Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Amazonas. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas



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Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 10/2014 Amazonas // Federal IOF Factoring... 01 // Estadual ICMS Crédito fiscal.... 04 // IOB Setorial Estadual Bancário - Obrigações acessórias das empresas administradoras de cartões de crédito e débito... 07 // IOB Comenta Federal IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional.... 08 // IOB Perguntas e Respostas IOF Mútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso.... 09 Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira.... 10 Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência... 10 ICMS/AM Depósito fechado - Cadastro de contribuintes.... 10 ISSQN/Manaus NFS-e - Conceito... 10 Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Consulta tributária a ICMS - Crédito

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IOF : factoring. -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2083-1 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-01165 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Factoring IOF SUMÁRIO 1. Introdução 2. Fato gerador 3. Contribuinte 4. Responsabilidade 5. Alíquota 6. Base de cálculo 7. Cobrança e recolhimento 8. Exemplo 9. Soluções de consultas 1. Introdução O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) incide sobre as operações citadas, incluindo-se, entre as de crédito, as realizadas por empresas que exercem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). Neste texto, examinaremos o tratamento tributário dispensado pela legislação do IOF às mencionadas operações. (Regulamento do IOF - Decreto nº 6.306/2007, art. 2º, I, b ) 2. Fato gerador Constitui fato gerador do IOF a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou a sua colocação à disposição do interessado. A expressão operações de crédito compreende as operações de empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos, a alienação, à empresa que exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios resultantes de venda a prazo e o mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física. (Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, caput, 3º) 3. Contribuinte Constitui fato gerador do IOF a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou a sua colocação à disposição do interessado O contribuinte é a pessoa física ou jurídica alienante do direito creditório resultante de venda a prazo a empresa de factoring. (Decreto nº 6.306/2007, art. 4º, parágrafo único) 4. Responsabilidade A responsabilidade pela cobrança e pelo recolhimento do imposto é da empresa de factoring adquirente do direito creditório. Embora o contribuinte seja a pessoa jurídica ou a pessoa física que aliena o direito creditório resultante de venda a prazo, a responsabilidade pelo recolhimento é atribuída à empresa de factoring, a exemplo do que ocorre nas demais operações de crédito, em que o tomador do financiamento ou do empréstimo é o contribuinte. A responsabilidade pelo recolhimento, no entanto, é atribuída pela legislação à instituição financeira. (Decreto nº 6.306/2007, art. 5º, caput, II) 5. Alíquota O imposto incide sobre o valor da respectiva operação, mediante a aplicação das seguintes alíquotas: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 AM10-01

a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia; b) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia. Nota Além das alíquotas citadas, há, ainda, a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação, seja o mutuário pessoa física ou jurídica (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, 15). O IOF não excederá o valor resultante da aplicação da alíquota diária a cada valor de principal, prevista para a operação, multiplicada por 365 dias, acrescido da alíquota adicional de 0,38%, ainda que a operação seja de pagamento parcelado. Cálculo: pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 365 = 1,4965% + 0,38% = 1,8765%. Note-se que o IOF incidirá no período compreendido entre a data da ocorrência do fato gerador e a data do vencimento de cada parcela do direito creditório alienado à empresa de factoring. (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, 1º e 15) 5.1 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Quando se tratar de mutuário pessoa jurídica optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), em