TRATAMENTO FÍSICO-QUÍMICO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS PROVENIENTES DA PURIFICAÇÃO DO BIODIESEL



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Transcrição:

TRATAMENTO FÍSICO-QUÍMICO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS PROVENIENTES DA PURIFICAÇÃO DO BIODIESEL Eduardo Goldani 1, Luis Alcides Brandini De Boni 2, Claudio Luis Crescente Frankenberg 3 e Marlize Cantelli 4 1. INTRODUÇÃO Tem sido mostrado (BOCCARDO, 24) que desde a Revolução Industrial a demanda de energia no mundo cresceu a um ritmo assustador, chegando a níveis tão elevados que, durante as duas décadas do século XX, a humanidade consumiu mais energia do que em toda sua existência anterior. Para Dieguez e Affini (1991), com o passar dos anos, as fontes de petróleo começaram a não ser tão abundantes como no início fazendo com que se acentuasse a necessidade de buscar insumos energéticos alternativos que viessem a substituir gradualmente o petróleo. O Brasil possui grandes extensões territoriais e clima propício para a atividade agrícola. O PROALCOOL, adotado em 1975, é um exemplo da viabilidade de experiências deste tipo e, nos dias de hoje, o país se mobiliza em prol do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Para Gelbard et al (1995) e Haas et al (2), o processo químico comumente empregado para a produção de biodiesel é a reação de transesterificação (Figura 1), na qual um óleo vegetal triglicerídico como, por exemplo, o óleo de soja, reage com um álcool (metanol ou etanol) na presença de um catalisador (usualmente alcalino, sendo os mais utilizados o NaOH e o KOH) para formar, majoritariamente, ésteres monoalquílicos (biodiesel) e glicerina. Figura 1 Reação de transesterificação 1 Me.; Pesquisador do Grupo Tchê Química. goldani@tchequimica.com 2 Me.; Pesquisador do Grupo Tchê Química. deboni@tchequimica.com 3 Dr. Professor da Faculdade de Engenharia da PUCRS. claudio@pucrs.br 4 Dr. Professora da Faculdade de Engenharia da PUCRS. marlize@pucrs.br

Levando-se em consideração que a etapa de lavagem do processo de produção do biodiesel é uma das mais importantes e também uma das mais críticas, esta merece grande atenção por parte dos pesquisadores no que diz respeito às quantidades utilizadas e meios de tratabilidade e reaproveitamento deste efluente. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é o de apresentar melhoramentos nos processos tradicionais de lavagem, bem como propor um tratamento eficaz e de baixo custo para o efluente gerado de modo que possa atender aos padrões de lançamento de efluentes estabelecidos pela Resolução Conama nº 357 de 15 de março de 25, enquanto não surge uma legislação específica para este efluente em particular. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Para a obtenção da amostra (água de lavagem),, partiu-se do princípio do processo de produção de biodiesel, isto é, efetuaram-se reações de transesterificação para o posterior processo de purificação, a lavagem. As reações foram realizadas utilizando óleo de soja usado, hidróxido de sódio como catalisador e metanol. Findada a reação e separadas as suas fases, biodiesel e glicerina, procedeu-se com a lavagem do biodiesel. O biodiesel gerado na reação foi inserido em um tanque de lavagem onde se acrescentou uma quantidade proporcional de água deionizada. Feito isso, foi promovida uma forte agitação para que ocorresse a interação dos dois líquidos e a água pudesse extrair, em função da sua maior afinidade, tudo o que não foi reagido, ou seja, NaOH e metanol. Via de regra, em um processo de lavagem tradicional, são necessários cerca de 3 litros de água para cada litro de biodiesel. De posse da água de lavagem, partiu-se então para a sua caracterização físico-química seguindo alguns parâmetros da Resolução Conama nº 357/25. Estabelecidas as características da água (através de um laudo de um laboratório credenciado à FEPAM), totalmente fora dos padrões de emissão de efluentes, partiu-se então para o seu tratamento tentando atingir índices não somente para descarte em algum corpo d água, mas também para reaproveitamento no próprio processo, constituindo assim um processo de ciclo fechado. Para isso, adotaram-se algumas medidas como, por exemplo, a adição de ácido acético (solução,1% v/v), lavagem com água quente, utilização de filtros constituídos de areia grossa, areia fina e britas de diferentes tamanhos, além da utilização de papel-filtro entre as camadas formadas por esses materiais. Outro procedimento adotado na realização do tratamento da água de lavagem foi a realização de um Jar Test, isto é, através de um equipamento foi definida qual a dosagem ótima/econômica quando usados agentes

