1. Para o autor dessa obra, o artista congolês Cheri Samba, a arte deve "cutucar" nosso pensamento. O que você pensa ao examinar essa obra? 2.



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Transcrição:

1. Para o autor dessa obra, o artista congolês Cheri Samba, a arte deve "cutucar" nosso pensamento. O que você pensa ao examinar essa obra? 2. Qual aspecto da obra pode ser lido como uma crítica à sociedade e às injustiças causadas por preconceitos raciais? 567

Em meados do século XX, na Ásia, África e Oceania, ainda havia muitos países sob o domínio colonial das grandes potências. Do fim da Segunda Guerra Mundial até 1975, a maioria desses países conquistou sua independência política. O que a independência significou para as pessoas desses países? DESCOLONIZA ÃO E INDEPENDÊNCIA A luta pela autonomia na África, Ásia e Oceania Conforme estudamos anteriormente, a partir da segunda metade do século XIX os governos das grandes potências econômicas desse período lançaram-se sobre os continentes asiático, africano e oceânico para formar seus impérios coloniais. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, os diversos povos de praticamente toda a África e de grande parte da Ásia e da Oceania ainda viviam sob o domínio colonial dessas potências. De modo geral, o período de dominação neocolonial afetou grandemente as relações internas e o desenvolvimento socioeconômico das sociedades das regiões colonizadas. Além da exploração econômica que sofriam, muitos de seus territórios foram divididos de acordo com os interesses das potências. Com isso, povos de uma mesma etnia passaram a viver separados por uma fronteira política, enquanto grupos étnicos que mantinham entre si uma intensa história de rivalidade acabaram sendo reunidos num mesmo país. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, no entanto, teve início nessas regiões um processo de descolonização, isto é, as colônias africanas, asiáticas e oceânicas foram alcançando sua independência. Causas das inde endências Considera-se, de modo geral, que contribuíram para o processo de descolonização e independência os seguintes fatores: Movimentos emancipacionistas e nacionalistas - conscientes da opressão e da exploração que sofriam nas mãos das nações estrangeiras que os dominavam, diversos grupos locais organizaram em seus países movimentos para lutar contra essa situação. Crise econômica europeia - a manutenção do domínio colonial por meio de forças militares foi bastante dificultada pela delicada situação econômica das tradicionais potências europeias no pós- -guerra. Consciência anticolonialista e antiimperialista - se até as primeiras décadas do século XX muitas pessoas na Europa sentiam orgulho por seu país possuir impérios coloniais, depois da Segunda Guerra essasituação tornou-se constrangedora. Era uma contradição governos inimigos da opressão nazi- -fascista manterem oprimidos os povos colonizados. Assim, no pós-guerra a opinião pública europeia desenvolveu uma consciência contrária ao colonialismo. E os dirigentes dos governos democráticos europeus passaram a evitar ser identificados como imperialistas. Guerra Fria - interessados em desenvolver novas formas de influência nas regiões colonizadas, os governantes das duas grandes potências do pós-guerra - Estados Unidos e União Soviética - assumiram posições favoráveis à descolonização e procuraram apoiar as lideranças dos grupos emancipacionistas afro-asiáticos e atraí-ias para seu bloco. Criação da ONU - na Carta das Nações Unidas - documento de criação dessa entidade, em 1945 -, destaca-se entre seus objetivos o de promover "relações de amizade entre as nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos". Assim, a ONU tornou-se um fórum internacional contra o colonialismo, contribuindo para a disseminação das propostas defendidas pelo movimento de descolonização. 1910-1930) 568

Conferência de Bandun Outro acontecimento de destaque na luta contra a dominação colonialista e o subdesenvolvimento ocorreu em abril de 1955, na Indonésia: a Conferência Afro-Asiática de Bandung. Convocada pelos líderesda Indonésia, índia, Birmânia (atual Mianmá), Ceilão (hoje Sri Lanka) e Paquistão - países que haviam alcançado poucos anos antes sua independência -, essa conferência constituiu um marco importante na organização política dos paísesdo Terceiro Mundo (paísessubdesenvolvidos). No documento final da conferência, firmado pelos representantes dos 29 países participantes, destacavam-se os seguintes pontos: rejeição à divisão mundial nos blocos socialista e capitalista e defesa de uma política de não-alinhamento automático com as superpotências; condenação do racismo e da corrida armamentista; proclamação do direito de autodeterminação política, reprovando-se, portanto, o colonialismo (dominação direta da metrópole sobre a colônia) e o neocolonialismo (dominação mascarada, realizada por meio de práticas econômicas imperialistas); afirmação de que a submissão imposta aos povos afro-asiáticos era uma negação dos direitos fundamentais do homem e estava em contradição com a Carta das Nações Unidas, sendo um obstáculo à paz e à cooperação mundial. Quando se realizou a Conferência de Bandung, 14 países asiáticos já tinham conseguido sua emancipação política. Todas as nações africanas, no entanto, ainda estavam submetidas à dominação colonial, com exceção da Líbia. Nos anos seguintes à conferência, porém, o processo de descolonização da África acelerou-se e, até o ano de 1960, 23 países africanos já haviam conquistado sua independência. Até 1980, outras 23 nações africanas e mais 12 nações asiáticas e oceânicas alcançaram igual destino. Formas de ru tura De modo geral, o processo de ruptura dos distintos países da África, Ásia e Oceania com as metrópoles deu-se de duas formas: ruptura pacífica - alcançada mediante acordos firmados com as metrópoles. Nessa forma de ruptura, estas reconheciam formalmente a emancipação política das colônias, mas procuravam preservar, ao menos em parte, as relações econômicas de dominação; ruptura violenta - alcançada mediante o confronto armado entre as forças das metrópoles e as tropas de libertação das colônias. Essaforma de ruptura ocorreu principalmente quando a luta pela independência política transformava-se em luta contra a dominação imperialista, apontando para a construção de uma sociedade socialista. A ruptura dos laços coloniais não significou, no entanto, a conquista imediata da paz e do bem-estar almejados pelas ex-sociedades coloniais da Ásia, da África e da Oceania. Frequentemente, os processos de independência desdobraram-se numa série de lutas internas, envolvendo movimentos políticos ou grupos étnicos rivais, que passaram a disputar o controle do poder nas diferentes regiões. Monitorando 1. Destaque os principais fatores que contribuíram para a descolonização da África, da Ásia e da Oceania. 2. Por meio de que processos se deu a descolonização nesses continentes? Explique-os. 3. Qual o significado da expressão "direito de autodeterminação política"? 4. O que foi a Conferência de Bandung, realizada em 1955? INDEPENDÊNCIAS NA ÁSIA Os desdobramentos pós-coloniais O processo de descolonização ocorrido principalmente no pós-guerra teve início na Ásia, continente com amplas áreas sob dominação colonial da e da. De 1943 a 1979, 27 países asiáticos tornaramse independentes. Em muitos casos, o processo de independência e seus desdobramentos ocorreram por meio de grandes conflitos, nos quais não faltou a intervenção - direta ou indireta - dos Estados Unidos e da União Soviética, sempre procurando firmar sua influência política e econômica no plano mundial. O quadro seguinte relaciona os países asiáticos que se tornaram independentes nesse período. Alguns processos de emancipação nacional na Ásia foram marcantes, como o da índia em relação à. Outras vezes, o que se destacou dentro da história mundial não foi tanto o processo emancipatório em si, mas a gravidade de seus desdobramentos, como a guerra que estourou no Vietnã após sua independência. Vejamos esses dois casos. 569

Independência 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1954 1957 1961 1965 1966 1967 1971 1972 1976 1978 Países asiáticos País Líbano Síria Coreia* Jordânia Filipinas fndia Paquistâo Mianmá Sri Lanka Laos Camboja Indonésia Vietnâ Malásia Kuwait Cingapura Bahrein lêmen Catar Emirados Árabes Unidos Bangladesh Seychelles Ilhas Salomâo Tuvalu 1979 Kiribati * Em 1948, divisão em Coreia do Norte (ocupação da URSS)e Coreia do Sul (ocupação dos EUA). Antiga potência colonial Japão Estados Unidos Holanda Observando 7 OCEANO PAcíFICO o \} 1. Com base no mapa ao lado, identifique os três maiores impérios coloniais na Ásia e na Oceania no início do século xx. Justifique. OCEANO índico,.. <:>"0 00 c o o o LEGENDA Área D DAlemão D D D de domínio Japonês Francês Norte-americano Holandês Britânico I D Português TASMÂNIA), ~ OCEANi~~ O C) o ~ o', ~ZAZELÂNDIA ) Fonte: BRUIT, Héctor H. O imperialismo. São Paulo, Atual, 1999. p. 34. 570

