RESUMO O presente estágio curricular obrigatório foi desenvolvido na unidade de recebimento e secagem de cereais da Campagro Insumos Agrícolas, unidade Boa Vista em Campo Mourão PR. O estágio teve a duração de 400 horas, com 30 horas semanais. O departamento de recebimento e secagem de cereais, conta com um gerente, dois classificadores de grãos, um balanceiro, um encarregado operacional um operador de máquinas industriais e cinco auxiliares gerais que realizam suas atividades na classificação, pesagem, descarga nas moegas, pré-limpeza, limpeza, secagem e armazenagem do produto. De acordo com as atividades realizadas pela empresa o estágio compreendeu o acompanhamento dos processos de: classificação; pesagem (descarga); pré-limpeza; secagem (temperatura, umidade, entrada e saída); pós-limpeza; armazenagem (silo a granel, produto limpo e seco); sistema de aeração; expedição (embarque e classificação). O cumprimento do estágio possibilita experiência na área de alimentos e desenvolve habilidades para enfrentar o mercado de trabalho. Desta forma, o estágio proporcionou a prática estudada em sala resultando em um bom aproveitamento por parte do aluno.
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESCRIÇÃO DO LOCAL 5 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO DEPARTAMENTO DE RECEBIMENTO DE CEREAIS UNIDADE BOA VISTA CAMPAGRO INSUMOS AGRICOLAS CAMPO MOURÃO (PR) 5 3.1 Recebimento e Classificação de grãos 5 3.2 Descarga e Pré-limpeza 9 3.3 Secagem 11 3.4 Pós-limpeza 12 3.5 Armazenagem 13 3.6 Expedição (embarque e classificação) 15 4. CONCLUSÃO 16 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
3 1 INTRODUÇÃO A secagem de produtos agrícolas é uma prática dos primórdios da civilização, quando não havia qualquer preocupação com a armazenagem, a diminuição de umidade dos grãos ocorria no próprio campo. A secagem era feita em condições naturais do ambiente, ditadas principalmente pela energia solar incidente e o movimento do ar. Mais tarde, tentou-se controlar parcialmente as condições de secagem, e esta passou a ser feita em fogões especiais ou salas aquecidas. Entre a Primeira e Segunda Guerra, diversas unidades experimentais de secagem foram construídas. Nessa época, apenas algumas unidades comerciais estavam trabalhando e destinavam-se, basicamente, à secagem de frutas, vegetais e feno, além da secagem de sementes de milho. Após a Segunda Guerra Mundial, tornaram-se comuns as grandes unidades comerciais de secagem, bem como grandes quantidades de grãos passaram a ser secos nas fazendas (AGROMUNDO, 2013). O processo de secagem com altas temperaturas baseia-se na propriedade pela qual, aumentando-se a temperatura do ar úmido, a umidade relativa diminui e consequentemente a capacidade do ar em absorver umidade aumenta. Geralmente o ar é forçado a passar através do secador por meio de um ventilador, depois de ter entrado em contato com o produto o ar deixa o secador com uma temperatura mais baixa e uma umidade relativa mais elevada. A secagem artificial com altas temperaturas é uma técnica muito utilizada em fazendas, indústrias de transformação, unidades armazenadoras-coletoras e intermediárias do mundo inteiro (DONZELLES, 2013). As impurezas como (palhas, talos, pedaços de sabugos, bajes verdes) dificultam a passagem dos grãos pelos transportadores, reduzem a capacidade das máquinas de pré-limpeza e pós-limpeza e reduzem a operação das máquinas em uma passagem satisfatória e um armazenamento seguro. Como, a limpeza é necessária ao melhoramento das características de um lote de grãos, a remoção de impurezas e materiais indesejáveis exige que a massa passe por uma ou mais máquinas, essas máquinas fazem a separação com base na diferença de alguma característica física entre os grãos e a impurezas e quando essas características são similares, a separação torna-se difícil e as máquinas de limpeza e pré-limpeza
