Nome: Nº: Turma: Geografia 1º ano Biomas Sílvia fev/08 INTRODUÇÃO São conjuntos de ecossistemas terrestres com vegetação característica e fisionomia típica em que predomina certo tipo de clima. São comunidades clímax. Os biomas dependem dos fatores abióticos abaixo: a) Clima b) Nutrientes do solo c) Relevo 1
Biomas existentes: - Tundra - Taiga - Floresta Temperada - Floresta Tropical - Campo - Deserto - Pantanal - Vegetação Litorânea Distribuição dos biomas por temperatura e umidade Distribuição dos biomas por altitude e latitude 2
Tundra Ocorrência: próxima ao círculo polar ártico e em grandes altitudes. Temperatura nunca superior a 10 C. Apenas alguns centímetros de solo descongelado; abaixo há o permafrost seca fisiológica. Vegetação: musgos, liquens, plantas herbáceas, pequenos arbustos. Fauna: renas, caribus, bois-almiscarados, raposas, ptármigas e mosquitos. 3
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Taiga Ocorrência: ao sul, tundra (hemisfério norte); e em alturas medianas, as montanhas. Tem invernos rigorosos, mas seu subsolo descongela. Vegetação: coníferas e pinheiros. Muitas folhas em decomposição permitem o desenvolvimento de fungos. Fauna: ursos, lobos, alces, lebres, esquilos. Pobre em invertebrados. 5
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Floresta Temperada Ocorrência: Europa e América do Norte. Tem estações bem definidas; verão com temperatura amena e média pluviosidade. Árvores caducifólias: suas folhas caem no inverno. Vegetação: carvalhos, bétulas, faias, arbustos, samambaias, liquens. Fauna: mamíferos da taiga, insetos e aves. 9
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Floresta tropical Ocorrência: na faixa equatorial, em regiões de clima quente e muito úmido. Vegetação forma vários estratos e o dossel pode chegar a 40 m de altura. Rápida reciclagem da matéria orgânica. Presença de rios. Tem 1/3 das espécies conhecidas. Vegetação: árvores altas (angiospermas), epífitas, musgos e liquens. Fauna: Muitos invertebrados e vertebrados. 11
Floresta amazônica - Hiléia No Brasil, encontra-se na região Norte, norte da região Centro-Oeste e parte do Maranhão. Pluviosidade: 1800 mm/ano. Temperatura: 25 28 C. Mas seu solo é pobre, com uma camada fértil muito pequena, que existe graças à rápida decomposição. É a mata que mantém os sais no solo. Se for retirada, a chuva levará os sais embora, deixando o solo infértil. Possui uma divisão: florestas de igapó (que ficam permanentemente alagadas), florestas de várzea (periodicamente alagadas) e florestas de terra firme (nunca alagadas). Tem vegetação muito densa, com dossel que chega a 40 m. 12
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Mata Atlântica Ocorrência: litoral brasileiro (de RN a RS). Sua alta pluviosidade se deve principalmente ao relevo é a serra que provoca a condensação da umidade que sobe do litoral. Tem a maior diversidade vegetal. Seu dossel é mais baixo (cerca de 30 m) que o da Floresta Amazônica, mas possui um estrato arbustivo mais denso com grande diversidade de orquídeas, bromélias e cipós. Tem grande biodiversidade (1361 espécies de vertebrados e mais de 20.000 plantas descritos). Apenas 5% está preservado. 15
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Mata de Araucárias Ocorrência: desde RJ até RS (quase extintas - restam somente 5%). Adaptada a regiões de alta pluviosidade (1400 mm/ano) e temperaturas moderadas. Vegetação: pinheiros-do-paraná, além de outras espécies de coníferas (estrato arbóreo). Também estão presentes samambaias arborescentes (estrato arbustivo), gramíneas e algumas angiospermas (estrato herbáceo). 17
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Matas de cocais Presentes em certas partes do PI, RN e MA. A pluviosidade é alta (1500 2200 mm/ano) e a temperatura é amena, em torno de 26 C. Solo com lençol freático pouco profundo mantém a umidade. É, na verdade, uma floresta secundária formada pelo desmatamento. Vegetação: palmeiras conhecidas como babaçu e carnaúba, além do buriti. Seus frutos atraem grande número de papagaios e periquitos. Usados na produção de álcool, óleo, fibras e cera. 19
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Campos - Savanas Ocorrência: regiões tropicais, geralmente. Seu clima é quente, com uma estação chuvosa. O solo costuma ser pobre em sais minerais. Vegetação: possui gramíneas com algumas árvores e muitos arbustos. 21
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Cerrado É encontrado nas regiões Centro-oeste, Sudeste, Nordeste e há algumas ilhas no Norte do Brasil. Possui uma estação de chuva (outubro a abril 1100 2000 mm/ano) e uma estação de seca (maio a setembro). Temperaturas entre 10 23 C. Sua vegetação, em geral, tem casca grossa, com troncos retorcidos que parecem estar relacionados com o fogo e a falta de nutrientes e com a presença de alumínio no solo (o alumínio dificulta a absorção dos demais nutrientes). Muitas espécies possuem raízes com muitos metros, permitindo a captação de água do lençol freático. Isso indica que a falta de água nos meses de seca não é um fator limitante para a vegetação. 24
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Campos - Estepes Localizam-se em regiões que passam por um período de seca durante o ano. Ex.: pradarias dos EUA (rica em roedores e carnívoros) e estepes da Ásia central. Solo pobre. Vegetação: gramíneas. 27
Pampas No Brasil (Sul), Argentina e Uruguai. Possui estação de chuvas e de seca. A vegetação de gramíneas é boa para a pecuária mas foi muito destruída para dar lugar à lavoura. 28
Desertos Ocorrência: regiões tropicais e subtropicais. Tem baixo índice pluviométrico e temperaturas muito variáveis. Vegetação: poucas espécies vivem em condições tão adversas, mas entre elas há gramíneas, pequenos arbustos e cactáceas com adaptações para a falta de água. Fauna: répteis e mamíferos. 29
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Caatinga Ocorrência: região nordeste e norte de MG, onde a ocorrência de chuvas é rara e irregular (média de 600 mm/ ano) 10% do território nacional. Seu solo é raso, mas fértil. Vegetação: árvores baixas e arbustos que perdem as folhas na estação seca e cactáceas como o mandacaru e o facheiro capazes de armazenar água (parênquima aquífero) e de evitar a transpiração (folhas transformadas em espinhos) xeromorfismo. Fauna: répteis, aves e mamíferos. 32
Pantanal Ocorrência: Brasil (MT e MS), Argentina, Paraguai e Bolívia (chaco). É a maior planície de inundação contínua do planeta, com muitos cursos de água. No período chuvoso, os rios extravasam dos leitos e inundam a planície, cobrindo-a de sedimentos que fertilizam o solo. Isso cria condições para a existência de uma rica comunidade. Vegetação: matas nas regiões mais elevadas (árvores e gramíneas) e arbustos nas regiões alagáveis. Encontra-se aí todo tipo de plantas: espécies típicas da floresta amazônica, do cerrado e até da caatinga (nas áreas com solo arenoso). 33
Fauna: rica em peixes que se alimentam dos variados microorganismos presentes. Esses peixes servem de alimento a outros peixes, que servirão de alimento para aves e jacarés. Seus excretas e fezes servem de nutrientes aos microorganismos, fechando o ciclo. Possui grande variedade de aves e alguns mamíferos de grande porte. No norte da Austrália há um bioma semelhante, o Kakadu, e na África há o delta do rio Okavango, que acaba no deserto do Kalahari (Botsuana). 34
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Vegetação Litorânea a) Manguezais Bioma de transição entre mar e terra. Ocorrência: desembocaduras de rios e litorais protegidos. Namarécheia,seusoloficacobertodeáguasalobra. Vegetação: possui especializações, como rizóforos e pneumatóforos. Sobre essa vegetação há epífitas. A alta disponibilidade de sedimentos orgânicos trazidos pelos rios faz deles um berçário de peixes, quebuscamnolocalnãosóalimento,mastambémum local de águas tranqüilas com boa temperatura para botarem seus ovos. 37
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Vegetação Litorânea b) Restinga Ocorrência: por toda a costa, onde houver praia. Tem solo arenoso, que retém pouca água e nutrientes adaptações: plantas com extensas raízes superficiais. Vegetação: Matas com até 12 m, campos de gramíneas ou lagunas com vegetação aquática. Fauna: répteis e insetos. 39
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