Inde endência da índia (1947) rendo finalmente em 1947. Atendendo à exigência dos grupos políticos muçulmanos, o território indiano foi dividido em: A índia, país localizado no sul da Ásia, possui uma rica cultura milenar. A partir do século XV algumas regiões de seu território começaram a ser objeto de ocupação por governos e comerciantes de países europeus, como Portugal e Holanda e, posteriormente, e. República da índia - de maioria hindu; República do Paquistão (Oriental e Ocidental) - de maioria muçulmana. Posteriormente, em 1972, após violenta guerra, o Paquistão Oriental separou-se do Ocidental e passou a se chamar Bangladesh. Explorada desde o século XVIII pela Companhia Inglesa das.índias Orientais, a índia foi incorporada ao Império Britânico no século XIX. Era considerada a "Joia da Coroa", tanto pela grandeza de seu território e a riqueza de seus recursos quanto pela população numerosa que já apresentava, constituindo importante mercado consumidor para os produtos industrializados ingleses. Monitorando 1. Comente o método político-filosófico utilizado por Gandhi na luta contra a dominação inglesa. Embora a cultura britânica e o idioma inglês tenham se tornado fatores de união entre os indianos - existem na índia mais de 20 idiomas e grande diversidade cultural -, as autoridades inglesas enfrentaram, desde o início, diversas rebeliões anticoloniais. 2. Sintetize o processo de emancipação da Índia. Movimento de desobediência civil No decorrer da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os indianos receberam promessa de representantes do governo inglês de que, se lutassem contra os alemães, receberiam em troca maior autonomia administrativa. Terminada a guerra, porém, apesar de algumas concessões nesse sentido, os representantes do governo inglês mantiveram a dominação colonial e passaram a reprimir violentamente todas as tentativas de emancipação da índia, conduzidas principalmente pelo Partido do Congresso, criado em 1885 e liderado por Jawaharlal Nehru e Mahatma Gandhi. ~ ~ <U 01 -o ~ l! I- Gandhi se converteria no principal líder indiano a se opor à dominação inglesa, utilizando como recurso a não-violência ativa. Ele pregou e praticou essa estratégia, que consistia basicamente na desobediência civil dos indianos contra as autoridades inglesas por meio do não-pagamento de impostos e da rejeição aos produtos industriais ingleses. O propósito era debilitar o adversário, mas sem utilizar a violência, sem derramar sangue. índia, Pa uistão e Ban ladesh Nem toda a índia, porém, estava unida em torno das propostas de Gandhi e Nehru. Havia no país outros grupos de oposição ao colonialismo inglês, destacando-se a Liga Muçulmana, fundada em 1905 e liderada por Muhammad Ali Jinnah. Seu objetivo era a criação de um Estado muçulmano, independente dos hindus ligados ao Partido do Congresso. Os ingleses procuraram manipular ao máximo o conflito entre esses grupos rivais para retardar o processo de emancipação da índia, que acabou OCOl"- ~ Mahatma Gandhi durante a divisão violência e o ódio Litografia colorida 571 em visita a Bengala e a Bihar, estados indianos, da índia (1947). Gandhi tenta amenizar a dos indianos pregando a resistência pacífica. de Anil Sengupta.

Tipos físicos da Indochina. Painel idealizado por ma da me Boullard-Devé para o pavilhão da Indochina na Exposição Colonial Internacional de 1931, em Paris (). Inde endência da Indochina A Indochina, região da Ásia dominada pela desde 1860, foi ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Após a derrota do Japão na guerra, o governo francês pretendeu recuperar seu domínio sobre a antiga colônia, mas teve de enfrentar a resistência dos movimentos nacionalistas que lutavam pela independência da região. Deflagrou-se, então, a Guerra da Indochina (1946-1954), em que se destacou a liderança de Ho Chi Minh, do movimento de libertação Vietminh. A guerra terminou com um acordo internacional, celebrado em Genebra, pelo qual o território indochinês foi dividido em três paísesindependentes: Laos, Camboja e Vietnã. Divisão do Vietnã o Vietnã, por sua vez, ficaria dividido temporariamente em duas zonas: República Democrática do Vietnã - ao norte, com capital em Hanói. Liderado por Ho Chi Minh, o governo do Vietnã do Norte tinha o apoio dos governos do bloco socialista (China e União Soviética); República do Vietnã - ao sul, com capital em Saigon. Liderado por Ngô Dinh Diem, o governo do Vietnã do Sul era apoiado principalmente pelo governo dos Estados Unidos. O acordo de Genebra estabelecia que, em 1956, seriam realizadas eleições gerais no Vietnã para a unificação do país. O governo do Vietnã do Sul, no entanto, impediu a realização dessas eleições, adotando uma política de hostilidades contra o Vietnã do Norte. Guerra do Vietnã (1964-1975) Em 1960, foi organizada, no Vietnã do Sul, a Frente de Libertação Nacional (FLN), de tendência socialista, que se opunha ao governo instalado em Saigon e tinha o apoio dos governos do Vietnã do Norte e dos países do bloco socialista. Para sustentar o governo de Saigon, no entanto, o governo dos Estados Unidos decidiu intervir militarmente na região, em 1964. Teve início, então, a Guerra do Vietnã, que envolveu também o Laos e o Camboja e costuma ser interpretada por alguns historiadores como um desdobramento da Guerra da Indochina. A Guerra do Vietnã foi marcada pelo envolvimento direto de mais de 540 mil soldados dos Estados Unidos na região, combatendo as forças do Vietnã do Norte. Dispondo de recursos precários, as forças da FLN utilizaram táticas de guerrilha e foram, aos poucos, avançando sobre os adversários e arrastando o conflito. Sem perspectivas de que os combates terminassem e pressionado pela opinião pública interna, que acompanhava pela imprensa o grande número de mortes entre soldados estadunidenses e as violentas cenas de guerra, o governo dos Estados Unidos foi gradativamente retirando suas tropas do Vietnã e iniciando negociações de paz. Em 1973, realizou a retirada da última tropa de soldados, depois de firmar o Acordo de Paris. Calcula-se que mais de 50 mil soldados dos Estados Unidos tenham morri do nessa guerra, que abalou o orgulho nacional do país. Entre os vietnamitas, morreram milhões de pessoas. As estimativas oscilam entre 1 milhão e 3 milhões de mortes. Unifica ão do Vietnã Após a saída das forças militares estadunidenses, a guerra prolongou-se por mais algum tempo, com o avanço das forças socialistas do Vietnã do Norte, até a rendição total do exército sul-vietnamita, em 1975. Assumindo o poder, os líderes da Frente de Libertação Nacional, junto com o governo do Vietnã do Norte, promoveram a unificação do país, sob o nome de República Socialista do Vietnã. Adotando um regime político autoritário, o governo vietnamita seguiria o modelo da ditadura stalinista. 572

Monitorando 1. Antes da independência, a Indochina era dominada por qual país europeu? Em que países o território se dividiu? 2. Quais eram as forças locais em choque no Vietnã, no início da década de 1960? 3. Qual foi o desfecho da guerra? Na foto, crianças correm após explosão de bomba de napalm no Vietnã do Sul, em junho de 1972, por forças sul-vietnamitas e estadunidenses. Ao centro, menina vietnamita de 9 anos, nua, grita de desespero pelas queimaduras de terceiro grau em metade de seu corpo, causadas pelo napalm. Depois de dezessete cirurgias, ela sobreviveu. Observando 1. Comente a foto acima, que se tornou uma das imagens mais conhecidas da Guerra do Vietnã. INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA Os desdobramentos pós-coloniais Até pouco antes da Segunda Guerra Mundial, quase todo o continente africano estava sob o domínio colonial de países europeus, predominantemente e. Após a guerra - principalmente depois da Conferência de Bandung (1955) -, os países africanos foram conquistando sua independência, a maioria no período entre 1956 e 1966. Vejamos resumidamente como foi esse processo nas distintas áreas de colonização e alguns de seus desdobramentos. Colônias britânicas Nas regiões de colonização britânica, os movimentos pela independência caracterizaram-se, em geral, pela ruptura pacífica. Foram os casos, por exemplo, de Gana, Nigéria, Serra Leoa e Gâmbia. No Quênia, entretanto, a emancipação política foi precedida de conflitos violentos devido à resistência da população branca local, que detinha 25% das terras mais férteis do país. 573

África do Sul e o a~artheid A região mais meridional da África pertenceu ao Reino Unido até 1961, quando obteve sua independência e formou a República da África do Sul. Sua colonização iniciara-se cerca de três séculos antes, em 1652, quando representantes da Companhia Holandesa das índias Orientais fundaram a cidade do Cabo e promoveram sua ocupação. Grande número de grupos calvinistas holandeses, mas também alemães, franceses e escoceses, se instalou na cidade. A dominação inglesa sobre a região teve início no final do século XVIII, após a guerra entre e Holanda, a qual terminou com vitória inglesa. Desde o século XIX, a África do Sul foi dominada por representantes da minoria branca de origem europeia (19% da população total), que promoveram a independência política do país. Essaminoria, entretanto, impôs à maior parte da população, negra, um regime de segregação racial conhecido como apartheid. Glossário Apartheid: termo empregado para designar a separação racial imposta aos negros pela minoria branca na África do Sul. O regime racista da África do Sul, oficializado desde 1948, provocou a indignação de grande parcela da opinião pública internacional. Também causou inúmeras revoltas de grupos negros, muitas delas lideradas por Nelson Mandela, que por isso ficou preso durante 27 anos. Somente em junho de 1991, o governo da África do Sul, cedendo às pressões antirracistas, começou a revogar o apartheid. O presidente branco Frederik de Klerk instituiu reformas democráticas e, em 22 de dezembro de 1993, o Parlamento (ainda dominado por brancos) aprovou o projeto de Constituição que estabeleceu a democracia plena e pôs fim ao apartheid. Em 25 de maio de 1994, após a realização de eleições multiétnicas, o líder Nelson Mandela foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul, pondo fim ao secular domínio político dos brancos. Nessa época, Nelson Mandela declarou: Agora há perspectivas de um amanhã mais justo para o povo negro. Esta data é o alvorecer de nossa liberdade. Colônias francesas O governo francês procurou negociar formas pacíficas de ruptura com diversas colônias, como Camarões, Senegal, Madagáscar, Costa do Marfim e Mauritânia. Em 1960, estava praticamente desfeito todo o império colonial francês na África. Inde endência da Ar élia Houve, no entanto, intensa luta armada na Argélia, colônia francesa do norte da África, onde 10% da população eram de origem francesa. Controlando a vida política e econômica do país, essa minoria opunha-se à separação da. Por isso, resistiu à Frente de Libertação Nacional (FLN), que, em 1954, tinha iniciado as lutas pela independência. Em 1961, o presidente francês Charles de Gaulle obteve, por meio de referendo popular, "carta branca" para negociar a paz na Argélia com a FLN.Apesar da resistência interna de grupos sociais mais conservadores, De Gaulle assinou. em 1962, o Acordo de Evian, que reconheceu a independência da Argélia. O saldo dessesanos de conflito foi a morte de cerca de 25 mil soldados franceses e de quase um milhão de pessoas da Frente de Libertação Nacional argelina. Colônias belgas Comemoração popular no bairro de Sharpeville (Johannesburgo) da assinatura da nova Constituição da África do Sul (10/12/1996). O cartaz colorido traz a inscrição "Uma lei para uma nação" As regiões africanas que estavam sob a dominação belga - Congo, Ruanda e Burundi - obtiveram de modo geral sua emancipação de forma não-militar, mas foram assoladas por disputas políticas internas ou conflitos étnicos extremamente violentos. 574