que o valor seja igual ou inferior a R$ 30.000,00, a alíquota será de 0,00137% ao dia. Para reconhecimento da aplicabilidade da alíquota reduzida, caberá ao mutuante exigir, no ato da realização da operação, declaração em 2 vias de que se enquadra como pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional e de que o signatário é seu representante legal e está ciente de que a falsidade na prestação desta informação o sujeitará, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrem, às penalidades previstas na legislação criminal e tributária, relativas à falsidade ideológica (Código Penal, art. 299) e ao crime contra a ordem tributária (Lei nº 8.137/1990, art. 1º). Nota Além da alíquota citada, haverá a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, 15). (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, VI, 15, e art. 45, II) 6. Base de cálculo A base de cálculo do IOF nas operações de factoring é o valor líquido entregue ou colocado à disposição do alienante, correspondente ao valor nominal do título ou do direito creditório, deduzindo-se os juros cobrados antecipadamente. (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, 4º) 7. Cobrança e recolhimento O IOF será cobrado na data da operação de desconto e recolhido por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de sua cobrança, utilizando-se o código de receita 6895. (Decreto nº 6.306/2007, art. 10, caput, III, parágrafo único) 7.1 Recolhimento fora do prazo O IOF não pago ou não recolhido no prazo legal será acrescido de: a) juros de mora equivalentes à taxa Selic, acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento até o mês anterior ao pagamento, e de 1% no mês do pagamento; e b) multa de mora, calculada a partir do 1º dia subsequente ao do vencimento, à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%. (Decreto nº 6.306/2007, art. 47) 8. Exemplo Suponhamos que uma duplicata de venda mercantil, sacada contra determinada pessoa jurídica, decorrente de operações comerciais, no valor de R$ 50.000,00, emitida em 03.01.2014, com vencimento em 05.05.2014, tenha sido negociada, no mesmo dia de sua emissão, pelo credor a uma empresa de factoring no valor líquido de R$ 45.000,00: 0,0041% (alíquota) 123 dias (de 03.01 a 05.05.2014) = 0,5043% + 0,38% R$ 45.000,00 0,8843% = R$ 397,94 O valor do IOF devido será de R$ 397,94 e deverá ser recolhido até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de sua cobrança (15.01.2014), com utilização do código de Darf 6895. 10-02 AM Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

8.1 Pagamento parcelado Conforme o exemplo desenvolvido no item 8, suponhamos que o título fosse emitido para pagamento em 4 parcelas iguais, no valor de R$ 12.500,00 cada uma, com vencimentos em 05.02, 05.03, 05.04 e 05.05.2014, respectivamente, e que tenha sido negociado com a empresa de factoring pelo valor líquido de R$ 47.000,00. Sendo que R$ 47.000,00 4 = R$ 11.750,00 (cada parcela). 1ª Parcela (05.02.2014) 0,0041% 34 dias = 0,1394% + 0,38% R$ 11.750,00 0,5194% = R$ 61,03 2ª Parcela (05.03.2014) 0,0041% 62 dias = 0,2542% + 0,38% R$ 11.750,00 0,6342% = R$ 74,52 3ª Parcela (05.04.2014) 0,0041% 93 dias = 0,3813% + 0,38% R$ 11.750,00 0,7613% = R$ 89,45 4ª Parcela (05.05.2014) 0,0041% 123 dias = 0,5043% + 0,38% R$ 11.750,00 0,8843% = R$ 103,91 O total do IOF a recolher será de R$ 328,91 (soma das parcelas de R$ 61,03 + R$ 74,52 + R$ 89,45 + R$ 103,91). 9. Soluções de consultas Transcrevemos, a seguir, a íntegra da Solução de Consulta nº 345/2010, da Divisão de Tributação da Superintendência Regional da 8ª Região Fiscal, da Receita Federal do Brasil (RFB). SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 345, DE 28.09.2010 - DOU 1 DE 25.10.2010 Assunto: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF DIREITOS CREDITÓRIOS. AQUISIÇÃO. INCIDÊNCIA. Não incide o IOF nas operações de crédito relativas às cessões de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira, por falta de previsão legal. O imposto somente incidirá quando o cessionário for empresa que executa atividade de factoring. Dispositivos Legais: Lei nº 4.595, de 1964, art. 17; Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, 1º, inciso III, alínea d; Lei nº 9.532, de 1997, art. 58; Decreto nº 6.306, de 2007 - Riof/07, art. 2º, inciso I, alínea b, art. 3º, 3º, inciso II, art. 4º e art. 5º; IN RFB nº 907, de 2009, art. 6º; e Resolução nº 2.144, de 1995, do CMN. SONIA DE QUEIROZ ACCIOLY BURLO Chefe A Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), por meio da Solução de Consulta Cosit nº 25/2014, reformulou a Solução de Consulta SRRF/08 Disit nº 110/2008, no sentido de que não incide o IOF nas operações de cessão, sem coobrigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário é instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coobrigação), incide o IOF/Crédito sempre que resta a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16/2011. Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Consulta: SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 25, DE 23.01.2014 - DOU 1 de 30.01.2014, RET. DOU 1 DE 04.02.2014 ASSUNTO: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) Ementa: CESSÃO DE CRÉDITOS - INSTITUIÇÃO FINAN- CEIRA - INCIDÊNCIA - REFORMA A SOLUÇÃO DE CON- SULTA SRRF08/DISIT Nº 110, DE 2008. Não incide o IOF nas operações de cessão, sem coobrigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coobrigação), incide o IOF/Crédito sempre que restar a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16, de 2011. Dispositivos Legais: Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, art. 2º, inciso I, alíneas a e b e art. 3º, 3º; Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 58; Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art.15, 1º, inciso III, alínea d. CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA Coordenadora-Geral da Cosit Substituta (Solução de Consulta SRRF Disit nº 345/2010-8ª Região Fiscal; Solução de Consulta Cosit nº 25/2014) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 AM10-03

a Estadual Crédito fiscal ICMS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Direito ao crédito 3. Crédito fiscal 4. Crédito de serviço de comunicação 5. Crédito de bens do Ativo Permanente 6. Crédito de energia elétrica 7. Vedação para utilização do crédito fiscal 8. Crédito presumido (outorgado) 9. Penalidades 1. Introdução O ICMS é o imposto incidente sobre a circulação de mercadorias e sobre os serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 155, 2º, I, traz o instituto da compensação, que foi corroborado pela Lei Complementar nº 87/1996 e consiste no direito que o contribuinte tem de compensar a cobrança do imposto das operações realizadas com o montante daquele cobrado nas operações anteriores. Portanto, o ICMS é um imposto não cumulativo e sua compensação é feita no momento da saída da mercadoria ou do serviço, fazendo confronto em saldo devedor ou credor com base em operações anteriores. Veremos, neste texto, quais os créditos a que o contribuinte do Amazonas tem direito, referentes a operações e prestações de serviço de comunicação. O estudo tem como base o Regulamento do ICMS do Estado do Amazonas, aprovado pelo Decreto nº 20.686/1999, a Lei Complementar nº 87/1996 e demais legislações pertinentes. 2. Direito ao crédito O aproveitamento do crédito decorre do princípio da não cumulatividade, garantido pela Constituição Federal de 1988. Dessa forma, compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores, cujo direito ao crédito do imposto inicia-se no momento da utilização do serviço e formaliza-se com o registro do documento fiscal correspondente no livro Registro de Entrada. Para a utilização do crédito, exigem-se a idoneidade dos documentos e a respectiva escrituração fiscal, obedecendo aos prazos e condições estabelecidos na legislação. Cabe ao contribuinte conferir a exatidão do valor do imposto destacado na nota fiscal antes de utilizar o respectivo crédito. Esse dispositivo é de grande relevância ao Fisco, como garantia para que não seja aceita mercadoria ou prestação de serviço acompanhada de documentação inidônea. O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos 5 anos contados da data de emissão da nota fiscal. (Constituição Federal/1988, art. 155, 2º, I; RICMS- -AM/1999, arts. 97 e 99, parágrafo único) 3. Crédito fiscal O contribuinte tem direito ao crédito dos valores do ICMS relativos: a) às mercadorias entradas no estabelecimento para comercialização; b) às matérias-primas e aos produtos intermediários entrados no estabelecimento que venham a integrar o produto final e a respectiva embalagem e às mercadorias consumidas no processo de industrialização; c) às mercadorias consumidas imediata e integralmente na prestação dos serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; d) aos serviços de transporte interestadual e intermunicipal, utilizados na entrada das mercadorias, em que seja o tomador do serviço, na proporção das saídas e prestações sujeitas ao imposto; e) ao recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento: e.1) ao qual tenham sido prestados na execução de serviço da mesma natureza; e.2) quando seu uso resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; 10-04 AM Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

f) ao processo de repetição de indébito, quando autorizado por decisão definitiva de órgão julgador competente; g) à prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal, na saída de mercadorias em operações com cláusula CIF, exclusivamente em relação ao tomador do serviço, na proporção das saídas ou prestações sujeitas ao imposto; h) à entrada de energia elétrica no estabelecimento quando: h.1) for objeto de operação de saída; h.2) for consumida no processo de industrialização; h.3) seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; i) à entrada de bens adquiridos para integrar o Ativo Permanente do estabelecimento, na forma e condição permitida pela legislação; j) à antecipação, correspondente à diferença de alíquotas, na aquisição de mercadoria em outra Unidade da Federação (UF), hipótese em que o crédito será feito no mês do pagamento, quando se destinar à comercialização ou industrialização; k) à importação de mercadoria estrangeira, hipótese em que o crédito será feito no mês do pagamento, quando se destinar à comercialização ou industrialização. (RICMS-AM/1999, art. 20, I a XI) 4. Crédito de serviço de comunicação O direito ao crédito dos serviços de comunicação só é possível: a) relativamente ao recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento: a.1) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza; a.2) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; b) nas demais hipóteses, a partir de 1º.01.2020. (Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, IV, a e b ; RICMS-AM/1999, art. 20, V) 5. Crédito de bens do Ativo Permanente Nas aquisições realizadas desde 1º.01.2001, deve-se observar que: a) a apropriação será feita à razão de 1/48 por mês, devendo a 1ª fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento; b) em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de que trata a letra anterior, relativamente à proporção das operações de saídas ou de prestações isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou das prestações efetuadas no mesmo período; c) para a aplicação do disposto nas letras anteriores, o montante do crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito pelo fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas e das prestações tributadas e o total das operações de saídas e das prestações do período, equiparando-se às tributadas as saídas e prestações com destino ao exterior; d) o quociente de 1/48 será proporcionalmente maior ou menor, pro rata die, caso o período de apuração seja superior ou inferior a 1 mês; e) na hipótese de alienação dos bens do Ativo Permanente, antes de decorrido o prazo de 4 anos, contado da data da sua aquisição, não será admitido, a partir da data da alienação, o creditamento relativo à fração que corresponderia ao restante do quadriênio; f) estas serão objeto de outro lançamento, além daquele em conjunto com os demais créditos, para efeito da apuração entre débitos e créditos, em livro próprio ou de outra forma estabelecida pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz); g) ao final do 48º mês contado da data da entrada do bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado. (RICMS-AM/1999, art. 98, 3º) 5.1 Exemplo a) R$ 100,00 (valor do ICMS destacado no documento fiscal de aquisição - crédito); b) R$ 1.500,00 (valor das saídas e prestações tributadas, inclusive exportações); c) R$ 3.000,00 (valor total das saídas e prestações do período). Cálculo R$ 1.500,00 R$ 3.000,00 = 0,5 0,5 48 = 0,0104 x 100,00 = R$ 1,04 (valor do crédito a ser apropriado) Nota Esse cálculo será feito mensalmente e escriturado no livro Controle de Crédito do ICMS do Ativo Permanente (Ciap). Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 AM10-05

6. Crédito de energia elétrica Somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento: a) quando for objeto de saída; b) quando for consumida no processo de industrialização; c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; d) a partir de 1º.01.2020, nas demais hipóteses. (Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, II; RICMS-AM/1999, art. 20, VIII) 7. Vedação para utilização do crédito fiscal Não dão direito a crédito fiscal as entradas de mercadorias ou bens ou a utilização de serviços resultantes de saídas ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento. Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal, as aeronaves e as embarcações de esporte ou lazer. É vedado o crédito relativo à entrada de mercadoria no estabelecimento ou à prestação de serviços a ele feita: a) para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto no caso de saída para o exterior; b) para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subsequente não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto a destinada ao exterior; c) para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída do produto ou a prestação subsequente for beneficiada com redução da base de cálculo, proporcionalmente à parcela correspondente à redução; d) para uso e consumo no próprio estabelecimento. (RICMS-AM/1999, art. 26, caput e 1º e 2º) 7.1 Anulação do crédito O contribuinte deverá anular (estornar) o crédito apropriado quando: a) for objeto de saída ou prestação de serviço beneficiada por isenção, não incidência ou diferimento; b) for objeto de saída ou prestação subsequente com redução da base de cálculo, hipótese em que o estorno será proporcional à redução; c) for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto; d) vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento; e) vier a perecer, deteriorar-se ou ser objeto de roubo, furto ou extravio; f) não for objeto, por qualquer motivo, de operação ou prestação posteriores; g) for objeto de operação ou prestação subsequente efetivada por preço inferior ao constante no documento fiscal que serviu de base ao crédito do imposto, hipótese em que o estorno será proporcional à redução do preço; h) for objeto de operação ou prestação subsequente, considerada já tributada nas demais fases de comercialização; i) não corresponder à quantidade da mercadoria declarada no documento fiscal de entrada; j) não tiver seu processo de internamento concluído junto à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), no prazo de 180 dias, a contar da data da entrada da mercadoria no estabelecimento, em relação ao crédito fiscal presumido; k) quando ocorrer a perda do direito ao crédito presumido referente à mercadoria não submetida à industrialização na Zona Franca de Manaus (ZFM) saída desta área com destino a outra UF. (RICMS-AM/1999, art. 24, 6º e art. 31, I, II, IV, V, VI, VII, VIII e IX) 8. Crédito presumido (outorgado) No Estado do Amazonas, no que se refere à atividade comercial, temos a concessão de crédito presumido às entradas de produtos industrializados de origem nacional para comercialização ou industrialização na ZFM ou em município favorecido pela extensão dos benefícios previstos no Convênio ICM nº 65/1988, igual ao montante que teria sido pago 10-06 AM Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

na origem em outras UF. Para efeito de determinar o crédito fiscal presumido relativo aos produtos industrializados, excluem-se os valores do frete auferido por terceiros e o seguro. Não gera direito ao crédito presumido o documento fiscal que: a) não tenha sido desembaraçado e selado na repartição fiscal competente, no período de apuração do imposto; b) não for registrado nos livros fiscais no prazo regulamentar. (RICMS-AM/1999, art. 24, caput e 2º e 3º) 9. Penalidades O descumprimento das obrigações principal e acessórias previstas na legislação tributária, apurado mediante procedimento fiscal cabível, sujeitará o infrator à multa de 50% do valor do crédito do imposto, aos que o apropriarem: a) em decorrência da escrituração de documento fiscal relativo à entrada de mercadoria ou ao recebimento de serviço, cuja operação ou prestação anterior seja isenta ou não tributada, exceto nas situações autorizadas pela legislação; b) relativo a entrada de mercadoria e serviço cuja saída posterior seja isenta ou não tributada, respeitadas as disposições contidas na legislação. (RICMS-AM/1999, art. 382, II, a e b ) N a IOB Setorial Estadual Bancário - Obrigações acessórias das empresas administradoras de cartões de crédito e débito O setor bancário no Brasil possui grande importância na economia do País, sendo um segmento que não para de crescer. Internet Banking é o canal preferencial do cliente bancário e representa 39% do total de transações. O crescimento das transações em Internet Banking e POS é próximo de 25% ao ano, muito superior ao dos canais mais tradicionais. O uso do Internet Banking cresce mais do que o número de usuários de Internet. Isso é uma evidência de que uma maior parcela dos usuários de Internet estão usando o Internet Banking. O volume de transações em Internet Banking aumentou 23,7% ao ano, indicando uma maior inclusão digital da população. Os cartões de crédito, débito e lojistas despontam como meio de pagamento altamente utilizado, com penetração superior nas classes A/B (atuais 88%) e penetração crescente na classe C (atuais 68%). O crescimento do número de transações acima do crescimento do número de cartões indica a grande intensificação do uso e a consequente importância da tecnologia neste canal. Os cartões de débito são mais numerosos do que os de crédito e os de rede e loja (38% vs. 26% e 36%, respectivamente), confirmando o aumento da presença dos bancos na ponta do comércio. No âmbito estadual, considerando a importância de tal setor para a economia, há tratamento tributário diferenciado para diversos segmentos bancários, entre eles destacamos as administradoras de cartões de crédito e débito. Segundo disposições do RICMS-AM/1999, as administradoras ou operadoras de cartão de crédito, débito ou similar entregarão à Secretaria de Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 AM10-07

Estado da Fazenda, em meio físico ou eletrônico, as informações relativas a todas as operações de crédito, débito ou similares, com ou sem transferência eletrônica de fundos, realizadas pelos estabelecimentos de contribuintes do ICMS no Estado do Amazonas, conforme listagem disponibilizada às administradoras ou operadoras, em área restrita, no sítio da Sefaz. As administradoras ou operadoras de cartão de crédito, de débito ou similar entregarão, no prazo de 15 dias, quando intimadas: a) arquivo eletrônico contendo as informações das operações de crédito, de débito ou similares, com ou sem transferência eletrônica de fundos, realizadas pelos estabelecimentos de contribuintes do ICMS, relativas a períodos anteriores aos já informados; b) relatório impresso em papel timbrado da administradora ou operadora, contendo a totalidade ou parte das informações apresentadas em meio eletrônico. (RICMS-AM/1999, art. 38-A; http://www.febraban.org.br) N a IOB Comenta Federal IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional O fato gerador do IOF ocorre na entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação ou a sua colocação à disposição do interessado nos seguintes momentos: a) na data da efetiva entrega, total ou parcial, do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado; b) no momento da liberação de cada uma das parcelas, nas hipóteses de crédito sujeito, contratualmente, à liberação parcelada; c) na data do adiantamento a depositante, assim considerado o saldo a descoberto em conta de depósito; d) na data do registro efetuado em conta devedora por crédito liquidado no exterior; e) na data em que se verificar excesso de limite, assim entendido o saldo a descoberto ocorrido em operação de empréstimo ou financiamento, inclusive sob a forma de abertura de crédito; f) na data da novação, composição, consolidação, confissão de dívida e dos negócios assemelhados; e g) na data do lançamento contábil, em relação às operações e às transferências internas que não tenham classificação específica, mas que, pela sua natureza, se enquadrem como operações de crédito. Note-se que o débito de encargos não configura entrega ou colocação de recursos à disposição do interessado, exceto quando apurado pela soma dos saldos devedores diários. A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia, incidente sobre o valor das operações de crédito. A base de cálculo dessas operações e as respectivas alíquotas reduzidas vigentes, de acordo com o tipo de operação, são as indicadas no quadro a seguir, observando-se que deverá ser adicionado às respectivas alíquotas o percentual de 0,38%, na forma do 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007. 10-08 AM Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

