Universidade do Estado de Mato Grosso Engenharia Civil Estradas II

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Transcrição:

Universidade do Estado de Mato Grosso Engenharia Civil Estradas II CBUQ Ana Elza Dalla Roza e Lucas Ribeiro anaelza00@hotmail.com - luccasrsantos@gmail.com

Dosagem Marshall O primeiro procedimento de dosagem documentado para misturas asfálticas é conhecido como método Hubbard-Field, originalmente desenvolvido para dosagem de misturas de areia e asfalto (agregado miúdo e ligante asfáltico) e, posteriormente, modificado para aplicação em misturas com agregados graúdos. O método de dosagem de maior uso em nível mundial faz uso de compactação da mistura asfáltica por impacto (golpes), sendo denominado de Método Marshall, em referência ao engenheiro Bruce Marshall, que deu origem ao desenvolvimento desse procedimento na década de 1940. 2

Dosagem Marshall A norma DNER-ME 043 95, que trata do método de dosagem Marshall, recomenda o esforço de compactação de 50 golpes em cada face do corpo de prova, para pressão de inflação do pneu até 7kgf/cm², e de 75 golpes em cada face do corpo de prova, para pressão de inflação do pneu de 7kgf/cm² até 14kgf/cm². 3

Dosagem Marshall No Brasil, tem-se empregado principalmente o método Marshall, adotado pelo DNIT (DNER-ME 043 95 e DNER-ME 138 94), sendo utilizado no projeto de misturas de concreto asfáltico (cimento asfalto de petróleo e agregados, estes últimos com diâmetro máximo igual a 1 ). 4

Dosagem Marshall O objetivo do método consiste em determinar-se o teor ótimo de asfalto (teor de projeto, também denominado de teor ótimo) que deverá ser adicionado à mistura de agregados (que respeita a faixa granulométrica pré-fixada), a fim de que sejam satisfeitas às seguintes condições, conforme prescrito na Especificação de Serviço do DNIT (DNER-ES 031 2004) 5

Dosagem Marshall 6

Dosagem Marshall A mistura a ser dosada deve manter na pista certa percentagem de vazios (% V), pois com o tempo os agregados tendem a se compactar sob a ação do tráfego e o asfalto tende a subir para a superfície da capa de rolamento (exsudação). Este fato cria o conhecido problema das pistas derrapantes, devido à película de asfalto que aparece no topo de uma camada de concreto asfáltico. Outra razão de se manter os vazios em certo intervalo de valor é a característica da variação de volume do asfalto por influência da temperatura, o que causaria o mesmo problema, se os vazios não existissem 7

Dosagem Marshall A relação betume-vazios (RBV) fixa a proporção de betume dentro dos vazios deixados pelos agregados e se deve ao mesmo fato anterior. A estabilidade corresponde à ruptura do corpo de prova devido ao esforço decompressão, valor expresso em kgf, exercido durante o ensaio de compressão diametral. 8

Os procedimentos para a determinação dos parâmetros gerados numa dosagem Marshall para concreto asfáltico usado em camada de rolamento são, em síntese, os seguintes: Seleção da faixa granulométrica a ser utilizada na mistura asfáltica considerando, principalmente o tipo de tráfego Determinação das massas específicas reais do ligante e dos agregados; 9

Projeto de mistura dos agregados para a definição da composição granulométrica que deverá ser enquadrada nos limite da faixa especificada; Escolha das temperaturas de mistura e compactação, a partir da curva viscosidade x temperatura do ligante escolhido Adoção de teores de asfalto para os diferentes grupos de corpos-de-pova a serem moldados. Cada grupo deverá ter, no mínimo, três corpos-de-prova. 10

Na preparação dos corpos-de-prova para o ensaio Marshall, os agregados e o asfalto são aquecidos separadamente, até a temperatura especificada (175ºC a 190ºC) e, então, misturados. A mistura betuminosa é colocada no molde aquecido (90ºC 150ºC), numa única camada, e compactada com 75 golpes (tráfego pesado) com o soquete padrão em cada face do corpo de prova. O corpo-de-prova de concreto asfáltico é um cilindro com diâmetro igual a 4 (10,16 cm) e 2 ½ (6,35 cm) de altura. Após moldagem, os corpos-de-prova são esfriados em água, extraídos dos moldes e vão para um banho em água na temperatura igual a 60 ºC. Permanecem nesta temperatura por um período de cerca de meia hora, antes de serem submetidos ao ensaio de compressão radial. 11

