ÍNDICE. Desconcentradas



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Transcrição:

ÍNDICE 1. Introdução 1 2. Condições Gerais de Enquadramento da Execução do Programa 1 3. Gestão e Acompanhamento 8 3.1 Eixo Prioritário I Apoio a Investimentos de Interesse Municipal e Intermunicipal 8 3.2. Eixo Prioritário II Acções Integradas de Base Territorial 8 3.3. Eixo Prioritário III Intervenções da Administração Regionalmente Desconcentradas 9 3.4. Eixo Prioritário IV Desenvolvimento Integrado da Zona de Alqueva (PEDIZA II) 11 3.5. Comissão de Acompanhamento 12 4. Controlo e Avaliação 13 4.1. Controlo 13 4.1.1. Controlo de 1º nível 13 4.1.2. Outras Acções de Controlo 28 4.2. Avaliação Intercalar 29 4.2.1 O Processo de Avaliação 29 4.2.2 Resultados da Avaliação Intercalar 31 5. Análise de Progresso 34 5.1. Dinâmica de Candidaturas 34 5.2. Aprovação e Execução 37 5.2.1. Do programa 37 5.2.2. Do Eixo Prioritário I - Apoio a Investimentos de Interesse Municipal e Intermunicipal 39 5.2.3. Do Eixo Prioritário II - Acções Integradas de Base Territorial 46 5.2.4. Do Eixo Prioritário III - Intervenções da Administração Regionalmente 52 Desconcentradas 5.2.5. Do Eixo Prioritário IV - Desenvolvimento Integrado da Zona de Alqueva (PEDIZA II) 71 6. Aprovações por Domínio de 76 6.1. Eixo Prioritário I 76 6.2. Eixo Prioritário II 77 6.3. Eixo Prioritário III 78

6.3. Eixo Prioritário IV 81 7. Investimento Homologado por Áreas de 83 8. Indicadores de Acompanhamento (Aprovações) 91 9. Reserva de Eficiência e Análise do (N+2) 107 10. Assistência Técnica 109 11. Sistemas de Informação 111 12. Promoção e Divulgação 112 13. Compatibilização com as Políticas Comunitárias 115 13.1. Auxílios de Minimis 115 13.2. Rede Natura 2000 115 13.3. Complementaridade por - Fundo de Coesão 116 13.4. Igualdade de Oportunidades 117 13.5 Política Agrícola Comum (PAC) 120 13.6 Estratégia Europeia para o Emprego 120 14. Grandes Projectos 122 14.1. Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito 122 14.2. Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva 125 14.2.1. Articulação entre o PEDIZA I e o Eixo Prioritário IV do por (PEDIZA II) 125 14.2.2. Execução do EFMA 128 14.2.2.1. Execução (1998 2003 ) 128 14.2.2.2. Previsões de Execução ( 2004-2008 ) 132 ANEXOS Quadro 1 Programação Financeira Quadro 2 Homologações Quadro 3 Execução Quadro 4 Taxas de Homologação e de Execução Quadro 5 Taxa Média de Comparticipação e (N+2) Quadro 6 Previsão de Execução para 2004 Quadro de Fluxos Financeiros com a Comissão Europeia FEDER Quadro de Fluxos Financeiros com a Comissão Europeia FSE

Quadro de Fluxos Financeiros com a Comissão Europeia FEOGA Quadro de Fluxos Financeiros com a Comissão Europeia IFOP Lista de Projectos Aprovados Classificador de Áreas de Classificador de Domínios de

1. Introdução O Relatório de 2003 do Programa Operacional da Região do por é mais uma vez elaborado como imperativo decorrente dos normativos comunitários, mas também como documento sistematizado de análise e reflexão por parte da gestão sobre o seu desempenho, seja na eficácia do Programa face aos seus objectivos, seja na qualidade do sistema de gestão e de acompanhamento e dos procedimentos que lhe estão associados. Com este documento visa-se ainda a divulgação dos resultados do por, enquanto instrumento essencial da política regional comunitária e da política nacional de desenvolvimento regional. O ano de 2003 representou o fim da 1ª fase (2000/2003) de execução do Programa, com uma primeira e exigente avaliação intercalar conduzida por avaliadores independentes, cujos resultados condicionavam quer a programação da 2ª fase (2004/2006), quer a atribuição ou não de recursos financeiros acrescidos ao por no âmbito das reservas de eficiência e de programação. Este processo obrigou a um acrescido esforço de coordenação e de envolvimento e disponibilidade de todas as entidades com responsabilidades na gestão e das respectivas estruturas de apoio técnico, sem que a aprovação de novos projectos e a execução e o acompanhamento global do Programa tivessem sido prejudicadas por isso. Como vem sendo reconhecido em anos anteriores mais uma vez os orgãos de gestão do por estiveram disponíveis e empenhados no seu contributo para a gestão do Programa, o que muito contribuiu para os níveis de compromisso e de execução que se apresentam. Com efeito, só desta forma e com uma parceria alargada é possível assegurar a gestão de um programa regional plurifundos, com uma grande heterogeneidade de beneficiários e em que a territorialidade das decisões é um factor presente. 2. Condições Gerais de Enquadramento da Execução do Programa A realidade regional evidenciada no diagnóstico inicial não se alterou de forma significativa ao longo destes primeiros anos de realização do por. Na situação demográfica observa-se o acentuar das tendências identificadas inicialmente, que se prendem com o continuado decréscimo do efectivo populacional, que afecta a generalidade da região ( 2,5%, Portugal +5%) com excepção das zonas mais dinâmicas do ponto de vista industrial ou turístico (Sines +10% e Grândola +8,2%), e dos centros urbanos de maior dimensão (Évora +5%). Esta evolução decorre do facto de se ter generalizado a toda a região o saldo negativo do crescimento natural, consequência dos baixos níveis da fecundidade, que caiu para valores muito abaixo dos limites de substituição das gerações (Taxa de Fecundidade Geral: 37,7, Portugal 43,2 ). 1

150 Variação Populacional - 1950 base 100 130 110 90 70 50 1950/60 1981/91 1991/01 Portugal De uma forma particular merece referência a inversão para positivo da dinâmica migratória, o que contrariou uma tendência repulsiva que se verificava desde 1950, passando o constituir-se como uma zona de atracção populacional. Numa primeira fase para migrantes investidores, originários maioritariamente da Europa, de onde se deslocalizaram atraídos pelos incentivos financeiros atribuídos pela União Europeia, e, nos últimos anos, para fluxos migratórios saídos em especial das repúblicas Bálticas e do Brasil, constituídos por recursos humanos com algum grau de qualificação profissional mas que, na sua maior parte, são absorvidos em tarefas indiferenciadas. Saldo Migratório - 10 0-10 -20-30 1960 1970 1991 2001 Apesar do baixo nível de fixação residencial, aquela população tem sido responsável por algum rejuvenescimento da estrutura demográfica do, em especial da população em idade activa. Mesmo assim, a estrutura populacional do aumentou o seu grau de envelhecimento, devido à redução contínua dos efectivos mais jovens (17,5% em 1991, 15.5% em 2001), provocada pela baixa natalidade, e pelo aumento progressivo dos idosos (Índice de envelhecimento: 111 em 1991, 176 em 1991), principais beneficiários do aumento da esperança de vida, que se situa em valores muito elevados. Estrura Etária - idosos adultos jovens 0 20 40 60 1991 2001 2

