A INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL NO PARANÁ: UMA ANÁLISE DE INSUMO-PRODUTO PARA O ANO DE 2006.



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Transcrição:

A INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL NO PARANÁ: UMA ANÁLISE DE INSUMO-PRODUTO PARA O ANO DE 2006. Everson Kapusniak (UEPG/e-mail: eversonkapusniak@gmail.com), Cleise Maria de Almeida Tupich Hilgemberg (UEPG/e-mail: cleise@uepg.br) Área temática: Métodos quantitativos para a economia regional. Resumo A presente pesquisa tem como principal objetivo analisar o processo de transformação na produção e no emprego para o setor de Indústria de construção civil, bem como comparar o desempenho setorial deste com os demais setores participantes do setor Industrial no ano de 2006. A presente pesquisa propõe-se ainda a identificar se o setor de Indústria de construção civil é um setor-chave de produção na economia paranaense. O setor de Indústria de construção civil apresenta algumas diferenças em relação aos demais setores da economia, tais como baixa produtividade e competitividade que dificultam o seu desempenho. Este não foi identificado como um setor-chave de produção na economia paranaense, apresentando valores relativamente baixos tanto nas suas ligações para frente quanto para trás. Para os multiplicadores de produção e emprego do tipo I e do Tipo II, os resultados foram pouco significativos uma vez que o setor apresentou um dos menores valores para ambos. A geração de empregos total, composta pela soma dos empregos diretos, indiretos e induzidos mostrou-se superior a média dos demais setores. Isso deve-se principalmente a geração de empregos diretos em que o setor apresentou um forte desempenho. Palavras-chave: Indústria de Construção Civil, Mercado de trabalho, Economia Paranaense, Insumo-produto. Abstract This research aims to analyze the process of transformation in production and employment in the sector of construction industry, as well as to compare the performance of this sector with other sectors that partake in the Industrial sector in 2006. This research proposes to identify if the sector of the construction industry is a key sector of production in Paraná s economy. This sector presents some differences in relation to other sectors of the economy, such as low productivity and competitiveness that hinder its performance. The sector was not identified as a key sector of production in Paraná s economy, with relatively low values in both its forward and backward linkages. As to the Type I and Type II of the production and employment multipliers, these results were least significant because the values of the two

multipliers were little. The generation of full employment, as the sum of direct, indirect and induced jobs was superior to the average of other sectors. This is mainly due to the generation of direct employment in the sector that presented high performance. Key-words: Construction Industry, Labor market, Paraná s economy, Input-output. 1 - Introdução Uma matriz de insumo-produto permite identificar para um determinado período de tempo o fluxo de bens e serviços de uma economia, por meio da análise das relações intersetoriais. Dessa forma, segundo Paulani (2007) o objetivo de uma matriz de insumoproduto é demonstrar as relações entre os diversos setores da economia no que diz respeito à produção. Nesse sentido: A matriz insumo-produto implica a desagregação por ramo de atividade, de vários dos agregados presentes num sistema usual de contas nacionais, particularmente aqueles que aparecem na conta de produção. Mas, além do valor adicionado e da demanda final, a desagregação atinge também a demanda intermediária. (PAULANI e BRAGA, 2001, p. 66) De acordo com Hilgemberg (2003), pode-se analisar a estrutura setorial da economia por meio dos multiplicadores derivados da matriz insumo-produto, que permitem avaliar qual o efeito de uma variação na demanda final sobre variáveis econômicas como renda, emprego, produção, etc. A partir de uma análise de insumo-produto é possível mostrar a evolução da importância dos componentes da demanda total na oferta setorial de postos de trabalho e também as características gerais do emprego para a Indústria de construção civil no ano de 2006 no Estado do Paraná. A qualidade da mão de obra empregada no setor é em sua grande maioria considerada desqualificada. Cabe destacar também que a Indústria de Construção Civil apresenta um elevado número de trabalhadores informais, que não podem ser identificados a partir da matriz insumo-produto. Nesse contexto, a presente pesquisa propõe comparar o desempenho deste setor com o restante do Setor Industrial no período proposto, sob a ótica do modelo de Insumo- Produto e determinar se o setor de estudo é um setor-chave de produção para a economia paranaense no período proposto. Assim, se o setor for identificado como um setor-chave na economia permitirá verificar que mais investimentos podem promover um maior desenvolvimento econômico e social para o Estado do Paraná.

