UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS



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Transcrição:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Análise do cumprimento da Emenda Constitucional 29/2000 pelos municípios do estado de São Paulo. Zilda Araujo de Assis Orientadora: Profª. Drª. Flávia Mori Sarti Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à pós-graduação, (Especialização em Gestão de Políticas Públicas). São Paulo 2012

2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Análise do cumprimento da Emenda Constitucional 29/2000 pelos municípios do estado de São Paulo Zilda Araujo de Assis Orientadora: Profª. Drª. Flávia Mori Sarti São Paulo 2012

3 Avaliação do Trabalho de Conclusão de Curso Título: Análise do cumprimento da Emenda Constitucional 29/200 pelos municípios do estado de São Paulo Autora: Zilda Araujo de Assis Ano:2012 Profª. Drª. Flávia Mori Sarti Orientadora Nota:

4 SUMÁRIO Introdução...10 O Sistema Único de Saúde...12 O orçamento do SUS...14 A Lei Complementar 141/2012 Despesas com saúde...15 Gasto obrigatório com ações e serviços de saúde...18 Formas de controle de gastos em saúde...23 Histórico do percentual mínimo aplicado pelos municípios do estado de São Paulo, de acordo com a E.C.29/2000 (período de 2000 a 2008)...25 Histórico do percentual mínimo aplicado pelos estados brasileiros de acordo com a E.C.29/2000 período de 2000 a 2011...40 Tabela de Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal 2007...43 Tabela do IDH mundial de 2011...45 Material e Métodos...47 Resultados...49 Referências...52

5 Dedicatórias e Agradecimentos Quando decidi fazer esta pós-graduação eu tinha um sonho, o de me realizar profissionalmente, mais conhecimento e mais um importante e relevante curso no meu currículo. O sonho tornou-se realidade logo em seguida, mais precisamente em setembro. O curso iniciou-se em agosto, portanto me trouxe muita sorte esta decisão, assim, agradeço aos responsáveis da Universidade de São Paulo e deste TCESP por esta iniciativa e realização, por esta grande oportunidade e pela facilidade de ter as aulas no mesmo local de trabalho. Dedico às minhas filhas Bruna e Bárbara e minha boneca Lara (minha netinha querida de 2 aninhos) pelo incentivo, quando eu chegava em casa mais tarde, nos dias de curso, lá estavam elas me esperando para dar aquele beijo gostoso de boa noite e sorriamos quando a Lara dizia: você estava na escola vovó? Dedico à minha mãe Ana, que mesmo a distância sempre me deu muita força, mesmo na sua simplicidade sempre me incentivou... ao meu pai Antonio sempre na dele (calado) mas o seu olhar refletia a sua alegria quando falávamos desse curso... Adoro meus pais! Agradeço primeiramente a Deus, pela luz que deu a minha vida... Por esta oportunidade, pela força, disposição, paz, fé e muita saúde neste período. Agradeço ao Senhor Conselheiro Dr. Fulvio, Presidente à época que iniciou o curso (2010), pela iniciativa da implantação do mesmo, proporcionando a todos nós (estudantes) conforto, num espaço agradável nesta Corte, facilitando assim a nossa vida, bem como, os lanches preparados todos os dias com todo carinho pela equipe de apoio, oferecidos também pela Presidência. Foi ele a primeira pessoa a me parabenizar quando viu a minha inscrição na pós-graduação no DOE, dizendo ser uma atitude plausível a minha...fiquei muito feliz com este elogio.

6 Por fim, a minha orientadora, Flávia Mori Sarti, que mesmo eu, sem muito tempo para pesquisar, sem muito planejamento (pois estava organizando a viagem/mudança da minha filha Bárbara para a Europa), consegui, na medida do possível, concretizar este trabalho, graças aos materiais que me forneceu, a sua paciência e todo apoio que necessitei...

7 Epígrafe O que costumamos chamar de milagres, nada mais é do que o resultado simples e natural da combinação destas duas forças: trabalho e método.... Autor desconhecido E preciso acreditar em algo e, sobretudo, é preciso ter um sentimento de responsabilidade coletiva, pelo qual cada um de nós é responsável pelos outros. Saramago

8 Resumo O presente trabalho tem a finalidade de abordar questões relativas ao financiamento da saúde por meio da análise do cumprimento da Emenda Constitucional 29 (Lei Complementar n. 141/2012) pelos municípios do estado de São Paulo, e sua relação com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal. A maioria dos países admite o direito à saúde como direito fundamental humano e como obrigação do Estado, busca o aperfeiçoamento das ações de saúde, no seu mais amplo conceito, a fim de construir uma sociedade mais justa e solidária. No entanto, ainda há muitas falhas nos sistemas de saúde pública, principalmente com relação à universalidade do atendimento. Atualmente, tem sido objeto de discussões o reconhecimento do direito à saúde, pois, enquanto há argumento jurídico ligado aos direitos sociais, também existe resistência para admitir a saúde como bem econômico. A saúde, como um direito humano, só pode ser alcançada em um Estado de Direito, que tem atos alicerçados na ordem jurídica. Por isso tem de existir, e isso vem ocorrendo, pouco a pouco uma positivação dos direitos humanos. A saúde pública foi marcada, nos últimos anos, por um grande esforço para satisfazer à demanda da população por um serviço de qualidade, tanto em infraestrutura como em capacitação profissional. Diante da complexidade do setor da saúde o alcance de tal objetivo depende, em grande medida, da estabilidade dos investimentos, fator fundamental para a redução das desigualdades regionais e a humanização da assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das principais conquistas da saúde pública no Brasil foi a promulgação da Emenda Constitucional 29/2000, regulamentada pela Lei

9 Complementar 141/2012, que estabelece percentuais mínimos de aplicação em saúde. Palavras-chave: Saúde Pública; Sistema Único de Saúde; Emenda Constitucional 29/2000; Políticas Públicas de Saúde; Lei Complementar n. 141/2012.

10 Introdução A criação do SUS (Sistema Único de Saúde) em 1988 e o crescimento econômico do país não foram suficientes para ampliar os recursos da saúde no Brasil ao longo dos anos Os atuais gastos com a saúde pública no país ficam muito abaixo do que é investido por nações que também oferecem saúde gratuita, como Reino Unido, Alemanha, Canadá e Espanha. O Ministério da Saúde informa que o Brasil gastou 3,6% do (Produto Interno Bruto - soma de todas as riquezas do país) com a saúde pública, em dados de 2008, último balanço oficial contando Estados e Municípios. O valor corresponde a quase R$109 bilhões. De acordo com dados da OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 56% do que é investido no Brasil vem de recursos públicos. Já os países citados, não investem menos de 6% de seu PIB no setor público de saúde. Com isso, 60% a 70% do que é gasto com saúde é responsabilidade dos governos, conforme relatório da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS, 2008). Segundo Aquilas Mendes isso mostra que o Brasil, mesmo tendo mudado seu perfil econômico, ainda esta longe de ter o status de desenvolvimento no setor da saúde. O nosso país gasta muito pouco com saúde pública. Em 2010 gastou-se 4% do PIB, aproximadamente R$127 bilhões. Nós teríamos que chegar a gastar além disso, mais 2% do PIB para nos igualarmos aos países citados, teríamos que investir pelo menos mais R$83 bilhões (total de 6% do PIB). Somando o setor privado (planos de saúde e gastos particulares), o total dos gastos com saúde no Brasil chega a 8,4% do PIB. Isso representa metade do índice investido pelos Estados Unidos (16%) e ainda abaixo da média dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que aplicam 9% de suas riquezas nesta área.

11 Se compararmos o que esses países investem com o que se investe no Brasil, nós temos uma defasagem de 30 anos. E quando comparados por números absolutos, em PIB per capita, aí nem se compara, a defasagem beira 50 anos (Lígia Bahia, diretora da Associação Brasileira de Saúde Coletiva ABRASCO). Somente em 1946, com a criação da (OMS) Organização Mundial de Saúde o setor foi considerada como estado de completo bem estar físico, mental e social (ONU, 1948). Em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo XXV, define-se a saúde como uma das condições necessárias à vida digna. Artigo XXV. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de sua subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. Organização das Nações Unidas 1948. Em 1988, foi promulgada a mais moderna carta magna do nosso país que veio definir saúde como um direito social (artigo 6º) e direito fundamental (artigo 196). Assim a administração pública como um todo, passa a ser responsável pela promoção e meios efetivos do direito à saúde do seu povo (Brasil, 1988). Canotilho em sua Teoria da Constituição Dirigente, aborda com propriedade e problemática do que deve ( e pode) uma constituição ordenar aos órgãos legiferantes e o que deve (como e quando deve) fazer o legislador

12 para cumprir, de forma regular, adequada e oportuna, as imposições constitucionais. O Sistema Único de Saúde (SUS) O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei 8.080/90, que:...regula em todo território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. (Brasil, 1990-A, artigo 1º). Cada ente federativo tem competências específicas na gestão do SUS (União, Estados e Municípios). No âmbito Federal, as políticas de saúde são negociadas e pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no âmbito Estadual, são negociadas e pactuadas pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e deliberadas pelo Conselho Estadual de Saúde (CES), no âmbito Municipal, as políticas de saúde são aprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS). O SUS é regulado por um conjunto de princípios ético-doutrinários e organizacionais-operacionais. Os princípios éticos-doutrinários compreendem a universalidade, a equidade e a integralidade da saúde, ou seja, definem que a saúde é um direito de todos os cidadãos, devendo assim corrigir desequilíbrios sociais e regionais atendendo às necessidades do cidadão em todos os níveis de complexidade (Brasil, 2000). Os princípios organizacionais-operacionais englobam a descentralização dos serviços, a regionalização e a hierarquização da rede de atendimento e a participação social. Os princípios tornam os entes federativos corresponsáveis pela gestão do sistema, exigindo ações articuladas e

13 institucionalizando a democracia participativa por meio dos conselhos de saúde (Brasil, 2000). Simultaneamente, a lei nº. 8.142/90 trata da participação da comunidade na gestão do sistema e das transferências intergovernamentais de recursos financeiros, tendo como objetivo: I a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; II a formulação de políticas de saúde destinada a promover, nos campos econômicos e social, a observância do disposto no 1º do artigo 2º desta lei; III a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. (Brasil 1990-B, artigo 5º). Esse aspecto demonstra a necessidade do envolvimento da população em todo tipo de ação ou problema voltado para a saúde. Segundo o Ministério da Saúde, em 2011, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi considerado como um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, abrangendo desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, com a garantia de acesso integral, universal e gratuito à toda população do Brasil.

14 O orçamento do SUS Tendo em conta a fase difícil do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) nos anos 90, onde nenhuma norma jurídica obrigava a União, Estados e Municípios a repassarem recursos públicos para a saúde, aparece a necessidade de elaborar legislação que assegurasse os repasses financeiros mínimos para as ações e serviços públicos desse âmbito. Assim, foi proposta a Emenda Constitucional nº 29/2000, aprovada pelo Senado em 13 de setembro de 2000 com o objetivo de garantir que a União, Estados e Municípios apliquem percentuais mínimos de recursos orçamentários em ações e serviços públicos de saúde. Primeiramente foi definido o percentual mínimo de 7% a ser aplicado por estados e municípios durante a regra de transição 2000 a 2004 a fim de facilitar o ajuste orçamentário desses entes federativos. A partir de 2005, caso a Lei Complementar prevista pelo artigo 198, 3º, da Constituição Federal não fosse aprovada, os Estados, Municípios e Distrito Federal deveriam seguir os percentuais para o ano de 2004. No caso da União, fica definido, para o ano de 2000, o montante empenhado em ações e serviços públicos de saúde no exercício financeira o de 1999, acrescido de, no mínimo, 5% (cinco por centos); para os anos 2001 a 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB). (BRASIL, 2000 p.16) Ao final de 2004 deveriam destinar-se recursos até atingirem 12% de sua receita, no caso dos Estados e 15% no caso dos Municípios. No ano 2000 nenhum Estado e Município poderia aplicar menos que 7% da receita vinculada. Para o período de 2001 a 2004,

15 a diferença entre o efetivamente aplicado e os percentuais estipulados de 12% e 15% deverá ser reduzida na razão mínima de um quinto ao ano. (Campelli e Calvo, 2007, p.2) A Emenda Constitucional prevê, ainda, alguns instrumentos para controlar, fiscalizar e monitorar os gastos, como o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) que auxilia em grande medida o Conselho de Saúde, pois consegue reunir várias informações e ainda constrói indicadores que possibilitam analisar o comportamento referente aos gastos com a saúde. Outra ferramenta de controle é o Relatório de Gestão. Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012 Despesas com saúde A Emenda Constitucional n. 29, de 2000, estabeleceu limites mínimos de recursos a serem aplicados na saúde, mas suas determinações não tiveram o impacto esperado em função da ausência de regulamentação de suas disposições. Não havia na Emenda definição do que são ações e serviços públicos de saúde, de forma que muitos gestores incluíram, no cômputo dos gastos com saúde, despesas estranhas à área, como pagamento de aposentadorias e pensões de servidores e despesas com merenda escolar, coleta de lixo, etc. De acordo com a L.C. n.141/2012 a União investirá em saúde o valor aplicado no exercício anterior acrescido, no mínimo, da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) no ano anterior ao da lei orçamentária. Na prática em 2012, a União aplicará o empenhado em 2011 mais a variação do PIB de 2010 para 2011, somando cerca de R%86 bilhões. A medida equivale ao que já é feito atualmente no governo federal.

16 Já os estados terão de aplicar 12% de suas receitas, e os municípios, 15%. O Distrito Federal deverá investir 12% ou 15% conforme a origem da receita. A lei vedou que se incluísse, no cálculo dos percentuais mínimos a serem destinados à saúde, gastos com merenda escolar e programas de alimentação, saneamento básico, limpeza urbana e preservação do meio ambiente, pagamento de aposentadorias e pensões (inclusive dos servidores da saúde), ações de assistência social, obras de infraestrutura, entre outras ações. O diploma também listou gastos que podem ser considerados despesas de saúde e arrolou, entre estes, a vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária: o saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos; o manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças. Também são despesas de saúde a remuneração do pessoal ativo da área da saúde e sua capacitação; a produção, compra e distribuição de medicamentos, sangue e derivados; a gestão do sistema público de saúde e as obras na rede física do SUS. Sobre a fiscalização, atribuiu-se aos Tribunais de Contas, no âmbito de suas atribuições, a verificação da aplicação dos recursos mínimos de cada ente da Federação sob sua jurisdição. Nas disposições finais, também se consignou que as infrações aos dispositivos serão punidos segundo Código penal, a Lei de Crimes de Responsabilidade e a Lei de Improbidade Administrativa. A regulamentação da Emenda Constitucional n. 29/2000, através da Lei Complementar n.141/2012, gerou muita discordância no Congresso Nacional. A questão crucial envolveu o repasse feito pelo governo federal e a possibilidade de se criar um novo tributo para financiar, com outras receitas que não as existentes, a saúde pública.

17 Exauridos os impasses e sob vetos da Presidente Dilma, o texto final não agradou nem aos Estados nem aos Municípios. Já se manifestaram entidades organizadas da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Médica Brasileira (AMB) formando uma parceria para apresentar um novo projeto de lei que visa rediscutir a efetividade da vinculação de recursos da União para outras esferas. A justificativa é objetiva; ainda que a Emenda Constitucional 29 esteja regulamentada pela Lei Complementar 141/2012 não houve avanço no aspecto do financiamento da política de saúde. As esperanças depositadas na regulamentação da emenda não se tornaram realidade. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e o Ibope, no mês de janeiro próximo passado, revelou que 95% da população brasileira acredita que a saúde pública precisa de mais investimentos. Ou seja, há vontade popular clamando por uma saúde de acesso universal e com qualidade. Outros dados dessa mesma pesquisa também chamam a atenção; 68% da população brasileira utilizam-se unicamente do sistema público de saúde. No artigo 5º da Lei Complementar 141/2012 dispõe que cabe à União aplicar em saúde o montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta lei Complementar, acrescidos de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da Lei orçamentária anual. As diretrizes do texto aprovado para a aplicação dos valores mínimos quer pela União, Estados e Municípios são inequívocas. Não há espaço para interpretações análogas que resultem no desvio de verbas. Primeiro, está definido que o gasto público será com as ações e serviços públicos de saúde de acesso universal, igualitário e gratuito. Embora ainda seja cedo para dizer que a lei será cumprida, a sociedade possui uma espécie de cartilha para fiscalizar as ações dos gestores públicos.

18 Apenas os recursos estaduais e municipais não são suficientes para resolver os problemas deste setor. Há Municípios pobres e sem médicos, Estados com baixa arrecadação. E o que é mais relevante, maus gestores. Ainda assim, há milhões de brasileiros à espera de atenção primária básica, que é o começo para se ter equilíbrio nas contas da saúde, considerando que tratamentos complexos a pacientes crônicos custam muito caros. Alguma coisa precisa ser feito e com urgência, como o projeto de lei de iniciativa popular, visando mais avanços e transparências no financiamento do setor e, consequentemente a sociedade deve se mobilizar para exercer o seu direito ao acesso à boa saúde no país. Gastos obrigatórios com ações e serviços de saúde No artigo 3º, da Lei Complementar 141/2012, há a identificação das despesas próprias da saúde. I - vigilância em saúde, incluindo a epidemiologia e a sanitária; II- atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência terapêutica a recuperação de deficiências nutricionais; III- capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS); IV- desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS; V- produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos; VI saneamento básico de domicílios ou pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar;

19 VII saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos; VIII manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças; IX investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, reforma, ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde; X - remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividades nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais; XI ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde; e XII gestão do sistema público de saúde e operação de unidades prestadoras de serviços públicos de saúde (BRASIL, 2012). Há de se notar que a inclusão do saneamento básico e manejo ambiental dependem de certas condições como: a) Atuação em domicílios e pequenas comunidades, com a devida aprovação do Conselho de Saúde; b) Atuação em comunidades quilombolas; c) Controle de vetores de doenças. Então, não é qualquer despesa de saneamento e meio-ambiente que se agrega ao mínimo constitucional do setor; prova disso, a Lei 141, mais adiante (artigo 4º, V e VII), exclui, do mínimo constitucional, as despesas habituais, corriqueiras, gerais, de saneamento e meio ambiente. Não se constituem despesas de saúde as que perfilam no artigo 4º da mesma lei:

20 I pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive dos servidores da saúde; (Obs. O TCESP aceitava, até então, somente os déficits previdenciários da área da Saúde, visto que as contribuições patronais e funcionais já tinham sido computadas em momento anterior); II- Pessoal ativo da área de saúde quando em atividade alheia à referida área (OBs. Trata-se dos desvios de função também previstos no artigo 71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB); III - assistência à saúde que não atenda ao principio de acesso universal: (Exemplo: planos de assistência médica e odontológica para servidores públicos, os chamados planos fechados); IV merenda escolar e outros programas de alimentação, ainda que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do artigo 3º, (Obs.: programas de alimentação explicitados nos planos locais de saúde, esses sim, podem se inserir nos mínimos da Saúde; eis a ressalva do artigo 3º, II); V saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituições para essa finalidade; VI limpeza urbana e remoção de resíduos; VII preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entidades não governamentais; VIII ações de assistência social; (ex.: programas de distribuição de alimentos, cujas ações não estejam inseridas no plano local de saúde; ex; bolsa-família); IX obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a

21 rede de saúde; (ex.: asfaltamento e iluminação em frente a hospitais e postos de saúde); X ações e serviços públicos de saúde custeados com recursos distintos dos especificados na base de cálculo definida nesta Lei ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde. (Obs.:tratam-se das despesas bancadas por recursos adicionais da Saúde, ou seja, receitas que nada tem a ver com impostos (ex.:pab, remuneração de Serviços Produzidos, Multas da Vigilância Sanitária, Operações de Crédito, Rendimentos de Aplicação Financeira das contas do fundo local de saúde) (BRASIL, 2012). Os estados continuarão investindo, na saúde, 12% da receita de impostos, quer os diretamente arrecadados, quer os transferidos por outro nível do governo. Da mesma forma, cabe aos municípios aplicar 15% da mesma receita. De igual modo, a União empregará o valor do ano anterior mais percentual equivalente ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Na apreciação legislativa da Lei 141 afastou-se a exclusão, da base de cálculos, dos 20% retidos pelo FUNDEB, vindo isso a confirmar posição do TCESP de que eventual perda junto ao Fundo, é sim, receita efetiva do ente perdedor e, ao contrário dos modelos da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), há de a perda ser computada na receita corrente líquida, o denominador sobre o qual se apuram os limites da despesa de pessoal, dívida consolidada, operações de crédito, entre outros. Demais disso e a partir da lei em comento, sobreditos percentuais incidirão sobre qualquer compensação financeira proveniente de impostos e transferências constitucionais, quer isso dizer, a base, de cálculo da Saúde passa a incluir os recursos da Lei Kandir (Lei 87, de 1996). A União e os Estados informarão os Conselhos de Saúde e os Tribunais de Contas sobre os valores que serão transferidos a outros entes estaduais, no

22 contexto das transferências obrigatórias doo SUS, bem assim dos repasses voluntários. Bem como a partilha constitucional de impostos federais e estaduais (IPI, ICMS, IPVA) os repasses do SUS nada têm de voluntários; são transferências obrigatórias; não podem sofrer qualquer restrição; aliás, isso foi também prescrito no artigo 25 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Para ter em conta os 15% dos Estados e os 12% do Município será computada a despesa liquidada e paga no exercício e mais os gastos não liquidados desde que contem estes com disponibilidade de caixa. Na hipótese de posterior cancelamento ou prescrição daqueles empenhos não liquidados, os Estados e Municípios empregarão, no ano seguinte ao da anulação, o valor correspondente, sem prejuízo do percentual mínimo a ser aplicado no exercício corrente. Assim, diante do artigo 24. 1º e 2º da Lei 141, fica derrogado o entendimento de que os restos a Pagar da Saúde devem ser quitados até 31 de janeiro do ano seguinte, estivessem eles liquidados ou não. Audacioso esse comando da nova lei, eis que: 1- Não se estabelece limite para o total de empenhos não liquidados; 2- Não se põe prazo para processamento e pagamento desses resíduos não liquidados; 3- Conforme a magnitude dos empenhos não liquidados, não se pode dizer que, no ano de inserção da despesa, a Saúde foi beneficiada com despesa mínima obrigatória; de 15% (município) ou 12% (estado); 4- O Controle Externo terá dificuldade em identificar o cancelamento ou a prescrição de empenhos não liquidados, visto que, por índole não orçamentária (financeira), a conta Restos a Pagar não se evidencia, no mais das vezes, atrelada à despesa orçamentária de origem;

23 5- Mesmo que o ente estatal não cometa desvios ou fraudes, ainda assim, a aplicação faltante acontecerá somente no ano seguinte ao da anulação dos Restos a Pagar; agrava isso a inexistência de prazo para tal cancelamento (EX.: alusivo ao exercício de 2012, Restos a Pagar não liquidados poderá ser cancelado talvez somente em 2017); 6- O mandatário seguinte pode ser penalizado pelo não pagamento de empenhos realizados na gestão anterior. Nos termos do artigo 40, cabem aos Poderes Executivos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios disponibilizarem aos respectivos Tribunais de Contas, informações sobre o cumprimento desta lei, com a finalidade de subsidiar as ações de controle e fiscalização. Formas de controle de gastos em saúde A Emenda Constitucional 29/2000 estabeleceu os percentuais mínimos de investimento pelos Estados, Municípios e União, baseando suas fixações em pesquisas a partir do Índice de Desenvolvimento Humano, assim, as administrações sofrem controle no sentido do respeito ao percentual mínimo de investimento no setor (BRASIL, 2000). De outra parte, a Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) traz em seu bojo uma série de regras a serem respeitadas pelos administradores no investimento dos recursos públicos de uma forma geral, atingindo também os investimentos no setor da saúde. quantitativo. Essas duas formas controlam o gasto, a partir de um ponto de vista Como foi visto a emenda constitucional assegurou a existência de recursos para serem investidos no setor de saúde.

24 Contudo, em várias situações, embora presentes os recursos, a má qualidade do investimento acaba por inviabilizar o atendimento satisfatório à população. Nesse aspecto é fundamental o estabelecimento de controles qualitativos dos gastos no setor, a fim de otimizar o investimento que é realizado. Com efeito, as iniciativas do Poder Público devem enfatizar esse aspecto da despesa, implementando uma verdadeira análise de resultados, a fim de que não sejam desperdiçados os recursos de um setor tão importante. Como exemplo dessa constatação, podemos citar a atitude de premiar municípios com atendimento na área da saúde, iniciativa que, além de identificar anomalias do sistema, incentiva a boa gestão de recursos.

25 Histórico do percentual mínimo aplicado pelos municípios do estado de São Paulo, de acordo com a E.C 29/2000 (período de 2000 a 2008) UF MUNICÍPIO CODIGO 2000 % 2001 % SP Adamantina 350010 9,4 10,5 10,3 12,76 16,32 18,6 17 16,98 16,98 SP Adolfo 350020 18,65 21,4 15,7 17,37 23,47 26,9 30,1 30,13 30,13 SP Aguaí 350030 19,53 23 21,3 22,62 22,33 22,4 24,2 24,19 24,19 SP Águas da Prata 350040 31,49 26,1 30,7 34,13 29,03 24,7 24 24,04 24,04 SP Águas de Lindóia 350050 16,9 19 20,8 19,83 20,11 19,6 21,5 21,48 21,48 SP Águas de Santa Bárbara 350055 16,08 15,1 16,1 18,6 16,91 17,6 20,4 20,43 20,43 SP Águas de São Pedro 350060 12,53 9,63 15,3 14,73 15,19 16,7 15,8 15,8 15,8 SP Agudos 350070 14,01 13,1 13,7 18,51 14,46 17,2 17,8 17,76 17,76 SP Alambari 350075 23,97 20,1 21,2 22,67 21,68 18 17,9 17,93 17,93 SP Alfredo Marcondes 350080 10,9 11,2 13 15,01 15,91 17,2 19,1 19,07 19,07 SP Altair 350090 23,04 19 22,6 25,55 27,39 25 26,1 26,1 26,1 SP Altinópolis 350100 18,52 13,8 16,3 19,13 20,79 24 23,4 23,43 23,43 SP Alto Alegre 350110 25,88 24,5 25,8 24,78 27,45 26,2 27,5 27,48 27,48 SP Alumínio 350115 16,59 16,6 14,1 18,28 16,26 15,8 16,3 16,34 16,34 SP Álvares Florence 350120 13,95 15 15,8 19,89 22,11 17,6 18 18 18 SP Álvares Machado 350130 16,87 12,3 20,3 17,7 17,72 20,3 19,9 19,87 19,87 SP Álvaro de Carvalho 350140 13,96 13,9 15,9 19,26 26,37 18,4 21,2 21,19 21,19 SP Alvinlândia 350150 17,74 11 19,2 24,36 25,8 23,9 24,6 24,59 24,59 SP Americana 350160 27,61 29 18,1 18,83 2,49 21,9 20,7 20,65 20,65 SP Américo Brasiliense 350170 33,96 31,8 33,5 36,2 29,37 29,7 31,6 31,57 31,57 SP Américo de Campos 350180 13,82 17,2 14,9 22,78 15,66 21,8 17,1 17,11 17,11 SP Amparo 350190 19 20,5 20,5 20,72 19,69 21,5 20,8 20,81 20,81 SP Analândia 350200 14,9 14,5 19,5 20,6 22,49 22,9 25,1 25,09 25,09 SP Andradina 350210 16,96 22,8 21,1 22,12 24 3,04 23,5 23,48 23,48 SP Angatuba 350220 13,36 18,5 23,2 22,95 20,34 24 25,6 25,59 25,59 SP Anhembi 350230 22,24 24,2 22 22,29 22,5 20,2 22,5 22,52 22,52 SP Anhumas 350240 12,35 10,3 17 19,97 18,6 19,2 18,9 18,92 18,92 SP Aparecida 350250 13,2 15,4 16 15,02 16,03 15,4 15,1 15,13 15,13 SP Aparecida d'oeste 350260 13,76 15,2 17,4 19,13 16,66 15 15,2 15,24 15,24 SP Apiaí 350270 17,52 19,7 26 23,89 20,21 23,8 25,6 25,56 25,56 SP Araçariguama 350275 18,58 23,5 19,3 18,57 17,27 17,8 19,2 19,15 19,15 SP Araçatuba 350280 9,77 18,2 22,4 17,95 18,11 20 20,3 20,29 20,29 SP Araçoiaba da Serra 350290 24,12 21,1 22,2 24,72 25,9 19,4 20,1 20,05 20,05 SP Aramina 350300 20,8 19 19 20,9 19,37 17,9 21,8 21,78 21,78 SP Arandu 350310 19,79 21,5 21,2 21,7 15 19,6 21,2 21,17 21,17 SP Arapeí 350315 16,64 7,77 26,9 24,26 26,97 23,1 22,9 22,89 22,89 SP Araraquara 350320 21,54 20,9 19,4 16,32 17,43 22,3 24,1 24,09 24,09 SP Araras 350330 10,31 12,8 16,2 15,81 15,58 16,6 16,9 16,89 16,89 2002 % 2003 % 2004 % 2005 % 2006 % 2007 % 2008 %

26 SP Arco-Íris 350335 10,2 10,8 13,7 14,17 17,55 16,9 17,1 17,07 17,07 SP Arealva 350340 10,24 11,6 15,2 15,02 15,49 15,5 15 15,03 15,03 SP Areias 350350 13,97 17,7 18,1 17,9 16,31 15,9 15,3 15,33 15,33 SP Areiópolis 350360 11,59 18,5 18,8 20,79 21,79 21,1 23,3 23,3 23,3 SP Ariranha 350370 21,58 20 22,2 21,54 24,42 19,9 19,8 19,81 19,81 SP Artur Nogueira 350380 21,01 22,7 21,8 20,27 20,26 25,5 27,5 27,54 27,54 SP Arujá 350390 10,36 19,2 10,2 13,3 17,19 17,7 16,2 16,16 16,16 SP Aspásia 350395 14,82 12,9 15,3 17,63 15,52 16 17,2 17,24 17,24 SP Assis 350400 16,99 18,3 21,7 20,21 20,36 16,3 22,8 22,82 22,82 SP Atibaia 350410 14,92 14,1 16,1 16,4 17,28 17,8 17,4 17,39 17,39 SP Auriflama 350420 15,15 16,1 23,8 22,53 21,6 20,1 21 20,95 20,95 SP Avaí 350430 10,1 12,6 15 16,1 18,42 18,6 17,2 17,2 17,2 SP Avanhandava 350440 19,04 16,2 14,4 11,55 16,37 16,4 15,1 15,14 15,14 SP Avaré 350450 16,4 16,1 18,5 23 21,14 17,8 19,5 19,46 19,46 SP Bady Bassitt 350460 20,14 19 17,7 19,24 16,37 16 20,2 20,15 20,15 SP Balbinos 350470 10,85 13,8 12,5 16,28 12,48 15,7 16,8 16,78 16,78 SP Bálsamo 350480 15,04 15,4 23,2 28,16 23,16 18,8 21,5 21,48 21,48 SP Bananal 350490 12,76 15,4 18,1 20,06 24,35 22,9 24,9 24,94 24,94 SP Barão de Antonina 350500 15,47 11,2 12,2 15,56 16,29 18,2 17,1 17,06 17,06 SP Barbosa 350510 19,88 17,8 22,2 20,2 16,89 19,7 23,9 23,87 23,87 SP Bariri 350520 5,19 13,2 14,9 20,48 20,29 19,4 20,3 20,3 20,3 SP Barra Bonita 350530 8,75 10,9 14,3 19,74 21,42 21 18,6 18,58 18,58 SP Barra do Chapéu 350535 17,74 19,7 24,7 16,58 14,44 16,6 21,6 21,6 21,6 SP Barra do Turvo 350540 12,06 14,9 18,1 25,53 22,59 22,3 21 20,95 20,95 SP Barretos 350550 12,6 11,9 13,4 15,77 15,22 18,2 20,9 20,88 20,88 SP Barrinha 350560 36,43 26,4 20,2 24,89 28,3 22,6 36,7 36,7 36,7 SP Barueri 350570 18,55 17,6 19,3 16,62 18,5 21,3 21,1 21,11 21,11 SP Bastos 350580 12,86 19,9 19,4 22,04 18,63 23 24 24 24 SP Batatais 350590 20,42 20,1 21,8 22,79 24,13 22,9 23,4 23,4 23,4 SP Bauru 350600 18,95 18,6 20,4 20,1 17,93 20,3 19,7 19,67 19,67 SP Bebedouro 350610 19,98 17 19,2 23,03 15,27 19,4 21,1 21,08 21,08 SP Bento de Abreu 350620 15,42 14,9 14,9 14,52 16,86 17 20,4 20,38 20,38 SP Bernardino de Campos 350630 17,72 18,5 15,4 22,39 26,06 23,1 22,1 22,06 22,06 SP Bertioga 350635 22,56 21,3 17,6 24,37 22,76 23 26,3 26,26 26,26 SP Bilac 350640 14,08 12,4 17,6 17,78 16,27 16,3 22 21,99 21,99 SP Birigui 350650 18,95 18,6 22,6 23,9 19,53 18,6 19,6 19,63 19,63 SP Biritiba-Mirim 350660 24,52 24,7 23,5 26,62 32,67 33,9 32,1 32,09 32,09 SP Boa Esperança do Sul 350670 19,89 20,6 24,5 23,97 28,03 19,1 21,3 21,26 21,26 SP Bocaina 350680 5,95 12,6 19,1 18,67 16,76 15,1 15,6 15,58 15,58 SP Bofete 350690 16,93 21,6 17,8 25,38 20 17,9 22,6 22,55 22,55 SP Boituva 350700 13,92 17,1 16,6 19,76 20,42 20,5 22,7 22,67 22,67 SP Bom Jesus dos Perdões 350710 22,6 20,2 17,7 26,26 23,58 24,5 24,5 24,51 24,51 SP Bom Sucesso de Itararé 350715 10,14 14,7 14,7 18,55 17,31 16,7 15 15,03 15,03 SP Borá 350720 13,87 14,5 16,1 22,83 19,76 15,3 16 16,01 16,01

27 SP Boracéia 350730 16,75 15,5 13,8 16,37 20,85 17,3 17,1 17,08 17,08 SP Borborema 350740 15,73 18,4 20,6 21,5 22,06 23,2 25,3 25,34 25,34 SP Borebi 350745 13,94 14,9 18,7 17 15,99 15,6 16,7 16,68 16,68 SP Botucatu 350750 8,78 12,6 13,9 13,14 16,88 15,2 15,2 15,23 15,23 SP Bragança Paulista 350760 7,73 12,6 13,6 18,02 17,67 18,9 15 15 15 SP Braúna 350770 14,38 17,8 14,4 19,17 19,97 19,2 24,6 24,58 24,58 SP Brejo Alegre 350775 26,32 22,8 25,1 21,78 19,82 20,3 22,2 22,15 22,15 SP Brodowski 350780 28,01 29,4 28,3 32,68 27,41 23,9 23,2 23,24 23,24 SP Brotas 350790 10,89 13,1 16,4 18,11 18,76 17,9 19,6 19,6 19,6 SP Buri 350800 15,12 14 15,8 15,21 18,19 19,3 22 22,04 22,04 SP Buritama 350810 21,02 22,8 23,8 20,51 21,84 22,2 20,1 20,11 20,11 SP Buritizal 350820 13,79 22,7 19,4 20,01 18,44 21,5 19,2 19,19 19,19 SP Cabrália Paulista 350830 22,77 18,2 21,2 22,45 20,76 18,7 23,5 23,54 23,54 SP Cabreúva 350840 24,4 25 22,1 24,8 24,64 22,9 25,8 25,79 25,79 SP Caçapava 350850 28,82 35,5 35,2 34,52 27,92 24,3 24 24,01 24,01 SP Cachoeira Paulista 350860 10,76 14,7 16,6 26,21 23,51 22,9 22,9 22,93 22,93 SP Caconde 350870 13,44 17,8 16,6 15,69 16,03 16,6 21,7 21,7 21,7 SP Cafelândia 350880 13,31 12,5 14,5 14,91 13,04 15 16,1 16,09 16,09 SP Caiabu 350890 12 17,2 20,6 22,83 17,38 16,7 13,3 13,28 13,28 SP Caieiras 350900 14,49 13,6 18 16,64 23,04 20 19,5 19,53 19,53 SP Caiuá 350910 11,36 17,5 15,1 18,59 13,62 19,6 15,2 15,24 15,24 SP Cajamar 350920 13,15 19,7 21 19,2 16,83 22,3 20,2 20,18 20,18 SP Cajati 350925 23,77 23,5 26,1 29,38 29,08 26 28,6 28,57 28,57 SP Cajobi 350930 12,85 17,7 18 18,56 21,08 18,7 20,7 20,74 20,74 SP Cajuru 350940-0,54 17,5 20,3 25 14,24 21,5 24,3 24,34 24,34 SP Campina do Monte Alegre 350945 14,6 20,8 22,1 19,55 20,53 22,4 25,5 25,54 25,54 SP Campinas 350950 20,34 21,5 23,5 24,11 21,17 22,9 22,8 22,81 22,81 SP Campo Limpo Paulista 350960 20,18 15,2 15,6 17,97 15,62 17,9 21,2 21,2 21,2 SP Campos do Jordão 350970 11,7 16,1 15,1 15,67 16,92 21,1 21,1 21,12 21,12 SP Campos Novos Paulista 350980 14,94 15,3 16,6 18,68 17,78 19,6 22,8 22,77 22,77 SP Cananéia 350990 14,88 16 17,4 21,06 21,81 27,7 30,3 30,31 30,31 SP Canas 350995 8,73 12,3 14,6 17,4 16,63 19,1 16,8 16,83 16,83 SP Cândido Mota 351000 16,36 17,1 16,2 17,35 17,39 18,8 21,5 21,53 21,53 SP Cândido Rodrigues 351010 18,61 18 16,5 21,2 24,88 25,4 25 24,99 24,99 SP Canitar 351015 17,82 12,8 14,7 14,75 15,94 17,7 15,8 15,75 15,75 SP Capão Bonito 351020 18,91 18,4 23,8 23,46 19,8 22,4 22 21,99 21,99 SP Capela do Alto 351030 28,54 26 26,4 28,1 29,44 26,6 26,8 26,8 26,8 SP Capivari 351040 18,27 15,3 16 16,14 15,61 17 21,6 21,6 21,6 SP Caraguatatuba 351050 20,32 18,7 22,3 23,1 24,86 28,6 27,9 27,9 27,9 SP Carapicuíba 351060 18,83 17,3 23,8 21,8 18,76 23,4 27,9 27,86 27,86 SP Cardoso 351070 12,78 14,3 14,3 20,19 18,41 17,5 21,5 21,52 21,52 SP Casa Branca 351080 17,35 17,8 17,5 16,52 16,13 15 15,4 15,39 15,39 SP Cássia dos Coqueiros 351090 25,06 24,6 27,1 28,9 26,93 17,3 18,6 18,58 18,58 SP Castilho 351100 11,88 14 18,1 22,55 25,89 21,8 20,3 20,26 20,26

28 SP Catanduva 351110 8,86 11,2 14,5 15,34 16,23 16,7 21 21,04 21,04 SP Catiguá 351120 16,98 17,3 17,3 19,23 18,28 16,8 24 24,01 24,01 SP Cedral 351130 17,19 19 20 19,44 20,23 28,1 24,5 24,49 24,49 SP Cerqueira César 351140 7,94 13,7 15,5 18,74 19,15 18,8 21,5 21,53 21,53 SP Cerquilho 351150 18,72 20,6 21,9 21,09 20,25 22,5 22,1 22,05 22,05 SP Cesário Lange 351160 8,37 23,7 20,8 23,57 24,09 20,3 19,8 19,82 19,82 SP Charqueada 351170 15,54 15,3 16,1 18,28 17,28 15,6 17,2 17,19 17,19 SP Chavantes 355720 15,92 15,8 15,9 19,61 17,29 19,8 18,9 18,92 18,92 SP Clementina 351190 8,06 15,9 19,4 17,67 18,25 19,8 20,9 20,91 20,91 SP Colina 351200 22,75 17,9 15,7 18,21 18,47 15,9 17,2 17,2 17,2 SP Colômbia 351210 25,44 24,3 27,2 29,25 29,13 28 27,9 27,94 27,94 SP Conchal 351220 16,87 20,8 22,1 25,08 20,05 17,6 20,8 20,77 20,77 SP Conchas 351230 16,79 12,6 18 20,63 17,94 17,6 17,8 17,83 17,83 SP Cordeirópolis 351240 28,3 28,3 17,8 16,14 21,02 15,3 18,2 18,21 18,21 SP Coroados 351250 17,7 8,93 23,1 24,31 20,24 21,6 25,7 25,73 25,73 SP Coronel Macedo 351260 25,12 16,7 15,6 19,38 19,42 14 19,3 19,31 19,31 SP Corumbataí 351270 15,86 14,7 18,8 18,62 17,33 17,4 19,7 19,7 19,7 SP Cosmópolis 351280 5,66 16,2 16,4 19,17 20,73 21 20,3 20,29 20,29 SP Cosmorama 351290 20,82 12,7 17,3 22,07 17,95 17,1 19,6 19,63 19,63 SP Cotia 351300 9,91 14,6 17,1 16 15,47 16,4 17,4 17,35 17,35 SP Cravinhos 351310 16,56 16,9 17,9 18,82 18,25 17,7 16,8 16,76 16,76 SP Cristais Paulista 351320 14,97 13,3 15,1 17,94 19,53 21,9 22,1 22,13 22,13 SP Cruzália 351330 19,17 17,8 17,4 20,24 15,91 16,9 20,9 20,87 20,87 SP Cruzeiro 351340 18,27 20,1 16,6 17,42 24,17 23,8 24,7 24,71 24,71 SP Cubatão 351350 24,79 16,5 20,5 19,11 18,71 16,6 19 19 19 SP Cunha 351360 11,41 11,4 18,1 13,97 15,07 15,3 17,6 17,55 17,55 SP Descalvado 351370 17,32 18,7 19,2 21,13 18,55 17,9 19,8 19,84 19,84 SP Diadema 351380 33,3 26,7 23,6 30,93 30,9 30,9 28,2 28,2 28,2 SP Dirce Reis 351385 10,45 13,9 17,9 17,78 19,16 16,8 18 17,99 17,99 SP Divinolândia 351390 22,44 15,4 18,6 17,33 16,65 19,9 17,8 17,77 17,77 SP Dobrada 351400 12,55 14,8 16 23,28 21,48 20,9 20,8 20,81 20,81 SP Dois Córregos 351410 11,54 15,9 17 18,46 20,7 18,4 18,1 18,13 18,13 SP Dolcinópolis 351420 8,77 9,2 11 11,95 12,76 15,4 16,7 16,7 16,7 SP Dourado 351430 18,26 24,8 21,8 19,22 20,2 18,8 21,3 21,3 21,3 SP Dracena 351440 15,58 17,8 19,7 16,93 16,15 17,5 18,8 18,75 18,75 SP Duartina 351450 13,05 17,4 19,7 21,32 15 24,1 21,9 21,88 21,88 SP Dumont 351460 14,44 14,7 13,4 15,8 16,21 15,1 15,6 15,56 15,56 SP Echaporã 351470 10,38 12,2 14 15,09 15,29 17,8 15,3 15,25 15,25 SP Eldorado 351480 17,4 17,5 21,6 22,14 20,66 25,7 24,8 24,77 24,77 SP Elias Fausto 351490 22,21 22,9 27,7 26,31 26,13 22 22 22,04 22,04 SP Elisiário 351492 17,76 14,2 20,3 18,21 15,94 15,7 16,4 16,36 16,36 SP Embaúba 351495 21,71 15,4 15,6 13,79 17,3 19,3 18,3 18,29 18,29 SP Embu 351500 11,71 19,4 20,6 20,61 19,67 21,4 23,7 23,71 23,71 SP Embu-Guaçu 351510 31,09 28,4 27,3 31,13 27,67 26,8 29,3 29,27 29,27

29 SP Emilianópolis 351512 12,61 13,9 19,6 16,52 18,66 16,2 17,9 17,94 17,94 SP Engenheiro Coelho 351515 30,5 19,7 18 21,19 14,98 26,8 23,9 23,89 23,89 SP Espírito Santo do Pinhal 351518 14,25 19,9 18,4 18,81 18,26 19,5 20,3 20,32 20,32 SP Espírito Santo do Turvo 351519 12,53 15,4 16,9 18,37 19,4 21 22,6 22,56 22,56 SP Estiva Gerbi 355730 22,68 15,1 24,5 28,82 22,77 24,1 18,9 18,93 18,93 SP Estrela do Norte 351530 13,74 15,5 18,9 17,38 15,49 15,9 15,4 15,42 15,42 SP Estrela d'oeste 351520 13,23 13,2 15,7 17,4 16,53 16,9 18,5 18,46 18,46 SP Euclides da Cunha Paulista 351535 17,51 14,9 31,9 34,12 17,26 20,3 22,4 22,43 22,43 SP Fartura 351540 15,07 17,9 16,5 19,57 17 17,4 17,3 17,27 17,27 SP Fernando Prestes 351560 21,52 23,6 28,5 24,16 23,38 23,9 32,5 32,49 32,49 SP Fernandópolis 351550 11,16 12,6 10,2 13,53 15,47 17,7 18 17,95 17,95 SP Fernão 351565 11,68 15,2 14,9 15,72 16,23 17 17,5 17,53 17,53 SP Ferraz de Vasconcelos 351570 12,69 8,42 15,3 24,13 27,47 17,6 18,1 18,05 18,05 SP Flora Rica 351580 13,04 12,3 13,6 18,09 14,09 15,5 18,8 18,82 18,82 SP Floreal 351590 17,06 16,3 17,6 19 16,69 3,09 20 20,02 20,02 SP Flórida Paulista 351600 12,03 12,4 14,3 18,21 17,42 18,5 19,1 19,05 19,05 SP Florínia 351610 16,09 17,9 19,7 21,22 21 20,8 20,9 20,85 20,85 SP Franca 351620 25,64 24,4 24 23,21 19,62 22,9 24 23,98 23,98 SP Francisco Morato 351630 17,44 21 19,1 20,34 24,74 24,6 24,7 24,69 24,69 SP Franco da Rocha 351640 21,24 20,8 20,2 24,28 22,63 16,2 20,3 20,33 20,33 SP Gabriel Monteiro 351650 16,31 16,9 16,9 17,79 17,85 16,3 16,5 16,47 16,47 SP Gália 351660 12,97 12,3 16,4 21,08 16,63 19,2 18,1 18,12 18,12 SP Garça 351670 18,25 14,2 17,8 16,91 16,29 16,7 16,4 16,37 16,37 SP Gastão Vidigal 351680 13,67 20,2 20 22,73 15,29 16,4 16,1 16,14 16,14 SP Gavião Peixoto 351685 14,46 18 20,8 23,49 19,46 30,6 22,8 22,81 22,81 SP General Salgado 351690 18,9 17,9 18,6 19,11 15,51 17 18,3 18,34 18,34 SP Getulina 351700 10,58 10,9 11,8 13,84 15,28 15 15,1 15,13 15,13 SP Glicério 351710 16,03 43,3 15,8 18,84 14,48 17,5 18,9 18,91 18,91 SP Guaiçara 351720 15,21 16,2 19,5 19,17 16,68 16,3 18,7 18,7 18,7 SP Guaimbê 351730 23,68 20,5 16,4 16,58 20,14 20,7 19,9 19,94 19,94 SP Guaíra 351740 17,14 21,7 22,7 23,4 21,76 18,9 19,6 19,62 19,62 SP Guapiaçu 351750 26,2 21,3 20,4 20,02 18,95 17,2 22,8 22,83 22,83 SP Guapiara 351760 22,98 22,6 31,7 31,04 28,87 36,9 35,9 35,86 35,86 SP Guará 351770 13,8 12,7 14,7 16,45 17,18 16 16,5 16,47 16,47 SP Guaraçaí 351780 14,19 12,6 15,1 16,49 15,89 16,1 16,1 16,08 16,08 SP Guaraci 351790 23,15 24,6 32,5 30,96 32,44 30,7 32,7 32,72 32,72 SP Guarani d'oeste 351800 16,07 8,52 11,9 15,81 15,97 15 15,6 15,61 15,61 SP Guarantã 351810 21,55 19,5 19,7 20,36 20,1 18,5 21,4 21,4 21,4 SP Guararapes 351820 17,62 15,8 16,1 16,97 17,57 19,5 19 18,98 18,98 SP Guararema 351830 14,46 23,9 17,4 14,28 15,17 15,4 17,6 17,62 17,62 SP Guaratinguetá 351840 21,63 19,5 19,5 20,82 16,3 18,6 23,1 23,11 23,11 SP Guareí 351850 13,99 15,1 15,8 15,06 17,65 15,3 20,2 20,18 20,18 SP Guariba 351860 14,02 17,1 17,9 18,06 17,65 23,3 25,2 25,2 25,2 SP Guarujá 351870 14,11 15,4 18 20,23 20,89 18,7 18,8 18,76 18,76

30 SP Guarulhos 351880 14,6 14,2 15,7 17,85 17,73 18,9 19,8 19,83 19,83 SP Guatapará 351885 25,76 22,9 23,9 21,69 21,15 26,5 27 26,97 26,97 SP Guzolândia 351890 13,2 14,9 17,3 17,69 17,75 17 17,7 17,65 17,65 SP Herculândia 351900 15,51 13,6 16,1 17,52 18,13 20,9 19,5 19,5 19,5 SP Holambra 351905 20,31 21,6 20 23,12 21,17 24,4 21,3 21,31 21,31 SP Hortolândia 351907 19,26 19,4 16,6 14 18,89 26,5 21,7 21,7 21,7 SP Iacanga 351910 15,01 13,8 13,9 17,29 17,07 17,5 18,9 18,94 18,94 SP Iacri 351920 14,27 14,4 16,1 17,14 16,49 16,1 16,5 16,47 16,47 SP Iaras 351925 14,52 14,6 16,6 20,13 20,6 19,3 20,2 20,16 20,16 SP Ibaté 351930 18,74 16,6 22,9 34,25 23,15 26,1 24,1 24,09 24,09 SP Ibirá 351940 17,99 16,3 20,1 19,43 19,22 15,8 15,4 15,39 15,39 SP Ibirarema 351950 11,32 11,7 13,3 16,11 16,69 18,3 20,7 20,73 20,73 SP Ibitinga 351960 25,75 30,7 17,2 17,29 15,98 19,2 15,8 15,79 15,79 SP Ibiúna 351970 13,33 21,4 26,3 29,78 26,05 27,9 25,4 25,41 25,41 SP Icém 351980 17,72 16 18,6 17,71 17,04 19,5 21,3 21,29 21,29 SP Iepê 351990 30,13 29,3 31,8 33,68 41,86 31,4 27,3 27,28 27,28 SP Igaraçu do Tietê 352000 8,51 10,2 12 13,59 17,17 20,1 23,1 23,13 23,13 SP Igarapava 352010 4,53 5,53 9,25 15,76 15,72 15,3 18 17,95 17,95 SP Igaratá 352020 29,31 40,1 36,8 32,52 32,57 26,6 20,8 20,8 20,8 SP Iguape 352030 10,99 20,8 22,6 26,33 30,69 24,5 23,9 23,88 23,88 SP Ilha Comprida 352042 15,29 20,9 16,7 18,48 15,08 15 15,8 15,76 15,76 SP Ilha Solteira 352044 13,56 15 18,3 19,95 19,58 19,5 23,1 23,13 23,13 SP Ilhabela 352040 37,46 39,9 62,9 49,88 44,67 46,5 44,3 44,29 44,29 SP Indaiatuba 352050 30,45 21,6 20,2 20,83 20,6 20,4 19 18,97 18,97 SP Indiana 352060 9,87 10,9 18,7 21,17 18,31 18,6 18,2 18,19 18,19 SP Indiaporã 352070 7,82 17,8 15,4 18,12 15,84 20 18,3 18,28 18,28 SP Inúbia Paulista 352080 11,32 13,4 12,2 16,29 17,49 18,9 18,5 18,48 18,48 SP Ipauçu 352090 16,26 18,8 21,1 20,01 20,93 25,1 23,3 23,25 23,25 SP Iperó 352100 22,81 21,3 21,9 22,49 26,62 22,6 28,1 28,09 28,09 SP Ipeúna 352110 14,44 15,1 18,7 20,63 18,06 19,1 21,6 21,55 21,55 SP Ipiguá 352115 17,66 19,3 23,3 21,8 18,52 20,5 22,8 22,8 22,8 SP Iporanga 352120 17,65 18 20,1 17,89 18,83 18,6 21 21,01 21,01 SP Ipuã 352130 17,23 19 22 22,1 24,39 22,6 19,1 19,05 19,05 SP Iracemápolis 352140 13,49 22,4 18,4 26,2 20,46 20,1 22,6 22,55 22,55 SP Irapuã 352150 26,67 19,1 24,2 21,59 22,49 20,9 22,2 22,21 22,21 SP Irapuru 352160 8,17 11,3 14,7 18,31 14,37 17 20,9 20,94 20,94 SP Itaberá 352170 16,33 19,6 18,6 23,24 18,96 24,4 27,4 27,41 27,41 SP Itaí 352180 15,26 18,1 15,9 16,43 18,08 18,7 20,9 20,86 20,86 SP Itajobi 352190 13,33 14,7 17,3 19,06 20,58 23,3 24,1 24,11 24,11 SP Itaju 352200 20,81 16,9 16,1 17,75 18,24 18,6 18,6 18,64 18,64 SP Itanhaém 352210 23,42 24,9 22,5 24,42 19,75 16,3 20 20,03 20,03 SP Itaóca 352215 17,15 19,3 18,8 16,76 16,01 19 18,2 18,21 18,21 SP Itapecerica da Serra 352220 24,38 21,4 25,3 21,74 18,16 23,1 22,4 22,37 22,37 SP Itapetininga 352230 17,09 14,5 19,6 23,52 26,05 22,6 23,8 23,81 23,81

31 SP Itapeva 352240 15,91 17,9 21,9 30,2 18,76 18,6 20,3 20,32 20,32 SP Itapevi 352250 32,28 20 21,2 22,06 26,16 24,1 23 23,04 23,04 SP Itapira 352260 10 13 13,8 13,96 17,8 15,4 19,2 19,16 19,16 SP Itapirapuã Paulista 352265 14,23 17,9 23,9 20,7 18,6 17,1 17,9 17,86 17,86 SP Itápolis 352270 12,76 14,8 17,7 18,27 21,26 17,1 16,4 16,36 16,36 SP Itaporanga 352280 8,93 11,1 12,3 14,65 13,51 16,3 16,6 16,64 16,64 SP Itapuí 352290 17,6 19,1 17,7 14,3 21,43 21 24,3 24,34 24,34 SP Itapura 352300 19,05 19,8 22,1 22,1 20,99 19,5 22,6 22,6 22,6 SP Itaquaquecetuba 352310 13,81 17,6 21,1 23,97 20,68 18,8 21,2 21,16 21,16 SP Itararé 352320 16,12 21,2 28 25,46 18,05 22,5 24,6 24,63 24,63 SP Itariri 352330 23,83 18,9 27,9 27,46 17,98 21,7 20,4 20,35 20,35 SP Itatiba 352340 15,93 17,8 16 17,41 18,74 19,1 17,1 17,07 17,07 SP Itatinga 352350 19,49 17,3 18,7 19,05 18,62 20 23,2 23,21 23,21 SP Itirapina 352360 20,85 21,4 21 25,53 24,37 23,8 26,1 26,12 26,12 SP Itirapuã 352370 22,61 16,1 16,4 22,87 22,55 19,2 21,6 21,56 21,56 SP Itobi 352380 19,24 13,7 19,9 22,36 20,79 17,8 15,2 15,21 15,21 SP Itu 352390 17,84 15,9 15,2 15,78 13,52 15,6 21,5 21,45 21,45 SP Itupeva 352400 19,24 19,6 22,3 22,95 22,97 25,4 26,8 26,83 26,83 SP Ituverava 352410 11,88 13,1 13,2 14,28 16,26 19,1 18,5 18,53 18,53 SP Jaborandi 352420 19,21 19,2 17,7 18,53 18,78 18,9 21,7 21,68 21,68 SP Jaboticabal 352430 13,1 17 17,3 18,98 19,77 19,9 19,2 19,23 19,23 SP Jacareí 352440 22,7 22,5 28,1 26,44 22,47 21 19,6 19,6 19,6 SP Jaci 352450 17,21 11,3 15 16,28 15 20,9 19 19,03 19,03 SP Jacupiranga 352460 16,69 21,3 23,9 23,73 23,83 21,7 20,3 20,26 20,26 SP Jaguariúna 352470 26,75 23,4 22,9 21,34 22,33 23,6 20,5 20,45 20,45 SP Jales 352480 12,24 12,7 15,9 18,33 19,31 19,2 24,8 24,75 24,75 SP Jambeiro 352490 11,47 10,9 12,7 15,22 15,57 15,3 17,3 17,27 17,27 SP Jandira 352500 14,22 16,2 35,3 28,57 28,01 20 20,7 20,71 20,71 SP Jardinópolis 352510 26,62 25,9 25,3 26,02 24,43 24,8 27,9 27,94 27,94 SP Jarinu 352520 17,23 20,1 22,5 18,54 16,17 23,6 28,1 28,05 28,05 SP Jaú 352530 10,47 11,4 15,1 16,46 16,57 19,8 20,9 20,93 20,93 SP Jeriquara 352540 14,12 13,8 15,8 18,82 19,98 16 20,6 20,57 20,57 SP Joanópolis 352550 13,35 18,5 21,9 22,65 21,55 23,4 23 22,97 22,97 SP João Ramalho 352560 17,62 14,7 17,2 20,38 18,34 20 20,6 20,63 20,63 SP José Bonifácio 352570 11,82 13,2 14,1 15,97 15,43 18,1 15,7 15,71 15,71 SP Júlio Mesquita 352580 16,9 14,1 20,5 23,48 22,59 22,5 20,5 20,48 20,48 SP Jumirim 352585 11,05 11,9 17,8 18,79 16,32 19,9 19,6 19,57 19,57 SP Jundiaí 352590 18,06 16,7 15,1 18,32 17,5 21,6 20,5 20,54 20,54 SP Junqueirópolis 352600 15,86 15,5 17 18,23 18,94 19,3 17,9 17,85 17,85 SP Juquiá 352610 21,33 38,9 27 38,33 31,4 30,8 27,1 27,07 27,07 SP Juquitiba 352620 25,07 29,8 27,4 25,1 23,55 26,8 21,2 21,15 21,15 SP Lagoinha 352630 10,63 12,2 20,6 20,27 13,76 16,9 20,6 20,59 20,59 SP Laranjal Paulista 352640 16,46 17,9 18,3 20,69 17,55 21,8 18,4 18,38 18,38 SP Lavínia 352650 14,65 10,5 15,5 15,31 15,32 17,5 19 19,01 19,01