ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS
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- Fernando Denílson Ribeiro Aldeia
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1 PAVIMENTAÇÃO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE - COM ASFALTO BORRACHA 1. DESCRIÇÃO PÁG. 01/14 As Camadas de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente são produtos resultantes do processamento a quente, em usinas apropriadas de misturas homogêneas e convenientemente dosadas de agregados graduados inertes e material asfáltico, espalhadas e comprimidas a quente. São objeto desta especificação o Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ, Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA e Areia Asfalto a Quente AAQ, todos com adição de borracha reciclada de pneus Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ É a mistura asfáltica usinada a quente composta por agregados graduados inertes e material asfáltico, sendo usualmente empregado como: a) Revestimento asfáltico em uma só camada ("capa"). A mistura empregada deverá apresentar estabilidade e flexibilidade compatíveis com o funcionamento elástico da estrutura e condições de rugosidade que proporcionem segurança adequada ao tráfego, mesmo sob condições climáticas e geométricas adversas. b) Revestimento asfáltico em duas camadas, sendo a superior denominada camada de rolamento ("capa") e a inferior, camada de ligação (ou "Binder"). A camada de ligação apresenta, em relação a mistura utilizada para a camada de rolamento, diferenças de comportamento decorrentes do emprego de agregado de maior diâmetro máximo, existência de maior percentagem de vazios, menor consumo de material de enchimento (Filer) e de material asfáltico. c) Camada de nivelamento ou de reperfilagem, em que é utilizada uma mistura de agregados de graduação fina, executada com a função de corrigir deformações de superfície de um antigo revestimento e, simultaneamente, promover a selagem de fendas existentes. Essa camada deverá ser executada somente com vibroacabadora Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA É a mistura asfáltica usinada a quente composta por agregado mineral preponderantemente graúdo, cuja graduação confere à mistura maior porcentagem de vazios, e material asfáltico, sendo usualmente empregada como: a) Revestimento asfáltico em uma só camada ("capa"), podendo receber, opcionalmente, uma capa selante. b) Camada de ligação (ou "Binder") empregada quando se usa revestimento asfáltico em duas camadas, sendo a camada de rolamento executada com Concreto Asfáltico Usinado à Quente - CAUQ. 1
2 PAVIMENTAÇÃO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 02/14 c) Camada de nivelamento em obras de restauração onde, além da função estrutural, deseja-se corrigir deformações na pista existente. d) Camada de base Areia-Asfalto a Quente AAQ É a mistura asfáltica usinada a quente composta por agregado miúdo, material de enchimento (Filer) e material asfáltico, usado geralmente, como camada de revestimento asfáltico ou reperfilagem. 2. MATERIAIS 2.1. Material Asfáltico modificado com adição de borracha de pneumáticos a) O cimento asfáltico modificado deve possuir as seguintes características : o teor mínimo de borracha deve ser de 15% em peso, incorporado no ligante asfáltico (via úmida). É expressamente proibida a industrialização na própria obra, sem acompanhamento laboratorial, equipamentos adequados, condição técnica e principalmente sem os requisitos básicos para garantir a segurança de meio ambiente; o tempo máximo e as condições de armazenamento e estocagem do asfalto-borracha, para diferentes situações, devem ser definidos pelo fabricante; de cada carga fornecida pelo Distribuidor de Asfaltos a garantia do produto deve ser atestada pelo fabricante através de CERTIFICADO de QUALIDADE com as características do produto; para utilização do asfalto-borracha estocado, deve-se verificar previamente, se os resultados dos ensaios cumprem com os limites indicados no quadro apresentado a seguir. b) As características a serem obedecidas e os limites exigidos são : Cimento asfáltico modificado com adição de borracha de pneumáticos Ensaio Característica Exigência DNER-ME 006/94 Penetração, 100g, 5s, 25º, 0,1mm Mínima Máxima 2
3 25 75 DNER-ME 148/94 Ponto de fulgor, ºC DNER-ME 193/96 Densidade relativa, 25ºC ABNT-NBR 6560/00 Ponto de amolecimento, ºC NLT 329/91 Recuperação elástica por torção 235-1,00 1, ABNT-NBR 14736/01 Efeito do calor e do ar : - variação de massa, % - 1,0 - percentagem de penetração original ASTM-2196/99 Viscosidade Brookfied à 175ºC, cp
4 PAVIMENTAÇÃO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 03/ Agregados Agregados Graúdos O agregado graúdo é aquele que fica retido na peneira de 2,0 mm (nº 10) e deverá ser constituído por pedra ou seixos britados ou não, apresentando partículas sãs, limpas e duráveis, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas, obedecidas, ainda, as seguintes indicações: valor de perda máxima de 12%, quando submetido ao ensaio de durabilidade com sulfato de sódio (MÉTODO DNER-ME 89/94); valor máximo de 50% no ensaio de desgaste "Los Angeles" (MÉTODO DNER-ME 35/98); valor superior a 0,6 no índice de forma (MÉTODO DNER-ME 86/94) ou valor máximo de 10% de grãos defeituosos, no ensaio de lamelaridade; valor satisfatório no ensaio de adesividade (MÉTODO DNER-ME 78/94), utilizando-se, se necessário, melhorador de adesividade Agregados Miúdos O agregado miúdo é aquele que passa na peneira de 2,0 mm (nº 10) e deverá ser constituído por areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos, apresentando partículas individuais resistentes, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas, obedecidas, ainda, as seguintes indicações : valor de perda máxima de 12%, quando submetido ao ensaio de durabilidade com sulfato de sódio (MÉTODO DNER-ME 89/94); valor para o equivalente de areia (MÉTODO DNER/ME 54/97), superior a: 55% para Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ; 45% para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA; 40% para Areia-Asfalto a Quente - AAQ Material do Enchimento (Filer) O material de enchimento, de uso obrigatório, deve estar seco e isento de grumos, constituído, necessariamente, por cal hidratada calcítica tipo CH-1, atendendo à seguinte granulometria (DNER-ME 083/98) : PENEIRA % PASSANDO, ASTM mm EM PESO N 40 0, N 80 0, N 200 0,
5 PAVIMENTAÇÃO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 04/ Melhorador de Adesividade O uso recomendado de cal hidratada calcítica tipo CH-1, como material de enchimento, deve suprimir a necessidade de incorporação de aditivo melhorador de adesividade (dope) ao ligante asfáltico. No caso de utilização de melhorador de adesividade ("Dope"), este deverá ser adquirido separadamente e incorporado ao Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP no canteiro de serviço, desde que seja comprovada a sua eficiência através do ensaio a danos por umidade induzida (AASHTO 283/89). Em hipótese alguma será admitida a aquisição de Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP já adicionado do melhorador de adesividade Composição da Mistura A faixa granulométrica a ser adotada deverá ser selecionada em função da utilização prevista para a mistura asfáltica. O diâmetro máximo do agregado deverá ser igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada, devendo atender os requisitos dos quadros seguintes: Faixa Granulométrica Para Concreto Asfáltico Usinado a Quente com borracha CAUQ Borracha PENEIRA PORCENTAGEM PASSANDO, EM PESO ASTM mm A B C D E F 2" 50, ½" 38, " 25, /4" 19, /2" 12, /8" 9, N 4 4, N 10 2, N 40 0, N 80 0, N 200 0, CAMADAS LIGAÇÃO LIGAÇÃO OU ROLAMENTO ROLAMENTO REPERFILAGEM 5
6 PAVIMENTAÇÃO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 05/14 Para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA PENEIRA PORCENTAGEM PASSANDO, EM PESO ASTM mm A B C D E 1 ½" 38, " 25, /4" 19, /2" 12, /8" 9, N 4 4, N 8 2, N 10 2, N 16 1,2 0-5 N 40 0, N 200 0, Para Areia-Asfalto a Quente - AAQ PENEIRA PORCENTAGEM PASSANDO, EM PESO ASTM mm A B C N 4 4, N 10 2, N 40 0, N 80 0, N 200 0, Deverão ser obedecidas, ainda, as seguintes condições: a) A fração retida entre duas peneiras consecutivas, excetuadas as duas de maior malha de cada faixa, não deverá ser inferior a 4% do total. b) As granulometrias dos agregados miúdos e graúdos deverão ser obtidas por "via lavada". 6
7 PAVIMENTAÇÃO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 06/14 OBSERVAÇÃO: Quando devidamente justificadas, outras faixas granulométricas poderão ser adotadas desde que a mistura apresente boa trabalhabilidade, qualidade e atenda às características especificadas Características Gerais de Mistura Deverá ser empregado o método Marshall (MÉTODO DNER-ME 43/95) para determinação da estabilidade, fluência e vazios das misturas asfálticas usinadas a quente e o ensaio de resistência à tração por compressão estática, a 25ºC (DNER-ME 134/94), cujos limites estabelecidos são os seguintes: ITEM CAUQ PMQA AAQ NÚMERO DE GOLPES/FACE ESTABILIDADE ROLAMENTO Mínima - (kgf) LIGAÇÃO FLUÊNCIA (0,01") 8 a 16 8 a 18 % DE VAZIOS ROLAMENTO 3 a 5 < 10 3 a 8 TOTAIS LIGAÇÃO 4 a 6 < 10 ou > 20 RELAÇÃO ROLAMENTO 70 a a a 82 BETUME/VAZIOS (%) LIGAÇÃO 65 a a 75 ou 65 a 82 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO MÁXIMA 1,10 DIAMETRAL ESTÁTICA A 25ºC, MPa MÍNIMA 0,60 RELAÇÃO FINOS/BETUME CONCENTRAÇÃO CRÍTICA ROLAMENTO 0,8 1,2 LIGAÇÃO 0,6 1,2 ROLAMENTO LIGAÇÃO C <= 0,9 Cs C <= 0,9 Cs Notas: 1) No caso de utilização de Concreto Asfáltico Usinado a Quente em camada delgada de nivelamento ou de reperfilagem, aplicada com vibroacabadora, as características da mistura serão aquelas estabelecidas para a camada de rolamento, permitindo-se o volume de vazios (Vv) da ordem de 1% a 3%. 2) Quando utilizadas como camada de rolamento ("capa"), as Misturas Asfálticas Usinadas a Quente deverão atender as especificações da relação betume/vazios e aos valores mínimos de vazios de agregado mineral dados pela tabela seguinte. Esta condição tem por finalidade garantir um volume mínimo no agregado mineral, possibilitando assim a adoção de um teor mínimo adequado de asfalto. 7
8 PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 07/14 VAM Vazios do Agregado Mineral Tamanho Nominal Máximo do Agregado VAM Mínimo % Polegadas Milímetros (mm) 1 ½ 38, ,4 14 ¾ 19,1 15 ½ 12,7 16 3/8 9,5 18 3ª.) Em caso de previsão no projeto de solicitação pelo tráfego superior a 1 x 10 7 operações do eixo-padrão de 8,2 tf (critério USACE), o traço da mistura asfáltica utilizada deve ser verificado à deformação permanente pelo equipamento Orniéreur do Laboratoire Central des Ponts et Chaussées (LCPC), da França. Necessariamente, a deformação permanente deve ser medida a 30, 100, 1000, 3000, e ciclos e a temperatura de 60ºC, com freqüência de 1 Hz. O afundamento admissível deve ser definido em projeto, em função da mistura adotada. Outros ensaios poderão ser exigidos pela fiscalização, tais como : Vida de fadiga por carga repetitiva e Módulo dinâmico. 3. EQUIPAMENTO 8
9 O equipamento deverá ser aquele capaz de executar os serviços sob as condições especificadas e produtividade requerida e poderá compreender basicamente as seguintes unidades: Caminhões para transporte do ligante. Devem possuir bomba de circulação e serpentina com isolamento térmico; Depósitos para o cimento asfáltico, capazes de aquecer o ligante nas temperaturas especificadas e de evitar superaquecimento localizado. È necessário a instalação de agitadores mecânicos e um sistema de recirculação para o ligante, de modo a garantir a circulação e homogeneidade, desembaraçada e continua, do depósito ao misturador durante todo o período de operação; Depósitos para agregados (Silos), obigatoriamente cobertos; Usina para misturas asfálticas a quente, com controle de poluição; Caminhões basculantes; Acabadora auto-propelida; Rolos compactadores, auto-propelidos e reversíveis; e Ferramentas manuais e equipamentos acessórios. 