Fundadores não eram os Pais Negros Fundadores, pois os homens negros viviam uma diferente Declaração de Independência, uma Revolução diferente numa América diferente. A revista maçônica negra - Phylaxis Magazine - editada em Boston comenta em seus editoriais que houve e tem sempre havido duas Américas, uma Branca e outra Negra. Defini-las juntas seria impossível. Medir a maçonaria de cada uma em conjunto, também é praticamente impossível, pois a convenção constitucional branca não foi à convenção constitucional negra, o começo branco não foi o começo negro. Prince Hall demonstrou a sua combatividade em diversas ocasiões. Em 13 de janeiro de 1777, conjuntamente com outros companheiros de luta - maçons ou não - endereçou uma petição ao legislativo de Massachussets protestando contra a existência da escravidão na Colônia. Documentos demonstram que, novamente, em 27 de fevereiro de 1788, redigiu outra petição protestando contra o seqüestro e subseqüente venda como escravos de numerosos negros que foram levados de Boston para um navio em direção às Índias Ocidentais. Estes negros retornaram a Boston depois de detidos pelo governador do Maine que concordou com o pedido de auxílio do governador de Massachusets. Deixou vários documentos escritos, inclusive um livro de cartas, grande manancial para os historiadores. Prince faleceu em 4 de dezembro de 1807 na glória de ter sido o primeiro americano negro a receber os graus da Maçonaria nos EEUU. Sua morte foi noticiada em inúmeros jornais de Boston. Foi enterrado em Copps Hill ao lado de uma de suas esposas. A Maçonaria Prince Hall 44 honra a memória de seu fundador em uma cerimônia pública - Prince Hall Americanism Day - que acontece em setembro numa igreja em Boston. Como os São Joãos, Prince Hall é considerado um dos santos fundadores da Maçonaria Negra nos EEUU. A cada dez anos a Conferência dos Grão-mestres Prince Hall realiza uma peregrinação à Boston no seu memorial em Copps Hill. 44 A Maçonaria Prince Hall não é reconhecida por algumas Grandes Lojas Caucasiana, entre elas, estão as Grandes Lojas do Texas e Virgínia.

ORIGENS DAS GRANDES LOJAS NORTE-AMERICANAS 45 {A. F. & A. M.} 46 {F. & A. M.} 47 {F.A.A.M.} 48 {A. F. M.} 49 Mapa 01 USO DE RITUAIS POR ESTADOS - CIFRADOS E IMPRESSOS50 51 Mapa 02 45 Refere-se apenas as Grande Lojas Caucasianas. Ou seja, as Grandes Lojas dos brancos. 46 Fundada com apoio da Grande Loja dos Antigos(a de York) {1751}. 47 Fundada com apoio da Grande Loja dos Moderno(a de Londres) {1717}. 48 Só existe uma com essa sigla[f.a.a.m.] e é no Distrito de Columbia(Washington) 49 Só existe uma com essa sigla [A.F.M.] e é a do Estado da Carolina do Sul. 50 41 Grandes Lojas permitem editar rituais cifrados. São as dos Estados que estão na cor azul, no mapa 02. 51 10 Grandes Lojas não permitem. São as dos Estados que estão na cor branca.

CERIMÔNIAS FÚNEBRES 52 Figura 03 LANDMARKS Estados Alabama Alaska Arizona Arkansas Califórnia Colorado Connecticut Delaware District of Columbia Florida Aplicação dos Landmarks. É composto por 15 Landmarks. Esta Grande Loja elenca os 25 Landmarks de Mackey em seu Código, mas não em sua Constituição.....O Artigo 13, Seção 2, da Constituição contém 10 "Landmarks", e também diz que "O reconhecimento desses "Landmarks" não deve significar ou proibir que esta Grande Loja seja proibida de reconhecer em qualquer momento, de 52 24 Grandes Lojas Estadunidenses não permite que os Aprendizes ou Companheiros Maçons participem de Cerimônia Fúnebre.

agora em diante, através de emendas apropriadas, outros princípios, preceitos, práticas ou dogmas da Maçonaria como "Landmarks", nem está esta Grande Loja proibida de reconsiderar e, se achar apropriado, remover este reconhecimento de qualquer um deles" Georgia Hawaii Idaho Illinois Indiana Iowa Kansas Kentucky Louisiana Maine Maryland Massachusetts Michigan Minnesota Mississippi Missouri Montana Nebraska Nevada New Hampshire New Jersey Cita os 25 Landmarks de Mackey, mas não afirma que deve ser obedecido.. Possui 24 Landmarks... Lista com 7 Landmarks: (1) Monoteísmo; (2) Imortalidade da Alma; (3) O Volume da Lei Sagrada; (4) A Lenda do 3º Grau; (5) O Sigilo; (6) O Simbolismo da Arte Operativa; (7) Só são aceitos homens adultos e nascidos livres. Em 1970, esta Grande Loja adotou 3 artigos como sendo os Antigos Landmarks: (1) Crença no Ser Supremo, O Volume da Lei Sagrada; (2) Crença na Imortalidade da alma; (3) A indispensável existência do Volume da Lei Sagrada no Altar dos Juramentos. Possui 26 Landmarks. Possui um código que consta de 19 artigos como se fossem Landmarks.... Em 1872 esta Grande Loja aprovou uma lista de 39 Landmarks. Elenca 8 Landmarks: (1) Monoteísmo; (2) Volume da Lei Sagrada 53 ; (3) O Sigilo; (4) simbolismo da arte operativa; (5) Os 3 Graus (6) A Legenda do 3º Grau; (7) Somente homens; (8) Não sectarismo e não política. Em 1903 um comitê formulou uma lista de 10 Landmarks. Mas hoje em dia não parece que estes Landmarks são adotados formalmente. 53 Em 11 Grandes Lojas pesquisadas, a leitura é feita no Salmo, Amós e Eclesiastes, respectivamente. Em outras, a leitura é feita aleatoriamente.

New México New York North Carolina North Dakota Ohio Oklahoma Oregon Pennsylvania Rhode Island South Carolina South Dakota Tennessee Texas Utah Vermont Virginia Washington West Virginia Wisconsin Wyoming Adota os 25 Landmarks de Albert Mackey Adota os 25 Landmarks de Albert Mackey. Adota os 25 Landmarks de Albert Mackey Adota os 25 Landmarks de Albert Mackey Adota 15 Landmarks Adota uma lista de 7 Landmarks: (1) Crença em Deus; (2) Crença na Imortalidade da Alma; (3) O Volume da Lei Sagrada no Altar; (4) A lenda do 3º Grau; (5) O Sigilo; (6) O Simbolismo da Arte Operativa; (7) Deve ser homem livre, e maior de idade, e bem recomendado. Não tem Ladmaks definidos Não tem Ladmaks definidos Possui uma lista de 8 Landmarks; (1) - Crença no Grande Arquiteto do Universo; (2) - Crença na Imortalidade da alma, (3) A indispensável presença do Volume da Lei Sagrada; (4) O Governo da Grande Loja por um Grão-mestre; (5) O Sigilo nas modalidades de reconhecimento; (6) A Lenda do 3º Grau; (7) - A Maçonaria Antiga deve ser composta apenas por Aprendizes, Companheiros e Mestres; (8) Todo os Maçom deve ser homem, nascido livre e de maior de idade. Esta Grande Loja nunca adotou qualquer Landmark BRASÕES 54 DAS GRANDES LOJAS CAUCASIANAS 55 54 Não foi possível capturar as imagens dos seguintes brasões: Virginia, Carolina do Sul, 55 Dos brancos.

Alabama Arizona Arkansas Califórnia Colorado Connecticut Delaware Distrito de Columbia Flórida Georgia Havaí Idaho

Illinois Indiana Iowa Kansas Kentucky Louisiana Maine Maryland Massachustts Michigan Minnesota Mississipi

Missouri Montana Nebraska Nevada New Hampshire New Jersey Novo México New York Carolina do Norte Dakota do Norte Ohio Oklahoma

Oregon Pensilvânia Rhode Island Dakota do Sul Tennesee Texas Utha Vermont Washington West Virginia Wisconsin Wyoming

GRANDES LOJAS - USA DATA DE FUNDAÇÃO Grand Lodge of Pennsylvania 1731 56 Grand Lodge of Massachusetts 1733 Grand Lodge of Georgia 1735 Grand Lodge of South Carolina 1737 Grand Lodge of Virginia 1778 Grand Lodge of New York 1781 Grand Lodge of New Jersey 1786 Grand Lodge of Maryland 1787 Grand Lodge of North Carolina 1787 Grand Lodge of Connecticut 1789 Grand Lodge of New Hampshire 1789 Grand Lodge of Rhode Island 1791 Grand Lodge of Vermont 1794 Grand Lodge of Kentucky 1800 Grand Lodge of Delaware 1806 Grand Lodge of Ohio 1808 Grand Lodge of the District of Columbia 1811 Grand Lodge of Louisiana 1812 Grand Lodge of Tennessee 1813 Grand Lodge of Indiana 1818 Grand Lodge of Mississippi 1818 Grand Lodge of Maine 1820 Grand Lodge of Alabama 1821 Grand Lodge of Missouri 1821 Grand Lodge of Michigan 1826 Grand Lodge of Florida 1830 Grand Lodge of Texas 1837 Grand Lodge of Arkansas 1838 Grand Lodge of Illinois 1840 56 Há controvérsias quanto à ordem de antiguidade.

Fontes de Consulta: Grand Lodge of Wisconsin 1843 Grand Lodge of Iowa 1844 Grand Lodge of Califórnia 1850 Grand Lodge of Oregon 1851 Grand Lodge of Minnesota 1853 Grand Lodge of Kansas 1856 Grand Lodge of Nebraska 1857 Grand Lodge of Washington 1858 Grand Lodge of Colorado 1861 Grand Lodge of Nevada 1865 Grand Lodge of West Virginia 1865 Grand Lodge of Montana 1866 Grand Lodge of Idaho 1867 Grand Lodge of Utah 1872 Grand Lodge of Oklahoma 1874 Grand Lodge of Wyoming 1874 Grand Lodge of South Dakota 1875 Grand Lodge of New Mexico 1877 Grand Lodge of Arizona 1882 Grand Lodge of North Dakota 1889 Grand Lodge of Alaska 1981 Grand Lodge of Hawaii 1989 01) - www.bessel.org; 02) - http://www.freemasons-freemasonry.com/falclewis.html; 03) - www.njfreemasonry.org; 04) - Monografias Maçônicas - William Almeida de Carvalho; 05) Vade-Mecum do Simbolismo Maçônico Rizzardo da Camino e Odécio Schilling da Camino; 06) Revista Engenho & Arte na Maçonaria Universal; 07) - www.yorkrite.com; 08) - www.yorkriteusa.org; 09) - www.moyorkrite.org

10) - www.lafsco.com/mmregalia (*) Sérgio Roberto Cavalcante é Mestre Maçom ativo e regular da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Sol nº 42 jurisdição da Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba.