III-040 - AVALIAÇÃO DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE EM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE FEIRA DE SANTANA - BA



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Transcrição:

III-040 - AVALIAÇÃO DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE EM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE FEIRA DE SANTANA - BA Helen Conceição dos Santos Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana. Estagiária da Equipe de Educação Ambiental da UEFS. Bolsista PROBIC/UEFS, Sandra Maria Furiam Dias (1) Engenheira Civil, Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento. Doutoranda em Saúde Pública FSP/UESP. Professora Assistente do Departamento de Tecnologia - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Coordenadora da Equipe de Educação Ambiental (EEA) e do Projeto Coleta Seletiva e Reaproveitamento do Lixo gerado no Campus da UEFS. FOTO NÃO DISPONÍVEL Endereço (1) : Rua Venezuela, 49 - Capuchinhos Feira de Santana - BA - CEP: 44035-500 - Brasil - Tel: (75) 625-7019 - e-mail: smfuriam@uefs.br RESUMO O gerenciamento dos resíduos sólidos gerados em serviços de saúde constitui-se das seguintes atividades: minimização, geração segregação, acondicionamento, coleta, transporte interno e externo e disposição final. Este trabalho é um estudo quantitativo descritivo que teve como objetivo diagnosticar o gerenciamento dos resíduos sólidos de um hospital na cidade de Feira de Santana. Constituiu-se da análise de questionários aplicados a 25 funcionários do hospital, sendo 17 pertencentes ao corpo de enfermagem e 08 a equipe de limpeza. Verificou-se que 94,1% do pessoal de enfermagem possuíam conhecimentos dos riscos imputados aos resíduos sólidos gerados no hospital, fato este relatado por todos os funcionários da limpeza. Foram vários os problemas diagnosticados tais como: acondicionadores irregulares; coleta e transporte inadequados; falta de uso dos EPIs; abrigo externo desapropriado, além da presença de inúmeros vetores neste abrigo. Recomenda-se a adoção de medidas que proporcionem um gerenciamento eficaz dos resíduos sólidos hospitalares, tais como ações de conscientização dos funcionários, supervisão das ações desempenhadas, correção imediata dos pontos críticos do processo, e a adequação de todo manejo conforme preconizado pela ABNT. PALAVRAS-CHAVE: Resíduos de Serviços de Saúde, Resíduos Sólidos, Gerenciamento.. INTRODUÇÃO Os Resíduos de Serviço de Saúde por suas características peculiares, deve ser tratado por medidas especiais que vão desde sua origem até o seu destino final. Para tal, deve-se obter as precauções necessárias à preservação do meio ambiente e dos indivíduos que os manuseiam, exigindo das autoridades Institucionais, Municipais, Estaduais e Federais, uma atuação conjunta para minimizar os riscos potenciais destes resíduos à saúde pública. Segundo a Organização Panamericana de Saúde - OPAS/OMS (1997), os resíduos dos serviços de saúde, são aquele gerados nos estabelecimentos de saúde durante a prestação de serviços assistencias, inclusive os gerados pelos laboratórios. A NBR 12.808 (BRASIL, 1993:d), classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde publica de modo a obter um gerenciamento adequado sem oferecer riscos aos trabalhadores ou à saúde coletiva e ao meio ambiente. Sendo assim, eles são classificados em três classes: Classe A Resíduo infectante: é todo aquele que por suas características de maior virulência, infectividade e concentração de patógenos, apresenta risco potencial à saúde pública, sendo subdividido em: ABES Trabalhos Técnicos 1

A 1 Material Biológico cultura, inóculo, mistura de microorganismos e meio de cultura inoculado proveniente de laboratório clínico ou de pesquisa, vacina vencida ou inutilizada, filtro de gases aspirados de áreas contaminadas por estes materiais; A 2 Sangue e hemoderivados bolsas de sangue após transfusão, com prazo de validade vencido ou sorologia positiva, amostra de sangue para análise, soro, plasma e outros subprodutos; A 3 Resíduos cirúrgicos, anatomopatológico e exsudato tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e outros líquidos orgânicos resultantes de cirurgia, necropsia e resíduos contaminados por estes materiais; A 4 Resíduos perfurocortantes composto por agulhas, ampolas, pipetas, lâminas de bisturi, lâminas de barbear e vidros quebrados ou que se quebram facilmente; A 5 Animais contaminados carcaça ou parte animal inoculado, exposto à microorganismos patogênicos ou portador de doença infecto contagiosa, bem como resíduos que tenham estado em contato com estes; A 6 Resíduos de assistência ao paciente secreções, excreções e demais líquidos orgânicos procedentes de pacientes, bem como os resíduos contaminados por estes materiais, inclusive resto de refeições. CLASSE B Resíduo especial: aquele cujo potencial de risco, associado à sua natureza físico-química, requer cuidados especiais de manuseio e tratamento. B 1 Rejeito radioativo material radioativo ou contaminado, com radionuclídeo proveniente de laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenha radionuclídeos em quantidade superiores aos limites de isenção especificados em norma, e cuja reutilização seja imprópria ou não prevista; B 2 Resíduo químico perigoso resíduo tóxico, corrosivo, inflamável, explosivo, reativo, geotóxico ou mutagênico conforme NBR10004 (BRASIL,1993:e). CLASSE C Resíduo comum: são todos aqueles que não se enquadram nas classes A e B e que, por sua semelhança aos resíduos domésticos, não oferecem risco adicional à saúde pública. Exemplo: resíduos de atividade administrativa, dos serviços de varrição e limpeza de jardins e restos alimentares que não entraram em contato com pacientes. É importante saber que os diversos tipos de resíduos gerados em instituições de saúde depende da complexidade do estabelecimento (posto médico, hospital regional, etc); já a quantidade, de vários fatores tais como: tipo, o número de pessoal, leitos ocupados, etc. O gerenciamento, dos resíduos de serviços de saúde compreende: minimização (não geração), planejamento, treinamento e supervisão do acondicionamento destes, de acordo com cada um tipo de resíduo; a coleta, de modo a não interferir na rotina do hospital; armazenamento interno e externo, no sentido de espera da coleta pública; tratamento visando o seu destino e disposição final. Para BERTUSSI (1994), os subsistemas de acondicionamento, coleta, transporte e armazenagem interna dos resíduos sólidos são partes integrantes de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, que deverá ser elaborado pelo prestador de serviço. O plano deve ser formulado de acordo com as características de cada estabelecimento e com base na NBR 12809 (BRASIL1993:a) e NBR12810 (BRASIL1993:c), o que corresponde a normas de procedimento no manuseio e coleta dos resíduos sólidos de serviços de saúde. Destacam-se três aspectos imprescindíveis no gerenciamento dos resíduos sólidos: a organização do sistema de manuseio dos resíduos sólidos, os aspectos técnicos operacionais e os recursos humanos. Estes aspectos contemplam a subdivisão do estabelecimento de saúde, de acordo com os serviços especializados de modo a obter uma classificação dos resíduos sólidos ali gerados, seguindo a NBR 12808 (BRASIL,1993:d) e a determinação bem definida de responsabilidade no manejo de tais resíduos, que segundo a OPAS/OMS (1997) são atribuídas a comissão de higiene e segurança do hospital, aos chefes de serviços especializados, responsáveis pela geração, segregação ou separação, acondicionamento ou tratamento e armazenamento dos resíduos sólidos, ao chefe do serviço de limpeza que é responsável pela coleta dos resíduos sólidos e sua transferência ao ponto de armazenamento externo e ao chefe de engenharia e manutenção, responsável por armazenar os resíduos no exterior do estabelecimento para proceder seu tratamento, comercialização e entrega ao serviço de coleta externa municipal. 2 ABES Trabalhos Técnicos

METODOLOGIA Este estudo caracteriza-se por ser quantitativo do tipo descritivo e foi realizado em um Hospital de Feira de Santana, filantrópico credenciado ao SUS e teve como objetivo de diagnosticar o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos na instituição. Os dados foram coletados de fonte primária, no período de outubro à novembro de 1999, tendo como instrumentos de coleta: a observação sistemática e não participativa de todo o processo de geração, segregação, acondicionamento, coleta interna, transporte interno e armazenamento externo; além da aplicação de questionário, contendo questões abertas, direcionado aos principais geradores e manipuladores dos resíduos produzidos (25 funcionários da instituição, sendo: 17 componentes da equipe de enfermagem, 8 serventes e sete chefes de setores). A análise de dados foi feita após catalogar as respostas semelhantes, agregando-as para posterior contagem percentual. RESULTADO E DISCUSSÃO A SEGREGAÇÃO, DESCARTE E ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO HOSPITAL EM ESTUDO Os dados da etapa inicial do gerenciamento dos resíduos que vai da segregação ao acondicionamento, foram obtidos das entrevistas aplicadas aos técnicos e auxiliares de enfermagem, aqui categorizados como Pessoal de Enfermagem. Dessa amostra obteve-se que 94,1% tem suas atividades voltadas para a assistência ao paciente e 41,2% prestam serviços administrativos. Segundo os componentes da equipe de enfermagem, os resíduos produzidos nas suas atividades são o papel, perfuro-cortantes, equipo, frasco de soro, algodão, gaze e curativos. A tabela 1 descreve o número de citações obtidas. Tabela 1. Distribuição dos resíduos produzidos durante as atividades realizadas pelo pessoal de enfermagem no hospital, Feira de Santana-BA nov. 1999. TIPO RESÍDUO N % C Papel 12 75,0 A4 Perfuro-cortante 10 62,5 A6 Equipo,frasco de soro 06 37,5 A6 Algodão, gaze, curativo 14 87,5 Além do resíduo comum, observa-se uma maior produção de resíduo infectante, tipo A6, seguido dos resíduos tipo A4, que correspondem aos perfuro-cortantes. Pelo exposto observa-se que o pessoal de enfermagem está ciente de que são produtores de resíduos de diversos tipos. Nesse sentido, o conhecimento das medidas de descarte e armazenamento são prioritários. Para o acondicionamento correto dos resíduos devemos dispor de recipientes adequados para cada tipo. Aspectos técnicos devem se considerados, tais como: hermetismo, impermeabilidade, estabilidade, forma adequada, peso leve e facilidade de limpeza e transporte. A forma de acondicionamento utilizados pelo pessoal de enfermagem para acondicionar os resíduos tipo A4 e A6 está descrito na tabela 2 e 3. ABES Trabalhos Técnicos 3

Tabela 2. Tipos de acondicionadores utilizados pelo pessoal de enfermagem para o descarte dos resíduos tipo A6 gerados no hospital em estudo, Feira de Santana BA, nov. 1999. TIPO N % Balde envolto em saco branco leitoso com simbologia 07 43,75 Balde envolto em saco plástico comum 09 56,25 TOTAL 16 100,00 Tabela 3. Tipos de acondicionadores utilizados pelo pessoal de enfermagem para o descarte dos perfuro-cortantes no hospital, Feira de Santana - BA, nov. 1999. TIPO N % Caixa comum 02 11,8 Caixa de papelão vedada 15 88,2 TOTAL 17 100,0 Observa-se que 88,2% do pessoal de enfermagem soube descrever o tipo de acondicionador adequado para o descarte dos perfuro-cortantes, ou seja, a caixa de papelão vedada. De uma forma geral, todos os pesquisados realizam a segregação dos perfuro-cortantes do restante dos resíduos sólidos. Conforme observações realizadas nas unidades do Hospital, verificou-se uma inadequação dos acondicionadores às normas preconizadas na NBR 12.809, que recomenda, por exemplo, o hermetismo, observado apenas nos apartamentos. Contudo esses acondicionadores não possuíam pedal, que evitaria a manipulação direta destes recipientes. Outro fato observado, é que os acondicionadores individuais dispostos nas enfermarias para os resíduos comuns de cada paciente, ou seja, os da classe C também são utilizados para o descarte dos resíduos infectantes - classe A.Quando na realidade estes últimos deveriam ser descartados em acondicionadores distintos dos resíduos comuns e afastados do paciente, diminuindo assim o risco de contaminação. Já os recipientes para os perfuro-cortantes que deveriam ser herméticos e resistentes pelo risco potencial que estes possuem, são compostos de caixa de papelão mal adaptadas, mal vedadas e pouco resistente. É interessante destacar que as observações foram realizadas nos três turnos, onde foram detectados os mesmos problemas. Vale destacar que as adaptações podem ser feitas desde que não burle as normas de segurança preconizadas. Verificou-se que existe por parte de alguns funcionários esta preocupação e conseqüente implementação das medidas necessárias, coexistindo na mesma instituição diversas formas de lidar com os perfuro cortantes. Outro fato que merece destaque é a associação dos riscos potenciais dos resíduos sólidos com os cuidados tomados no desenvolvimento das atividades. Tabela 4 resume os resultados obtidos. Tabela 4. Tipos de riscos atribuídos aos resíduos sólidos dos serviços de saúde pelo pessoal de enfermagem no hospital em estudo, Feira De Santana-BA, nov. 1999. RISCO N % Contaminação 9 56,25 Ferimento 3 18,75 Contaminação / Ferimento 4 25,00 TOTAL 16 100,00 Os profissionais reconhecem que há riscos na manipulação dos resíduos sólidos do hospital no desenvolvimento de suas atividades. Os principais riscos percebidos foram a contaminação, ferimento ou ambos. As respostas em sua totalidade foram todas relativas aos riscos dos materiais perfuro-cortantes. Verificando uma certa analogia ao ferimento por se tratar de material perfurante e/ou cortante. Já a 4 ABES Trabalhos Técnicos

contaminação e a infecção advém por se tratar de material que contem solução de continuidade de outrem, mais especificadamente: sangue. Uma vez detectado o conhecimento dos riscos potenciais de cada resíduo, procurou-se conhecer os cuidados adotados pelos profissionais no manejo dos resíduos sólidos hospitalares. A tabela 5 mostra os resultados obtidos. Tabela 5. Cuidados relacionados pelo pessoal de enfermagem do hdpa ao manusear os resíduos sólidos hospitalares, Feira de Santana-BA, nov. 1999. CUIDADOS N % Uso de EPI 8 47,0 Atenção durante os procedimentos 12 70,6 Segregação no acondicionamento 6 35,3 Lavagem das mãos 1 5,9 Na tabela 5 observa-se que a medida predominante adotada pelos profissionais refere-se a atenção na manipulação dos resíduos, citada por 70,6% dos profissionais. Em segundo lugar, temos o uso de EPI, 47%, citado como medida de prevenção. No entanto, nas observações realizadas, verificou-se que o uso deste é esporádico, tendo como justificativa a falta desses equipamentos na instituição. BENEVIDES (1999), cita dentre outras obrigações do empregador, o fornecimento de EPIs suficientes para uso diário bem como tornar obrigatório o uso dos mesmos, e relata ainda como obrigação do empregado a não realização de funções que ponham em risco a sua vida por falta dos EPIs. A tabela 6 mostra os equipamentos utilizados pelo pessoal de enfermagem. Tabela 6. EPIs mais utilizados segundo o pessoal de enfermagem do hospital em estudo, Feira de Santana-Ba, nov. 1999 EPIs MAIS UTILIZADOS N % Gorro 06 18,2 Máscara 07 21,2 Luva 12 36,4 Capa 05 15,1 Óculos 00 00 Pró-pé 03 9,1 TOTAL 33 100,0 As luvas e a máscara apareceram como EPI mais utilizado pelos pesquisados, já que estes são freqüentemente requeridos na maioria dos procedimentos. A COLETA E O TRANSPORTE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Para avaliar essa fase do gerenciamento dos resíduos sólidos no hospital em estudo, foi aplicada a entrevista ao pessoal denominado de serventes, pois os mesmos manipulam diretamente os resíduos, quer seja coletando-os ou transportando-os. São também eles responsáveis diretos pela disposição final dos resíduos. A tabela 7 mostra o tempo de serviço desses pessoal no hospital em estudo. ABES Trabalhos Técnicos 5

Tabela 7.Tempo de serviço dos serventes no hospital em estudo, Feira de Santana-BA, nov. 1999 TEMPO DE TRABALHO N % 1 5 anos 01 12,5 6 10 anos 02 25,0 11 15 anos 03 37,5 16 20 anos 01 12,5 20 anos 01 12,5 TOTAL 33 100,0 Cerca de 62,5% dos entrevistados possuem de 6 a 15 anos de tempo de serviço no hospital em questão, e realizam as atividades de limpeza geral, coleta e transporte de resíduos sólidos nas diversas unidades da instituição. Informam que recebem treinamento para a realização das mesmas. A educação continuada como parte integral das atividades dos funcionários é de fundamental importância para a melhoria de qualidade funcional e operacional das atividades desenvolvidas por toda e qualquer instituição. No desenvolvimento das funções dos serventes faz-se necessário a utilização de certos equipamentos de proteção individual (EPIs), equipamento estes normatizados na NBR 12810 (BRASIL, 1993:c). A tabela 8 lista os equipamentos de segurança utilizados e citados pelos funcionários na realização de suas atividades. Tabela 8. Identificação dos EPIS pelos serventes, Feira de Santana, nov. 1999. EPI N % Gorro 08 100 Máscara 08 100 Luva 08 100 Capa 02 25 Óculos 02 25 Farda 08 100 Bota 07 8,75 A NBR 12809 (BRASIL 1993: a) preconiza que no manuseio de resíduos de serviços de saúde, o funcionário deve usar equipamento de proteção individual, sendo discriminado na NBR 12810 (BRASIL 1993: c) os seguintes equipamentos: uniforme; luvas; botas; gorro; mascara; óculos e avental. Na tabela 8 vemos que os profissionais reconhecem os EPIs que deveriam ser utilizados diariamente para realização das suas tarefas. Sendo que apenas 27,5% dos pesquisados não relataram o uso de botas. Já o óculos e a capa de proteção foi citada por 25 % dos entrevistadas. Apesar do relato destes funcionários sobre os equipamentos de proteção individual utilizados, observou-se que seu uso não é efetivo. Muitos dos entrevistados apesar de referenciarem o uso de botas e máscara não o faziam, justificando através de expressões: não gosto de usar as máscaras ; não me sinto bem. É do senso comum desses profissionais o conhecimento de que realmente existem riscos potenciais imputados pelos resíduos sólidos dos serviços de saúde. A tabela 9, relaciona os riscos percebidos por esses funcionários e na tabela 10 os cuidados que, segundo eles, se deve ter ao manusear os resíduos. Tabela 9. Tipo de risco imputados aos resíduos hospitalares pelos serventes, Feira de Santana-BA, nov.1999. Tipo N % Contaminação 05 62,5 Ferimento 01 12,5 Contaminação-Ferimento 02 25,0 TOTAL 08 100,0 6 ABES Trabalhos Técnicos

Tabela 10. Cuidados no manuseio dos resíduos sólidos adquiridos pelo serventes, Feira de Santana-BA, nov. 1999 TIPO DE CUIDADOS N % EPI 02 25,0 Atenção + EPI 03 37,5 Transporte no carrinho + atenção 01 12,5 EPI + Atenção + Transporte 02 25,0 TOTAL 08 100,0 A coleta consiste em transferir os resíduos do seu local de geração, para o armazenamento intermediário ou temporário. Ela deve acontecer no mínimo duas vezes por dia, por pessoal treinado e devidamente paramentado e equipado. Tabela 11. Forma de coleta dos resíduos utilizados pelos serventes, Feira de Santana-BA, nov. 1999 Forma N % Saco plástico vedado (SPV) 01 12,5 SPV dentro de balde com carrinho 07 87,5 TOTAL 08 100,0 Pela tabela 11, observa-se que a coleta é feita por 87,5%, dos entrevistados utilizando-se sacos plásticos vedados que são dispostos em baldes, sobrepostos a carrinhos. Do mesmo modo, a caixa de perfurocortante após vedada é coletada em saco plástico que depois é vedada por 100% dos entrevistados no momento da coleta. A realização do transporte dos resíduos em carrinhos específicos é realizados por 62,5% das pessoas que compõem a amostra, por quanto que 25% o realiza manualmente. É válido ressaltar que não é errado o transporte manual dos resíduos se observado os seguintes itens: no