SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL FACULDADE SENAC GOIÂNIA FERNANDO CARDOSO DE MORAIS MYCHEL MARCOS MOREIRA MARTINS CLASSIFICAÇÃO TIPOGRÁFICA GOIÂNIA 2014
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL FACULDADE SENAC GOIÂNIA FERNANDO CARDOSO DE MORAIS MYCHEL MARCOS MOREIRA MARTINS CLASSIFICAÇÃO TIPOGRÁFICA Trabalho para a disciplina de Tipografia do Curso Superior de Tecnologia em Produção Multimídia da Faculdade de Tecnologia Senac Goiânia. Prof. Marcos Costa GOIÂNIA 2014
CLASSIFICAÇÃO VOX-ATYPI Em 1954 o tipógrafo e pesquisador francês Maximilien Vox criou um sistema de classificação tipográfica que dividia os tipos em dez grupos: três clássicos (humanísticos, garaldinos e transicionais) e três modernos (didones e mecanizados, com serifa, e lineares, sem serifa), além dos grupos manuscritos, caligráficos, incisos e góticos. Treze anos mais tarde, em 1967 a ATyPI (Association Typographique Internationale) adaptou a classificação de Maximilien e a dividiu em sete grandes classes, por sua vez subdivididas em subclasses. Tal classificação é conhecida como Classificação Tipográfica Vox/ATypI. (NIEMEYER, 2000). Conforme (Niemeyer, 2000), as classes são: Romanos, lineares, incisos, manuais, manuscritos, góticos e não latinos. Lineares Neogrotescos São tipos sem serifa e, como os geométricos, derivam dos grotescos, com menor contraste entre as hastes do que aqueles, mas não monolineares (ou seja, não há contraste entre as hastes) como os geométricos. Têm desenho cuidadoso, com forte preocupação com a legibilidade tanto para corpos grandes quanto para pequenos. As hastes tendem a terminar de forma oblíqua. (NIEMEYER, 2000). Romanos Didones O contraste verificado entre as hastes dos tipos transicionais se torna bem mais acentuado e o eixo é definitivamente vertical. As serifas se tornam lineares, e especialmente nas maiúsculas elas são visivelmente finas e perpendiculares às
hastes, unidas a essas sem quaisquer curvaturas. Os desenhos tendem a ter uma configuração geométrica. (NIEMEYER, 2000). Lineares Geométricos São tipos sem serifa, com inspiração geométrica e racionalista. São monolineares (sem contraste entre as hastes) e tendem a partir de configurações básicas para a construção de grupos de caracteres com estrutura semelhante. Em geral, o a apresenta-se sem o gancho superior. (NIEMEYER, 2000). Romanos Garaldos Como os humanistas, os garaldos têm os eixos inclinados para a esquerda e suas serifas são triangulares, há um maior contraste das hastes e a barra do e tende a ser horizontal. (NIEMEYER, 2000).
Romanos Humanistas O desenho dos caracteres tem sua origem no uso da pena empunhada de modo oblíquo. Por isso a inclinação do eixo para a esquerda, clara no O. Não há grandes contrastes entre as hastes grossas e finas e as serifas são triangulares, ligadas às hastes por curvas. (NIEMEYER, 2000). Romanos Mecanizados Esta configuração de tipos tem origem na Revolução Industrial e no mercado publicitário e, por isso, foram originalmente desenhados para serem vistos de longe. As serifas são marcantes, sólidas, formando um ângulo reto com a linha de base (seja com a das ascendentes ou a das descendentes). Essa perpendicularidade pode ser enfatizada pela ligação às hastes por outro ângulo reto ou contrastada com o uso de curvas discretas para essas mesmas ligações. (NIEMEYER, 2000).
Lineares Humanísticos Embora sem serifa, estão menos ligados aos grotescos e mais nas inscrições das maiúsculas lapidárias romanas e nas minúsculas humanistas ou garaldas. Por isso, tendem a ser mais delicados do que as três subclasses anteriores, com contrastes entre as hastes. O a possui gancho superior. (NIEMEYER, 2000). Romanos Garaldos Como os humanistas, os garaldos têm os eixos inclinados para a esquerda e suas serifas são triangulares, há um maior contraste das hastes e a barra do e tende a ser horizontal. (NIEMEYER, 2000). Manuais Brush Estes tipos têm inspiração na letra cursiva por isso o eixo claramente inclinado, as linhas geralmente leves e arredondadas. (NIEMEYER, 2000).
Manuscritos São tipos que imitam a cursiva comum ou formal (ligados entre si). Distinguem-se das manuais por imitarem claramente a escrita caligráfica. (NIEMEYER, 2000).
REFERÊNCIAS NIEMEYER, Lucy. Tipografia: Uma apresentação. 4. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2000. 112 p.