Disciplina. Projeto de Intervenção. Escola Básica e Secundária Ibn Mucana 2012/13



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Transcrição:

Disciplina Projeto de Intervenção Escola Básica e Secundária Ibn Mucana 2012/13

Índice Introdução. 3 1. Objetivos Gerais. 5 1.1. Objetivos Operacionais.. 5 2. Estrutura de atuação/intervenção.. 5 3. Tipificação do Comportamento Global da Turma 7 4. Tipificação de Comportamentos/Medidas disciplinares... 8 5. Aplicação da medida corretiva de ordem de saída do espaço de aula 11 5.1. Guião de procedimentos... 11 6. Ocorrências disciplinares em espaços de convívio ou serviços....13 6.1. Guião de procedimentos... 13 7. Equipa de Intervenção Imediata (EII)...14 7.1. Guião de procedimentos... 14 8. Gabinete de Intervenção para a Promoção de Ambientes de Aprendizagem e Cidadania (GIPAAC). 15 9. Coordenação, monitorização e avaliação do Projeto..16 10. Guião de boas práticas no espaço de aula. 16 11. A comunicação na gestão de conflitos Roteiro para uma comunicação eficaz junto dos alunos. 18 Anexos Anexo 1 Registo Sumário de Ocorrência (Espaço de Aula) Anexo 2 Análise e Reflexão do Aluno sobre a Ocorrência Anexo 3 Registo Sumário de Ocorrência (Espaços exteriores e serviços) Projeto in Disciplina 2 / 22

Introdução É reconhecido que um efetivo sucesso escolar dos Alunos está intimamente associado ao estabelecimento de um bom ambiente de trabalho em espaço de aula e também à promoção do bem-estar em todo o espaço escolar de modo a propiciar um relacionamento saudável entre os utilizadores. Assim a primeira preocupação dos educadores é criar as condições necessárias ao nível dos comportamentos sociais dos Alunos. É factual que, de ano para ano, os Alunos que chegam à escola evidenciam maiores lacunas em termos das regras elementares do saber estar, desencadeando comportamentos potenciadores de situações de indisciplina. Os agentes educativos têm cada vez maior dificuldade em dar uma resposta eficaz a essa realidade cujos contornos estão em permanente mutação e para a qual não se sentem devidamente preparados. Neste enquadramento adotam uma atitude de inércia por impotência, ou implementam estratégias desajustadas, quase sempre descoordenadas, dependentes de padrões morais individuais e cujo efeito é muitas vezes contrário ao pretendido. A escola sede não foge a este perfil. O problema da indisciplina tem-se agravado progressivamente ao longo dos anos mas ainda assim com expressão pouco significativa face ao universo dos Alunos. Muitas vezes é centrado em casos isolados de reincidência e por norma, com maior ou menor dificuldade, tem sido controlado. A integração dos Alunos do segundo ciclo, no ano letivo 2011/12, trouxe uma nova dimensão à questão tendo sido por demais sentidos no quotidiano da escola os efeitos da sua falta de regras em termos do saber estar. Acresce que o elevado número de alunos no espaço escolar reforça a urgência de implementar regras e sancionar prontamente os desvios, de modo a permitir um convívio adequado entre todos. Neste contexto é necessário adotar uma estratégia de atuação comum que inverta a tendência constatada e que, a continuar, seguramente constituirá um problema agravado de mais difícil correção. O projeto In Disciplina pretende, sem prejuízo dos direitos dos Alunos constantes dos documentos reguladores, implementar um conjunto coordenado de ações integrando não só a elencagem /operacionalização de procedimentos a aplicar perante comportamentos que violem os deveres dos Alunos consignados no Estatuto do Aluno e Ética Escolar e no Regulamento Interno do Agrupamento doravante designados, neste documento, por ocorrência disciplinar ou ocorrência como também promovendo ações preventivas e de remediação nos casos mais problemáticos. Trata-se de um projeto enquadrado pela Lei nº 51/2012 - Estatuto do Aluno e Ética Escolar e pelo Regulamento Interno do Agrupamento, no cumprimento do qual todos são responsabilizados. A eficácia dependerá do envolvimento efetivo de todos os atores, a começar pelos próprios Alunos, mas também de Professores, Assistentes Operacionais, Encarregados de Educação e mesmo parceiros externos que eventualmente seja necessário mobilizar. Projeto in Disciplina 3 / 22

Após implementação do Projeto em regime experimental no ano letivo anterior, e de lhe terem sido introduzidos ajustamentos em função da avaliação efetuada, pretende-se que entre plenamente em funcionamento no ano letivo 2013/14, passando fazer parte das rotinas de trabalho da escola. Continua aberto à integração de todos os contributos que auxiliem à consecução dos objetivos gerais que o norteiam, como acontece com o projeto A comunicação na gestão de conflitos - Roteiro para uma comunicação eficaz junto dos alunos, realizado no âmbito da Ação de Formação "Gestão e Resolução de Conflitos / Promover Ambientes de Aprendizagem e Cidadania", dinamizada pelo formador José Miguel Oliveira e realizada em 2012/13. Projeto in Disciplina 4 / 22