Re ública Democrática do Con o No Congo, o movimento de independência roi marcado pela violência, devido a uma série de conflitos internos entre os grupos políticos locais e, também, aos interesses internacionais na disputa das riquezas da região. Em 1960, Patrice Lumumba, líder do Movimento Nacional Congolês, prociamou a independência do país. Pouco depois, iniciaram-se movimentos separatistas em algumas províncias congolesas, dentre elas Catanga, onde o líder, Moise Tshombé, era apoiado por belgas interessados nas riquezas minerais da região. Para manter a unidade do país, Lumumba pediu auxílio às forças internacionais da ONU. Não obtendo apoio, recorreu à União Soviética, o que provocou a reação dos grupos ligados ao bloco capitalista. O chefe do exército, coronel Mobutu, prendeu Lumumba e o levou para Catanga, onde o líder foi assassinado, em fevereiro de 1961. Mobutu conseguiu impor-se como ditador em 1965, derrubando Tshombé do poder, e o Congo passou a ser oficialmente denominado República do Zaire. Mobutu dirigiu o país até 1997. Nesse ano, uma rebelião liderada por Laurent Kabila derrubou Mobutu do poder. Kabila, ao assumir o governo, retomou o antigo nome ao país: República Democrática do Congo. As disputas étnicas e políticas, no entanto, continuariam, provocando violentos confrontos pelo país. Colônias uesas Uma das últimas regiões da África a conquistar sua independência foi a de dominação portuguesa. Isso porque o ditador António Salazar, que governou Portugal de 1932 a 1968, afastou o país da onda liberal que se espalhou pelo mundo no pós-guerra, evitando as pressões anticolonialistas. O regime autoritário salazarista foi prolongado pelo governo de Marcelo Caetano até 1974. A resistência portuguesa à descolonização africana somente se desfez após a queda do regime salazarista, provoca da pela revolução de 25 de abril de 1974, conhecida como Revolução dos Cravos, que pregava o estabelecimento da democracia em Portugal e o fim do colonialismo. Dessa maneira, abriu-se caminho para a independência das colônias portuguesas de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola. Soldado da milícia portuguesa, na província de Niassa, durante a Guerra Colonial pela libertação de moçambique do domínio português (1961-1974) Monitorando 1. Caracterize os movimentos de descolonização nas: a) colônias britânicas; b) colônias francesas; c) 'colônias belgas; d) -colônias portuguesas. 2. O que foi o apartheid na África do Sul? De que forma esseregime foi revogado? 575

OCEANO ATLÂNTICO OCEANO índico LEGENDA Área de domínio: O Francês O Belga O Português O Espanhol O Italiano O Independente O Sul-africano O Britânico N A O 780 --km'=====' Fonte: Baseado em Atlas da história do mundo. São Paulo, Publifolha/Times Books, 1985. p. 280-281 e Atlas historique Larousse. Paris, Larousse, 1987. p. 212. Observando 1. Com base no mapa acima, identifique: a) uma ex-colônia portuguesa na África Ocidental e outra na África Oriental; b) a mais meridional ex-colônia inglesa na África; c) a mais setentrional ex-colônia francesa na África. Países africanos Independência País Antiga potência colonial 1951 Líbia Itália 1956 Sudão Marrocos Tunísia /Espanha 1957 Gana 1958 Guiné 576

Países africanos Independência País Antiga potência colonial Camarões Toga Madagáscar República do Congo Bélgica Somália 1960 Níger Alto-Volta Costa do Marfim Chade República Centro-Africana Congo-Brazzaville 1961 1962 1963 1964 1965 1966 /Itália Benin Gabão Senegal Mali Nigéria Mauritãnia Serra Leoa Tanzânia Burundi Bélgica Ruanda Bélgica Argélia Uganda Quênia Malawi Zâmbia Gâmbia Botsuana Lesoto Suazilândia Guiné Equatorial Espanha Maurício Guiné-Bissau Portugal Moçambique Portugal. 1968 1974 Cabo Verde Portugal Ilhas Comores São Tomé e Príncipe Portugal Angola Portugal 1977 Djibuti 1980 Zimbábue 1975 577

CONFLITO ÁRABE-ISRAELENSE Alguns focos constantes de tensão militar o conflito árabe-israelense, no Oriente Médio, é um dos principais conflitos regionais que marcaram o cenário internacional nas últimas décadas. Para entendê-io, precisamos recuar no tempo até o final do século XIX, quando teve início na Europa o movimento sionista, sob a liderança do jornalista austríaco de origem judaica Theodor Herzl (1860-1904). Os sionistas defendiam a ideia de reunir o povo judeu, disperso pelo mundo, num único lugar, onde se formaria um Estado judaico independente. Depois de grande discussão, o local escolhido foi a Palestina, considerada a área de origem dos ancestrais do povo judeu, os hebreus. Cria ão de Israel (1948) Grupos de judeus começaram a adquirir, desde então, terras na Palestina. Ali, fundaram diversas colônias agrícolas, tendo como objetivo estabelecer o sonhado Estado independente. Durante a Segunda Guerra Mundial, fugindo do terror nazista, milhares de judeus migraram para a Palestina, aumentando a colonização judaica na região. Terminada a guerra, a opinião pública mundial estava abalada diante da morte de cerca de 6 milhões de judeus pelos nazistas (um terço da população judaica no mundo). Esseimpacto contribuiu para que fosse aprovada, pela ONU, a criação de um Estado judaico na Palestina, em 29 de novembro de 1947. Com base na decisão da ONU, o líder judeu David Ben Gurion proclamou a criação do Estado de Israel, em maio de 1948. A partir dessa data, milhares de judeus de todas as partes do mundo migraram para Israel. Isso provocou choques com a população árabe que habitava a região havia muitas gerações e discordava da criação do Estado de Israel no local onde, havia décadas, reivindicava a criação de um Estado palestino independente. Assim, teve início a longa série de conflitos entre árabes e israelenses. Luta or um Estado alestino A decisão de 1947 da ONU também previa fundar um Estado árabe-palestino na região da Palestina, mas houve grande dificuldade em se implementar essa decisão. O que se viu foi justamente o contrário: lideranças de Israel, apoiadas pelos sucessivos governos dos Estados Unidos, aproveitaram-se de confrontos armados contra grupos palestinos para expandir o território israelense, expulsando os árabes da região. Expulsos de grande parte de seu território, os palestinos espalharam-se pelos países árabes vizinhos e outras nações do mundo e passaram a reivindicar o direito a uma pátria. Crianças palestinas na faixa de Gaza. O menino em primeiro plano segura uma arma de brinquedo feita de madeira (1993). 578

As lutas entre árabes e israelenses tiveram momentos dramáticos, marcados pelo ódio extremista de organizações guerrilheiras palestinas, como o assassinato de atletas judeus nas Olimpíadas de Munique (1972). Por sua vez, os israelenses também promoveram ações brutais contra a população palestina, como o massacre em campos de refugiados de Sabra e Chatila, no sul do Líbano, em 1982. Em 1964, os palestinos fundaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que teve Yasser Arafat (1929-2004) como um dos mais destacados líderes. A partir de 1974, ano em que foi à ONU como presidente da OLP, Arafat começou a buscar o apoio internacional para a formação de um Estado palestino. Em 13 de setembro de 1993, tendo como mediador o presidente dos EUA Bill Clinton, Arafat e o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin (1922-1995) assinaram um primeiro acordo de paz (Acordo de Oslo), que representou o início das negociações entre as lideranças palestinas e israelenses. Entre as principais decisões desse acordo estava a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), instituição estatal que governaria os territórios sob controle palestino: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Dois anos mais tarde, no entanto, em 4 de novembro de 1995, Yitzhak Rabin foi assassinado por um extremista judeu que se opunha aos acordos de paz com os palestinos. Desde então, os levantes palestinos (conhecidos como Intifada) - em geral, ações terroristas - vêm sendo duramente combatidos pelos israelenses. O processo, marcado por avanços e retrocessos, acordos firmados e não-cumpridos, ataques suicidas e massacres de civis, adentrou o século XXI. Após a morte de Arafat, em novembro de 2004, Mahmoud Abbas foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina. Monitorando 1. Explique as causasdo conflito árabe-israelense. 2. Pesquise a situação atual entre palestinos e israelenses. OFICINA DE HISTÓRIA 1. O regime de segregação racial existente na África do Sul até 1991 assemelha-se a outros regimes racistas? Cite alguns lugares e períodos em que existiram governos baseados no racismo e na opressão de minorias étnicas. 2. Índia e Paquistão são países asiáticos que conquistaram sua emancipação política após conflitos armados. Atualmente, como é a relação entre esses dois países? Pesquise emjornais e revistas e depois escreva um relatório sobre os confrontos entre indianos e paquistaneses ao longo da história. 3. Nos processos de descolonização, muitos países africanos e asiáticos conquistaram independência política. A autonomia econômica acompanhou esses processos? O que ~udou na vida das populações desses países depois da independência? O que se manteve inalterado? 4. Grande parte dos conflitos regionais ocorridos após a Segunda Guerra Mundial teve a participação direta dos governos das grandes potências. Eles sempre alegam intervir em nome da liberdade e da soberania dos países em conflito. Muitos acreditam, porém, que eles só intervêm quando veem seus interesses econômicos ou geopolíticos ameaçados, como no caso do controle de jazidas de petróleo e, num futuro próximo, de reservas de água potável. O que você pensa a esse respeito?você acredita que sempre há um interesse por trás ou acha que é possível uma intervenção em outro país em nome dà democracia e das liberdades democráticas? Quais são os perigos de uma intervenção? Quais são os perigos da não-intervenção? Por quê? Reflita sobre casos atuais e debata com seus colegas. 579