4 operam, normalmente baseadas no sistema de separação pelo ar e por peneira (TEIXEIRA et al, 2003). O conjunto de características físicas, químicas, biológicas e sensoriais definem a qualidade original do material que vai ser armazenado, a condição do grão estabelecida por ocasião da colheita estando relacionada aos processos de colheita e às técnicas de limpeza. Esta condição define a capacidade de o grão resistir ao ataque de insetos e microrganismos (D ARCE, 2013). Os grãos procedentes das lavouras não apresentam condições adequadas ao imediato armazenamento. O produto, tal como recebido do campo, possui em sua maioria, elevado teor de impurezas, o que o torna inadequado para o armazenamento e fora dos padrões de comercialização (WEBER, 2005). O objetivo de armazenamento adequado de grãos é manter a sua duração, as qualidades biológicas, químicas e físicas que estes grãos possuem, imediatamente após a colheita. A operação de secagem é uma parte importante do processamento que antecede a armazenagem. A qualidade dos grãos não pode ser melhorada durante o armazenamento. Grãos colhidos inadequadamente serão de qualidade baixa, não importando como são armazenados. Dois fatores afetam de modo especial a qualidade dos grãos: alto teor de umidade e colheita inadequada (AGROMUNDO, 2013). Na cadeia produtiva de grãos, as unidades armazenadoras devem ser estruturadas, adequadamente projetadas e gerenciadas para a recepção, limpeza, secagem, armazenagem e expedição. Produtos agrícolas geralmente são matérias-primas adquiridas pelas indústrias com o objetivo de um processamento oferecendo um produto de qualidade ao consumidor. Para que o milho, soja, trigo sejam armazenados dentro dos padrões da legislação brasileira mantendo sua qualidade; quando entregue dos produtores para a indústria o primeiro passo é a retirada das impurezas em excesso para que o produto tenha um bom rendimento na secagem e eliminação da umidade. É essencial que os grãos retirados do secador estejam na umidade ideal para o armazenamento podem ficar até cinco anos em silos ou armazéns, desde que seja mantido produtos armazenados à temperatura ambiente, no interior do local de armazenamento. Para que isto ocorra os grãos devem ser armazenados inteiros, livres de impurezas, e com umidade de 13% soja, 14% milho e 13% para o trigo.
5 O objetivo deste estágio foi acompanhar o fluxo do produto no processo de secagem e armazenagem de produtos como soja, milho e trigo mantendo a qualidade satisfatória adequada para a comercialização. 2. DESCRIÇÃO DO LOCAL O presente estágio foi realizado na empresa Campagro Insumos Agrícolas Unidade Boa Vista de Campo Mourão localizada na BR 369 km 12, saída para Cascavel, a qual conta com uma equipe de aproximadamente 16 colaboradores diretos. O departamento operacional possui uma equipe de um encarregado um operador de máquinas e cinco auxiliares gerais que realizam suas tarefas neste ambiente para deixá-lo organizado e apto para as atividades que são realizadas no mesmo. A Unidade Boa Vista Campagro Campo Mourão, conta ainda com o departamento de armazenamento de grãos com estrutura de quatro silos com capacidade de 30.000 toneladas cada um deles. Para a realização das atividades de recebimento e classificação de grãos, pré-limpeza, secagem, pós-limpeza, armazenamento e expedição (embarque e classificação) a empresa possui máquinas industriais com o objetivo de processar a matéria prima recebida dos produtores, armazenar e comercializar o produto de acordo com as normas estabelecidas pela legislação. 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO DEPARTAMENTO DE RECEBIMENTO DE CEREAIS UNIDADE BOA VISTA CAMPAGRO INSUMOS AGRICOLAS CAMPO MOURÃO (PR). O estágio curricular obrigatório teve início em 09/02/2012 e término em 15/05/2012, com uma carga de 30 horas semanais e um total de 400 horas durante as quais foram desenvolvidas as atividades descritas abaixo. 3.1 Recebimento e Classificação de grãos: no período de colheita dos grãos os produtores agrícolas entregam seus produtos como soja, milho e trigo para que
6 sejam tratados e apresentem condições satisfatórias dentro das normas da Legislação Brasileira (BRASIL, 2000b) para armazenagem e comercialização sendo que pequenos e médios produtores não possuem em suas propriedades locais de secagem e armazenagem com qualidade para seus produtos agrícolas. É de fundamental importância a realização das atividades de limpeza, secagem e armazenagem, pois a falta destes processos implica em produtos agrícolas sem condições de armazenagem por pequeno ou longo período. A primeira etapa na indústria é o recebimento e a classificação dos grãos que chegam em caminhões, vide (Figura 1 e 2). Ao chegar um caminhão, antes que a matéria-prima seja descarregada, esta deve passar por uma etapa de classificação onde são realizadas as análises de umidade, impurezas, grãos avariados e quebrados, como mostra a (Figura 3). FIGURA 1: Caminhão aguardando a retirada da amostra. FONTE: AFONSO (2013).
7 FIGURA 2: Colaborador retirando a amostra do caminhão. FONTE: AFONSO (2013). A análise de classificação da matéria prima é de grande importância para o produtor e para a indústria, pois a indústria repassa somente o valor referente ao produto limpo, sendo que o percentual de umidade, impurezas e grãos avariados/quebrados serão descontados do produtor de acordo com as impurezas de seu produto. Além dos resultados oferecidos para o produtor, esta análise indica o lote ou moega onde o caminhão deve ser descarregado para organizar a prélimpeza e secagem do produto.
8 FIGURA 3: Colaborador preparando amostra para classificação. FONTE: AFONSO (2013). Para realizar a análise de classificação dos caminhões, retiram-se amostras por meio de uma sonda coletora (calador de 1,5m), fazendo-se a coleta em pontos diferentes dependendo do tamanho do caminhão, permitindo ter uma amostra que represente toda a carga. A análise de umidade é realizada através de um equipamento chamado de Universal Moinsture Tester (Figura 4) é utilizado condutividade elétrica em outras palavras quanto mais água tiver o grão, mais corrente elétrica passará através dele, é um equipamento rápido que permite o manuseio por colaboradores sem treinamento, mas gera erros devido a possibilidade de manipulação de resultados. E para obter resultados de impurezas e grãos avariados e quebrados utiliza-se um jogo com três peneiras de diferentes meschs e fundo, através de movimentos manuais separam-se os grãos limpos das impurezas e grãos avariados/quebrados.
9 FIGURA 4: Medidor de umidade universal. FONTE: STASIAK (2009). 3.2 Descarga e Pré-limpeza: a descarga é realizada através de um tombador (Figura 5), móvel que pode ser movimentado entre as quatro moegas da unidade, dependendo do tipo de produto e a umidade nele contida. As moegas são estruturas empregadas para a recepção do produto a granel. No tombador o veículo carregado estaciona sobre uma superfície, que é inclinada entre 40 a 45 até o escoamento de todo o produto. FIGURA 5: Tombador basculante. FONTE: STASIAK (2009).
10 O produto é retirado da moega através de gravidade, cai sobre uma esteira transportadora que alimenta o elevador de canecas após ser transportado pelo elevador o produto desce por gravidade para alimentar a máquina de pré-limpeza. A máquina de pré-limpeza (Figura 6) trabalha no sentido oscilação em pequeno curso, ela é constituída por quatro jogos de peneiras sendo que as impurezas maiores são retiradas na primeira peneira, impurezas menores são retiradas nas peneiras inferiores após este processo o produto está pronto para ser encaminhado ao secador. FIGURA 6: Maquina de pré-limpeza. FONTE: STASIAK (2009).
11 3.3 Secagem: a secagem é a operação que tem por finalidade reduzir o teor de umidade do produto a um nível adequado para sua estocagem por um período prolongado. A unidade possui um secador de fluxos de ar contracorrentes (Figura 7 e 8) com alimentação de calor com forno a lenha. Os fluxos de grãos e ar de secagem ocorrem em sentidos contrários sendo que o fluxo de grãos ocorre no sentido da gravidade e o fluxo de ar em sentido ascendente. FIGURA 7: secador de grãos. FONTE: AFONSO (2013).
12 FIGURA 8: secador de grãos. FONTE: AFONSO (2013). Para cada tipo de produto utiliza-se uma determinada temperatura de secagem: por exemplo, a soja 80 a 85 C; milho de 10 0 a 105 C e trigo 70 a 75 C, a temperatura é acompanhada pelo operador em 4 pontos diferentes do secador através de um relógio termostático. O tempo de secagem de um determinado lote de grãos depende da umidade verificada na etapa de classificação realizada quando o caminhão chega com o produto. O produto é mantido em circulação dentro do secador empregando calor direto, a cada 30 minutos é retirada uma amostra para realizar a análise de umidade até que o produto atinja o percentual de umidade adequado para o armazenamento. 3.4 Pós-limpeza: a máquina de pós-limpeza trabalha no sentido oscilação em pequeno curso, sendo constituída por quatro jogos de peneiras se apresentando de forma semelhante à máquina de pré-limpeza, (responsável pela eliminação de interferentes leves através da ação do ar por exaustores, e impurezas grandes e pequenas através das peneiras).
13 A etapa de pós-limpeza é de grande importância, pois além da limpeza do produto seco são retirados todos os grãos quebrados, com o objetivo de eliminar ou minimizar o aquecimento dos grãos e a proliferação de fungos dentro do local e período de armazenamento. Portanto, o armazenamento dos grãos deve ser realizado somente com grãos inteiros para manter qualidade por longo período de armazenagem. 3.5 Armazenagem: na unidade os grãos são armazenados em silos metálicos de acordo com (Figura 9 e 10), nos quais durante o verão, o calor solar pode provocar aumento na temperatura dos grãos, os armazéns graneleiros metálicos, haverá incidência de raios solares no teto e paredes destas estruturas não é diretamente responsável pela mudança de temperatura na massa de grãos, pois estes, apresentam baixa condutividade térmica (PUZZI, 1977). FIGURA 9: Silo metálico para armazenagem de grãos. FONTE: AFONSO (2013).
14 FIGURA 10: silo metálico para armazenagem de grãos. FONTE: AFONSO (2013). Os grãos são microrganismos vivos e como tal, mesmo desligados biologicamente da planta desde o momento de sua maturação, eles respiram, liberam gás carbônico (CO 2 ), água (H 2 O) e calor. Em função da umidade, este processo ocorre de forma mais ou menos intensa: quanto maior a umidade dos grãos maior será a liberação de calor. A temperatura, embora tenha importância não tem, entretanto, a mesma influência sobre a aceleração do aquecimento dos grãos (WEBER, 2001). Além da umidade e da temperatura, os danos mecânicos e as impurezas também influenciam muito nas condições dos produtos armazenados. Os grãos têm a sua qualidade comprometida pelo ataque dos insetos e dos fungos, que, em uma massa com excesso de umidade e calor, encontram ambiente ideal para a proliferação e a consequente deterioração quantitativa e qualitativa da massa armazenada. Grãos secos, sem excesso de água, impedem o desenvolvimento dos fungos e os seus danos altamente nocivos (WEBER, 2001). A deterioração de uma massa de grãos, depositada na célula de um silo, tem frequentemente, seu início nas regiões de acúmulo de fragmentos e pó. Os núcleos maiores que 2,50 m de altura começam a se aquecer dentro de um período aproximado de 50 dias, esse aquecimento é propagado para outras partes da massa ensilada e, quanto maior o aumento da temperatura, maior será o desenvolvimento
15 de fungos. A temperatura, no centro do núcleo, pode aumentar rapidamente, atingindo 57 C e surgindo, inicialmente, odores de grãos mofados e, depois, ácidos, os grãos perdem a cor característica. Em grãos oleaginosos e, principalmente, na soja, constatam-se temperaturas acima de 93 C (PUZZ I, 1999). Grãos secos, sem excesso de água, impedem o desenvolvimento dos fungos e seus danos altamente nocivos devido a contaminantes que comprometem a segurança e qualidade de grãos. Estes contaminantes são as pragas de grãos armazenados, fungos, micotoxinas, resíduos de pesticidas e impurezas, que podem ocorrer desde a fase de produção e armazenagem, seguindo por toda a cadeia de grãos e chegando à mesa do consumidor (LORINI, 2005). A aeração é a movimentação de ar ambiente adequado, através da massa de grãos, para melhorar as condições de armazenamento. Os grãos armazenados a granel necessitam, periodicamente, de um arejamento fazendo-se passar o ar, através da massa de grãos. A aeração tem como objetivo a manutenção dos grãos armazenados, sem prejuízo da qualidade e da quantidade da massa armazenada, através de um sistema mecânico. Para que isto aconteça é indispensável o recurso da termometria, do sistema adequado da aeração (WEBER, 2001). Não existe horário para se promover a aeração no cereal, o que deve ser observado é a temperatura da massa de grãos e a temperatura e umidade relativa do ambiente, a aeração deve ser promovida sempre que estes fatores permitam. Não há tempo estipulado de aeração, variando este de região para região, de acordo com o clima; há uma média cerca de 60 horas de aeração por mês. A aeração no cereal deverá cessar somente após a expedição de todo o cereal do silo ou graneleiro. 3.6 Expedição (embarque e classificação): A expedição é a movimentação do produto dos armazéns graneleiros por correias transportadoras e elevadores até os silos de expedição, local onde é realizado o carregamento dos caminhões. Depois de carregado, o caminhão é pesado para aferição da carga. O embarque conta com um silo pulmão de aproximadamente 40 toneladas para armazenamento durante o processo de carregamento entre os caminhões, com uma entrada de produto pela gravidade através de um cano de 4 polegadas; um elevador de canecas que alimenta o cano; e uma balança rodoviária para o controle do peso da carga adicionada aos caminhões.
16 Para realizar a análise de classificação dos caminhões a granel, retira-se amostras por meio de uma sonda coletora (calador de 1,5m), fazendo-se a coleta em pontos diferentes dependendo do tamanho do caminhão, permitindo ter uma amostra que represente toda a carga. A umidade é realizada através de um equipamento chamado de Universal Moinsture Tester, e para obter resultados de impurezas e grãos avariados e quebrados utiliza-se um jogo com três peneiras de diferentes meschs e fundo, através de movimentos manuais separa-se os grãos limpos das impurezas e grãos avariados/quebrados. A análise de classificação realizada na expedição é garantia de que o produto está de acordo com os padrões da legislação brasileira (BRASIL, 2000a) como umidade adequada a cada tipo de produto, impurezas, grãos avariados e quebrados até 2%. Esta análise é realizada por um colaborador da empresa consumidora do produto, sendo que a carga poderá ser aprovada ou reprovada. 4. CONCLUSÃO A base teórica permitiu que durante o período de estágio fossem observadas as possibilidades de correções nos processos de limpeza, secagem e armazenagem de grãos, como: Durante a safra há um grande fluxo de produtos recebidos em pouco tempo a soja e o trigo são normalmente recebidos com baixa umidade, porém o milho é recebido com alta umidade, e a unidade não consegue fazer a secagem do produto que entra diariamente em 24 horas, ficando o produto armazenado em espaço sem ventilação perdendo a qualidade, além da falta de espaço para o dia seguinte. Há falta de exaustores para circulação de ar dentro dos túneis e poços de elevadores, assim resíduos de milho úmido nestes locais liberam gás tóxico, que se respirado pelo homem pode levar a óbito em poucos minutos. A decomposição de grãos pode gerar vapores inflamáveis se a umidade do grão for superior a 20% poderá gerar metanol, propanol, ou butanol, os gases metano e etano são tóxicos e inflamáveis e podem gerar explosões.
17 Observou-se também um grande desperdício de produto durante o processo através das tubulações furadas. Para a correção destes itens observados falta investimento e isto afeta diretamente a qualidade das atividades desenvolvidas nos processos de limpeza, secagem e armazenagem de grãos. As atividades desenvolvidas favoreceram o entendimento e observação da importância destas para a indústria, e que cada etapa que o produto percorre é de grande importância para a obtenção da qualidade do produto. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AFONSO, L; D; A. Secagem e Armazenagem de milho. Disponível em: < http://www.dag.uem.br/pet/home/secagem_milho.pdf> Acesso em; 02 Fev.2013. AGROMUNDO, Secagem e Armazenagem de Grãos. Disponível em <http://www.agromundo.com.br/?p=21413 >. Acesso em; 07 Fev. 2013. BRASIL. Lei N 9.972, de 25 de maio de 2000(a). Ins titui a classificação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico, e dá outras providências. Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos, Brasília, DF, 25 de maio de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9972.htm> Acesso em: 17 mar. 2013. BRASIL. Lei N 9.973, de 29 de maio de 2000(b). Dis põe sobre o sistema de armazenagem dos produtos agropecuários. Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos, Brasília, DF, 29 de maio de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9973.htm> Acesso em: 17 mar. 2013. D, ARCE. R.B.A.M. Pós Colheita e Armazenamento de Grãos. Disponível em <http://www.esalq.usp.br/departamentos/lan/pdf/armazenamentodegraos.pdf>. Acesso em: 08 Fev. 2013. DONZELLES, L. M. S. Secagem e Secadores. Disponível em <http://www.agr.feis.unesp.br/defers/docentes/mauricio/pdf/zocoler/cap5.pdf>. Acesso em: Fev. 2013. LORINI, I. Armazenamento do milho safrinha. X Seminário Nacional Rio Verde (Goiás), 2005. Disponível em < http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/31798/1/lorini.pal2009.pdf>. Acesso em: 11 Fev. 2013. PUZZI, D. Abastecimento e Armazenagem de Grãos. São Paulo: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1999.
18 PUZZI, D. Manual de armazenamento de grãos: armazéns e silos. São Paulo: Agronômica Ceres, 1977. STAZIAK, G. Implantação de uma unidade armazenadora de grãos para prestação de serviços na região de Formosa GO e entorno. Boletim Técnico UPIS (Faculdades Integradas). Planaltina (DF), 2009. Disponível em < http://www.upis.br/pesquisas/pdf/agronomia/2010_2/gadiego_stasiak_bt_implanta %C3%A7%C3%A3o_unidade_armazenadora_gr%C3%A3os_presta%C3%A7%C3% A3o_servi%C3%A7os_regi%C3%A3o_Formosa_GO_entorno.pdf>. Acesso em: 25 Jan. 2013. TEIXEIRA, M. M. et al. Propriedades Físicas e Aerodinâmicas Aplicadas ao Projeto de Máquinas de Limpeza para grãos de Milho. Engenharia na Agricultura, Viçosa, v.11, n.1-4, Jan./Dez., 2003. Disponível em <http://www.ufv.br/dea/reveng/arquivos/vol11/v11n1-4p52-57.pdf>. Acesso em: 10 Fev. 2013. WEBER, E. A. Armazenagem Agrícola. Guaíba: Agropecuária, 2001. WEBER, E. A. Excelência em Beneficiamento e Armazenagem de Grãos. Guaíba: Agropecuária, 2005.