1. Objetivos Gerais - Combater os comportamentos desajustados dos Alunos em termos do saber estar, através de uma estratégia de intervenção coordenada. - Promover um ambiente de trabalho em espaço de aula propiciador das aprendizagens. - Promover o bem-estar nos espaços de convívio. 1.1. Objetivos Operacionais Na avaliação do Comportamento Global da Turma efetuada no final do 1º período, melhorar em 25% das turmas, a notação qualitativa de Não Satisfatório ou Pouco Satisfatório que tenham obtido na avaliação da reunião intercalar (de acordo com a tipificação apresentada no ponto 3.). Na avaliação do Comportamento Global da Turma efetuada no final dos 2º e 3º períodos, melhorar em 25% das turmas, a notação qualitativa de Não Satisfatório ou Pouco Satisfatório que tenham obtido na avaliação imediatamente anterior (de acordo com a tipificação apresentada no ponto 3.). Na avaliação do Comportamento Global da Turma efetuada no final de cada um dos períodos, melhorar em 10% das turmas, a notação qualitativa positiva que tenham obtido na avaliação imediatamente anterior (de acordo com a tipificação apresentada no ponto 3.). - Diminuir em 25%, no final de cada período, o número de ocorrências disciplinares nos espaços exteriores e serviços, em relação às verificadas no final do período imediatamente anterior. - Diminuir em 25%, no final do ano letivo, o número de ocorrências disciplinares em Alunos acompanhados pelo Gabinete de Intervenção para Promoção de Ambientes de Aprendizagem e Cidadania - GIPAAC. 2. Estrutura de atuação/intervenção O modelo de atuação/intervenção em caso de ocorrência disciplinar assenta em três estruturas de intervenção: a sala C 0 ; a Equipa de Intervenção Imediata (EII) e o Gabinete de Intervenção para a Promoção de Ambientes de Aprendizagem e Cidadania (GIPAAC). A sala C 0 mantém as funções e destina-se a receber Alunos que recebem ordem para sair do espaço de aula. A EII atua em caso de ocorrências disciplinares nos espaços exteriores e serviços. O GIPAAC desenvolve a sua ação dos junto dos Alunos reincidentes em ocorrências disciplinares graves. Cumulativamente pode desencadear ações de prevenção. Toda a estrutura é centrada na ação do Diretor de Turma, ao qual devem ser participadas, por Professores, Assistentes Operacionais ou Alunos as infrações de acordo com a Tipificação de Comportamentos/Medidas Projeto in Disciplina 5 / 22

Disciplinares indicada no ponto 5. e os procedimentos indicados nos pontos 6 e 7. As ocorrências Muito Graves, conforme o mesmo ponto deste documento, são comunicadas de imediato à Diretora. O modelo prevê o envolvimento dos Encarregados de Educação que devem ser informados, em tempo útil, das infrações dos educandos consideradas Graves ou Muito Grave, pelo D.Turma ou, no seu impedimento, pela própria Direção em casos Muito Graves. É criado um mecanismo de comunicação imediata ao Encarregado de Educação, sempre que o educando é encaminhado para a sala C 0, através de SMS, via Serviços Administrativos, solicitando que deve contactar o D.Turma para conhecer os pormenores. Para controle dos espaços de convívio e serviços, durante os intervalos maiores e hora de almoço, poderão ser constituídas equipas de vigilância para reforço da ação dos Assistentes Operacionais em determinados locais estratégicos, constituídas por Professores e também alguns Alunos do ensino secundário com reconhecido perfil, investidos de autoridade enquanto no exercício das funções de vigilância. Estas equipas são constituídas por voluntários só funcionando conforme o número de disponíveis. As ocorrências disciplinares verificadas nos espaços exteriores e serviços devem ser objeto dos procedimentos indicados no ponto 7. Sala C 0 Serviços Administrativos Professor Encarregado de Educação Diretor de Turma Direção Alunos SPO Parceiros Externos Professor GIPAAC Gabinete Assistentes/ Vigilantes EII Equipa de Intervenção Imediata Projeto in Disciplina 6 / 22