floculantes como o sulfato de alumínio e sulfato ferroso. Feito o ajuste fino e descoberta qual a dosagem ótima/econômica do processo, partiu-se então para a caracterização do efluente tratado esperando ter sido alcançados alguns dos parâmetros previamente estipulados como a DBO 5, DQO, Turbidez, óleos e graxas, cor, ph e OD. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Uma análise da água de lavagem atesta que, dentre os parâmetros analisados (óleos e graxas, hidrocarbonetos, DQO, DBO 5, Cor, Turbidez, ph e OD), a maioria encontra-se nãoconforme com a Resolução Conama 357. Quando utilizado o tratamento com agentes floculantes, a dosagem ótima/econômica para o sulfato de alumínio foi de 145 mg L -1, enquanto que para o sulfato ferroso, foi de 19 mg L -1. A figura 2 mostra que, para cada parâmetro analisado segundo o método de tratamento empregado, quando são adotados apenas processos físicos de tratamento, como a utilização dos filtros somente com areia e brita, ou então areia e brita mais papel filtro entre camadas, não são suficientes para que possam ser alcançados os parâmetros desejados, embora se perceba que estes processos auxiliam na redução dos valores destes parâmetros. No método 1 a água não recebeu nenhum tipo de tratamento; no método 2, empregouse uma solução de ácido acético,1%; no método 3, empregou-se uma solução de ácido acético,1% juntamente com uma filtração em filtro de britas e areia; no método 4, foi utilizada uma solução de ácido acético,1% juntamente com uma filtração em filtro de britas e areia, com uma membrana filtrante entre camadas; já no método 5, foi empregado o Jar Test com sulfato ferroso; e, no método 6, também o Jar Test, mas usando sulfato de alumínio;

Oxigênio Dissolvido Cor m g /L 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 3.5 3. 2.5 2. 1.5 1. 5-5 1 2 3 4 5 6 7 Turbidez Demanda Química de Oxigênio (DQO) NTU 1.2 1. 8 6 4 2-2 1 2 3 4 5 6 7 18. 16. 14. 12. 1. 8. 6. 4. 2. 1 2 3 4 5 6 7 Hidrocarbonetos Óleos e Graxas 25 2 15 6 5 4 1 5 1 2 3 4 5 6 7-5 3 2 1-1 1 2 3 4 5 6 7 Figura 2 Parâmetros físico-químicos em função do método utilizado Através dos testes realizados, pôde-se perceber que existem meios executáveis de se tratar um resíduo com alta carga poluidora como esse. Além disso, o tratamento químico com agentes floculantes mostrou-se economicamente viável, tendo em vista que, para uma indústria de porte médio com produção diária de biodiesel de 1.L, o custo do tratamento da água de lavagem não chega a,7% do faturamento anual da empresa além da possibilidade de reuso da água tratada no próprio processo.

4. REFERÊNCIAS BOCCARDO, R.C.; PANORAMA ATUAL DO BIODIESEL. Curitiba, PUC-PR, CEFET- PR, UFPR, UFSC, 24. 82p. Monografia (Especialização em Motores e Combustíveis). Programa Brasileiro de Formação em Motores e Combustíveis, Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Curitiba, 24. DIEGUEZ, F.; AFFINI, M. Petróleo verde. Super Interessante, São Paulo, v. 5, n. 12, p. 51-54, dez. 1991. GELBARD, G., BRE S., O., VIELFAURE-JOLY, F. Journal of the American Oil Chemists Society, Champaign, v. 72, p. 73-76, 1995. HAAS, M.J., BLOOMER, S., SCOTT, K. Journal of the American Oil Chemists Society, Champaign, v. 77, n.4, p. 373 379, 2.