Também no contexto da distribuição da população pelo território se acentuaram as tendências inicialmente formuladas de despovoamento continuado dos lugares de menores dimensões (lugares com menos de 2000 habitantes: 54,4% em 1991 e 39,6% em 2001) e de concentração populacional nos principais centros urbanos (lugares com mais de 10 000 habitantes: 15,8% em 1991 e 19,5% em 2001). Estes factores, associados às grandes distâncias entre os principais centros urbanos e ao frágil sistema de transportes têm contribuído para uma desarticulação da rede urbana, na qual continuam a faltar lugares de nível intermédio, com efectivos suficientes para a instalação de serviços de nível superior, passíveis de serem prestados com uma maior proximidade às populações do interior. População por lugares - 2001 1991 0 20 40 60-2000 hab +10000 hab No sector do ensino continuam preocupantes os valores da taxa de analfabetismo (21,9% em 1991, 17,1% em 2001), que afectam em particular as populações mais idosas. No escalões etários mais jovens, registam-se aumentos consideráveis dos níveis de escolaridade, em particular nos níveis secundário e superior, embora se observem ainda fenómenos de abandono escolar com alguma importância, maioritariamente, nas zonas do interior onde a acessibilidade aos equipamentos educativos de níveis superior é muito precária. Assiste-se também a uma redução da rede de equipamentos do 1º e 2º ciclo do ensino básico motivada pelo decréscimo da população em idade escolar. Taxa de analfabetismo Portugal 0 5 10 15 20 25 1991 2001 Paralelamente, observa-se um crescimento considerável da formação ministrada pelos Institutos Politécnicos e pelas Escolas Profissionais, que se dirigem a uma população que ainda se caracteriza pelos baixos níveis de formação e qualificação profissional, pese embora o enorme esforço que se tem vindo a fazer, designadamente no contexto da aplicação das verbas provenientes do Fundo Social Europeu. A melhoria dos níveis de desenvolvimento, bem estar e salubridade das populações têm contribuído para a melhoria do estado de saúde das populações, como é possível observar na redução considerável dos níveis da mortalidade infantil, que apresenta valores muito baixos 3

(5,2 em 1997 e 4,2 em 2002), próximos dos verificados nos países mais desenvolvidos, e para o qual tem contribuído também o crescimento verificado na procura dos cuidados de saúde. Taxa de mortalida infantil 5 0 1997 2002 Portugal Persistem, contudo, consideráveis problemas de acessibilidade aos equipamentos de prestação de cuidados de saúde diferenciados, que se encontram concentrados nos principais centros urbanos. A rede de equipamentos de cuidados de saúde primários, mais disseminada pelo território, revela também ainda algumas insuficiências, que se prendem com o afastamento geográfico da população rural, relativamente às sedes de concelho, e, principalmente, pela insuficiência de recursos humanos com formação médica e de enfermagem. No contexto da coesão social, registaram-se consideráveis melhorias, reflexo dos efeitos da implementação de algumas medidas de política social activas, designadamente no apoio contratualizado a populações carenciadas ou em risco. Apesar do aumento considerável da oferta de equipamento sociais, verificam-se ainda problemas decorrentes das baixas taxas coberturas, em particular na rede de apoio a deficientes e a idosos. Em termos ambientais, registou-se um aumento dos níveis de qualidade de vida das populações, com destaque para taxas de cobertura bastante elevadas no abastecimento de água e valores superiores à média nacional na drenagem e tratamento de águas residuais, o que, associado a uma elevada qualidade ambiental, constitui um dos factores de maior diferenciação positiva da região. No domínio económico, a realidade regional evidenciada no diagnóstico inicial também não se alterou de forma significativa. O Produto Interno Bruto (PIB) por habitante continua a ser dos mais baixos relativamente à média da União Europeia (54% 2000), apesar do ligeiro aumento (60% 2000) desta posição relativa no quadro do alargamento (EU-25). Com variação positiva, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) no, cresceu a uma taxa média anual (+5,5%) inferior à nacional (+6,7%) e regista uma quebra do peso percentual face ao total nacional, passando de 4,4% em 1995 para 4,1% em 2001. O VAB e o emprego verificaram variações no sentido da terciarização da economia, facto a que não será alheio o crescimento global da actividade turística e dos serviços não mercantis. Por seu turno o sector secundário apresenta decréscimo da participação no VAB, acompanhando a evolução observada a nível nacional. 4

O comportamento da região afasta-se da média do país nos indicadores do sector primário, onde regista variações positivas, tanto no VAB como no emprego. 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 PIB per capita Portugal 1997 2001 O PIB per capita aumentou nominalmente (+5,1%) mas a um ritmo inferior ao nacional (+7,3%) e, em termos de índice de disparidade, baixou de 87,6 para 80,5 (País = 100). O crescimento do rendimento disponível das famílias (+5,1%) é inferior à média nacional (+6,3%) e regista uma quebra percentual no total nacional, passando de 5% para 4%. No observa-se um acréscimo da taxa de actividade, tanto masculina como feminina, aproximando-se de 50% e dos valores registados a nível nacional. Tal efeito resultou de um aumento da participação das mulheres do mundo do trabalho e que correspondeu a um acréscimo da taxa de actividade feminina, essencialmente a laborar no sector dos serviços. Já a taxa de actividade masculina sofreu acréscimo pouco significativo no período, com aumento do peso do número de indivíduos a laborar na agricultura e pescas e sua diminuição nos restantes sectores. A taxa de desemprego diminuiu na Região, por decréscimo do desemprego feminino, já que a taxa de desemprego masculina apresentou um ligeiro aumento. Observa-se ainda uma diminuição do desemprego jovem e do desemprego de longa duração, ficando penalizados os indivíduos à procura de um novo emprego. 5