4. EXECUÇÃO a) As misturas asfálticas deverão ser processadas em usinas apropriadas que tenham condições de produzir misturas asfálticas uniformes. Preferencialmente, serão empregadas usinas gravimétricas. Para utilização de usina volumétrica e/ou tipo drum-mixer deverão ser atendidas as seguintes exigências : PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 08/14 A secagem dos agregados deverá ser no sistema de contra-fluxo, evitando-se a ação das chamas do queimador sobre o asfalto; Cada silo deverá possuir balança para dosagem individual dos agregados de modo a permitir a imediata e automática correção da dosagem dos materiais a partir da variação de qualquer deles, inclusive o asfalto. Deverá haver dispositivo que interrompa a produção caso haja variação brusca na dosagem de qualquer material; A recuperação de finos deverá ser por via seca, através de filtro de manga; A usina não poderá ser de capacidade inferior à estipulada nos caso de uma gravimétrica O uso de filler calcário do tipo cal hidratada calcítica tipo CH-1, é obrigatório em todas as composições de misturas asfálticas tipo CAUQ. b) A temperatura de aquecimento do cimento asfáltico modificado com borracha de pneus deve se situar, salvo orientação contrária e justificada pelo fabricante, nos limites de 165ºC a 180ºC. Os agregados deverão ser aquecidos à temperatura de até 10 C acima da temperatura do cimento asfáltico e, a temperatura deste não deverá ser superior a 180 C. A produção do concreto asfáltico com asfalto borracha e a frota de veículos de transporte devem assegurar a operação contínua da vibroacabadora. c) O tempo de misturação deverá ser o mínimo que propicie mistura homogênea, com os 9
10 agregados mais filer recobertos uniformemente pelo ligante. d) O transporte das Misturas Asfálticas Usinadas a Quente deverá ser feito com caminhões basculantes que apresentem caçambas lisas e limpas. Para evitar a aderência da mistura à caçamba, será feita a sua limpeza com água ensaboada, solução de cal ou óleo solúvel. Em qualquer caso, o excesso de solução deverá ser retirado antes do carregamento da mistura. Não será permitido o emprego de gasolina, querosene, óleo diesel e produtos similares na limpeza das caçambas. e) Todos os carregamentos de misturas asfálticas usinadas a quente deverão ser cobertos com lona impermeável e com isolamento térmico de modo a reduzir a perda de calor, evitar a formação de crosta na parte superior e proteger a mistura da contaminação de poeira ou outros corpos. f) A superfície que irá receber a Camada de Mistura Asfáltica Usinada a Quente deverá apresentar-se limpa, seca e isenta de pó ou outras substâncias prejudiciais. Eventuais defeitos existentes deverão ser adequadamente reparados, previamente à aplicação da mistura. Caso tenha havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou ainda, ter sido recoberta com areia, etc., ou ainda tenha perdido o seu poder ligante, deverá ser feita uma Pintura Asfáltica de Ligação. PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 09/14 g) As Misturas Asfálticas Usinadas a Quente poderão ser estocadas em silos apropriados, não se permitindo o seu empilhamento. O silo de estocagem deverá ser equipado para prevenir segregação na mistura. h) A distribuição de uma Mistura Asfáltica Usinada a Quente não será permitida com tempo chuvoso ou quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 15 C, permitindo-se, no entanto, se a temperatura ambiente estiver acima de 12 C e em ascensão. A determinaçäo da temperatura ambiente deverá ser feita na sombra e longe de aquecimento artificial. A critério da fiscalização, a temperatura ambiente pode ser inferior aos valores mencionados, mas deve ser suficientemente elevada para não interferir com a eficiência da compactação. i) As misturas asfálticas usinadas a quente serão distribuídas com acabadoras autopropelidas, inclusive no caso de camada de nivelamento ou reperfilagem. Outro equipamento de espalhamento pode ser utilizado na execução, em áreas onde o uso de acabadoras não é praticável. Esses equipamentos deverão permitir a obtenção dos resultados especificados. j) No caso de ocorrerem irregularidades na superfície da camada espalhada, estas deverão ser corrigidas através da adição manual da mistura, sendo este espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos, antes de qualquer operação de rolagem. 10
