1 INTRODUÇÃO... 1 2 PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS... 2 3 REQUERIMENTOS DE SUSTENTABILIDADE... 3

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Transcrição:

Guia de Gerenciamento Sustentável de Produtos Eletroeletrônicos Julho 2014

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 1 2 PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS... 2 3 REQUERIMENTOS DE SUSTENTABILIDADE... 3 3.1 Requerimentos mandatórios... 3 3.2 Requerimentos em fabricação... 3 3.3 Requerimentos competitivos... 4 4 BOAS PRÁTICAS NO SETOR DE ELETROELETRÔNICOS... 5 4.1 Planejamento... 6 4.2 Extração dos recursos naturais... 6 4.3 Processo produtivo dos eletroeletrônicos... 8 4.4 Distribuição dos eletroeletrônicos... 11 4.5 Consumo... 11 4.6 Destinação final... 12 5 ROTULAGEM... 14 5.1 Energy Star... 14 5.2 Rotulagem ambiental - ABNT... 14 5.3 Selo Procel... 15 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 16

1 INTRODUÇÃO O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 assumiu o compromisso de desenvolver uma transformação sustentável, aplicando critérios de sustentabilidade em todo o ciclo de gestão dos Jogos, desde a concepção e planejamento até a implementação, revisão e o pós-evento. Este compromisso está baseado nos três princípios de desenvolvimento sustentável ratificados pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Rio 92 e que também servem de referência para o Rio 2016. São eles: Planeta: mitigar o impacto ambiental causado pelos projetos relacionados aos Jogos Rio 2016, imprimindo uma pegada ambiental reduzida. Pessoas: planejar e executar os Jogos Rio 2016 de forma inclusiva, entregando Jogos para todos. Prosperidade: contribuir para o desenvolvimento econômico do estado e da cidade do Rio de Janeiro, através do planejamento, execução e prestação de contas dos Jogos com responsabilidade e transparência. A partir destes princípios, o Comitê Rio 2016 elaborou o Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentáveis 1, considerando os aspectos ambientais, sociais, éticos e econômicos presentes no ciclo de vida dos produtos e serviços que serão objeto de aquisição e licenciamento e, deste modo, integrados em nossas práticas de negócio. No âmbito das compras sustentáveis, o Comitê Organizador adotará as melhores práticas em relação à aquisição e destinação final dos aparelhos eletroeletrônicos que serão utilizados nos Jogos Rio 2016. Este guia tem por objetivo apresentar aos fornecedores de produtos eletroeletrônicos os requerimentos de sustentabilidade para as contratações pelo Comitê Rio 2016, assim como boas práticas ambientais e sociais que podem ser adotadas por parte das próprias empresas. O Guia de Gerenciamento Sustentável de Produtos Eletroeletrônicos está dividido em quatro partes principais: contextualização dos eletroeletrônicos; requerimentos específicos da categoria; boas práticas a serem adotadas; e as rotulagens ambientais existentes. 1 O Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentáveis está disponível no portal de Suprimentos do Comitê Rio 2016: http://portaldesuprimentos.rio2016.com. 1

2 PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), equipamentos eletroeletrônicos são os produtos cujo funcionamento depende do uso de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos. Geralmente, estão divididos em quatro grandes categorias: Linha Branca: refrigeradores e congeladores, fogões, lavadoras de roupa e louça, secadoras, ar-condicionados, fornos de micro-ondas. Linha Marrom: monitores e televisores de tubo, plasma, LCD e LED, aparelhos de DVD e VHS, equipamentos de áudio, filmadoras. Linha Azul: batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras, secadores de cabelo, espremedores de frutas, aspiradores de pó, cafeteiras. Linha Verde: computadores desktop e laptops, acessórios de informática, tablets e telefones celulares. Ao fim de sua vida útil, estes produtos passam a ser considerados resíduos de equipamentos eletroeletrônicos e devem ser destinados conforme a diretriz da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de modo a causar o menor impacto possível ao meio ambiente. 2

3 REQUERIMENTOS DE SUSTENTABILIDADE 3.1 REQUERIMENTOS MANDATÓRIOS Requerimentos em práticas de trabalho: O fornecedor deve adotar os requerimentos mínimos definidos no Código Básico da Iniciativa Ética Comercial (IEC) / Ethical Trading Initative (ETI): o o o o o o o o o O emprego será escolhido livremente pelo trabalhador (não haverá trabalho escravo ou forçado) A liberdade da associação e o direto às negociações coletivas serão respeitados As condições de trabalho serão seguras e higiênicas A mão de obra infantil não será usada Salários dignos serão pagos As horas de trabalho não serão excessivas Não haverá discriminação Trabalho regular será assegurado Tratamento desumano e severo não serão permitidos O fornecedor deve contratar mão de obra conforme as orientações do Guia de Terceirização de Mão de Obra, desenvolvido pelo Comitê Rio 2016 e disponível em http://portaldesuprimentos.rio2016.com. 3.2 REQUERIMENTOS EM FABRICAÇÃO Desenvolver programa de descarte de efluentes nos corpos hídricos conforme as diretrizes da Resolução Conama nº 430/2011. Evitar a utilização ou o fornecimento de produtos fabricados, distribuídos ou descartados por meio de substâncias ou materiais nocivos ao ser humano ou ao meio ambiente, conforme as orientações do Guia de Substâncias e Materiais Nocivos, desenvolvido pelo Comitê Rio 2016 e disponível em http://portaldesuprimentos.rio2016.com. Apresentar relatório corporativo de sustentabilidade referente ao ano fiscal anterior ou, na indisponibilidade deste, o relatório Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis. Apresentar selo de certificação em eficiência energética, como o Energy Star, Procel ou selo verde da ABNT (ver capítulo 5 deste guia). 3

Apresentar inventário de emissão de gases de efeito estufa do produto, conforme a metodologia apresentada na ISO 14.064. Desenvolver e implementar um programa de gerenciamento de resíduos sólidos conforme os requerimentos e diretrizes do Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, desenvolvido pelo Comitê Rio 2016 e disponível em http://portaldesuprimentos.rio2016.com. Trabalhar em parceria com o Comitê Rio 2016 nas ações e proposições para a dissolução dos produtos após os Jogos. Assinar e seguir a Declaração de Conduta Sustentável, desenvolvida pelo Comitê Rio 2016 e disponível em http://portaldesuprimentos.rio2016.com. Fazer o registro no Sedex Global e realizar a auditoria SMETA 4 pillar. É importante que a empresa faça o registro e a auditoria de si própria e de suas fábricas (www.sedexglobal.com). 3.3 REQUERIMENTOS COMPETITIVOS Desenvolver programas de treinamento e capacitação para a mão de obra local. Apresentar certificação ISO 9.001, ISO 14.001, OHSAS 18.001, NBR 16.001 ou SA 8.000. 4

4 BOAS PRÁTICAS NO SETOR DE ELETROELETRÔNICOS Este capítulo apresenta boas práticas que podem ser adotadas pelas empresas do setor de eletroeletrônicos visando à melhoria das condições ambientais, sociais e econômicas. Embora não seja considerada um requisito para a participação nas concorrências, a adoção destas práticas é fortemente recomendada pelo Comitê Rio 2016 a seus fornecedores. As informações sobre boas práticas estão apresentadas sob a ótica do ciclo de vida de um eletroeletrônico, destacando as oportunidades de melhoria em cada fase. O ciclo de vida de um produto representa os estágios sucessivos e encadeados do sistema, desde o planejamento, aquisição da matéria-prima ou geração de recursos naturais até a disposição final. A análise de ciclo de vida (ACV) considera os elementos que podem causar riscos e os possíveis impactos de um produto em todas as etapas de sua vida. As principais referências para a ACV de produto são as Normas Brasileiras (NBRs), elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e listadas a seguir: ABNT NBR ISO 14:040:2001 Fornece elementos gerais e metodologias requeridas para uma ACV de produtos e serviços. ABNT NBR ISO 14:041: 2004 Guia para determinar o objetivo, escopo e inventário de uma ACV. ABNT NBR ISO 14:042: 2004 Guia para avaliar o impacto do ciclo de vida. ABNT NBR ISO 14:043: 2005 Guia para interpretar o ciclo de vida. 5

O ciclo de vida de um produto é representado pela figura abaixo: Planejamento Destinação final Extração dos recursos Consumo Processo produtivo Distribuição A seguir, são apresentadas cada uma das etapas do ciclo de vida de eletroeletrônicos e seus possíveis impactos em relação à sustentabilidade. 4.1 PLANEJAMENTO A etapa de planejamento é essencial para a análise do ciclo de vida dos produtos eletroeletrônicos. Nesta etapa, são avaliados o objetivo e o escopo do estudo, assim como os componentes, o design e os materiais utilizados. É também nesta etapa que os requerimentos de sustentabilidade do produto devem ser analisados. 4.2 EXTRAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS A produção de eletroeletrônicos demanda recursos naturais extraídos, em boa parte, das atividades de mineração. A mineração gera grandes impactos ao meio ambiente e precisa ser gerenciada de modo a minimizar e compensar este dano. A seguir, estão detalhados os principais impactos possíveis. 6

4.2.1 DEGRADAÇÃO DA PAISAGEM E PERDA DA VEGETAÇÃO DA BIOTA LOCAL Para que possa ocorrer, a extração mineral precisa remover a cobertura vegetal e cortar a topografia do terreno. Quando realizada sem controles específicos, as áreas mineradas ficam, posteriormente, expostas aos efeitos climáticos, levando à erosão. No entanto, os efeitos da mineração podem ser controlados, seja pela execução de cortes na topografia com taludes adequados, reaterro das áreas mineradas com o próprio material removido (à medida que a extração avança) e implantação de cobertura vegetal nas áreas aterradas. 4.2.2 COMPROMETIMENTO DAS ÁREAS DE AQUÍFEROS E ASSOREAMENTO DOS CORPOS HÍDRICOS As atividades de lavra e processamento mineral contêm etapas com inúmeras brechas para a contaminação do meio ambiente. Se não forem rigidamente controladas, estas operações podem contribuir para a poluição das águas superficiais e subterrâneas e desencadear processos erosivos e de assoreamento. As operações de lavra envolvem grandes volumes de água, que conduzem contaminantes (óleos, reagentes químicos) gerados nas etapas de perfuração, desmonte e transporte do minério. Geralmente, a água proveniente da lavra é descartada na bacia de rejeitos e, em alguns casos, pode ser utilizada no processamento mineral. É fundamental que esta água seja tratada adequadamente para a remoção dos contaminantes. 4.2.3 POLUIÇÃO DO SOLO CAUSADA PELA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DOS RESÍDUOS PERIGOSOS É importante que a disposição dos rejeitos da mineração ocorra em local licenciado pela autoridade local regulatória de meio ambiente, evitando que eles sejam carregados para rios e córregos, obstruam a drenagem da área e ofereçam riscos à saúde da comunidade. Os resíduos perigosos devem ser acondicionados conforme as normas da ABNT NBR 12.235 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - e da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/2010, em local temporário dentro das instalações da mina e, posteriormente, destinados corretamente para aterro industrial. 4.2.4 POLUIÇÃO S ONORA Durante a operação das minas, pode ser necessário o uso de explosivos para desmonte de maciços rochosos ou de difícil remoção. Esta atividade gera ruídos, que podem afetar a comunidade e os ambientes próximos. Para minimizar estes impactos, as seguintes medidas devem ser adotadas: Uso do explosivo em horário de maior ruído ambiente Comunicação clara e antecipada à população, com orientações a serem adotadas 7

Uso de cercas vivas como barreira acústica, impedindo a propagação do ruído até as áreas da comunidade no entorno da mina A movimentação de cargas também pode gerar incomodo à população do entorno. Portanto, é necessário o uso de equipamentos silenciadores nos veículos de transporte. 4.2.5 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA As emissões de gases de efeito estufa são comuns nas atividades de mineração, devido aos processos de lavra, beneficiamento, pelotização e transporte interno de minerais. A emissão de material particulado também é considerada de impacto ambiental significativo, dada sua quantidade. A geração de poeira pode ocorrer devido à detonação das rochas, movimentação de cargas, britagem e moagem (durante o beneficiamento do minério), ação natural dos ventos etc. É necessário o uso de equipamentos específicos para atenuar a emissão de gases, como barreiras naturais ou artificiais, filtros, lavadores de gases e outros dispositivos que diminuem a poeira no entorno do empreendimento. 4.2.6 DOENÇAS OCUPACIONAIS DEVIDO À EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES A AGENTES NOCIVOS Pela complexidade de suas operações, a mineração sempre foi considerada uma atividade perigosa, haja vista o número de acidentes e de doenças ocupacionais, principalmente as respiratórias, ocasionadas pela exposição prolongada dos trabalhadores à poeira. Por isso, e conforme a Norma Regulamentadora n 6, é indispensável o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), para preservar ao máximo a saúde e a segurança do trabalhador. 4.3 PROCESSO PRODUTIVO DOS ELETROELETRÔNICOS O processo produtivo dos equipamentos eletroeletrônicos traz riscos de impactos ambientais e sociais em várias de suas fases. As etapas que exigem maior controle estão detalhas a seguir. 4.3.1 CONSUMO DE Á GUA E DESCARTE DE E FLUENTES O Comitê Rio 2016 recomenda aos fornecedores a adoção de práticas para a redução no consumo de água e seu melhor aproveitamento no pós-uso. As principais medidas relacionadas ao consumo de água numa fábrica ou indústria começam pela conscientização, redução no desperdício e ações educativas junto aos colaboradores. Num segundo momento, é essencial a implantação de um sistema de gestão dos efluentes gerados e a garantia de que eles serão minimamente tratados, de modo a possibilitar o reuso da água. Também é importante identificar ações que podem otimizar o uso da água na indústria, através do/da: 8

Mapeamento das perdas físicas e desperdícios Acompanhamento dos processos de utilização de água Comparação do consumo de água por segmento Estudo sobre a viabilidade da substituição de equipamentos no consumo de água Neste sentido, uma ferramenta de auxílio à indústria é o Plano de Conservação e Reuso de Água (PCRA). Em linhas gerias, o PCRA segue o seguinte fluxo: Levantamento de dados através de visitas de campo e análise documental Compilação e apresentação dos dados Identificação do potencial de redução do consumo de água Otimização do consumo de água Determinar a qualidade mínima da água para os diferentes usos Identificação de potenciais para reuso de água Reuso de água Identificação de perdas físicas; Identificação de redução por segmento; Verificação da viabilidade de substituição de equipamentos Caso haja necessidade de tratar o efluente, encaminhar para a estação de tratamento. Caso não seja necessário, aplicação do reuso da água O lançamento de efluentes diretamente em corpos hídricos, seja qual for a fonte geradora, deve obedecer à Resolução Conama nº 430/2011, que estabelece as condições, exigências e os padrões para esta destinação. 4.3.2 CONSUMO DE E NERGIA Em relação ao consumo de energia, o Comitê Rio 2016 recomenda a seus fornecedores a adoção de práticas de eficiência energética que resultem em economia para a empresa e melhorias nas condições ambientais e sociais. Entende-se por eficiência energética o conjunto de ações e políticas que visem à redução dos custos com consumo de água e energia. Para alcance da eficiência energética nas indústrias, podem ser desenvolvidas técnicas simples de otimização, como: 9

Reciclagem no uso de materiais e matérias-primas Implementação de novas tecnologias de reciclagem Implementação de sistemas mais econômicos de produção Utilização de técnicas e ferramentas que transformem a energia perdida em parte da energia requerida pela produção No sentido de auxiliar as indústrias em seu desempenho energético, a ABNT lançou a ISO 5001:2011 - Sistema de Gestão de Energia. Esta norma estabelece os critérios de sistemas e processos para a melhoria do desempenho energético em uma organização, envolvendo a utilização e o consumo de energia. 4.3.3 EMISSÃO DE G ASES DE E FEITO E STUFA Dentro da ISO, existem mecanismos de mensuração sobre a melhora no desempenho energético, através de auditorias. É estabelecida uma meta de redução no consumo e, ao fim do processo, verifica-se se o valor foi atingido. Em caso negativo, é gerada uma não conformidade, que fica pendente para que a direção da empresa tome uma decisão a respeito. A ISO também auxilia a indústria a estabelecer objetivos, metas e planos de ação em requisitos legais e fornece informações sobre o uso intenso de energia. O Comitê Rio 2016 entende que é essencial o controle e a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) durante o processo produtivo de eletroeletrônicos. Neste sentido, recomenda aos fornecedores que confeccionem relatórios de inventário de GEE, onde são contabilizadas as emissões e apresentadas ações de mitigação e compensação. A ISO 14.064 - Gestão de Emissões de Gases do Efeito Estufa é a referência normativa que auxilia as indústrias a quantificar e reportar suas emissões de GEE, apresenta ações que podem reduzir tais emissões na produção e orienta quanto à conformidade do processo. Em linhas gerais, são recomendadas algumas ações para reduzir ou neutralizar as emissões de GEE no processo produtivo: Elaboração de inventários para auxiliar na implementação de um plano de redução de energia Compra de créditos de carbono Adoção de projetos baseados em tecnologias limpas Geração de resíduos sólidos Qualquer processo produtivo gera resíduos sólidos e/ou rejeitos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/2010, define resíduos industriais como aqueles gerados nos processos produtivos e instalações industriais, aí incluídos os resíduos perigosos, que necessitam de tratamento especial. O Rio 2016 reconhece a importância e os benefícios de uma gestão adequada dos resíduos. Neste sentido, recomenda aos fornecedores a leitura do Guia de 10

Gerenciamento de Resíduos Sólidos, elaborado por este comitê organizador e disponível em http://portaldesuprimentos.rio2016.com. 4.3.4 CONTRATAÇÃO DE M ÃO DE OBRA O Rio 2016 está atento às questões que envolvem a contratação da mão de obra, seja direta ou indireta. Neste sentido, adota os requerimentos mínimos do Código Básico da Iniciativa Ética Comercial (IEC) para seus fornecedores e incentiva a contratação de mão de obra local como meio de estímulo à economia brasileira. Para auxiliar os fornecedores no cumprimento destes requerimentos, o Rio 2016 recomenda a leitura do Guia de Terceirização de Mão de Obra, elaborado por este comitê organizador e disponível em http://portaldesuprimentos.rio2016.com. 4.4 DISTRIBUIÇÃO DOS ELETROELETRÔNICOS De maneira geral, a distribuição dos equipamentos eletroeletrônicos ocorre via transporte terrestre e aquaviário basicamente, caminhões e navios. O Rio 2016 destaca a importância do controle e monitoramento sobre a emissão de poluentes nos veículos utilizados para distribuir os equipamentos, conforme a Resolução Conama nº 16/1995, que trata dos limites máximos de emissão de poluentes para motores de veículos. É uma boa prática de mercado a adoção de etanol e biodiesel como combustíveis alternativos e mais sustentáveis para a frota, seguindo a hierarquia de combustíveis apresentada no Plano de Gestão de Sustentabilidade do Rio 2016, disponível em http://www.rio2016/transparencia/sustentabilidade. É importante que o distribuidor ofereça aos motoristas programas de capacitação e orientações sobre segurança e melhores práticas no trânsito, além de monitorar a jornada de trabalho deles conforme a Lei nº 12.619/2012, que regulamenta a profissão de motorista de caminhão. A geração de ruídos durante a distribuição dos equipamentos eletroeletrônicos é entendida como poluição sonora e pode causar impactos à população. Portanto, o Rio 2016 recomenda que a distribuidora permaneça dentro do limite máximo permitido para a pressão sonora emitida por buzina ou equipamento similar, conforme a Resolução nº 35/1998 do Contran. 4.5 CONSUMO O comércio é o principal modo de escoamento da produção de equipamentos eletroeletrônicos até o consumidor final. Cada vez mais, estes produtos fazem parte do cotidiano da população, com sua produção em crescente desenvolvimento. A expansão do mercado interno brasileiro possibilitou o aumento do poder de compra das classes C e D, que hoje são responsáveis por grande parcela do consumo de eletroeletrônicos. 11

Após seu consumo pelos usuários, os equipamentos podem ser descartados porque não mais atendem às necessidades, para que sejam substituídos por produtos mais novos ou simplesmente porque não são mais utilizados. Por conterem substâncias perigosas, que podem contaminar o solo e causar efeitos nocivos à saúde humana e ao ecossistema, é imprescindível a destinação correta dos equipamentos eletroeletrônicos em seu pós-uso. 4.6 DESTINAÇÃO FINAL 4.6.1 RECICLAGEM A destinação final dos equipamentos eletroeletrônicos deve ser feita de modo apropriado, obedecendo à PNRS, que incentiva a reciclagem dos produtos e proíbe o descarte de materiais recicláveis em lixões e aterros sanitários. Os equipamentos eletroeletrônicos não devem ser dispostos no lixo comum por conterem materiais nocivos ao meio ambiente (metais pesados) e de interesse econômico (como ouro e prata). Portanto, torna-se essencial a coleta do resíduo eletroeletrônico e o envio para empresas especializadas em sua reciclagem. O processo de reciclagem de eletroeletrônicos geralmente está dividido nas seguintes etapas, consecutivamente: 1. Eliminação dos dados, no caso de equipamentos de informática 2. Pesagem 3. Desmontagem 4. Separação dos diferentes tipos de materiais 5. Compactação dos materiais semelhantes 6. Processamento mecânico e/ou químico para recuperação de materiais de valor 7. Tratamento e disposição de resíduos perigosos Por meio da reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos, é possível se obter matéria-prima para ser reutilizada no processo produtivo, reduzindo a extração de mais recursos naturais. Alguns insumos gerados podem ter outra aplicação, pela indústria de cerâmica ou de pigmento. No entanto, a reciclagem de eletroeletrônicos gera resíduos que nem sempre podem ser totalmente reaproveitados. Por isso, o Rio 2016 reforça a necessidade da correta disposição destes rejeitos em aterros, de modo a evitar riscos à saúde da comunidade e minimizar os impactos ambientais. 12

O Rio 2016 recomenda aos fornecedores a leitura do Guia de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, elaborado por este comitê organizador e disponível em http://portaldesuprimentos.rio2016.com. 4.6.2 LOGÍSTICA R EVERSA A logística reversa é definida na PNRS como o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Ou seja, a logística reversa pretende assegurar que materiais recicláveis de um produto eletroeletrônico possam retornar ao seu setor produtivo no fim de sua vida útil. Para que a logística reversa seja eficiente, é necessário que todas as partes relacionadas ao processo contribuam para o encaminhamento correto dos equipamentos eletroeletrônicos, seja para reciclagem ou destinação final adequada. O Rio 2016 entende que a implantação de um sistema de logística reversa gera benefícios que vão além da minimização do impacto ambiental, como: Fortalecimento da indústria de reciclagem Redução de fontes de energia não renováveis Geração de emprego e renda para cooperativas Redução do descarte incorreto de equipamentos eletroeletrônicos Aumento da conscientização da população sobre práticas ambientais e de sustentabilidade 13

5 ROTULAGEM 5.1 ENERGY STAR O Energy Star é um programa internacional voluntário de rotulagem sobre eficiência energética, criado pela Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency EPA) dos Estados Unidos em 1992. O programa Energy Star foi projetado para promover inovações de economia de energia e informar os consumidores acerca dos produtos. A concessão do selo Energy significa que determinado produto consome menos energia que outros da mesma categoria. Originalmente, o selo era utilizado para certificar exclusivamente computadores e monitores, mas hoje abrange categorias como eletrodomésticos, eletroeletrônicos em geral, equipamentos de escritório, entre outras. 5.2 ROTULAGEM AMBIENTAL - ABNT O rótulo ecológico ABNT é um programa de rotulagem (ecolabelling) que envolve uma metodologia voluntária de certificação sobre o desempenho ambiental de produtos ou serviços. Rótulo ambiental é um selo que identifica, dentro de uma categoria específica de produtos e serviços, a preferência por questões ambientais a partir de considerações sobre o ciclo de vida. Diferentemente de outros símbolos verdes ou de declarações feitas por fabricantes ou fornecedores, o rótulo ambiental é concedido a produtos ou serviços por uma entidade de terceira parte, de maneira imparcial e com base em diferentes critérios previamente definidos. 14

O rótulo ecológico auxilia os consumidores na escolha de bens mais sustentáveis, configurando-se num diferencial no mercado para o produto que o ostenta. 5.3 SELO PROCEL O selo Procel Eletrobrás de Economia de Energia é um produto desenvolvido e concedido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia através de sua secretaria-executiva mantida pela Eletrobrás. O selo Procel auxilia os consumidores na identificação de produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de uma mesma categoria. A aplicação do selo estimula a fabricação e comercialização de produtos mais eficientes, contribuindo tanto para o desenvolvimento tecnológico como para a preservação do meio ambiente. A Eletrobrás conta com a parceria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), executor do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), na concessão do selo Procel, cujo principal produto é a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence). Os produtos contemplados com o selo Procel são caracterizados pela faixa "A" da ENCE. 15

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A aquisição de produtos eletroeletrônicos é indispensável para o sucesso dos Jogos Rio 2016. Assim, é igualmente essencial que este processo ocorra de maneira a gerar o menor impacto ambiental e social possível, disseminando também boas práticas entre as empresas do setor. O Comitê Rio 2016 acredita ser de extrema importância que o mercado fornecedor nacional se qualifique para tais desafios, proporcionando: Estímulo à economia brasileira Desenvolvimento e profissionalização da mão de obra local Redução da demanda por produtos cujo processo de importação envolva logísticas complexas, emissões volumosas de gases de efeito estufa e difícil identificação das práticas sociais e ambientais no local de origem Finalmente, e considerando as medidas sustentáveis de seus fornecedores desde a operação até a destinação dos produtos comercializados após os Jogos, o Comitê Rio 2016 tem como perspectiva, como parte de seu legado Olímpico e Paralímpico, o acompanhamento de suas cadeias produtivas para que, efetivamente, enraízem as boas práticas do mercado. 16

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