INDICADORES SÓCIO-ECONÓMICOS DEMOGRÁFICOS Situação de Partida Situação em 31/12/2003 Ano Portugal Ano Portugal Área a) 100 Km 2-269,3 919,0 2001 273,2 921,5 População a) 10 3 1991 549,4 9957,3 2001 527,1 10335,6 Homens a) 10 3 1991 268,7 4794,6 2001 258,2 4991,6 Mulheres a) 10 3 1991 280,7 5162,7 2001 268,8 5344,0 Densidade Populacional a) hab/km 2 1997 19,1 108,3 2001 19,3 112,2 População a residir fora das sedes d) % 1991 de concelho 45,0 n.d. 2001 44,0 n.d. Taxa de Fecundidade Geral a) 1991 44,1 46,9 2001 37,7 43,2 Esperança de Vida à Nascença f) Anos 1991 74,2 74 2002 76 77,1 Taxa de Mortalidade Infantil a) 1996/97 5,2 6,6 1997/01 4,5 5,7 Índice de Envelhecimento a) % 1997 147,2 88,5 2001 175,6 103,6 Rácio de Dependência Total a) % 1991 56,1 47,3 2001 59,1 48,1 EDUCAÇÃO 1991 Número de Alunos 1991 Básico a) nº 1995/96 64956 1158794 2003/04 49913 1071951 Secundário a) nº 1995/96 21112 381118 2003/04 17534 345992 Superior a) nº 1995/96 11394 n.d. 2003/04 16625 389957 Estabelecimentos Básico a) nº 1995/96 875 12874 2003/04 719 10942 Secundário a) nº 1995/96 42 664 2003/04 61 810 Superior a) nº 1995/96 11 299 2003/04 14 308 SAÚDE Hospitais a) nº 1997 10 215 2001 10 217 = Médicos por 1000 habitantes a) nº 1997 1,4 3,1 2001 1,7 3,2 Camas por 1000 habitantes a) nº 1997 3,2 4,1 2001 3,1 4,2 Centros de Saúde com Internamento a) nº 1997 23 113 2001 14 79 sem Internamento a) nº 1997 24 273 2001 34 313 Postos Médicos 1997 34 525 Oficiais a) nº 1997 2001 19 205 = Particulares a) nº 1997 2001 13 291 = CULTURA, DESPORTO E RECREIO Imprensa Periódica a) 10 3 1997 4396 608991 2001 4481,3 708162,3 Museus a) nº 1997 30 323 2001 22 234 Bibliotecas a) nº 1997 125 1647 2001 141 1912 Espectáculos - Sessões (cinema) a) nº 1997 4452 279704 2001 4929 450201 AMBIENTE Abastecimento de Água a) % 1994 89 86 2001 92,4 90,4 Drenagem de Águas Residuais a) % 1994 84 61 2001 86,7 71,1 Tratamento de Águas Residuais a) % Urbanas 1994 57 31 2001 70,2 54,9 INDICADORES DE CONFORTO Alojamento com Indicadores Fonte Unidade Água Canalizada no Interior a) % 1997 90,8 93,2 2001 96,5 97,9 Instalações Fixas de Banho/Duche a) % 1995 78 87 2001 90,3 93,7 Instalações com Telefone a) % 1997 73,9 79,7 n.d. n.d. Televisão i) % 1995 93,5 95,6 2000 97,3 97,9 Videogravador i) % 1995 32,5 40,7 2000 38,9 49,7 Computador Pessoal i) % 1995 6,2 10,1 2000 8,6 13,5 Telemóvel i) % 1997 9,1 11,4 2000 40,5 47,4 Tendência 6

INDICADORES SÓCIO-ECONÓMICOS (continuação) TRANSPORTES Situação de Partida Situação em 31/12/2003 Ano Portugal Ano Portugal Rede de Estradas a) Km 1997 1789 9742 n.d. n.d. Itinerários Principais a) Km 1997 7178 2558 n.d. n.d. Itinerários Complementares a) Km 1997 310 2416 n.d. n.d. TELECOMUNICAÇÔES n.d. n.d. Densidade Telefónica a) nº P/100hab 1997 38,8 43 n.d. n.d. Acessos à Rede Digital - Serviços a) nº RDIS - Básicos 1997 2663 85867 n.d. n.d. Acessos à Rede Digital - Serviços a) nº RDIS - Primários 1997 73 4487 n.d. n.d. Levantamentos nas Caixas a) Multibranco 10 6. 1997 417,7 961,4 2001 759,1 16518,6 ECONÓMICOS VABpb b) 10 6 1995 3168,7 72282,7 2001 4369,0 106391,0 Distribuição do VAB por Sectores Agricultura, Silvicultura e Pescas b) % 1997 15,1 3,9 2001 15,6 3,7 Indústria, Construção, Energia e Água b) % 1997 32,2 34,4 2001 24,9 27,9 Serviços b) % 1997 52,7 61,7 2001 59,5 68,4 Superfície Irrigável g) há 1989 112761,7 877694,6 1999 163983,2 791986 Unidades Agro-alimentares a) nº 1996 984 9702 2001 730 8485 PIB/hab b) 1997 7851,1 8963,4 2001 9568 11881,4 Rendimento Disponível das Famílias e) 10 6 1995 2702 57105 2001 3651 82395 EMPREGO POR RAMOS DE ACTIVIDADE População Activa c) 10 3 1998 232 4738,8 2003 251,1 5408,8 Homens c) 10 3 1998 58,2 55,5 2003 56,2 53,9 Mulheres c) 10 3 1998 41,8 44,5 2003 43,8 46,1 Agricultura, Silvicultura e Pescas c) % 1998 13,0 13,5 2003 15,9 12,6 Homens c) % 1998 14,7 12,2 2003 19,8 11,9 Mulheres c) % 1998 10,4 15,1 2003 10,6 13,5 = Indústria, Construção, Energia e Água c) % 1998 26,9 35,8 2003 22,7 32,3 Homens c) % 1998 36,9 44,7 2003 33,7 42,3 Mulheres c) % 1998 11,8 24,6 2003 8,0 20,5 Serviços c) % 1998 60,1 50,7 2003 61,4 55,1 Homens c) % 1998 48,4 43,1 2003 46,5 45,9 Mulheres c) % 1998 77,9 60,2 2003 81,3 66,0 Taxa de Actividade c) % 1998 45,1 50,0 2003 48,0 51,8 Homens c) % 1998 54,0 56,4 2003 55,2 57,7 Mulheres c) % 1998 36,6 43,6 2003 41,2 46,2 DESEMPREGO Taxa de Desemprego c) % 1999 11,3 5 2003 9,1 6,4 Homens c) % 1999 6,1 3,8 2003 7,5 5,6 Mulheres c) % 1999 18,5 6,2 2003 11,3 7,3 População Desempregada e) 10 3 1999 26,2 247,9 2002 21,1 371,4 Homens e) % 1999 31,3 43,4 2002 35,5 41,7 Mulheres e) % 1999 68,3 56,6 2002 64,9 58,3 Desempregados à Procura de 1º Emprego e) % 1999 11,8 18,2 2002 8,5 7,5 Desempregados à Procura de Novo Emprego e) % 1999 87,8 81,8 2002 91,0 92,5 Desempregados há mais de 1 ano e) % 1999 44,7 42,6 2002 31,8 36,0 a) Anuários Estatísticos - INE b) Contas Regionais - INE c) Inquérito ao Emprego - INE Indicadores Fonte Unidade d) Censos 1991 e Censos 2001 - INE e) Instituto do Emprego e Formação Profissional f) Estatísticas Demográficas - INE Tendência 7