11 k) No inicio da operação de espalhamento, quando a mesa da vibroacabadora não estiver suficientemente aquecida, a correção da segregação da massa asfáltica espalhada deverá ser efetuada obrigatoriamente com a utilização do material passante em peneira de 5 mm, antes da entrada do equipamento de compactação. l) A espessura da camada e a temperatura, das Misturas Asfáltica Usinadas a Quente, no momento da distribuição, e as unidades compactadoras adotadas serão aquelas que permitam a obtenção dos resultados especificados. m) A fixação da temepratura de rolagem está condicionada à natureza da massa e às características do equipamento utilizado. Como norma geral, deve-se iniciar a compressão à temperatura mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura fixada experimentalmente. A temperatura mínima recomendável para compactação da mistura é de 150ºC, devendo ser ajustada no campo em função dos equipamentos de compactação, condições ambientais e de serviço que garantam as características requeridas pela mistura, por ocasião do projeto de dosagem. n) A compressão das Misturas Asfálticas Usinadas à Quente com a utilização de rolo (s) compactador (es) terá início imediatamente após sua distribuição e perdurará até o momento em que seja obtida a densificação especificada, observando as seguintes indicações: A (s) unidades (s) compactadora (s) deverá (ão) seguir, o mais próximo possível, o equipamento de espalhamento; PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 10/14 Como orientação, a temperatura de compactação é a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso; As juntas serão compactadas por primeiro, assegurando adequadas condições de acabamento; A compressão será executada em faixas longitudinais e será sempre iniciada pelo ponto mais baixo da seção transversal e deverá progredir no sentido do ponto mais alto, devendo em cada passada ser recoberta a metade da largura compactada na passada anterior; Não serão permitidas: mudanças de direção, aceleração, desaceleração e inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento de compactação sobre mistura asfáltica recém rolada. No caso de utilização de equipamentos vibratórios de compactação, deverá desligar-se a vibração antes da reversão; As mudanças de faixa de compactação não deverão ser feitas onde a mistura asfáltica 11
12 estiver quente; Para evitar aderências os cilindros metálicos deverão ser mantidos adequada e suficientemente úmidos, e as rodas dos rolos pneumáticos deverão, no início da compactação, serem levemente untadas com óleo queimado; o) Em locais onde a mistura asfáltica usinada a quente for colocada em áreas inacessíveis aos equipamentos de compactação, deverão ser empregados soquetes pneumáticos ou outros equipamentos que permitam a obtenção do grau de compactação especificado. p) Os equipamentos envolvidos no transporte, espalhamento e compactação de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente deverão apresentar boas condições de uso e limpeza. Deverão ser tomados cuidados para prevenir a ocorrência de vazamentos de combustíveis, graxas ou outros materiais danosos às misturas asfálticas, estejam estes equipamentos em operação ou estacionados. q) No caso de camadas sobrepostas, as juntas transversais e longitudinais não deverão ser coincidentes. No caso de juntas longitudinais de eixo, deverá haver um afastamento lateral de, pelo menos, 0,15 m e a junta da camada final deverá coincidir com o eixo de projeto. r) Uma camada de Mistura Asfáltica Usinada a Quente somente será liberada ao tráfego após o seu resfriamento. 5. CONTROLE 5.1. Controle Tecnológico PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 11/ Materiais 12
13 Cimentos Asfálticos de Petróleo modificado pela incorporarão de borracha de pneus Para cada carregamento que chegar a obra deverão ser realizados os seguintes controles: 01 ensaio de viscosidade Brookfield; 01 ensaio de recuperação elástica; e deverão atender as IG 20.1 item "a", IG 20.2 e IG Agregados a) Diariamente será feita uma inspeção à britagem e aos depósitos, de maneira a verificar se os agregados estão limpos e isentos de outras contaminações prejudiciais. Anteriormente ao início da primeira execução, na obra, dos serviços de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente, ou no caso de se constatar alteração mineralógica (visual) na bancada da pedreira em exploração, ou de ocorrer mudança de fonte de agregado, deverão ser executados os seguintes ensaios: Abrasão "Los Angeles" (MÉTODO DNER-ME 35/98); Durabilidade (MÉTODO DNER-ME 89/94); Adesividade (MÉTODO DNER-ME 78/94); Índice de Forma (MÉTODO DNER-ME 86/94), ou determinação da percentagem de partículas defeituosas; e Equivalente de Areia (MÉTODO DNER-ME 54/97) do agregado miúdo. c) Dois ensaios de granulometria (MÉTODO DNER-ME 83/98), para cada tipo de agregado, para constatação da regularidade da britagem, em cada semana de britagem. d) Um ensaio de granulometria (MÉTODO DNER-ME 83/98) do material de enchimento (Filer) de cada carga, que chegar à obra, com amostragem a critério da Fiscalização, devendo ser rejeitado se não atender a granulometria especificada Execução Temperatura Este controle será com, no mínimo, oito medidas de temperatura por dia de serviço, envolvendo: agregados nos silos quentes; cimento asfáltico, na entrada do misturador; mistura em todos os caminhões, no caso de usinas tambor-secador-misturador. 13
14 PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 12/14 A massa asfáltica chegada à pista é aceita se a temperatura da massa, no decorrer da rolagem, propicie adequadas condições de compressão tendo em vista o equipamento e processo utilizados, e o grau de compactação objetivado, nunca sendo inferior a 150ºC. As temperaturas devem satisfazer os limites especificados, sem o que a usina deverá ser paralisada e a mistura ser rejeitada Características Gerais da Mistura a) Um ensaio para obtenção do teor de Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP, para cada 100 t de mistura asfáltica ou, pelo menos, uma determinação por dia de trabalho, com amostra coletada após a passagem do equipamento de distribuição. Preferencialmente, deve-se empregar o ensaio de extração por refluxo ("Soxhlet"), em lugar do ensaio por centrifugação (MÉTODO DO DNER-ME 53/94). O valor obtido através das fórmulas (3) e (4) do Anexo I, para controle bilateral, poderá variar, em relação ao teor de projeto, na faixa de ± 0,3% para Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ e ± 0,4% para o Pré-Misturado Usinado a Quente Aberto - PMQA e Areia Asfalto a Quente - AAQ, sem o que o serviço não será aceito. O teor de ligante obtido após a extração da amostra ensaiada deve ser multiplicado por um fator de correção que leva em conta a percentagem de borracha moída não solúvel pelo solvente. Esse fator de correção deve ser indicado pelo fabricante durante a execução dos serviços. b) Um ensaio de granulometria (MÉTODO DNER-ME 83/94) da mistura dos agregados com os materiais resultantes das extrações de asfalto referidas no item a. A curva granulométrica deverá manter-se contínua enquadrando-se na faixa de projeto. Os serviços serão aceitos se os valores obtidos através das fórmulas (3) e (4) do Anexo I, para controle bilateral, estiverem em relação à curva de projeto, dentro dos limites estabelecidos abaixo: PENEIRA % PASSANDO, EM PESO 14
15 ASTM mm 3/8" a 1½" 9,5 a 38,1 ± 7 N 40 a N 4 0,42 a 4,0 ± 5 N 80 0,18 ± 3 N 200 0,074 ± 2 c) Uma amostra indeformada, extraída com a sonda rotativa (D = 10,4 cm), para cada 100 t de mistura asfáltica compactada, em local correspondente à trilha de roda externa. PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 13/14 15