3. Tipificação do Comportamento Global da Turma Com vista à verificação do grau de consecução dos Objetivos Operacionais definidos e, cumulativamente, visando a uniformização do registo em ata e evitar situações de discrepância entre turmas, em relação à caracterização do Comportamento Global da Turma, o Conselho de Turma deve atribuir, por consenso ou maioria, um valor entre 1 e 5 para cada um dos parâmetros da tabela seguinte. Este procedimento visa não só identificar/controlar as turmas mais indisciplinadas, mas também distinguir as que constituem os melhores exemplos. A menção qualitativa a registar em ata resultará da soma dos valores de acordo com a seguinte escala: - até 10 pontos - Não Satisfatório; - 11 a 17 pontos - Pouco Satisfatório; - 18 a 24 pontos - Satisfatório; - 25 a 31 pontos - Bom; - 32 a 35 pontos - Muito Bom. Parâmetros I. Cumprimento das regras estabelecidas II. Entradas e saídas das aulas III. Saber estar na aula IV. Relação entre colegas V. Relação com o Professor VI. Organização Não Satisfatório (1 ponto) Raramente cumprem as regras Entram e saem da sala de forma desordenada Levantam-se sem autorização; falam com os colegas do lado; estão desatentos Revelam uma relação muito turbulenta Não respeitam os Professores, chegando a ser agressivos ou a usar vocabulário impróprio Não trazem o material necessário e apresentam os cadernos diários desorganizados Pouco Satisfatório (2 pontos) Nem sempre cumprem as regras Nem sempre entram e saem de forma ordenada Nem sempre estão atentos e colaboram pouco nas tarefas Nem sempre se relacionam bem uns com os outros Nem sempre se relacionam bem com os Professores Nem sempre têm o material necessário e são bastante desorganizados Satisfatório (3 pontos) Cumprem as regras regularmente Quase sempre entram e saem de forma ordenada Estão normalmente atentos e colaboram nas tarefas Relacionam-se razoavelmente uns com os outros Relacionam-se razoavelmente com os Professores Têm normalmente o material necessário à aula e têm vindo a melhorar a organização Bom (4 pontos) Cumprem as regras Entram e saem de forma ordenada Estão atentos, sentados corretamente, revelando empenho Têm uma boa relação entre si Têm uma boa relação com os Professores Têm sempre todo o material necessário à aula e são organizados Muito Bom (5 pontos) Cumprem as regras de forma exemplar Entram e saem calmamente e de forma ordenada Estão muito atentos, sentados corretamente, revelando muito empenho Revelam uma excelente relação e camaradagem Estabelecem uma excelente relação com os Professores Revelam uma excelente organização dos materiais e trabalhos Projeto in Disciplina 7 / 22

Grave Implica participação por escrito ao D.Turma Pouco Grave Agrupamento de Escolas Ibn Mucana Escola Básica e Secundária Ibn Mucana 2013/14 VII. Resolução de conflitos Não respeitam a opinião dos outros e não ajudam os colegas Revelam alguma colaboração na resolução de conflitos Colaboram na resolução de conflitos Colaboram intensamente na resolução de problemas Manifestam um comportamento tolerante e construtivo 4. Tipificação de Comportamentos/Medidas Disciplinares Visando uniformizar procedimentos em relação às ocorrências disciplinares com Alunos verificadas em sala de aula, nos espaços exteriores ou serviços, e respetivas medidas corretivas ou disciplinares sancionatórias a adotar de acordo com a Lei nº 51/2012, deve ser aplicada a seguinte tabela. Tipo Tipo Comportamento/infração do Aluno em espaço de aula ou no recinto da escola Atrasar-se para a aula mais de 5 minutos após o toque de entrada. Intervir na aula a despropósito/levantar-se sem autorização. Conversar / brincar durante as aulas. Não acatar o aviso do Professor, Assistente Operacional/Técnico ou Vigilante. Ter ligados no espaço de aula quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente, telemóveis, equipamentos, programas ou aplicações informáticas, exceto se necessários às atividades a desenvolver e expressamente autorizados pelo Professor. Usar boné ou capuz dentro do espaço de aula ou pavilhões. Sujar a cadeira, mesa, sala e/ou espaço escolar. Comportamento/infração do Aluno em espaço de aula ou no recinto da escola Reincidir, durante a mesma aula, comportamentos Pouco Graves que já foram alvo de chamada de atenção pelo Professor. Medida disciplinar corretiva ou sancionatória Advertência pelo Professor e registo de falta de presença. Advertência pelo Professor, Assistente Operacional/Técnico ou Vigilante. Advertência pelo Professor. O Aluno desliga o equipamento. Advertência pelo Professor, Assistente Operacional/Técnico ou Vigilante. O Aluno corrige o comportamento. Advertência pelo Professor, Assistente Operacional/Técnico ou Vigilante. O Aluno corrige o comportamento, limpando o que sujou. Medida disciplinar corretiva ou sancionatória Marcação de falta (injustificada) com ordem de saída do espaço de aula, encaminhamento do Aluno para a sala C 0 com a indicação da tarefa a realizar e participação escrita da ocorrência disciplinar ao D.Turma. O Aluno realiza, na escola, tarefas ou atividades de integração durante, pelo menos, 6 tempos letivos. Projeto in Disciplina 8 / 22

Implica participação por escrito ao D.Turma Agrupamento de Escolas Ibn Mucana Escola Básica e Secundária Ibn Mucana 2013/14 Reincidir, no espaço escolar, em comportamentos Pouco Graves que já foram alvo de chamada de atenção pelo Professor, Assistente Operacional/Técnico ou Vigilante. Usar linguagem imprópria em todo o espaço escolar. Advertência pelo Professor, Assistente Operacional/Técnico ou Vigilante. O Aluno realiza na escola tarefas ou atividades de integração durante, pelo menos, 6 tempos letivos. Em alternativa, e dependendo da ocorrência e local em que se verifique, fica vedado ao Aluno aceder a certos espaços escolares ou utilizar certos materiais ou equipamentos, pelo menos, durante 5 dias úteis. Se for no espaço de aula, marcação de falta (injustificada) com ordem de saída, encaminhamento do Aluno para a sala C 0 com a indicação da tarefa a realizar. Se for no espaço exterior ou serviços, condução do Aluno à EII ou à Diretora. O Aluno realiza na escola tarefas ou atividades de integração durante, pelo menos, 10 tempos letivos. Escrever ou desenhar no mobiliário, paredes ou danificar as instalações, equipamento ou o material escolar. Utilizar, sem captação de som ou de imagens, quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente, telemóveis, equipamentos, programas ou aplicações informáticas, exceto se necessários às atividades a desenvolver e expressamente autorizados pelo Professor. Reagir agressivamente, por palavras ou por gestos, contra os colegas. O Aluno corrige o comportamento limpando o que sujou, reparando o dano, pagando o arranjo ou substituindo o bem lesado. O Aluno realiza na escola tarefas ou atividades de integração durante, pelo menos, 10 tempos letivos. Em alternativa, e dependendo da ocorrência e local em que se verifique, fica vedado ao Aluno aceder a certos espaços escolares ou utilizar certos materiais ou equipamentos durante, pelo menos, 10 dias úteis. O Aluno entrega o equipamento ao Professor, que o faz chegar à Direção, só podendo ser devolvido ao Encarregado de Educação. O Aluno realiza na escola tarefas ou atividades de integração durante, pelo menos, 10 tempos letivos. Se for no espaço de aula, marcação de falta (injustificada) com ordem de saída, encaminhamento do Aluno para a sala C 0 com a indicação da tarefa a realizar. Se for no espaço exterior ou serviços condução do Aluno à EII ou à Diretora. O Aluno realiza na escola tarefas ou atividades de integração durante, pelo menos, 10 tempos letivos. Cumulativamente é objeto de repreensão registada. Projeto in Disciplina 9 / 22

Muito Grave Implica a comunicação imediata à Diretor a Poderão ser chamadas as forças de segurança e/ou informado o Ministério Público Agrupamento de Escolas Ibn Mucana Escola Básica e Secundária Ibn Mucana 2013/14 Tipo Comportamento/infração do Aluno em espaço de aula ou no recinto da escola Reincidir em qualquer das infrações Graves. Sair do espaço de aula sem autorização. Sair da escola sem autorização. Recusar cumprir as ordens de saída do espaço de aula e/ou o encaminhamento para a sala C 0, EII ou Diretora. Fumar dentro do espaço escolar. Captar som ou imagens dentro do recinto escolar por qualquer meio exceto se necessários às atividades a desenvolver e expressamente autorizadas pelo Professor ou Diretora. Roubar ou furtar. Destruir propriedade pessoal. Transportar, consumir ou facilitar o consumo de substâncias ilícitas (drogas e bebidas alcoólicas). Transportar ou exibir armas de fogo, brancas ou outras. Reagir agressivamente, por palavras ou por gestos, contra o Professor, Assistente Operacional/Técnico ou Vigilante. Discriminar, difamar ou divulgar rumores ou mentiras (em presença ou por quaisquer outros meios incluindo tecnológicos). Medida disciplinar corretiva ou sancionatória Situação passível de suspensão entre 1 e 3 dias úteis. O Aluno entrega o equipamento ao Professor, que o faz chegar à Direção, só podendo ser devolvido ao Encarregado de Educação após instauração do processo disciplinar e apagados o som ou imagens captados. Situação passível de suspensão entre 4 e 12 dias úteis. O Aluno restitui o bem roubado ou furtado. Situação passível de suspensão entre 4 e 12 dias úteis. O Aluno paga o valor do bem destruído ou a sua reparação. Situação passível de suspensão entre 4 e 12 dias úteis. Situação passível de suspensão entre 4 e 12 dias úteis. Provocar, ameaçar, intimidar, perseguir Alunos, Professor, Assistente ou Vigilante. Agredir colegas no espaço de aula, espaços exteriores ou serviços. Recusar cumprir qualquer medida corretiva ou disciplinar sancionatória que lhe seja aplicada. Reincidir em qualquer das infrações Muito Graves. Poderá ser aplicada ao Aluno a medida disciplinar corretiva de Mudança de Turma se os comportamentos a justificarem, para salvaguarda do bom ambiente de trabalho na turma ou outros motivos. Compete à Diretora decidir sobre qualquer situação omissa ou menos clara nesta tipificação, de acordo com os respetivos normativos. Projeto in Disciplina 10 / 22

5. Aplicação da medida corretiva de ordem de saída do espaço de aula A medida corretiva de ordem de saída do Aluno do espaço de aula (sala ou outros espaços em que decorram atividades letivas) tem que ser encarada como excecional e tomada apenas em último recurso quando as estratégias não resultem. Tem que ser obrigatoriamente acompanhada do encaminhamento do Aluno para a sala C 0 e da adoção dos procedimentos que a seguir se indicam. 5.1. Guião de Procedimentos A - Procedimentos do Professor quando dá ordem de saída do espaço de aula: Avisa, de imediato, o Diretor se a ocorrência for considerada Muito Grave, usando o telefone do pavilhão ou através da Assistente Operacional; Preenche, de imediato, o Registo Sumário de Ocorrência (Anexo 1), indicando, o tipo de ocorrência disciplinar, a tarefa proposta para o Aluno realizar e a respetiva duração: - a tarefa proposta deve ser adequada ao tempo de permanência na sala C 0 ; marca a falta no Livro de Ponto: - esta falta é considerada injustificada; chama a Assistente Operacional do respetivo pavilhão que acompanha o Aluno à sala C 0, levando o Registo Sumário de Ocorrência ; - caso a Assistente Operacional não se encontre no pavilhão, deve o Delegado de Turma dirigirse ao Pav.A (Assistente Operacional do telefone) e solicitar a presença de uma na sala de aula; - o Professor deve ter sempre consigo exemplares do Registo Sumário de Ocorrência, podendo excecionalmente solicitar um exemplar à Assistente Operacional do pavilhão; faz, posteriormente, por escrito, uma participação detalhada da ocorrência disciplinar entregando-a diretamente ao D. Turma ou colocando-a na gaveta da Direção de Turma (sala de Professores) num prazo máximo de 24 horas, que pode estender-se a 48 horas, em situações excecionais, devidamente justificadas. B Procedimentos da Assistente Operacional: acompanha o Aluno à sala C 0 e entregar o Registo Sumário de Ocorrência ao Professor de serviço; fica responsável por ir buscar o Aluno à sala C 0, se assim for o caso, na hora designada pelo Professor e encaminhá-lo novamente para a sala de aula. C Procedimentos do Professor de serviço na sala C 0 : recebe o aluno e o Registo Sumário de Ocorrência ; procede ao registo do aluno: o nome, o número e a turma, a disciplina que o Aluno estava a frequentar e a tarefa proposta pelo Professor; Projeto in Disciplina 11 / 22

solicita primeiro ao Aluno um relato e reflexão por escrito sobre a ocorrência disciplinar de acordo com as o modelo Registo da análise e reflexão do Aluno sobre a Ocorrência em Anexo 2; faz cumprir a tarefa indicada no Registo Sumário de Ocorrência ; garante que tudo é devidamente efetuado, providenciando o regresso do Aluno à sala de aula, caso assim seja indicado; - caso não seja indicada uma tarefa o Registo Sumário de Ocorrência deve o Professor de serviço fazer essa indicação, que poderá inclusivamente ser cópia dos Direitos e Deveres do Aluno ou a leitura de textos relacionados com a temática e que vão estar disponíveis na sala. Pretende-se sobretudo que o Aluno proceda a uma reflexão sobre o seu ato, pelo que o Professor deve conduzir a interação nesse sentido, dando-lhe prioridade sobre o cumprimento da tarefa. D Procedimentos dos Serviços Administrativos : após receber a informação do registo de ocorrências na sala C 0 no final dos períodos da manhã e da tarde comunica de imediato, via SMS, ao Encarregado de Educação a ocorrência disciplinar, através da seguinte mensagem- tipo: - Informa-se que o seu educando foi hoje mandado sair da espaço de aula na disciplina de (nome da disciplina). Deve contactar o D.Turma. Compete à Chefe dos Serviços Administrativos a organização do funcionamento interno de modo ao cabal cumprimento desta tarefa. E Procedimento da Assistente Operacional de Apoio à sala C 0 : no final dos períodos da manhã e da tarde : - coloca os Registo Sumário de Ocorrência e os Registo da análise e reflexão do Aluno sobre a Ocorrência na gaveta da Direção da respetiva Turma (sala de Professores); - entrega nos Serviços Administrativos a lista de registo de ocorrências. E Procedimentos do Diretor de Turma: verifica diariamente a existência de Registo Sumário de Ocorrência na gaveta da Direção da respetiva Turma (sala de Professores); logo que tome conhecimento da ocorrência disciplinar, procura inteirar-se, o mais rapidamente possível, do sucedido junto dos intervenientes e informa os pormenores ao Encarregado de Educação sempre que se justificar; aguarda pela participação detalhada da ocorrência disciplinar e procede de acordo com a situação e o historial do Aluno, em conformidade com a Lei nº 51/2012, designadamente considerando a gravidade Projeto in Disciplina 12 / 22