3. Gestão e Acompanhamento 3.1. Eixo Prioritário I Investimentos de Interesse Municipal e Intermunicipal Realizaram-se até 31/12/2003 13 Reuniões de Unidade de Gestão, das quais 3 durante o ano de 2003. Embora se verifique uma frequência de realização de Reuniões de Unidade de Gestão relativamente baixa, foi desenvolvido ao longo deste ano um esforço por parte da gestão no sentido de melhorar o cumprimento dos objectivos programados e concertar a sua concretização com as necessidades e prioridades que resultam das estratégias municipais delineadas pelas Autarquias Locais nas suas áreas de intervenção. Com efeito e tendo ainda em conta o compromisso já atingido em certas medidas, procedeuse à identificação de carências e definição de prioridades visando, apoiar as intervenções mais estruturantes para o desenvolvimento equilibrado da região, nomeadamente no que se refere ao restabelecimento da acessibilidade inter regional e à garantia da equidade de acesso a equipamentos sócio culturais por parte da população residente. Este trabalho contou com a participação dos potenciais beneficiários do Eixo, nomeadamente as Autarquias Locais e as suas Associações, através de contactos directos e lançamento de inquéritos, e de um esforço de articulação com os sectores da administração com competências de planeamento e intervenção nas diferentes áreas. Em 2003 recuperou-se a apreciação de um número razoável de candidaturas, que não tiveram, contudo um reflexo apreciável no número de candidaturas aprovadas e homologadas pois os níveis de compromisso atingidos pelas medidas 1 e 4 inviabilizaram a aprovação de novas candidaturas nestas medidas a partir do segundo semestre de 2003. 3.2. Eixo Prioritário II Acções Integradas de Base Territorial Durante o ano de 2003, efectuaram-se as seguintes reuniões de Unidade de Gestão (reuniões de secção): Medida 1 Acção Integrada do Norte Alentejano (AINA) 8ª Reunião 05 de Agosto de 2003; Medida 2 Acção Integrada da Zona dos Mármores (AIZM) 8ª Reunião 16 de Abril de 2003; Medida 3 Acção Integrada do Norte Alentejano e Zona dos Mármores (FSE) 3ª Reunião 16 de Abril de 2003; 8

Medida 4 Acção Integrada de Qualificação e Competitividade das Cidades Componente Territorial 2ª Reunião 06 de Junho de 2003; 3ª Reunião 25 de Novembro de 2003; Investimento aprovado Medida 1 Acção Integrada do Norte Alentejano (AINA) 1.245.831,48 Medida 2 Acção Integrada da Zona dos Mármores (AIZM) 1.865.284,00 Medida 3 Acção Integrada do Norte Alentejano e Zona dos Mármores (FSE) 1.208.083,09 Medida 4 Acção Integrada de Qualificação e Competitividade das Cidades Componente Territorial 15.558.387,08 2º. Reunião 10.947.757,52 2º. Reunião 4.610.629,56 TOTAL 19.877.585,65 3.3. Eixo Prioritário III Intervenções da Administração Regionalmente Desconcentrada Durante o ano de 2003, realizaram-se 14 reuniões da Unidade de Gestão, das quais 5 da Secção I - Recursos Humanos (medidas 1 a 10) em Janeiro, Fevereiro Março, Julho e Novembro de 2, 5 da Secção II - Actividades Económicas (medidas 11 a 14) em Janeiro, Fevereiro, Março, Junho e Novembro e 4 da Secção III - Acessibilidades e Ambiente (medidas 15 e 16) em Janeiro, Março, Junho e Novembro, no essencial para emissão de parecer sobre as candidaturas, acompanhamento da evolução das diferentes medidas e discussão de questões gerais relacionadas com o programa operacional. Contudo, dado que a reunião de Março relativa à Secção I, não pôde deliberar sobre os assuntos agendados, em particular, quanto à emissão de parecer sobre as candidaturas, por não verificação do quorum exigido, teve lugar no mesmo mês o recurso ao procedimento de consulta escrita à referida Secção previsto no Regulamento Interno. Também em 18 de Julho, face à urgência de se obter parecer sobre as candidaturas relativas ao Ensino Profissional (FSE) relativas ao ano lectivo 2003/2004, foi lançado o processo de consulta escrita à Secção I, dado não existirem condições para a sua realização com a garantia do quorum exigido. Não se realizaram as duas reuniões plenárias previstas, situação a que não é alheio a alteração do Gestor do por e consequentemente do Eixo Prioritário 3 no decurso de 2003 e de se ter privilegiado o caracter mais operacional das reuniões em secção, viabilizando um acompanhamento mais profundo de cada medida, remetendo as discussões de caracter mais estratégico para outros fora. 9

Realizaram-se ainda múltiplas reuniões bilaterais entre a Gestão e as Coordenações das diferentes intervenções desconcentradas, por vezes alargadas a representantes de outros eixos prioritários ou à Gestão de alguns Programas Operacionais Sectoriais, quando se justificava a sua participação. Realizaram-se também reuniões com promotores e/ou potenciais promotores de projectos. Tendo em conta que foi essencialmente em 2003, que decorreu o estudo de avaliação de avaliação intercalar do por, ocorreram também diversas reuniões e sessões de trabalho, envolvendo um elevado número de entidades e agentes ligados à gestão/coordenação das medidas inseridas no Eixo Prioritário 3. Embora se tivessem desenvolvidos esforços para melhorar os mecanismos de articulação entre as diferentes entidades e estruturas envolvidas, por vezes, em resultado das recomendações e conclusões de auditorias, continuaram-se a basear, em parte significativa, em mecanismos de caracter informal dado que se revelaram frequentemente mais eficazes embora não apresentando sempre a evidência documental pretendida. No essencial, em 2003, manteve-se o quadro normativo e regulamentar já definido em anos anteriores, tendo sido publicados, no entanto, alguns diplomas que introduziram alterações relativamente aos regulamentos de aplicação das acções 1 e 7 e subacções 3.1, 3.2, 3.4, 6.1, 6.2 e 7.2 no âmbito da Medida 11 Agricultura e Desenvolvimento Rural. Refira-se ainda, com reflexos naquela medida, a publicação do Despacho n.º 8745/2003, em 6 de Maio que criou um grupo de ligação nacional da medida AGRIS, isto é, das intervenções desconcentradas da Agricultura e Desenvolvimento Rural bem como da Portaria n.º 934/2003, de 4 de Setembro, com adaptações e consagração de novos domínios com reflexos na medida 3.13-Pescas (IFOP). Registe-se também o facto de o diploma regulador do apoio às Áreas de Localização Empresarial, com influência na Medida 14 - Desenvolvimento e Afirmação do Potencial Económico da Região, ter sido submetido a notificação da Comissão Europeia, embora o processo não tenha ficado concluído até ao final do ano. No âmbito daquela medida foram também estabelecidos dois protocolos, no decurso de 2003: Protocolo de Apoio à Dinamização Infra-Estrutural das Pousadas de Juventude entre o Gestor do Programa Operacional da Região do, o Gestor do Programa Operacional da Economia, o Coordenador da medida regionalmente desconcentrada da Economia e o Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo visando estabelecer as regras de articulação entre as entidades intervenientes no processo de análise e selecção de candidaturas, acompanhamento, controlo, fiscalização e pagamento de projectos de infraestruturas públicas de Pousadas de Juventude, apoiados no âmbito da medida regionalmente desconcentrada da Economia; Protocolo de Apoio aos Programas Turísticos de Natureza Estruturante e Base Regional (PITER) entre o Gestor do Programa Operacional da Região do, o representante da Comissão de Gestão do Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME), o Coordenador da medida regionalmente desconcentrada da Economia, o Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo e a API Agência Portuguesa para o 10