preenchimento, o conteúdo não deve ultrapassar 1/3 de seu volume; vedar com um nó ou barbante; utilizar EPI no transporte e ter atenção. Durante a entrevista alguns destes profissionais relataram acidentes com perfuro cortante durante a realização de suas tarefas devido ao seu descarte inadequado. Uma importante observação a ser feita é quanto ao hermetismo dos carrinhos, que apesar dos relatos positivos sobre a coleta, na prática observamos o transporte em baldes sem tampa, circulando pelos corredores da instituição. Quanto à disposição final dos resíduos de serviço de saúde na instituição é realizada pelos próprio serventes que afirmam colocar tais resíduos ensacados dentro de acondicionadores localizados na casinha ou abrigo externo. Porém o fato é que muito desses resíduos são dispostos de forma incorreta do lado de fora do abrigo, formando um verdadeiro lixão, exposto a diversos vetores, inclusive de gatos que circulam pelo local. O abrigo externo devia ser construído de acordo com as especificações do NBR 12810, isto é, construído em alvenaria, fechado e datado apenas de aberturas teladas, pisos e paredes revestido com material liso, lavável e de cor clara; abertura para fora e proteção na parte superior, prevenindo vetores. Ter ponto de água; ralo sifonado ligado a rede de esgoto; iluminação artificial; facilidade de acesso a coleta; identificação com a simbologia infectante. No entanto, o abrigo externo do hospital em estudo embora construído em alvenaria, apresenta-se aberto com piso e parede não lavável, não possui ponto de água, iluminação e identificação. CONCLUSÃO Após análise dos resultados, constatamos que tanto o pessoal de enfermagem quanto os serventes tem conhecimento das normas norteadoras do gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos no hospital e referem utilizá-las nas suas atividades. No entanto o que se observou é que existem alguns fatores que contribuem para não aplicabilidade das normas por estes. Os fatores são oriundos da própria instituição e dos ABES Trabalhos Técnicos 7

próprios funcionários, sendo que a instituição não oferece o suporte ou recursos técnicos operacionais adequados às normas preconizadas pela ABNT, além de não controlar as ações de seus subordinados, quebrando desta forma uma parte importante do ciclo do gerenciamento. Foram vários os problemas diagnosticados tais como: acondicionadores irregulares; coleta e transporte inadequados; falta de uso dos EPIs; abrigo externo desapropriado, além da presença de inúmeros vetores neste abrigo. Recomenda-se a adequação do abrigo externo aos moldes propostos na NBR 12.810 (Brasil, 1993) e a adoção de medidas que proporcionem um gerenciamento eficaz dos resíduos sólidos hospitalares, tais como ações de conscientização dos funcionários, supervisão das ações desempenhadas, correção imediata dos pontos críticos do processo, e a adequação de todo manejo conforme preconizado pela ABNT. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BENEVIDES, T.O. A utilização de EPI pelo auxiliar de enfermagem na unidade de emergência do Hospital Geral Cleriston Andrade. Monografia. Feira de Santana,1999. 2. BERTUSSI, L. A. F. Jornada Norte Nordeste sobre inspeção hospitalar. Fortaleza, SESAB, 1987. 3. CHIAVENATO, I. Introdução a Teoria Geral da Administração. ed. MARKRON BOOKS 1997, 5ªed, São Paulo. 4. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS/OMS). Guia para o manejo interno de resíduos sólidos em estabelecimento de saúde. OMS, 1997. 5. BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12809. Manuseio de resíduos de serviços de saúde. São Paulo, 1993: a. 6... NBR 12807. Resíduos de serviços de saúde: terminologia. São Paulo, 1993: b. 7... NBR 12810. Coleta de resíduo de serviços de saúde: Procedimentos. São Paulo, 1993: c. 8... NBR 12808. Resíduo de serviços de saúde: Classificação. São Paulo, 1993: d. 9... NBR 10004. Resíduos sólidos de serviços de saúde: Definições. São Paulo, 1993: e. 8 ABES Trabalhos Técnicos