EVANGELHOS DE MATEUS E MARCOS



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Transcrição:

Lição 3 EVANGELHOS DE MATEUS E MARCOS 1. Mateus O Evangelho de Mateus recebe o nome do seu autor, que significa presente do Senhor. Mateus foi um judeu, coletor de impostos para o governo romano, ou seja, um publicano (Mt 9.9), cujo sobrenome era Levi (Mc 2.14). Por ser um judeu que ajudava os romanos, Mateus assim como os demais publicanos era odiado pela comunidade judaica. Apesar da sua má fama entre seus compatriotas, Mateus aceitou ao convite de Jesus Cristo para segui-lo (Lc 5. 27-28), fazendo parte do grupo dos 12 apóstolos (Mt 10.3), ver Quadro 1. Desde o início da igreja, o seu evangelho não foi contestado e, segundo Eusébio de Cesaréia, um importante historiador dos primeiros séculos d.c., foi o primeiro evangelho a ser escrito, por volta de 50 d.c., apesar de alguns acreditarem que essa data foi do evangelho de Marcos. Uma forte evidência de ter sido o primeiro a ser escrito é o fato de ser um evangelho que cumpre com muita propriedade a transição entre o Antigo Testamento e o Novo. A tradição também informa que Mateus foi um importante missionário entre a Etiópia e a Pérsia nos doze anos após a morte e ressurreição de Cristo. Como visto na lição anterior, o públicoalvo de Mateus foram os judeus. Isso pode ser visto nitidamente com a quantidade de citações do Antigo Testamento (mais de quarenta, sem contar as outras sessenta alusões), com as inúmeras citações de costumes judaicos (15.2; 23.5, 27), com a presença da língua aramaica (5.22), e com a ênfase na casa de Israel (15.24; 10.5-6; 5.17-24; 6.16-18; 23.2-3). Um dos principais propósitos de Mateus foi responder às perguntas dos judeus sobre Jesus de Nazaré, que alegava ser o Messias de Israel. Perguntas como as que se seguem são respondidas no decorrer do seu evangelho. Jesus era o Messias predito pelo AT? Se era, por que não estabeleceu o reino prometido? Esse reino será estabelecido algum dia? Qual é o propósito de Deus nesse período? Um dos motivos pelo qual Jesus é frequentemente chamado de Filho de Davi nesse evangelho é justamente para mostrar que ele cumpre as profecias messiânicas do AT. Além disso, entende-se

também a razão do reino dos céus ser um tema tão frequente dentro desse evangelho. O tema central de Mateus, dessa maneira, é Jesus, o Messias, o Rei de Israel, rejeitado, sem o reino, como profetizado. Ainda que rejeitado, fica e esperança da sua volta triunfal (24.30). Apesar da ênfase de Mateus ter sido nos judeus, o autor não desconsiderou os gentios, tanto que no relato da grande comissão, em Mateus, há uma evidência nas demais nações do mundo; sem contar que, em seu evangelho, ele é o único que descreve a igreja (16.18; 18.17), apresenta 3 gentios em sua genealogia e demonstra os magos adorando o Messias. O evangelho de Mateus não preocupa-se com relatos cronológicos, mas com temas: Profecia (1-4); Proclamação (5-7); Poder (8-10); Perseguição (11-15); Preparação (16-20); Paixão (21-27); e Prova (28). Tais temas estão organizados em dois grandes blocos: Ensinos de Jesus para a Multidão (1-15) e Ensinos de Jesus para os Doze discípulos (16-28). Dentre os discursos mais relevantes de Mateus, estão o Sermão do Monte (5-7); as Parábolas do reino (13); e o Sermão profético (24-25). Dentre os demais pontos de destaque do evangelho de Mateus, encontram-se: Jesus Cristo é relatado como o Israel perfeito. Como Rei, Jesus manifesta a sua autoridade sobre as instituições centrais da nação judaica, a saber, a Lei (5.21-28); o Sábado (12.8); os Profetas (12.41); o Templo (12.6); Salomão os reis (12.42); Satanás os reinos do mundo (12.28). Um fato relevante dentro do evangelho é a morte e ressurreição do Messias (apontando a rejeição dos judeus), que ocupa cerca de 25% de todo o evangelho. Os discursos de Jesus são muito frequentes, sendo que 60% de todos os versículos, são palavras proferidas por Jesus. É o evangelho dos discursos de Cristo. A expressão cumprimento enfatiza o que o evangelista quis apontar, ou seja, todas coisas se convergiram em Jesus Cristo, quer o Antigo Testamento, a Lei, Israel, enfim, toda a história. O conflito entre Cristo e os grupos dos fariseus e dos saduceus é marcante, enfatizando o erro da religiosidade sem um coração humilde e sincero diante de Deus. 2. Marcos O evangelho de Marcos recebe este nome, pois seu autor foi João Marcos, filho de Maria, uma mulher rica de Jerusalém (At