Investimento, visando estabelecer as regras de articulação entre as entidades intervenientes no processo de análise e selecção de candidaturas (incluindo précandidaturas), acompanhamento, controlo, fiscalização e pagamento das candidaturas/projectos de Programas Integrados Turísticos de Natureza Estruturante e Base Regional, apoiados no âmbito da medida regionalmente desconcentrada da Economia. No âmbito da Assistência Técnica, foram ainda estabelecidos Protocolos entre o Gestor do Programa Operacional da Região do e os Coordenadores das medidas regionalmente desconcentradas do Emprego, Formação e Desenvolvimento Social, Saúde, Desporto, Agricultura e Desenvolvimento Rural, Pescas e Economia, visando estabelecer as regras da sua articulação entre as entidades intervenientes no que concerne ao processo de execução e acompanhamento das candidaturas no âmbito das linhas de acção Assistência Técnica - Eixo 3, integradas nas Medidas 17, 18 e 19, respectivamente, Assistência Técnica FEDER, FSE e FEOGA-O. 3.4. Eixo Prioritário IV Desenvolvimento Integrado da Zona de Alqueva ( PEDIZA II ) No decorrer de 2003 foram realizadas, três reuniões de Unidade de Gestão (da 11ª à 13ª), as quais se centraram na apreciação de um vasto número de candidaturas (39) e do Manual de Procedimentos, bem como na apresentação dos pontos de situação por Eixo e por Medida. Assim, de um total de 40 candidaturas apreciadas pelos membros da Unidade de Gestão durante o ano de 2003, 30 obtiveram parecer favorável, 8 parecer desfavorável e as restantes 2 ainda se encontravam pendentes em final de 2003, a aguardar elementos adicionais. Das 30 candidaturas aprovadas em Unidade de Gestão, apenas 19 se encontravam homologadas pelas tutelas competentes em 31 de Dezembro de 2003. O Manual de Procedimentos do Eixo foi aprovado formalmente pelo Gestor em Junho de 2003, após ter sido apreciado pelos membros da Unidade de Gestão e pelo Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP), tendo-se debruçado este organismo especificamente sobre a Medida 4 (Desenvolvimentos Agrícola e Rural). Com este Manual, cujo desenvolvimento se iniciou ainda em 2002, procurou-se sistematizar e clarificar procedimentos internos inerentes à operacionalização das diversas medidas do Eixo IV, no que se refere às fases de candidatura (instrução e análise) e de execução (análise dos pedidos de pagamento, contratação, pagamento, acompanhamento e reprogramação). A sistematização/clarificação de procedimentos internos revelou-se particularmente necessária no que se refere à Medida 4, já que a legislação que regulamenta esta Medida aborda de forma demasiado genérica as questões associadas ao tratamento das candidaturas e dos pagamentos, designadamente no que se refere ao processamento dos adiantamentos e dos reembolsos às entidades beneficiárias. Neste contexto, foram promovidas duas reuniões de trabalho com elementos do IFADAP, no sentido de consolidar os procedimentos associados às fases candidatura e de execução, designadamente com o objectivo de promover uma adequada articulação entre a autoridade de gestão e este organismo, enquanto autoridade de pagamento. 11

À semelhança do que se verificou em 2002 com os projectos imateriais (Medida 3) e de formação profissional (Medida 5), procedeu-se em 2003 ao desenvolvimento de uma Ficha de Acompanhamento para os projectos aprovados no âmbito da Acção 2 (Dinamização do Novo Modelo de Desenvolvimento Agrícola e Rural associado ao EFMA) da Medida 4, no sentido de procurar promover um adequado acompanhamento da sua execução. Esta Ficha está centrada na avaliação da execução das acções previstas em candidatura e dos meios humanos e materiais envolvidos e a informação necessária ao seu preenchimento será obtida através dos relatórios de execução e/ou das visitas de acompanhamento. 3.5. Comissão de Acompanhamento Durante o ano de 2003, realizaram-se duas reuniões da Comissão de Acompanhamento, de acordo com o disposto nas normas de Gestão do Programa. A primeira teve lugar em 23 de Junho, tendo nessa reunião sido analisado e aprovado o Relatório Anual de Execução relativo a 2002 e discutido o processo da avaliação intercalar do programa. Foram também aprovadas duas propostas de alteração ao Complemento de Programação relativas a duas medidas, incluídas nos Eixos Prioritários 2 e 3: Medida 3 do Eixo Prioritário 2 Acções Integradas do Norte Alentejano e da Zona dos Mármores (FSE) Alteração na afectação por fontes de financiamento dos valores programados para os Recursos Públicos Nacionais, com a transferência do montante previsto em Administração Local para Outros/OSS, dado que as entidades promotoras de planos de formação e/ou pedidos de financiamento apresentados a esta medida ou as potenciais são de natureza privada. Medida 11 do Eixo Prioritário 3 -Agricultura e Desenvolvimento Rural (FEOGA-O) Alteração à Subacção 3.4 Prevenção dos Riscos Provocados por Agentes Bióticos e Abióticos, por forma a integrar os apoios existentes no Regulamento (CEE) n.º 2158/92 e não assegurados pelo Forest Focus, dado que este novo Regulamento não assegura a continuidade das acções de investimento relativas aos sistemas de prevenção e vigilância das florestas. A segunda reunião realizou-se em 2 de Dezembro, tendo sido apresentado e debatido o Relatório Final do Estudo de Avaliação Intercalar do por (2000-2006), que foi aprovado por unanimidade. Foi anda lido o parecer do Gestor do Programa Operacional sobre a Aferição da Qualidade da Avaliação Intercalar e posto à consideração dos membros presentes o pedido de autorização para a divulgação do relatório, tendo a proposta sido aceite. Foi também aprovada uma proposta de alteração ao Complemento de Programação envolvendo as Medidas 1 e 4 do Eixo Prioritário 4 (PEDIZA II). 12