da ocorrência, as circunstâncias atenuantes e agravantes, grau de culpa, maturidade e demais condições pessoais, familiares e sociais; - três ordens de saída do espaço de aula, no mesmo ano letivo, aplicadas pelo mesmo professor ou cinco ordens de saída do espaço de aula aplicadas por qualquer professor, implica a análise da situação em Conselho de Turma. 6. Ocorrências disciplinares em espaços exteriores ou serviços As ocorrências disciplinares noutros espaços escolares para além dos espaços de aula, devem ser obrigatoriamente objeto de intervenção corretiva por Assistente Operacional/Técnico, Professor ou Vigilante sempre que os presenciarem. Se a gravidade da ocorrência disciplinar o justificar ou, no caso do Aluno não acatar a autoridade, devem ser adotados os procedimentos que a seguir se indicam. 6.1. Guião de Procedimentos A - Procedimentos do Assistente Operacional/Técnico, Professor ou Vigilante: identifica o Aluno e o respetivo D.Turma; se a ocorrência disciplinar se verificar durante o intervalo maior da manhã ou hora de almoço, conduz o Aluno ao gabinete da Equipa de Intervenção Imediata (EII) e relata-a; se a ocorrência disciplinar se verificar noutra hora, verifica se o D.Turma está disponível, conduz o Aluno até ele, e relata-a; - caso o D.Turma não esteja disponível e a ocorrência disciplinar seja Muito Grave relata-a diretamente à Direção; faz, posteriormente, por escrito, uma participação detalhada da ocorrência disciplinar, entregando-a diretamente ao D.Turma ou colocando-a na gaveta da Direção de Turma (sala de Professores) num prazo máximo de 24 horas, que pode estender-se a 48 horas em situações excecionais, devidamente justificadas. B Procedimentos do D.Turma: verifica diariamente a existência de Registo Sumário de Ocorrência na gaveta da Direção da respetiva turma (sala de Professores); logo que tome conhecimento da ocorrência disciplinar procura inteirar-se, o mais rapidamente possível, do sucedido junto dos intervenientes e informar os pormenores ao Encarregado de Educação sempre que se justificar. aguarda pela participação detalhada da ocorrência disciplinar e procede de acordo com a situação e o historial do Aluno, em conformidade com a Lei nº 51/2012, designadamente considerando a gravidade Projeto in Disciplina 13 / 22

da ocorrência, as circunstâncias atenuantes e agravantes, grau de culpa, maturidade e demais condições pessoais, familiares e sociais. 7. Equipa de Intervenção Imediata (EII) A EII pretende ser uma estrutura de intervenção imediata para dar a resposta a situações de ocorrência disciplinares que ocorram fora do espaço da aula, designadamente nos espaços exteriores ou serviços. A equipa é constituída por professores de reconhecido perfil, preferencialmente com formação base em gestão de conflitos, e disporá de um coordenador. Funcionará em local a designar no pav.a, durante o período do almoço (das 11.55h às 14.25h) e no intervalo maior da manhã (das 9.50h às 10.10h). Competências Proceder ao registo da ocorrência disciplinar e comunicá-la ao D.Turma. Atuar de forma pedagógica procurando resolver o problema. Encaminhar a ocorrência disciplinar conforme a sua gravidade. Elaborar relatórios do trabalho desenvolvido. 7.1. Guião de Procedimentos Procedimentos do Professor da EII Ouve o relato da ocorrência disciplinar e preenche o Registo Sumário de Ocorrência disciplinar usando o modelo - Anexo 3; solicita ao Aluno o relato e reflexão por escrito sobre a ocorrência disciplinar usando o modelo - Registo da análise e reflexão do Aluno sobre a Ocorrência disciplinar usando o modelo em Anexo 2; procura resolver, de imediato, o problema diretamente com o Aluno, numa atitude pedagógica; encaminha conforme a gravidade da ocorrência disciplinar: - para a Diretora no caso de ser Muito Grave; procede conforme as instruções que possa receber da Diretora; - para o D.Turma no caso de ser Pouco Grave ou Grave, indicando se considera ter ficado resolvida ou se é necessário que este desencadeie outra ações; coloca na gaveta da Direção da respetiva Turma (sala de Professores) o Registo Sumário de Ocorrência disciplinar e o Registo da análise e reflexão do Aluno sobre a Ocorrência disciplinar Avaliação A avaliação da EII é feita através de relatórios sobre o trabalho realizado, a elaborar pelo Coordenador da equipa no final de cada período letivo, com base no levantamento estatístico de ocorrências e análise de dados. Projeto in Disciplina 14 / 22

8. Gabinete de Intervenção para a Promoção de Ambientes de Aprendizagem e Cidadania (GIPAAC) O GIPAAC pretende ser uma estrutura complementar à ação dos Diretores de Turma para casos de Alunos reincidentes em ocorrências disciplinares e quando a intervenção não resulta, designadamente: perturbação reiterada do ambiente de sala de aula ou dos espaços exteriores; recusa reiterada de cumprimento de ordens e/ou avisos; utilização reiterada de linguagem imprópria; violência ou coação física e/ou psicológica reiteradas; Os casos são sinalizados pelo D.Turma/C. Turma, ou diretamente pela Diretora. A ação do GIPAAC será inicialmente centrada no Aluno podendo, sempre que se justificar, mobilizar o apoio de Encarregados de Educação, Alunos-Padrinhos, SPO e/ou de parceiros externos como estruturas de intervenção social e de juventude, serviços de saúde, forças de segurança, tribunal de menores Assim, não é uma alternativa à sala C 0, nem substitui o papel dos Diretores de Turma que deve continuar a desenrolar-se como é norma. Tem ainda uma vertente formativa, articulada com a ação de melhoria 3 do Projeto de Ações de Melhoria/CAF, que prevê a exploração com os Alunos de temas como: civismo/relacionamento social/preservação de espaços e ambientes, a tratar preferencialmente no espaço de Educação para a Cidadania. O GIPAAC é constituído por Professores de reconhecido perfil, com formação base em gestão de conflitos prevendo-se um complemento de formação durante o ano letivo. Terá um coordenador e funcionará no Gabinete de Apoio ao Aluno em horário a divulgar. Competências Detetar as causas dos comportamentos desajustados. Delinear estratégias adequadas de correção. Mobilizar o apoio de parceiros externos na resolução de situações extremas. Organizar atividades de caráter formativo sobre temas associados. Avaliação A avaliação do GIPAAC é feita através de relatórios sobre o trabalho realizado, a elaborar pelo Coordenador no final de cada período letivo, com base no levantamento estatístico de casos seguidos e análise de dados. Projeto in Disciplina 15 / 22

O sucesso de cada caso tratado é medido não só através da evolução do número de participações de ocorrência, como também através da convergência de avaliação entre os relatórios de autoavaliação do próprio e do D.Turma/C.Turma. 9. Coordenação, monitorização e avaliação do Projeto A estrutura da coordenação do Projeto parte da supervisão do Professor Carlos Ferreira e assenta num Coordenador Geral coadjuvado por um Coordenador do EII e outro do GIPAAC designados anualmente de entre os Professores envolvidos no Projeto. A monitorização do Projeto será objeto de relatório no final dos 1º e 2º períodos, elaborado pelo Coordenador Geral a partir dos relatórios feitos pelos Coordenadores de EII, GIPAAC e sala C 0.. A avaliação global do Projeto e grau de consecução dos objetivos será feita nos mesmos moldes no final do 3º período. 10. Guião de boas práticas no espaço de aula Na sequência da intenção de melhorar as atitudes e comportamentos dos Alunos especialmente em espaço de aula, surge a necessidade de referenciar, algumas competências da gestão da aula, determinantes para minorar situações de indisciplina impeditivas de um ambiente adequado ao desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem. De realçar que não é intenção estabelecer regras a aplicar pelo Professor até porque as dinâmicas de espaço de aula são específicas de cada turma/cada Professor. Pretende-se apenas registar/partilhar algumas práticas alicerçadas na experiência, com bons resultados na consecução de um ambiente propício à qualidade das aprendizagens, e que de alguma forma possam contribuir para uma maior eficácia da ação do Professor. Decerto outras haverá e nesta perspetiva este Projeto encontra-se aberto ao contributo de todos. Os primeiros contatos com a turma são decisivos no relacionamento futuro Uma imagem de autoridade é decisiva o Professor ter uma atitude reveladora de segurança, de firmeza, de atuação decidida face a atitudes e comportamentos menos próprios por parte dos Alunos, nunca mostrar indiferença/alheamento desses comportamentos; também a existência de uma postura rígida, sem brincadeiras, é aconselhável nesta fase. É também nesta fase que o Professor deverá realçar, através da sua atuação, a importância da pontualidade e do cumprimento integral do tempo de aula. Projeto in Disciplina 16 / 22

Definição clara das regras na sala de aula Devem estar claramente definidas estas regras, aliás estas devem ser definidas ao nível do Conselho de Turma e cada Professor deve pugnar para que as mesmas sejam cumpridas. Regras tais como a definição do material a utilizar na sala de aula, regras de comunicação, respeito pela lugar definido na planta da sala, entre outras. De salientar a importância da atuação do conselho de turma e do diretor de turma, quer na definição de regras, quer no acompanhamento da sua aplicação. A aplicação, por parte do Professor, das regras estabelecidas é uma das condições para que a turma perceba que existe uma atuação concertada. Implicação dos Alunos na definição de regras e nas consequências para o seu desrespeito A corresponsabilização dos Alunos neste processo é fator decisivo para que se sintam parte ativa neste processo, trazendo naturalmente um maior envolvimento e portanto uma maior responsabilidade nas suas atitudes e comportamentos. A planificação e a preparação das aulas Antecedendo a aula, a demonstração aos Alunos, por parte do Professor, do conhecimento das matérias que leciona, da forma como desenvolve as atividades e a diversificação das estratégias utilizadas são fatores que fazem com que os Alunos reconheçam a sua autoridade/liderança como especialista. Estabelecimento de ordem no início da aula É necessário que neste momento o Professor crie rotinas que evitem a confusão que o momento de entrada no espaço de aula oferece. Desta forma parece que a obrigação dos Alunos escreverem o sumário seria uma forma de evitar esta situação. Estabelecimento de boas relações interpessoais É de salientar a necessidade de inspirar confiança aos Alunos, a demonstração de disponibilidade e respeito são determinantes, não transigindo, com a firmeza necessária para fazer cumprir as regras. Tratar os Alunos pelo nome é um aspeto facilitador destas boas relações. Controlo dos Comportamentos A circulação pelo espaço de aula é uma condição importante para que exista da parte do Professor um conhecimento dos comportamentos e da forma como os Alunos estão envolvidas nas tarefas. Permite também que os Alunos percebam do domínio que o Professor tem sobre a turma. Projeto in Disciplina 17 / 22

11. A comunicação na gestão de conflitos - Roteiro para uma comunicação eficaz junto dos alunos Trabalho realizado no âmbito da Ação de Formação "Gestão e Resolução de Conflitos / Promover Ambientes de Aprendizagem e Cidadania", dinamizada pelo formador José Miguel Oliveira e realizada em 2012/13. Ana Patrícia Carvalho, Carmo Prazeres, Luís Chitas, Luís Duarte, Rui Oliveira e Susana Santos 1 - Introdução 2 - Objetivos 3 - Cronograma 4 - Roteiro 5 - Bibliografia Projeto in Disciplina 18 / 22

1-INTRODUÇÃO "É próprio das questões insolúveis serem gastas pela palavra" (André Malraux) No âmbito da Ação de Formação: - "Gestão e Resolução de Conflitos / Promover Ambientes de Aprendizagem e Cidadania", foi-nos proposto realizar um projeto, como trabalho final. Escolhemos o tema da Comunicação, já que é factor determinante para a eficácia da gestão de conflitos. A ideia foi a de criar um roteiro que ajude os professores na condução dos diálogos com os alunos, em situações de conflito, criando as condições necessárias à obtenção de bons resultados, seja na forma como decorre a comunicação, ou na resolução dos problemas em causa. Compete aos professores terem a habilidade para transmitirem as mensagens, tornando o diálogo mais fácil, mais claro e de maior empatia e simultaneamente, terem a sensibilidade para analisar de forma objetiva e isenta de preconceitos ou ideias pré-concebidas, as informações que vão recebendo de parte dos alunos. Na escola uma causa de conflitos é a dificuldade de comunicação, de assertividade das pessoas e de condições para estabelecer o diálogo. Por fim juntamos um pequeno filme, que visa ajudar a uma melhor compreensão dos comportamentos e atitudes ao nível da comunicação, a serem adotados pelos professores. Projeto in Disciplina 19 / 22

2-OBJETIVOS Definimos os seguintes objetivos: 1. Melhorar a forma de comunicar com os alunos. 2. Melhorar o clima no espaço escolar/sala de aula 3- CRONOGRAMA Setembro - Apresentação do projeto à totalidade dos professores do agrupamento. Propor, como metodologia de atendimento dos alunos, para o projeto - "In Disciplina". Dezembro - Avaliação intercalar, no projeto - "In Disciplina", de forma a aferir as formas de comunicação e os respetivos resultados. Junho - Avaliação final - reformulação do projeto (se necessário). 4-ROTEIRO «As pessoas afirmativas são capazes de defender os seus direitos, os seus interesses e de exprimir os seus sentimentos, os seus pensamentos e as suas necessidades de forma aberta, direta e honesta. Estas pessoas, para afirmarem os seus direitos, não pisam os direitos dos outros.» (Odete Fachada) Este roteiro visa melhorar a comunicação na procura de resolução das situações de conflito. Existem vários caminhos e estratégias, assim como os contextos dos intervenientes e dos próprios conflitos. Com este roteiro, pretendemos apresentar algumas sugestões de orientação, que tragam conquistas para os alunos e para os professores. Quando recebe ou interpela o aluno: - Deve efetuar uma Escuta Ativa: Saber deixar falar. Colocando-se no lugar do outro. Dando atenção ao que é dito. Eliminando juízo de valores. Não interrompendo o outro. Controlando as emoções pessoais. Resistindo a ideias pré-concebidas. Reformulando as mensagens. Projeto in Disciplina 20 / 22

- Deve ter atenção à Comunicação Não-verbal: Tendo conhecimento das diferentes tipos de comunicação não verbal e adequá-los às circunstâncias, tendo em atenção: o jogo de distâncias e proximidades entre as pessoas no espaço, a relação estabelecida pelo corpo (movimentos, gestos, posturas e expressões faciais) e a relação entre os sons vocais e o silêncio. - Deve procurar uma Comunicação Eficaz: Reconhecendo os próprios sentimentos que poderão influenciar as comunicações. Tolerando os sentimentos dos outros que afetam a emissão/receção de mensagens. Procurando induzir, como emissor, sentimentos de segurança no recetor. Sabendo ouvir segundo a perspetiva do emissor, e não do ponto de vista do recetor. Assumindo metade da responsabilidade pelo sucesso ou insucesso da comunicação. Dando e recebendo feedbacks nas comunicações. Reconhecendo que as comunicações são imperfeitas, tolerando a frustração das dificuldades. - Deve procurar a Assertividade: Ajustando o comportamento não verbal às diferentes situações. Tendo atenção ao vocabulário utilizado. Focando o discurso no Eu vs. Tu. Assumindo e comunicando as suas opiniões e sentimentos. Descrevendo o comportamento do outro, não comente a pessoa que ela é. Analisando os factos em vez de dar opiniões ou fazer generalizações. Projeto in Disciplina 21 / 22

5-BIBLIOGRAFIA 1 - Mediação, a solução para conflitos de comunicação. Consult. 08/07/13. Disponível na WWW: «URL: http://www.saberonline.net/mediacao-de-conflitos/mediacao-a-solucao-para-conflitos-de-comunicacao/» 2 - CHRISPINO, Álvaro - Gestão do conflito escolar: - da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. Rio de Janeiro. 2007. Consult. 08/07/13. Disponível na WWW: «URL: www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n54/a02v1554.pdf» 3 - OLIVEIRA, José Miguel. Documentos de apoio. Cascais. 2013. Projeto in Disciplina 22 / 22