12.12), alguém muito próximo do apóstolo Pedro (1Pe 5.13) e primo de Barnabé (Cl 4.10). Foi ele mesmo quem acompanhou Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária e, por ter desistido dessa empreitada, tornou-se motivo da discórdia entre Paulo e Barnabé (At 15.38-40). Após anos de amadurecimento foi reconhecido pelo próprio Paulo como útil ao ministério da Palavra e tornou acompanhar o apóstolo dos gentios (Cl 4.10; Fm 1.24; 2Tm 4.11). Apesar de não ser um apóstolo, como Mateus, o evangelho de Marcos que foi escrito entre 50 e 60 d.c. tem grande aceitação desde o início, pois é clara a influência do apóstolo Pedro nesse evangelho. É amplamente aceitável que João Marcos relatou muitas coisas a partir das declarações de Pedro. Diferente de Mateus, o evangelista Marcos enfatizou os seus relatos aos gentios, especialmente aos romanos. O propósito principal de Marcos era dar informações para que os gentios conhecessem a Jesus Cristo e, dessa forma, fossem alcançados pela salvação de Deus. Além disso, esse evangelho também almejava estimular os crentes ao serviço a Deus e ao próximo. Por causa disso, muitas passagens de cunho judaico não foram mencionadas, como a genealogia de Jesus Cristo e o Sermão do Monte, e a oposição entre Cristo e os partidos religiosos judaicos não recebeu tanta atenção. Tal ênfase também se evidencia quando Marcos usa notas explicativas de termos judaicos e usa termos em latim (sendo o único evangelho que faz isso). Só para perceber a distinção das ênfases, Marcos usa apenas 63 menções do AT, enquanto Mateus usa 128 e Lucas aproximadamente 100. Outra distinção entre Marcos e Mateus refere-se ao conteúdo retratado. Enquanto Mateus é considerado o evangelho dos discursos de Cristo, Marcos pode ser encarado como o evangelho dos atos de Jesus, em que o termo imediatamente que indica ação pode ser encontrado mais de 40 vezes. O que Jesus fez prova quem Ele era e o que ele operou autentica o que ele ensinou. Em Marcos vemos a ênfase num Cristo servo, escravo, que deu a si mesmo em favor da salvação dos homens (10.45). Por isso o tema central desse evangelho é Cristo como servo de Deus e homem de poder e ação. Nesse sentido vale ressaltar que Marcos fez questão de apontar a divindade de Jesus Cristo que, mesmo assim, não o impediu de ser servo submisso em seu ministério. O evangelho pode ser organizado em dois grandes blocos, sendo o primeiro, o Servo em ação - com ênfase nos milagres (1-8); e o segundo, o Servo em sofrimento - ênfase no discipulado, morte e ressurreição (9-16). Os demais pontos de destaque do livro são: A ausência dos longos ensinos de Jesus faz de Marcos o menor dos quatro evangelhos.

A pergunta-chave desse evangelho é quem é este homem?. E ela é respondida no decorrer de todo o evangelho, apontando Jesus como Filho de Deus (1.1,11; 3.11; 5.7; 9.7; 14.61-62; 15.39); Filho do Homem (2.10,28; 8.31,38; 9.9,12,31; etc.); Santo de Deus (1.24); Cristo (8.29); Filho de Davi (9.47). Isaías 42-57 tem muitos relatos correspondentes com o paralelo Senhor-Servo que Marcos usa em seu evangelho. A autoridade divina do Senhor-Servo autenticou-se pelos muitos milagres, mas pelo embate entre o Reino de Deus e o Reino de Satanás. Marcos é o que mais ressalta a invasão de Cristo sobre o território de Satanás e seus demônios (1.12-13, 23-27, 32-34, 39; 3.11-12, 15; etc.). Apesar da intensa atividade do ministério de Jesus Cristo, Marcos não deixa a sensação de ativismo, afinal, menciona períodos em que Jesus retirava-se para orar (1.35; 6.46; 14.35). Cerca de 40% de todo e evangelho retrata apenas os últimos 8 dias de vida de Jesus (ver Quadro 2). Jesus é retratado em Marcos como um padrão digno de ser seguido (1.16-20; 2.13-20; 3.13-20, 31-35; etc.). Aprendizados Práticos Com Mateus aprendemos que o Messias profetizado no Antigo Testamento não falhou em seu ministério, pelo contrário, Deus implementará seu reino definitivamente, por isso, podemos confiar nas promessas de Deus e viver na expectativa desse reino, cientes de que será muito melhor do que vivemos hoje. Também passamos a valorizar mais o AT ao perceber a quantidade de ligações que Mateus faz para apresentar a salvação em Cristo. Mateus nos apresenta muitos ensinos de Jesus que nos aponta a necessidade de aprendermos com Deus para vivermos conforme a sua vontade. Por nós mesmos, não podemos obedecer se não considerarmos o ensino de Cristo. O que dirige a minha vida? Além disso, com Mateus aprendemos que religiosidade baseada em rituais vazios de amor sincero a Deus é totalmente desprezível a Deus. Posso dizer que amo a Deus do jeito que vivo o cristianismo? Com Marcos, o principal aprendizado é que o serviço faz parte dos filhos de Deus. Cristo nos ensinou com a sua vida, que mesmo sendo divino, ainda assim, manteve-se submisso em seu serviço. Tenho vivido com essa motivação? Aprendemos também que o ensino sem a prática não está completo. O mesmo Jesus que ensinou, também viveu o que ensinou. As obras do cristão precisam testificar do que se fala acreditar. E eu, como vivo? Em meio a tantas necessidades, Marcos nos ensina por meio do exemplo de Cristo que só faço a vontade de Deus quando priorizo meu relacionamento com ele. Ativismo não resolve, mas a atividade é o fruto da intimidade com Deus. Como tem sido minha vida na igreja? Por que faço o que faço? Busco orar e meditar na Palavra de Deus?

Exercícios Propostos 1. Quais são os argumentos principais que apontam para o evangelho de Mateus ter sido escrito antes do de Marcos? 2. Qual é a importância da genealogia de Jesus no cap. 01 de Mateus? 3. Qual é a importância dentro do plano de Deus, no que refere-se à salvação, a inclusão do relato da adoração dos magos? 4. Pesquise a relevância do nascimento virginal de Cristo para o plano divino de salvar o mundo. 5. Qual é o princípio que Jesus quis ensinar para os judeus daquela época que deve ser considerado ainda hoje com o Sermão do Monte? 6. Explique o papel dos milagres de Jesus e no decorrer dos relatos bíblicos. Você acredita que milagres produz fé nas pessoas, considerando Marcos? 7. Explique o sentido de Jesus como servo, considerando o tema central do evangelho de Marcos. 8. Por que Marcos desconsiderou muitos discursos de Jesus em seu evangelho?

FONTES DE CONSULTA Apostila de Síntese do Novo Testamento, SBPV, 2009. Bíblia de estudo MacArthur. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2010. Bíblia de estudo NVI. São Paulo: Editora Vida, 2003. DOUGLAS, J. D. O novo dicionário da Bíblia. 3. ed. rev. São Paulo: Vida Nova, 2006. RYRIE, C. C. A Bíblia anotada: edição expandida. ed. rev. e expandida. São Paulo: Mundo Cristão; Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.

Quadro 1 Os doze discípulos Simão Pedro (Cefas em aramaico), irmão de André. André, irmão de Simão Pedro. Tiago, irmão de João, filho de Zebedeu, um dos filhos do trovão. João, irmão de Tiago, filho de Zebedeu, um dos filhos do trovão, o discípulo amado. Filipe. Bartolomeu, também conhecido como Natanael. Mateus, chamado de Levi, o publicano. Tomé, também chamado de Dídimo. Tiago, o menor, filho de Alfeu. Judas Tadeu. Simão, o cananeu, também chamado de o Zelote. Judas Iscariotes, o traidor. Quadro 2 A Semana da Paixão de Cristo Acontecimento Dia Referência Entrada Triunfal Domingo Mt 21.1-17; Mc 11.1-11; Lc 19.28-44; Jo 12.12-19 A Maldição sobre a figueira Segunda Mt 21.18-19; Mc 11.12-14 A Purificação do Templo Segunda Mt 21.12-13; Mc 11.15-18; Lc 19.45-46 O debate com os líderes religiosos Terça Mt 21.23-23.39; Mc 11.27-12.40; Lc 20.1-47 O sermão no monte das Oliveiras Terça Mt 24.1-25.46; Mc 13.1-37; Lc 21.5-36 Judas trai Jesus Terça Mt 26.14-16; Mc 14.10-11; Lc 22.3-6 Última Ceia Quinta Mt 26.17-29; Mc 14.12-25; Lc 22.7-20 O sermão no cenáculo Quinta Jo 13.2-14.31 Ensinos a caminho do Getsêmani Quinta Jo 15.1-18.1 No jardim do Getsêmani Qui/Sex Mt 26.30-46; Mc 14.26-42; Lc 22.39-46 Jesus é preso Sexta Mt 26.47-56; Mc 14.43-52; Lc 22.47-53; Jo 18.2-12 Os julgamentos de Jesus Sexta Mt 26.57-27.26; Mc 14.53-15.15; Lc 22.66-23.25; Jo 18.13-19.16 A crucificação Sexta Mt 27.27-56; Mc 15.16-41; Lc 23.26-49; Jo 19.17-30 O sepultamento Sexta Mc 15.42-46; Jo 19.31-42