12

Deverão ser preparados, pelo menos, três corpos-de-prova a ser ensaiado pelo método Marshall, a fim de que se possa obter um valor médio das características da mistura, para cada teor de asfalto. Devem ser ensaiadas outras quatro séries de corpos- de-prova, onde se faz variar de meio por cento o teor de asfalto em relação ao percentual arbitrado, por exemplo, 6 %. Portanto, teremos teores de asfalto de 5,0 % 5,5 %, 6,0 %, 6,5 % e 7,0 %, correspondendo a cinco (5) séries de corposde-prova, sendo três (3) moldados para cada teor de ligante, totalizando quinze (15) corpos de prova a serem ensaiados. 13

Moldados os corpos-de-prova (três de cada mistura), obtémse para cada um deles o seu peso ao ar e o seu peso na água, mediante a utilização de balanças apropriadas para cada situação (peso no ar e imerso em água). Imediatamente, após a retirada do banho-maria, os corposde-prova são colocados dentro do molde de compressão e levados à prensa do aparelho Marshall, sendo a carga aplicada continuamente, ao longo da superfície lateral do cilindro, à medida de 2 (50,8 mm) por minuto (0,8 mm segundo), até o rompimento do corpo de prova. 14

A carga máxima, em kgf, que o corpo-de-prova resiste antes da ruptura, é o valor da estabilidade Marshall. A estabilidade é definida como um deslocamento ou quebra do agregado de modo a causar diminuição na carga necessária para manter o prato da prensa se deslocando a uma taxa constante (0,8 mm segundo). A fluência é a deformação máxima apresentada pelo corpo-de-prova, correspondente à aplicação da carga máxima, sendo medido em centésimo de polegada, sofrida pelo corpo de prova durante o teste de compressão diametral para a determinação da estabilidade e da resistência à tração (RT) 15

Porcentagem de vazios da mistura betuminosa % V = (DTEÓRICA d)x100/ DTEÓRICA onde, d : densidade aparente da mistura (cujo valor é calculado pela relação entre o peso no ar e o volume do corpo de prova; o volume do corpo de prova é obtido pela diferença em o peso do corpo de prova no ar e o peso do corpo de prova obtido por imersão do mesmo em água). DTEÓRICA : densidade teórica, cujo valor é obtido pela seguinte expressão DTEÓRICA = 100/ [(% de brita/db) + (% de areia/da) + (% de filler/df) + (% de CAP/DCAP)], em que DA, DB, DF e DCAP representam a densidade real destes materiais componentes da mistura betuminosa. 16

Volume cheio de betume Tem seu valor calculado pela expressão VCB (%) = %CAPxd/ DCAP Vazios do agregado mineral V.A.M (%) = % V + VCB (%) Relação betume-vazios R.B.V (%) = V.C.B (%)/ V.A.M (%) 17

Além dos valores citados acima, determinam-se a estabilidade Marshall e a fluência dos corpos de prova preparados segundo as especificações próprias. A estabilidade medida deverá ser multiplicada por um fator de correção, conforme procedimento estabelecido no método de ensaio. 18

Dos dados medidos e calculados em decorrência do ensaio Marshall é possível observar, de uma forma geral, as seguintes tendências: O valor da estabilidade Marshall aumenta com o conteúdo de asfalto até certo valor máximo, a partir do qual decresce; O valor da fluência aumenta com o conteúdo de asfalto; O valor da densidade aumenta com o conteúdo de asfalto até um valor máximo (correspondendo a uma quantidade de asfalto um pouco superior à da máxima estabilidade), a partir do qual decresce; A porcentagem total de vazios da mistura betuminosa decresce com o aumento do conteúdo de asfalto, tendendo para um valor mínimo. 19