16 Preferencialmente um destes pontos deverá coincidir com o ponto de coleta de amostras efetuada para o item " a". De cada amostra extraída, será determinada a massa específica aparente (MÉTODO DNER-ME 117/81) e a espessura individual (média de, pelo menos, três determinações com paquímetro). Este corpo de prova será submetido ao ensaio de resistência à tração na compressão diametral (RTCD). O grau de compactação da mistura deverá ser obtido pela relação entre a massa específica aparente do corpo-de-prova retirado da pista com o uso da sonda rotativa e a massa específica aparente da mistura, de projeto. Os valores do grau de compactação, calculados estatisticamente pela fórmula (4) do Anexo I, para controle unilateral deverão ser iguais ou superiores a: 97%, para Concreto Asfáltico Usinado a Quente CAUQ; 96%, para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA e Areia Asfalto a Quente - AAQ. Notas: 1 a. ) Em caso de não atendimento aos ítens "a" ou "b" ou "c", a solução a adotar é a remoção da camada e reexecução da mesma e, se for caso, a restauração da camada subjacente, com ônus exclusivo da construtora. 2 a. ) No caso de camadas de nivelamento finas de Mistura Asfálticas Usinadas a Quente, o controle por ensaio de compactação poderá ser dispensado, efetuando-se apenas o controle de operação, visual, referente ao número de passagens de equipamento de compactação. 3 a. ) Após a execução de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente, como camada de rolamento ("capa"), proceder-se-à a determinação das deflexões recuperáveis com viga Benkelmann, a cada 20 metros, na posição correspondente à trilha da roda externa em cada uma das faixas de tráfego Controle Geométrico Espessura A espessura da camada asfáltica será avaliada nos corpos de prova extraídos com sonda rotativa, podendo-se fazer uma verificação pelo nivelamento da seção transversal, antes do espalhamento e depois da compactação, no eixo e nos bordos, admitindo-se as seguintes tolerâncias, para aceitação dos serviços. a) Valores individuais da espessura, em relação à espessura prevista em projeto, não poderão exceder a variação de ± 10%. Caso se constate o não atendimento, as correspondentes áreas serão objeto de amostragem complementar, através de novas extrações de corpos de prova com sonda rotativa. b) A variação da espessura mínima da camada, determinada pela fórmula (4) do Anexo I, PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE PÁG. 14/14 16
17 para controle unilateral, deverá situar-se no intervalo de ± 5%, em relação a espessura prevista no projeto. Notas: 1 a. ) As áreas com espessuras deficientes, devidamente delimitadas, serão reforçadas, às expensas do Construtor. 2 a. ) As áreas com espessuras em excesso, desde que apresentem ondulações acentuadas, devido à variação das espessuras, a critério da Fiscalização deverão ser removidas com restauração da camada subjacente e a execução de uma nova camada, às expensas da Construtora Largura Não serão admitidos valores inferiores aos previstos em projeto. Em caso de não atendimento, a solução a adotar será a remoção da camada, numa largura tal que permita a reexecução da mesma, com equipamento apropriado, com ônus exclusivo da Construtora Acabamento O acabamento da superfície será apreciado pela observação das condições de desempeno da camada, da qualidade das juntas executadas, que deverá ser julgado satisfatório e a inexistência de marcas decorrentes da má distribuição e/ou compressão inadequada. Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio das duas réguas, uma de 3,00 m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5 cm, quando verificada com qualquer régua. O acabamento longitudinal da superfície deve ser verificado por aparelhos medidores de irregularidade. O valor do IRI (índice internacional de irregularidade) deverá ser menor ou igual a 2,7 m/km. 6. MEDIÇÃO E PAGAMENTO Os serviços de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente serão medidos e pagos de acordo com os "PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO E PAGAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS". 17
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