No decurso de 2003, tiveram ainda lugar duas consultas escritas à Comissão de Acompanhamento nos termos do seu Regulamento Interno. O primeiro processo foi iniciado em 29 de Janeiro, tendo resultado na aprovação da proposta de alteração ao Complemento de Programação que se traduzia na alteração da taxa média de comparticipação na Medida 4 Acção Integrada de Qualificação e Competitividade das Cidades Componente Territorial (FEDER) do Eixo Prioritário 2, de 70% para 75% e na reafectação dos valores programados por fontes de financiamento para os Recursos Públicos Nacionais, transferindo-se a totalidade dos montante afecto à Administração e à Local para Outra, uma vez que as intervenções são executadas por Sociedades POLIS, com o estatuto de sociedade anónimas de capitais exclusivamente públicos, criadas para o efeito. O segundo processo de consulta escrita lançado em 22 de Setembro envolvia uma proposta de alteração do Programa e do Complemento de Programação que foi aprovada e se traduzia na redução na Medida 11 Agricultura e Desenvolvimento Rural do por, de 3 milhões de euros de Fundo (FEOGA-O) destinados a reforçar o PO Agricultura e Desenvolvimento Rural, atendendo à situação de calamidade pública declarada em alguns distritos do Continente, decorrente dos incêndios verificados no Verão de 2003. 4. Controlo e Avaliação 4.1. Controlo A Resolução do Conselho de Ministros n.º 172/2001, de 5 de Dezembro, publicada no Diário da República n.º 297, II Série - B, de 26 de Dezembro de 2001, criou para cada Operacional Regional do continente uma Estrutura de Apoio Técnico ao Controlo de 1.º Nível das acções co - financiadas pela intervenção operacional, dando cumprimento ao disposto no Regulamento (CE) n.º 438/2001 da Comissão, de 2 de Março, relativamente aos sistemas de gestão e controlo. 4.1.1. Controlo de 1.º Nível 4.1.1.1. Resumo das acções, metodologia, condicionantes e meios envolvidos No âmbito do FEDER, no ano de 2003, foi concluído o trabalho relativo ao Esforço de Controlo do ano anterior, através do desenvolvimento das tarefas conducentes à emissão de despacho de decisão final sobre os Relatos de Controlo produzidos referentes às 28 acções de controlo previstas no Plano Anual de Controlo de 1.º Nível de 2002, oportunamente realizadas através do recurso a auditores externos. Tal como previsto quando da definição dos Critérios de Selecção do Esforço de Controlo, devido à sua dimensão relevante, foram realizadas duas acções de controlo específicas a dois projectos integrados no Eixo Prioritário 4 - Desenvolvimento Integrado da Zona de Alqueva, do por, nomeadamente, o Sistema de Adução de Água Alqueva - Álamos - 2ª fase e a Desmatação e Desarborização da Albufeira da Barragem de Alqueva e Acções Complementares, representando um investimento elegível aprovado de 48 701 572 Euros. 13

No final do ano, estas acções específicas encontravam-se executadas, igualmente por auditores externos, e produzidos os respectivos projectos de relatório, para efeitos audiência prévia do Promotor. As verificações foram efectuadas de molde a cobrirem os circuitos documental, financeiro e físico e a verificação da aplicabilidade do art.º 11º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 da Comissão, de 2 de Março, relativamente à prática e à eficácia dos sistemas de gestão e de controlo e procedimentos inerentes. Considerando o ponto de situação dos projectos, em adiantado estado de execução, quando da realização das acções de controlo, apenas se verificaram condicionantes de verificação física ao nível da plena confirmação das componentes executadas. O planeamento dos controlos e a constituição das amostras é efectuada com base numa grelha de factores de risco atribuídos a variáveis chave inerentes aos projectos, que têm em consideração factores de risco já identificados em outros controlos, de forma a permitir abranger os principais beneficiários do programa. Em relação ao Plano Anual de Controlo de 2003, este inclui 47 acções de controlo correspondendo a uma despesa elegível aprovada de 50 398 641 Euros. No final do ano encontrava-se em fase de adjudicação a respectiva aquisição de serviços de auditoria externa, pelo que as respectivas acções se irão desenvolver no 1.º semestre de 2004. Esforço de Controlo de 1.º Nível realizado no âmbito do FEDER Situação a 31.12.2003 Eixo Prioritário 1 Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Medidas Controlada Amostra Universo Amostra (art.º 10.º) % (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Medida 1 3 45.330.638 2.911.424 2.767.978 6,1% Medida 2 3 34.271.744 2.330.146 2.196.944 6,4% Medida 3 2 21.681.877 2.035.270 1.425.325 6,6% Medida 4 4 69.659.395 5.782.244 4.651.158 6,7% Medida 5 2 4.660.287 154.961 126.529 2,7% Medida 7 0 391.160 0 0 0,0% Medida 8 0 164.056 0 0 0,0% Totais 14 176.159.157 13.214.045 11.167.934 6,3% Eixo Prioritário 2 Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Medidas Controlada Amostra Universo Amostra (art.º 10.º) % (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Medida 1 2 14.615.635 1.675.928 870.949 6,0% Medida 2 1 4.484.155 530.216 440.883 9,8% Medida 4 1 2.349.147 484.567 52.348 2,2% Totais 4 21.448.937 2.690.712 1.364.180 6,4% Eixo Prioritário 4 Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Medidas Controlada Amostra Universo Amostra (art.º 10.º) % (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Medida 1 1 44.386.966 32.211.751 14.087.234 31,7% Medida 2 1 21.116.620 19.969.223 10.887.885 51,6% Medida 3 1 3.939.735 151.107 98.445 2,5% 14

Eixo Prioritário 3 Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Medidas Controlada Amostra Universo Amostra (art.º 10.º) % (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Medida 1 1 23.250.102 1.141.838 717.307 3,1% Medida 4 (1) 0 3.000.800 0 0 0,0% Medida 5 0 0 0 0 0,0% Medida 6 1 1.498.643 285.044 71.130 4,7% Medida 8 1 30.734.518 23.365.186 9.590.312 31,2% Medida 9 1 574.450 261.759 131.983 23,0% Medida 10 1 4.385.235 957.861 450.629 10,3% Medida 12 1 926.843 926.843 284.788 30,7% Medida 14 0 217.792.213 0 0 0,0% Medida 15 1 59.977.427 5.985.696 5.177.760 8,6% Medida 16 1 17.130.743 7.045.060 5.153.333 30,1% Medida 17 1 3.703.823 1.020.967 409.396 11,1% Totais 9 362.974.796 40.990.253 21.986.638 6,1% (1) 1 Contrato-Programa Total Programa Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Eixos Controlada Amostra Universo Amostra (art.º 10.º) % (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Eixo Prioritário 1 14 176.159.157 13.214.045 11.167.934 6,3% Eixo Prioritário 2 4 21.448.937 2.690.712 1.364.180 6,4% Eixo Prioritário 3 9 362.974.796 40.990.253 21.986.638 6,1% Eixo Prioritário 4 3 69.443.321 52.332.081 25.073.564 36,1% por 30 630.026.212 109.227.091 59.592.316 9,5% por - FEDER - Despesa Elegível a 31.12.2003 100% 80% 60% 40% 20% 0% Eixo Prioritário 1 Eixo Prioritário 2 Eixo Prioritário 3 Eixo Prioritário 4 Validada 176.159.157 21.448.937 362.974.796 69.443.321 Controlada (art.º 10.º) 11.167.934 1.364.180 21.986.638 25.073.564 15

por - FEDER - Repartição da Despesa Elegível Validada até 31.12.2003 por - FEDER - Repartição da Despesa Elegível Controlada (art.º 10.º) até 31.12.2003 Eixo Prioritário 4 11% Eixo Prioritário 1 28% Eixo Prioritário 4 42% Eixo Prioritário 1 19% Eixo Prioritário 2 2% Eixo Prioritário 2 3% Eixo Prioritário 3 58% Eixo Prioritário 3 37% Assim, no âmbito do FEDER, até 31.12.2003, foram realizadas 30 acções de controlo de 1.º nível a projectos, representando 3,8 % do total de projectos aprovados e homologados no programa. A despesa elegível controlada ao abrigo do art.º 10.º do Reg. (CE) n.º 438/20001 da Comissão, de 2 de Março, no montante de 59 592,316 Euros, representa 9.5 % do total de despesa elegível realizada. O Plano Anual de Controlo de 1.º nível de 2004 FEDER prevê a realização de 66 acções de controlo a projectos, que representam um investimento elegível aprovado de 75.282.074. Em relação ao FSE, no ano de 2003 foi igualmente concluído o processo relativo ao Esforço de Controlo do ano anterior, com desenvolvimento das tarefas conducentes à emissão de despacho de decisão final sobre os relatos de Controlo produzidos, relativos às 9 acções incluídas no Plano Anual de Controlo de 2002, realizadas no final de 2002, com recurso a auditores externos. Foi efectuada uma auditoria externa de controlo de 1.º nível a dois pedidos de financiamento, de um mesmo beneficiário, um integrado no Plano Anual de Controlo de 2002 e outro no Plano Anual de 2003, para efeitos de análise exaustiva e sistemática dos respectivos processos contabilísticos e apuramento dos montantes financeiros de cada um dos pedidos de financiamento, devido à complexidade da sua situação. Estas acções foram totalmente concluídas, incluindo a emissão do despacho de decisão final no Relatório. Durante o ano de 2003, foram realizadas também duas acções externas de controlo de 1.º nível aos dois Contratos - Programa celebrados entre o Gestor do por, o Coordenador da Desconcentrada do Emprego, Formação e Desenvolvimento Social e o Instituto de Emprego e Formação Profissional, no âmbito da Medida 3 - Promoção da Empregabilidade e do Emprego ao Nível Local do Eixo Prioritário 3, pelo qual estas entidades são associadas à gestão técnica, administrativa e financeira das acção tipo - Estágios Profissionais, incluída na linha de acção 3.3.1 -Qualificação e Inserção Profissional de Desempregados, e Apoio à Criação de Emprego em Iniciativas Locais, relativamente aos anos 2000 e 2001. Estes Contratos - Programa correspondem a um investimento elegível aprovado de 12.489.733. Esta auditoria incluiu os procedimentos relativos à verificação da forma como os órgãos de gestão ou as suas estruturas garantem a fiabilidade dos documentos e asseguram a recolha da 16

informação necessária à caracterização das componentes dos projectos ou acções, bem como a eficácia do acompanhamento dos referidos projectos ou acções. Em 2003, face às orientações da entidade coordenadora de 2.º nível e de pagamento do FSE, foi iniciado o procedimento de auditoria prévia à certificação de despesa, sob a forma de uma Rápida. Esta auditoria é efectuada em articulação com o Plano Anual de Controlo, sendo de base mensal e incidindo sobre os pedidos de reembolso de despesa a certificar pelo Gestor, obedecendo em termos de relato ao instrumento de controlo disponibilizado pelo IGFSE. O objectivo principal é a verificação da fiabilidade das declarações de despesa constantes nos pedidos de reembolso. Assim, durante o ano de 2003, foram efectuadas 9 Intervenções Rápidas compreendendo 33 acções de controlo a projectos, todas com trabalho de campo concluído em 2003, das quais três Intervenções só obtiveram despacho de decisão final no início de 2004. Estas Intervenções Rápidas representam uma despesa controlada de 994.475. O planeamento dos controlos e a constituição das amostras é efectuado com o objectivo de assegurar em termos de abrangência toda a tipologia de projectos e Promotores, tendo em consideração os principais beneficiários do programa, o código de idoneidade de cada entidade, factores de risco já identificados em outros controlos, bem como a representatividade e materialidade dos projectos. Em relação ao Plano Anual de Controlo de 1.º Nível aprovado para 2003, este previa a realização de 13 acções, correspondendo a um custo total aprovado de 6.963.826. Para além da acção específica já referida, totalmente concluída no ano, foi ainda realizado o trabalho de campo das restantes 12 acções, por auditores externos, desenvolvendo-se o restante processo durante o 1.º semestre de 2004. Esforço de Controlo de 1.º Nível realizado no âmbito do FSE Ponto de Situação a 31.12.2003 Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Eixos / Medidas Amostra Universo Amostra Controlada (art.º 10.º) % (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Eixo Prioritário 1 Medida 6 9 1.286.155 421.335 229.224 17,8% Eixo Prioritário 2 Medida 3 6 1.699.719 1.102.608 308.513 18,2% Eixo Prioritário 3 Medida 2 9 18.254.016 3.247.466 2.270.893 12,4% Medida 3 (1) 23 55.505.861 26.917.917 2.484.720 4,5% Medida 7 0 0 0 0 0,0% Medida 18 0 974.922 0 0 0,0% Eixo Prioritário 4 Medida 5 11 2.911.178 1.865.913 486.412 16,7% por 58 80.631.851 33.555.239 5.779.763 7,2% (1) Engloba 2 Contratos-Programa 17