Para tanto, Serão utilizados os dados das matrizes de insumo-produto do Paraná para o ano de 2006, calculadas pelo Instituto Econômico de desenvolvimento Econômico e social (IPARDES). Dessa forma, serão calculados os multiplicadores de produção e emprego, além dos indicadores de Hasmussen-Hirschman para verificar se setor é um setor chave de produção na economia. 2 - Revisão de Literatura O setor de construção civil passou por um período de grandes transformações nos últimos anos, com intenso crescimento econômico, tornando-se assim um propulsor para a economia brasileira. O Paraná destaca-se na composição do PIB brasileiro por apresentar um elevado grau de atração de novas empresas e também de grandes investimentos industriais, além disso, foi um dos estados que apresentou entre 2005 e 2007 um maior crescimento acumulado anual. (SEBRAE, 2010) De acordo com Kureski (2011) quando a economia passa por um momento de baixo crescimento econômico e alto desemprego a indústria de Construção Civil é estimulada por meio de políticas públicas de investimento em infraestrutura e moradia, o que gera principalmente uma redução do nível de desempregados. Assim: A atividade da construção civil tem grande importância econômica não apenas pelo elevado volume de recursos financeiros que mobiliza e por seu forte potencial gerador de empregos, mas também por sua capacidade de contribuir com o dinamismo de muitos segmentos industriais e de serviços. (BREITBACH, p. 1, 2009). O setor de Indústria de Construção Civil de acordo com Tupich (1996) se diferencia dos demais setores que compõem a indústria em razão de suas características específicas tais como baixa produtividade, baixa qualidade e atraso tecnológico. Ainda segundo Tupich (1996), o setor é prejudicado em termos de competitividade uma vez que esta é relacionada com a diferenciação do produto. No caso da construção civil, diferentemente dos demais setores, a produção não é seriada e sim representada por um único produto. O mercado de insumos em que o setor opera apresenta um elevado grau de concentração, caracterizando assim uma estrutura oligopolista em que a demanda varia, mas a alteração do preço muitas vezes não acontece. Tupich (1996) destaca também que a mão de obra empregada na construção civil é ainda em grande parte desqualificada, uma vez que apresenta quase nenhum grau de escolaridade. Outro ponto que merece atenção é o fato de que grande parte dos trabalhadores e de empresas do ramo da construção civil são informais, de acordo com o SEBRAE (2010) o valor chega a 77% para as empresas e 38% para os trabalhadores.

A Indústria segundo o IPARDES (2010) foi o setor que apresentou maior incremento relativo em termos de ocupação, com um crescimento médio de 2,7% ao ano no período de 1995 a 2007. Entre os seus segmentos, a indústria de transformação foi a que apresentou um maior crescimento. Os segmentos de construção civil, indústria extrativa e serviços industriais de utilidade pública apresentaram taxas médias anuais de -0,2%, 0,9% e 2,1% respectivamente. 3 - Procedimentos Metodológicos Para a realização da pesquisa, são utilizados os dados das matrizes de insumoproduto do Paraná para o ano de 2006, disponíveis no site do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Para tanto, são calculados os indicadores de Hasmussen-Hirschman para identificar quais são os setores-chave de produção na economia, os multiplicadores de produção e emprego que medem o efeito de uma variação na demanda final sobre as variáveis de interesse, bem como os índices puros de ligação que medem a participação setorial na economia. 3.1 - Multiplicadores de produção e de emprego Os multiplicadores de produção e emprego podem se divididos em multiplicadores do tipo I que levam em consideração os efeitos diretos e indiretos de uma de uma unidade adicional na demanda final; e multiplicadores do tipo II que levam em consideração também os efeitos induzidos, decorrentes da endogeneização do consumo das famílias. O multiplicador de produção do tipo I para o setor é dado pela equação (1): (1) Onde é um elemento da matriz inversa de Leontief. Dessa forma, o resultado do multiplicador mostra a alteração da produção da economia como um todo necessária para satisfazer a variação de uma unidade na demanda final do setor. O multiplicador de emprego do tipo II dado pela equação (2), fornece de acordo com Hilgemberg (2003) o número de pessoas empregadas (ou desempregadas) em decorrência de uma variação na demanda final do setor.

(2) Onde é o coeficiente de empregos (em número de pessoas) por unidade monetária produzida e é o montante de empregos diretos gerados no setor. Os multiplicadores de produção e emprego do tipo II dados respectivamente pelas equações (3) e (4), apresentam a mesma interpretação dos multiplicadores do tipo I, mas levam em consideração o consumo das famílias. (3) Onde é um elemento qualquer da matriz (4) Em que é o número de empregos gerados por unidade monetária produzida e é o montante de empregos diretos gerados no setor j. 3.2 - Índices de Hasmussen-Hirschman Segundo Guilhoto (2004), pode-se determinar a partir desses indicadores quais os setores que apresentam os maiores efeitos sobre o resto do sistema econômico, bem como se o setor tem ligação mais forte para frente ou para trás. A equação (5) representa o Índice de poder de dispersão ( ) que mede os efeitos de encadeamento para trás do setor, ou seja, quanto o setor demanda dos demais setores. Representa assim, o adicional total na produção da economia para atender ao aumento de uma unidade na demanda final do setor. (5) Da mesma forma, o Índice de sensibilidade à dispersão ( ) representado pela equação (6) mede o poder de encadeamento para frente do setor. Nesse sentido, fornece a quantidade de produtos demandada de outros setores pelo setor em questão.

(6) Os setores denominados chave são aqueles em que os Índices de Poder de Dispersão e de Sensibilidade à Dispersão são maiores do que 1. 3.3 - Abordagens GHS: Índices puros de ligação De acordo com Fernandes e Rocha (2010), este método foi desenvolvido por GUILHOTO et al (1994) através de algumas modificações do método elaborado por Cella (1984) e Clements (1990). Nesse sentido, Hilgemberg (2003) ressalta que o método foi desenvolvido com o objetivo de minimizar as limitações dos índices de ligação para frente e para trás. Dessa forma, os Índices puros de ligação revelam a importância de um setor para o resto da economia em termos da produção de cada setor, e também da interação deste com outros setores. forma: O cálculo desses indicadores tem como base uma matriz A, definida da seguinte (7) Onde é matriz dos coeficientes diretos de insumo do setor j, é a matriz dos coeficientes diretos de insumo do resto da economia, representa a matriz de insumos diretos que foram compradas do setor j pelo resto da economia e representa a matriz de insumos diretos do resto da economia que foram comprados pelo setor j por: Considerando matriz A descrita acima, a matriz inversa de Leontief é representada (8) Em que: (9) representa a interação que o setor j possui com ele mesmo; (10) representa a interação do restante da economia com ela mesma;

(11) representa a quantidade produzida pelo setor j que é necessária para atender as suas próprias necessidades e as do resto da economia; e (12) representa o quanto o resto da economia deve produzir para o setor j para que este possa atender suas necessidades. Partindo de e utilizando a notação desenvolvida em (8) obtém-se: (13) De tal forma que determina o valor da importação de origem do setor que seria necessária para que o resto da economia realizasse sua produção dada a demanda. E determina a importação do resto da economia necessária para que o setor possa atender a sua demanda final. (GUILHOTO, HEWIGS e SONIS, 1998 apud HILGEMBERG, 2003, p. 32) Com base nas notações descritas acima, temos os índices puros de ligação para trás (IPBL), para frente (IPFL) e total (IPTL) descritos respectivamente pelas equações (14), (15) e (16). (14) (15) (16) O Índice puro de ligações para trás (IPBL) mede o impacto puro na economia da produção do setor sobre a produção do setor (não são consideras a demanda do setor por seus próprios insumos e também a demanda do resto da economia por insumos do setor ), o Índice puro de ligações para frente (IPFL) mede o impacto puro da demanda por insumos do setor na produção total do resto da economia enquanto que o Índice puro total de ligações (IPTL) representa a soma dos dois índices anteriores. Guilhoto (2004, p.40) ressalta que o método além de permitir a identificação dos setores-chave da economia, possibilita identificar também as suas fontes de variação, uma vez que é possível isolar o efeito setor/região na economia em vários componentes.

4 - Resultados e discussão Os resultados apresentados para os oito macro-setores estão descritos nas tabelas abaixo foram obtidos através da média aritmética dos setores que o compõem. Dessa forma, o macro-setor de agropecuária é composto pelos setores de agricultura, silvicultura e exploração florestal, pecuária e pesca e defensivos agrícolas. O macro-setor da indústria química é composto por produtos químicos, fabricação de resinas e elastômeros, produtos farmacêuticos, perfumaria, higiene e limpeza, tintas, vernizes, esmaltes e lacas e produtos e preparados químicos diversos. O macro-setor da indústria agregada é composto por alimentos e bebidas, produtos do fumo, têxteis, artigos de vestuário e acessórios, artefatos de couro e calçados, produtos de madeira (exclusive móveis), papel e gráfica, artigos de borracha e plástico, máquinas para escritório e equipamentos de informática, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, material eletrônico e equipamentos de comunicação, aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico, fabricação de aço e derivados, metalurgia de metais não-ferrosos, produtos de metal (exclusive máquinas e equipamentos), máquinas e equipamentos (inclusive manutenção e reparos), eletrodomésticos e móveis e produtos das indústrias diversas. Ainda no que tange a composição dos macro-setores, temos o macro-setor de construção civil que é composto pela indústria de construção civil e de cimento; e o macrosetor de serviços que é composto pelos setores de automóveis, camionetas e utilitários, caminhões e ônibus, peças e acessórios para veículos automotores, outros equipamentos de transporte, eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, comércio e serviços de manutenção e reparação, transporte, armazenagem e correio, serviços de informação, intermediação financeira e seguros, serviços imobiliários e aluguel, serviços de alojamento e alimentação, serviços prestados às empresas, educação e saúde mercantil, administração pública e outros serviços. De acordo com os resultados apresentados na Tabela 1 o macro-setor de construção civil apresentou no ano de 2006 uma participação no Valor Bruto de Produção, no Valor Adicionado Bruto e no Emprego de cerca de 3,8, 4,6 e 6,1% respectivamente. Para ambos os resultados, mostrou um participação superior a dos macro-setores de extrativa mineral (exceto combustíveis), outros produtos de minerais não-metálicos e indústria química. Cabe destacar que a Indústria de construção civil ainda apresenta uma grande quantidade de trabalhadores informais, pouco especializados e que não podem ser identificados por meio desta análise. O macro-setor de serviços destacou-se com a maior participação para as três variáveis em análise, enquanto a indústria agregada apresentou a segundo maior para o

Valor Bruto de Produção e para o Valor Adicionado Bruto. O setor de agropecuária apresentou a segunda maior participação em termos de emprego para o ano de 2006. De forma desagregada, a Indústria de construção civil apresentou um valor de produção correspondente a cerca de 3,50% do total da economia, sendo o décimo primeiro com maior participação. Entretanto, pela ótica do valor adicionado a participação foi de 4,09%, correspondente ao nono maior valor obtido. Tabela 1 - Participação dos macro-setores no valor bruto de produção, valor adicionado bruto e emprego - 2006. Setor VBP VAB Emprego 1 Agropecuária 8,43% 8,37% 19,60% 2 Extrativa mineral (exceto combustíveis) 0,26% 0,25% 0,11% 3 Outros produtos de minerais não-metálicos 0,60% 0,48% 0,67% 4 Refino de petróleo e coque e outros combustíveis 6,45% 1,51% 0,11% 5 Indústria química 2,5% 0,9% 0,4% 6 Indústria agregada 23,4% 13,9% 11,3% 7 Construção civil 3,8% 4,6% 6,1% 8 Serviços 54,5% 70,1% 61,6% Total 100,00% 100,00% 100,00% Fonte: Dados da pesquisa. Na tabela 2 são apresentados os resultados obtidos para os multiplicadores de produção. Assim, para o multiplicador de produção do tipo I, o macro-setor de construção civil mostrou um valor de 1,95, relativamente inferior ao dos demais. Destacam-se com os maiores valores os macro-setores de agropecuária e indústria agregada com 2,75 e 2,73 respectivamente. Para os multiplicadores de produção do tipo II, o valor obtido para o macro-setor de construção civil é de 6,35, superior apenas ao de extrativa mineral (exceto combustíveis) com apenas 6,32. Destacaram-se os macro-setores de agropecuária e indústria química com os maiores valores. Analisando os resultados obtidos por setor, os multiplicadores de produção do tipo I revelam que o valor da produção adicional necessário para atender a uma unidade adicional na demanda final para o setor de Indústria de construção civil é de 2,11, sendo menor do que 2,56 que representa a média dos demais setores que compõem a economia. Ainda em relação ao multiplicador de produção do tipo I, o valor máximo obtido foi de 3,52 e o valor mínimo de 1,11 respectivamente para os setores de caminhões e ônibus e serviços imobiliários e aluguel. Para os multiplicadores de produção do tipo II, a Indústria de construção civil apresentou um valor de 6,85, sendo assim como nos multiplicadores de produção do tipo I, inferior a maioria dos demais setores analisados.

Tabela 2 - Multiplicadores de Produção do Tipo I e do Tipo II - 2006. Setor Tipo I Tipo II 1 Agropecuária 2,75 7,97 2 Extrativa mineral (exceto combustíveis) 2,20 6,32 3 Outros produtos de minerais não-metálicos 2,36 7,04 4 Refino de petróleo e coque e outros combustíveis 2,93 7,44 5 Indústria química 3,09 7,69 6 Indústria agregada 2,73 7,51 7 Construção civil 1,95 6,35 8 Serviços 2,15 7,01 Fonte: Dados da pesquisa. A tabela 3 mostra os resultados obtidos para os multiplicadores de emprego do tipo I e do tipo II para o macro-setor de refino de petróleo e coque e outros combustíveis, destaca-se os valores de forma diferenciada (muito superiores aos obtidos pelos demais setores) uma vez que não foi possível a identificação das diferenças nos valores obtidos a partir da matriz disponibilizada. Dessa forma, o macro-setor de construção civil apresentou um valor de 10,04 para os multiplicadores de emprego do tipo I e 65,40 para os multiplicadores de emprego do tipo II. O resultado obtido para ambos é inferior somente ao do setor de refino de petróleo e coque e outros combustíveis. O bom desempenho do macro-setor de construção civil devese principalmente a Indústria do cimento. Os multiplicadores de emprego do tipo I demonstram ainda, de forma desagregada, um valor de 1,46 para o setor de Indústria de construção civil. Esse valor representa o valor da mão de obra que precisa ser empregada para atender a uma variação de uma unidade adicional na demanda final do setor. Apenas sete dos quarenta e nove setores da economia paranaense apresentaram um desempenho inferior a este no ano de 2006. Já os multiplicadores de emprego do tipo II, mostram um valor de 3,95 para o setor de Indústria de construção civil, sendo superior a apenas cinco dos quarenta e nove setores da economia paranaense. O menor valor obtido para esse multiplicador foi de 2,36 correspondente ao setor de outros serviços.

Tabela 3 - Multiplicadores de Emprego do Tipo I e do Tipo II - 2006. Setor Tipo I Tipo II 1 Agropecuária 7,41 27,68 2 Extrativa mineral (exceto combustíveis) 3,32 12,75 3 Outros produtos de minerais não-metálicos 1,86 5,73 4 Refino de petróleo e coque e outros combustíveis 197,54 780,54 5 Indústria química 8,85 35,74 6 Indústria agregada 5,18 20,01 7 Construção civil 10,04 65,40 8 Serviços 6,34 28,25 Fonte: Dados da pesquisa. De acordo com os indicadores de Hasmussen-Hirschman, dos oito macro-setores apresentados na tabela 4, apenas o de agropecuária e o de refino de petróleo e coque e outros combustíveis foram identificados como setores-chave na economia paranaense. O macro-setor de construção civil apresentou índices de 0,76 e 0,55 respectivamente para trás e para frente, sendo assim, não foi identificado como um setor-chave de produção na economia paranaense. Analisando os quarenta e nove setores da economia paranaense de acordo com os mesmos indicadores, mas de maneira individual, foram identificados como setores acima da média da economia os seguintes setores: alimentos e bebidas; refino de petróleo e coque; produtos químicos; fabricação de resina e elastômeros; artigos de borracha e plástico; produtos de metal (exclusos máquinas e equipamentos); máquinas, aparelhos e materiais elétricos e peças e acessórios para veículos automotores. A Indústria de construção civil apresentou índices de 0,54 e 0,83 respectivamente para frente e para trás, não sendo identificada assim como um setor-chave de produção. Tabela 4 - Índices de ligação para trás e para frente - Hasmussen-Hirschman 2006. Setor Trás Frente 1 Agropecuária 1,08 1,09 2 Extrativa mineral (exceto combustíveis) 0,86 1,71 3 Outros produtos de minerais não-metálicos 0,92 0,77 4 Refino de petróleo e coque e outros combustíveis 1,15 1,65 5 Indústria química 1,21 0,94 6 Indústria agregada 1,07 0,80 7 Construção civil 0,76 0,55 8 Serviços 0,84 1,20 Fonte: Dados da pesquisa. Os índices de ligação puro normalizados mostram a participação de cada setor na formação do valor bruto de produção da economia. Através dele, pode-se observar através da tabela 5, que os macro-setores que apresentaram a maior participação no ano de 2006

foram os de serviços, refino de petróleo e coque e outros combustíveis e agropecuária. O macro-setor de construção civil apresentou um índice de 1,04 obtendo assim a quarta colocação. De forma desagregada, pode se destacar a participação dos setores de agricultura, silvicultura e exploração florestal, alimentos e Bebidas, refino de petróleo e coque, automóveis, camionetas e utilitários e administração pública com índices de 2,84, 5,15, 3,31, 4,38 e 2,87. A Indústria de construção civil apresentou o oitavo maior valor obtido, com um índice de 1,89. Tabela 5 - Índices de ligação puro normalizados para trás, para frente e total - 2006. Setor Trás Frente Total 1 Agropecuária 0,66 2,14 1,40 2 Extrativa mineral (exceto combustíveis) -2,45 2,56 0,05 3 Outros produtos de minerais não-metálicos -0,33 0,90 0,28 4 Refino de petróleo e coque e outros combustíveis 1,89 1,59 1,74 5 Indústria química -0,31 0,61 0,15 6 Indústria agregada 0,88 0,52 0,70 7 Construção civil 1,64 0,43 1,04 8 Serviços 1,86 1,44 1,65 Fonte: Dados da pesquisa. O macro-setor de construção civil de acordo com a tabela 6 gerou 19,06 empregos diretos, 15,02 empregos indiretos e 86,53 induzidos por um milhão de reais investido. Nesse sentido, quanto à geração de empregos totais apresentou o sétimo maior valor, com 120,61 empregos gerados em 2006, resultado superior apenas ao do macro-setor de extrativa mineral (exceto combustíveis) com 109,55 empregos gerados. Destacam-se com o maior número de empregos gerados os macro-setores de agropecuária, indústria agregada e serviços. Analisando os setores individuais quanto à geração de empregos diretos, a Indústria de construção civil apresentou o oitavo maior valor obtido, com 37,38 empregos gerados. Em comparação com a média dos demais setores o resultado foi bem expressivo uma vez que esta foi de apenas 18,43. Quanto a geração de empregos indiretos e induzidos, esta apresentou-se menor do que a média dos demais setores. A geração de empregos total, composta pela soma dos empregos diretos, indiretos e induzidos mostrouse superior a média dos demais setores. Isso deve-se principalmente a geração de empregos diretos em que o setor apresentou um forte desempenho.

Tabela 6 - Empregos Diretos, Indiretos, Induzidos e Totais gerados por R$ 1 milhão - 2006. Setor Diretos Indiretos Induzidos Total 1 Agropecuária 34,44 28,36 102,61 165,40 2 Extrativa mineral (exceto combustíveis) 8,59 19,92 81,04 109,55 3 Outros produtos de minerais não-metálicos 23,82 20,58 92,09 136,49 4 Refino de petróleo e coque e outros combustíveis 3,21 36,38 88,67 128,26 5 Indústria química 6,39 28,06 90,47 124,92 6 Indústria agregada 17,17 29,66 99,19 146,03 7 Construção civil 19,06 15,02 86,53 120,61 8 Serviços 23,78 18,86 95,48 138,12 Fonte: Dados da pesquisa. 5 - Considerações finais O setor de Indústria de construção civil não apresentou um papel tão significativo na economia paranaense no ano de 2006 se comparado aos demais setores que a compõem. Além de apresentar uma baixa participação no valor bruto de produção e no valor adicionado bruto da economia em relação aos setores de agropecuária e serviços, apresentou também níveis relativamente baixos de emprego. Ressalta-se que a Indústria de construção civil apresenta um elevado número de empregos informais e de pouca especialização que não podem ser identificados por meio da matriz de insumo-produto, assim como apresentado na revisão de literatura. Os resultados obtidos quanto aos Multiplicadores de produção do Tipo I e do Tipo II revelam para o setor um valor menor do que a média dos demais setores da economia. Destacando-se com os maiores valores os seguintes setores: Indústria agregada, agropecuária e serviços. Os Multiplicadores de emprego do Tipo I e do Tipo II também apresentaram valores relativamente baixos para o setor, sendo que o bom resultado exposto na tabela dos macro-setores assim como destacado no texto deve-se à Indústria do cimento. Quanto à geração de empregos total no ano de 2006, composta pelos empregos diretos, indiretos e induzidos, o setor de Indústria de construção civil mostrou-se superior a média dos demais setores. Isso se deve principalmente a geração de empregos diretos em que o setor apresentou um bom desempenho. O setor de Indústria de construção civil apresentou também um baixo poder de encadeamento tanto nas suas ligações para trás quanto nas suas ligações para frente, nesse sentido não foi considerado como um setor-chave de produção no período proposto. Esse fraco desempenho deve-se em grande parte as características específicas desse setor

como as perdas de produtividade relacionadas à qualificação da mão de obra e a baixa competitividade. O presente estudo permite apenas este tipo de análise uma vez que os dados obtidos são de apenas um ano. A existência de novas matrizes do Paraná possibilitaria para os anos subsequentes um novo tipo de análise, uma vez que poderiam ser feitas comparações do setor de Indústria de construção civil com os demais setores e com ele mesmo ao longo dos anos. Referências BREITBACH, Áurea Correa de Miranda. Indústria da construção civil - a retomada. Indicadores Econômicos FEE, v. 37, n. 2, 2009. FERNANDES, Cândido Luiz de Lima; ROCHA, Raoni Bonato da. XIV SEMINÁRIO SOBRE A ECONOMIA MINEIRA. Os Setores-Chave da Economia de Minas Gerais: uma análise a partir das matrizes de insumo-produto de 1996 e 2005. Minas Gerais, 2010. GUILHOTO, J. J. M. Análise de insumo-produto: teoria e fundamentos. FEA. São Paulo, 2004. TUPICH, Cleise Maria de Almeida. A eficiência técnica de produção da indústria de construção civil entre a região sul e as outras regiões do Brasil no ano de 1990: uma análise comparativa. Dissertação de mestrado Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1996. HILGEMBERG, Cleise Maria de Almeida Tupich. Efeitos da Abertura Comercial e das Mudanças Estruturais sobre o emprego na economia brasileira: uma análise para a década de 1990. Tese de doutorado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2003. INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Nota Técnica Ipardes: O Paraná na Primeira Década do Século XXI, Curitiba, n.20, dez. 2010. Disponível em: <http://www.ipardes.gov.br/biblioteca/docs/nt_20_parana_primeira_decada_sec_xxi.pdf>. Acesso em: 07 de abril de 2014. KURESKI, Ricardo. Produto interno bruto, emprego e renda do macrossetor da construção civil paranaense em 2006. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 3, p. 131-142, jul./set. 2011.

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