OPERAÇÃO BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA a) empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito: a.1) valor do principal não definido a ser utilizado pelo mutuário a.2) valor do principal definido a ser utilizado pelo mutuário b) desconto, inclusive alienação de direitos creditórios a empresas de factoring c) adiantamento a depositante soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% o principal entregue ou colocado à disposição mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia valor líquido obtido (valor nominal, deduzidos os juros cobrados antecipadamente) soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês d) empréstimos, inclusive sob a forma de financiamento, sujeitos à liberação dos recursos em parcelas valor do principal de cada liberação e) excessos de limite e.1) valor do principal não definido a ser utilizado mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia valor dos excessos computados na soma dos saldos devedores diários apurados no último mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% dia de cada mês valor de cada excesso apurado diariamente, mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% e.2) valor do principal definido a ser utilizado resultante de novos valores entregues ao interessado ao dia f) financiamento para aquisição de imóveis valor da operação de crédito (contrato) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia não residenciais O art. 8º do Decreto nº 6.306/2007 especifica as operações de crédito tributadas à alíquota zero. No entanto, diversas dessas operações estão sujeitas à alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação, na forma do 5º do art. 8º do referido Decreto. Desse modo, sobre a base de cálculo do IOF será aplicada a alíquota correspondente à respectiva operação e, em seguida, a alíquota adicional de 0,38%, conforme o exemplo a seguir: - mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 30 dias = 0,123 + 0,38 = 0,503%. Admitindo-se que a base de cálculo corresponda a R$ 10.000,00, teremos: 0,503% x 10.000,00 = R$ 50,30 (IOF a recolher). (RIOF - Decreto nº 6.306/2007, arts. 3º, 1º e 2º, 6º, 7º, caput, 12 e 15, e 8º, caput, 5º) N a IOB Perguntas e Respostas IOF Mútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso 1) Qual a consequência tributária, em relação ao IOF, no caso de as parcelas de empréstimo pessoal não serem pagas no vencimento? Do ponto de vista obrigacional, as partes devem cumprir com o que foi contratado. Assim, o valor da parcela deve ser pago na data de vencimento. Porém, pode acontecer de o mutuário não realizar o pagamento na data prevista. Em caso de prorrogação ou renovação de operação de crédito sem alteração do devedor, o IOF deverá ser calculado sobre o valor não liquidado da operação anteriormente tributada e será considerado complementar à anteriormente feita com aplicação da mesma alíquota vigente na data da operação inicial. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 AM10-09

A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia. Assim sendo, se houver prorrogação do prazo superior a 365 dias, não será exigido o IOF complementar sobre o tempo que excedê-lo. No entanto, deverá ser acrescido ao valor tributável o adicional de 0,38%, previsto no 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007. (Decreto nº 6.306/2007, arts. 6º e 7º, 1º, 7º e 15) Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira 2) A pessoa jurídica que realiza operação de mútuo é equiparada a instituição financeira? Sim. A pessoa que realiza operações de mútuo é equiparada a instituição financeira. Na realização dessa operação, o contrato deverá conter cláusula prevendo as condições de pagamento (prazo, forma de pagamento e acréscimos). (Constituição Federal/1988, art. 192, 3º; Lei nº 9.779/1999, art. 13) Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência 3) Os adiantamentos de valores para suprir saldo a descoberto nas contas-correntes estão sujeitos ao IOF? Sim. Os valores destinados à cobertura de saldos a descoberto nas contas-correntes são fatos geradores do IOF. (Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, 1º, III) ICMS/AM Depósito fechado - Cadastro de contribuintes 4) O depósito fechado deve ter inscrição estadual? Sim. O depósito fechado deve ter inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado do Amazonas (CCA). (RICMS-AM/1999, art. 38, I, e art. 77, II) ISSQN/Manaus NFS-e - Conceito 5) Qual a definição de Nota Fiscal Eletrônica de Serviços (NFS-e) no Município de Manaus? Considera-se NFS-e o documento gerado e armazenado eletronicamente em sistema próprio da Prefeitura de Manaus, com o objetivo de registrar as operações relativas à prestação de serviços. (Decreto nº 9.139/2007, art. 1º) 10-10 AM Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB