DIREITO DO TRABALHO II

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Transcrição:

DIREITO DO TRABALHO II Me. Ariel Silva.

l INTRÓITO: Matriz constitucional: art. 7º, XVIII da CRFB; Infraconstitucional: l Insalubridade: art. 189 da CLT e NR 15; l Periculosidade: art. 193 da CLT, NR 16 e Portaria MTE 518/2003; l Penosidade: inexiste regulamentação legal.

l ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: Elisão ou neutralização: l EPC; l EPI - utilização. Base de cálculo: l Salário mínimo regional art. 192 da CLT; l Súmulas 17 e 228 do TST; l Posição do STF Súmula vinculante n.º 04.

l ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: Quadro de atividades insalubres = NR15; Graus: l Mínimo: 10%; l Médio: 20%; l Máximo: 40%; Base: l É obrigatória a realização de perícia (art. 195 da CLT).

l ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: Base de cálculo: Base é o salário-mínimo Súmula vinculante 04. Deve ser editada nova lei fixando base diversa. Integrações: l Base para horas extras e DSR; l Base para natalinas; l Base para férias; l Base para FGTS e INSS; l Base para aviso prévio.

l JURISPRUDÊNCIA STST nº 80 - INSALUBRIDADE. A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. STST nº 248 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

l JURISPRUDÊNCIA OJ-SDI-1 n. 4 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIXO URBANO. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho.

l JURISPRUDÊNCIA OJ-SDI-1 n. 165. PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT. O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.

l JURISPRUDÊNCIA OJ-SDI-1 n. 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. I Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). II Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.

l ADICIONAL DE PERICULOSIDADE: Atividades periculosas: l Inflamáveis; l Explosivos; l Energia elétrica; l Segurança profissional pessoal ou patrimonial; l Radiação. Alíquota: l 30%; Base de cálculo: l Salário básico Súmula n. 191 do TST (Lei 12.740/12).

l ADICIONAL DE PERICULOSIDADE: Constatação: l É obrigatória a realização de perícia (art. 195 da CLT). OJ-SDI-1 n. 406. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.

l JURISPRUDÊNCIA STST nº 39 - PERICULOSIDADE. Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). STST nº 364 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. E X P O S I Ç Ã O E V E N T U A L, P E R M A N E N T E E INTERMITENTE. Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

l JURISPRUDÊNCIA OJ-SDI-1 nº 345 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO. A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.

l JURISPRUDÊNCIA OJ-SDI-1 nº 347 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CABISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA. É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência.