UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR BA WALTER COSTA PORTO



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR BA CONSULTA SOBRE A LEGALIDADE DE MATRICULA A PORTADORES DE DIPLOMAS DE NIVEL UNIVERSITÁRIO SEM EXIGÊNCIA DE NOVO CONCURSO VESTIBULAR WALTER COSTA PORTO 1 - RELATÓRIO O Professor José Carlos Almeida da Silva, Reitor da Universidade Católica de Salvador, Bahia, encaminha consulta sobre a legalida de matrícula a portadores de diplomas de nível universitário sem exigência de novo concurso vestibular. No seu novo Estatuto e Regimento, a Universidade acolheu tal modalidade de matricula. "por entender que a finalidade do concurso vesti bular é a apuração de conhecimentos básicos in dispensáveis ao aprendizado de Curso Superior. Assim, transpondo os umbrais de um Estabelecimento de Ensino Superior, teria o candidato com provado maturidade para realizar estudos em tal nível. Ora, uma vez diplomado nada impediria que obtivesse matricula em outro curso do mesmo grau eis que, para tanto, já se habilitara por via de Concurso Vestibular Unificado',' Com esse entendimento não se conformou, entretanto, a Faculdade de Direito da Universidade,e encaminhou,á Reitoria, expediente com pareceres de Professores da respectiva Congregação considerando as matriculas em referencia "veladoras da Lei N 5 540/68".

Segundo os professores, A citada Lei N 5 540/68 condiciona, expressamente, a matricula de candidatos ao curso de gradua ção nas Universidades ã conclusão do ciclo colegi al ou equivalente e ã classificação em concurso vestibular. Assim, a matricula especial não está prevista em nenhum dispositivo do diploma em apreço, nem cons ta da legislação superveniente que lhe modificou diversos artigos. Vigente ã época em que o exame vestibular classificava candidatos pelo sistema seletivo, com a exigência de média mínima para efeito de aprovação, a lei anterior,desde que não preenchidas, por concurso de habilitação, as vagas existentes, abria ensejo à matrícula especial a portadores de diplomas de nível superior, devidamente selecionados por meio de critérios preestabelecidos....a legislação,sob cuja sombra concedia-se o fa vor da matrícula especial, está revogada. Mas é bem de ver-se que, se no sistema seletivo anterior eventualmente restavam vagas, porque inferior o numero dos candidatos que alcançavam a média mínima em relação ã quantidade de vagas oferecidas, no atual sistema classificatório ocorre precisamente o inverso. Ha quase um lustro,vem sendo concedidas pela Reitoria, com a ir resignação da Faculdade de Direito, "matriculas especiais", que já se elevam a cerca de cinco centenas, em prejuízo das atividades acadêmicas, pelo mal que a concessão desse favor descreve em sua trajetória, até com a superlotação das salas de aula de que também resulta o deficiente aproveitamento dos alunos. E propõem, então, finalmente, que doravante, a matricula I em cursos de graduação ministrado pela Faculdade de Direito seja aberta, em cumprimento da Lei, apenas aos "candidatos que hajam concluído o ciclo colegial ou equiva

lente e tenham sido classificados em concurso vestibular" específico". II. PARECER A informação da Coordenadoria de Assuntos Jurídicos deste Conselho, de fls. 10 a 13 do processo, traça um preciso quadro das decisões deste colegiado sobre a matéria e da legislação que a disciplina. No Parecer CFE N 18/65 estabeleceu-se que "É imprescindível, nos termos da lei, que as vagas e xistentes sejam oferecidas igualmente aos candidatos em forma de concurso. Permitir que alguém se matricule, preterindo outros que concorrem, seria conceder privilégio não autorizado pela lei. Concluído, porem, o concurso de habilitação e restando ainda vaga após a matricula dos candidatos classificados, não seria contrária á lei a permissão de matricula a candidatos diplomados por curso superior, pois as principais exigências estariam sa tisfeitas, isto é, a capacidade do candidato (razo avelmente presumida no caso) e a igualdade de oportunidades aos candidatos 1.' Tratando do incremento de matrículas em estabelecimentos de ensino superior em 1969, o Decreto Lei nº 405, de 31 de dezembro de 1968, dispôs que Art. 29 - Se não forem preenchidas todas as vagas, ou sendo estas em numero maior que o de candidatos a universidade respectiva deverá realizar novo con curso vestibular. Parágrafo Único - Para o preenchimento das vagas, poderá a unidade optar, segundo critérios que esta belecer, pelo aproveitamento de candidatos habilitados em concursos vestibulares prestados perante estabelecimentos congêneres. O Parecer CFE N 639/71 estendeu o benefício do Parecer CFE N 18/69 a estudantes ainda não diplomados, mas sofreu correção pelos Pareceres nos. 866/80 e 830/81.Correção, porem, que não elimina a possibilidade de abusos hoje

verificados. Indica a CAJ ter conhecimento "de vários pleitos no Judiciário de alunos já diplo mados em um curso superior que se matriculam em disciplinas isoladas (sem verificação de vaga no curso, portanto, mas tão somente naquela disciplina) e que depois de obterem aprovação em certo numero delas pretenderam ser matriculados como aluno regular. Alegavam: não precisar fazer vestibular por já serem diplomados por outro curso superior e já terem obtido certo numero de créditos que, uma vez aditados àqueles que poderiam ser considerados equivalentes, lhes asseguraria matricula já no 2º ou 3º ano do novo curso. Realmente um artifício pois inexistia vaga para que fossem considerados dispensados do concurso vestibular, razão pela qual a matricula como aluno regular lhes fora negada. Mas obtendo um crédito ali e outro acolá apresenta ram-se com um currículo meio composto, exigindo lhes fosse reconhecida a condição de aluno regular E conclui, então, pela conveniência de uma revisão nos termos em que foi vasado o Parecer CFE N 18/65. 000 Cabe realmente, a nosso ver, uma melhor definição ou corre ção dos pronunciamentos deste Conselho que se seguiram ao Parecer N 18/65. Mas a idéia central daquele texto esclarece inteiramente a consulta aqui feita : somente se resultarem vagas após a matricula dos candidatos classificados no concurso vesti bular é que se pode cogitar de aproveitamento de candidatos já diplomados em curso superior. Poder-se-ia alegar que, no gozo da autonomia tão enfatiza - da pela legislação em vigor, as universidades - atendidas as "conveniências do ensi no, como indica a lei N 7 165, de 14 de dezembro de 1983 - podem "fixar o numero de vagas iniciais de seus cursos de graduação". E, assim, podem amplia-las para aco lher aqueles já diplomados. Mas será, evidentemente,condenável essa ampliação, após a- Derto o concurso vestibular e determinado o numero de vagas no respectivo edital. Cremos, então, tenha inteira procedência o protesto da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Salvador quanto à matricula especial

no seu curso de graduação, indiscriminadamente, de portadores de diplomas de nível superior ou equivalente. Para o Reitor da Universidade, nada impediria que um já di plomado "obtivesse matricula em outro curso do mesmo grau, eis que, para tanto, já se habilitara por via de Concurso Vestibular Unificado". Impunha, no entanto, o Parecer CFE nº. 18/65 uma condição:que concluído o vestibular, restem vagas. E impõe a Lei N 7 165, de 14 de dezembro de 1983 - cuja regulamentação somente agora se ultima - um cuidadoso controle do numero de vagas iniciais dos cursos de graduação e a inviabilidade de alteração, depois de aberto o concurso vestibular, daquele numero, salvo os casos de transferência obrigatória previstos na legislação, e de repetência. A concessão indiscriminada de"matriculas especiais" na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Salvador,sem a ocorrência de vagas após o vestibular, se resume, afinal, a descumprimento da letra da Lei N 7 165/83 III. CONCLUSÃO DA CÂMARA Relator. A Câmara de Legislação e Normas -CLN acompanha o voto do Sala das Sessões, em Presidente Relator

IV - DECISÃO DO PLENÁRIO O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por unanimidade, a Conclusão da Câmara. Sala Barretto Filho, em 29 de 01 de 1987