por - FSE - Despesa Elegível a 31.12.2003 100% 80% 60% 40% 20% 0% Eixo Prioritário 1 Eixo Prioritário 2 Eixo Prioritário 3 Eixo Prioritário 4 Validada 1.286.155 1.699.719 74.734.799 2.911.178 Controlada (art.º 10.º) 229.224 308.513 4.755.613 486.412 por - FSE - Repartição da Despesa Elegível Controlada (art.º 10.º) até 31.12.2003 por - FSE - Repartição da Despesa Elegível Validada até 31.12.2003 Eixo Prioritário 4 8% Eixo Prioritário 1 4% Eixo Prioritário 2 5% Eixo Prioritário 4 4% Eixo Prioritário 1 2% Eixo Prioritário 2 2% Eixo Prioritário 3 83% Eixo Prioritário 3 92% Deste modo, no âmbito do FSE, até 31.12.2003, foram realizadas acções de controlo de 1.º nível a 58 projectos.. A despesa controlada ao abrigo do art.º 10.º do reg. (CE) n.º 438/2001 da Comissão de 2 de Março, no montante de 5.779.763, representa 7,2% do total de despesa elegível realizada. O Plano Anual de Controlo de 1.º nível de 2004 FSE prevê a realização de 31 acções de controlo a projectos, representando um custo total aprovado de 8.857.975. O Plano Anual de Controlo de 2002 do FEOGA-O foi oportunamente enviado ao IFADAP, para efeitos de realização das acções de controlo de 1.º nível, nos termos do Protocolo de Colaboração celebrado em 01 de Julho de 2001, entre o Gestor do por, o Coordenador da Desconcentrada da Agricultura e Desenvolvimento Rural, incluída no por e o IFADAP. Este Plano é composto por 43 acções de controlo, todas referentes a projectos incluídos no Eixo Prioritário 3, correspondendo a um investimento elegível total aprovado de 10 360 247 Euros. Em 2003, todas as acções foram realizadas, com excepção das 3 acções relativas aos projectos que foram objecto de desistência. Daquelas acções, 27 foram totalmente concluídas, incluindo a emissão de despacho de decisão final. Para as restantes 13 acções, tal não foi 18

possível, pelo que todos os procedimentos de emissão de parecer, audiência prévia dos beneficiários e despacho final de decisão serão concluídos durante o 1.º semestre de 2004. Nas 27 acções concluídas em 2003, devido à pequena dimensão dos projectos controlados, todos incluídos na Acção 1 - Diversificação na Pequena Agricultura da Medida 11 - Agricultura e Desenvolvimento Rural do Eixo Prioritário 3, o trabalho realizado incidiu sobre a totalidade da despesa elegível e compreendeu a verificação documental e física dos investimentos executados, não tendo sido detectados constrangimentos à realização dos trabalhos. Em relação ao Plano Anual de Controlo de 2003, este foi objecto de uma reformulação no sentido do seu ajustamento ao Esforço de Controlo necessário, a qual foi acordada a nível nacional por todas as entidades envolvidas no controlo no âmbito do FEOGA-O, tendo passado a ser composto por 30 acções, correspondendo a um investimento elegível total aprovado de 4 745 934. Destas acções, 29 referem-se a projectos incluídos no Eixo Prioritário 3 e a outra a um projecto incluído no Eixo Prioritário 4. O planeamento dos controlos teve em consideração a necessidade de controlar uma variedade adequada de tipos e dimensões de operações, sobretudo face ao número de acções existentes no Eixo Prioritário 3, Medida 11 Agricultura e Desenvolvimento Rural, procurando igualmente garantir a representatividade regional. Tendo sido ultrapassadas as situações que estavam a dificultar a realização das acções, pensase que o seu atraso relativo será recuperado. Assim, no que se refere ao Eixo Prioritário 3, as acções incluídas no Plano Anual de Controlo de 2003 já foram iniciadas. No que se refere ao Eixo Prioritário 4, estava prevista a realização de uma acção de controlo específica ao projecto " Infraestrutura 12 - Empreitada de Construção e Acções Complementares - 2.ª Fase", devido à sua dimensão relevante, com um investimento elegível aprovado de 42.706.902. Dificuldades relacionadas com a necessidade de alteração orçamental das rubricas de Assistência Técnica e sua aprovação implicaram um deslize na celebração da aquisição de serviços externa para a realização da acção, pelo que a mesma só se realizará no 1.º semestre de 2004, bem como a acção de controlo ao projecto do Eixo Prioritário 4 incluído no Plano Anual de 2003. Esforço de Controlo de 1.º Nível realizado no âmbito do FEOGA-O Ponto de Situação a 31.12.2003 Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Eixos / Medidas Amostra Universo Amostra Controlada (art.º 10.º) % (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Eixo Prioritário 3 / Medida 11 106 40.133.635 13.781.610 332.914 0,8% Eixo Prioritário 3 / Medida 19 2 1.394.910 1.033.562 0 0,0% Eixo Prioritário 4 / Medida 4 2 47.433.451 45.453.050 0 0,0% por 110 88.961.996 60.268.222 332.914 0,4% 19

No âmbito do FEOGA-O, até 31.12.2003, encontravam-se concluídas 27 acções de controlo de 1.º nível, a que correspondente uma despesa controlada ao abrigo do art.º 10.º do Reg. (CE) n.º 438/2001 da Comissão, de 2 de Março, no montante de 332.914. O Plano Anual de Controlo de 1.º nível de 2004 FEOGA-O prevê, assim, a realização de 40 acções de controlo, incluindo a referente ao grande projecto do Eixo Prioritário 4 - Infraestrutura 12 Empreitada de Construção e Acções Complementares 2.ª Fase, representando um custo total elegível de 59.206.522. No que se refere ao IFOP, à data de elaboração do Plano Anual de Controlo para 2003, devido à reduzida expressão do Fundo no total do programa, apenas o projecto já controlado no âmbito do Plano Anual de 2002 apresentava execução financeira, pelo que não se justificava a realização de novas acções de controlo em 2003. Esforço de Controlo de 1.º Nível realizado no âmbito do IFOP Ponto de Situação a 31.12.2003 Un.: euros N.º Projectos Despesa elegível validada Eixo / Medida Controlada Amostra Universo Amostra % (art.º 10.º) (1) (2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) Eixo Prioritário 3 / Medida 13 1 201.042 4.898 977 0,5% por 1 201.042 4.898 977 0,5% Assim, no âmbito do IFOP, a única acção de controlo de 1.º nível realizada até 31.12.2003, corresponde a uma despesa controlada ao abrigo do art.º 10.º do reg. (CE) n.º 438/2001 da Comissão, de 2 de Março, no montante de 977, representando 0,5 % da despesa elegível realizada. 4.1.1.2. Anomalias detectadas, principais conclusões e recomendações Dos Relatos de Controlo produzidos e tendo presente o disposto no art.º 13.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 da Comissão, de 2 de Março, pode concluir-se que os Fundos Estruturais estão a ser utilizados em conformidade com os princípios da boa gestão financeira. As anomalias verificadas serão analisadas a seguir por Fundo. Do conjunto de acções de controlo realizadas no âmbito do FEDER, foi possível detectar um conjunto de anomalias que se encontram condensadas nos quadros a seguir. De referir que se referem às acções integradas no Plano Anual de Controlo de 2002 apenas e, portanto, reportam-se aos primeiros projectos aprovados no âmbito do por. 20