1939-1945. M. Filipe Sousa/2013



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1939-1945 M. Filipe Sousa/2013

A Europa política nas vésperas da 2ª Guerra Mundial.

O EXPANSIONISMO ALEMÃO

O EXPANSIONISMO ALEMÃO 1933 o Partido Nazi conquista o poder na Alemanha (é o inicio do 3º Reich ). Hitler começa a reconstruir a estrutura militar alemã numa violação do Tratado de Versalhes (secretamente no início, e publicamente a partir de 1935 as democracias ocidentais não reagem). Março 1936 Os alemães ocupam militarmente a zona desmilitarizada da Renânia mais uma vez violando o Tratado de Versalhes e mais uma vez sem qualquer reação das democracias ocidentais. 12 Março 1938 Anexação da Áustria pelo 3º Reich (Anschluss). Setembro 1938 Acordo de Munique. Britânicos e franceses aceitam a pretensão de Hitler de libertar da opressão os cidadãos alemães que viviam na República Checa. Tropas alemãs ocupam a região dos Sudetas nas primeiras semanas de Outubro. Março 1939 Os alemães ocupam a parte ocidental da Checoslováquia, a região da Boémia - Morávia. As democracias ocidentais tomam finalmente consciência das reais intenções belicistas e expansionistas de Hitler. Abril 1939 A Itália invade a Albânia e torna-se oficialmente aliado da Alemanha com a assinatura do Pacto de Aço em Maio.

Cédula de votação de 10 de Abril de 1938. O texto diz "Tu concordas com a reunificação da Áustria com o Império Germânico realizada em 13 de Março, sob o führer Adolf Hitler

O EXPANSIONISMO ALEMÃO 23 Agosto 1939 - a URSS e a Alemanha assinam um pacto (secreto) de não agressão (Pacto de Molotov-Rippentrop ). Neutralidade de Estaline em troca da Finlândia, Estónia, Letónia e Polónia oriental.

A expansão alemã.

A INVASÃO DA POLÓNIA 1 Setembro 1939 A Alemanha invade a Polónia.

17 Setembro 1939 A URSS, que tinha assinado anteriormente um pacto (secreto) de não agressão com a Alemanha invade e ocupa a Polónia oriental. A partilha da Polónia entre a Alemanha e a URSS

27 Setembro 1940. O Pacto Tripartido: A Alemanha, o Japão e a Itália assinam um acordo de ajuda e auxilio mútuos, comprometendo-se a auxiliarem-se mutuamente na sua acção de conquistarem as suas áreas de influência.

A 2ª Guerra Mundial o desenvolvimento do conflito. 9 Abril 1940 A Alemanha ocupa a Dinamarca 9 Abril 1940 Junho. Os alemães invadem a Noruega Estas duas ações pretendem assegurar o controlo do ferro sueco e estabelecer as bases militares para a campanha de submarinos alemães no Atlântico Norte. 10 Maio 1940 Inicio da Batalha de França. O exército alemão invade a Holanda e a Bélgica. Unidades blindadas alemãs atravessam a região florestal das Ardenas, flanqueando a Linha Maginot, (um conjunto de fortificações entre a fronteira alemã e a francesa). Os britânicos e os franceses reagem movimentando as suas tropas para tentar contrariar este ataque. Derrotado o exército aliado dirige-se para Dunquerque. A Batalha de Dunquerque. 25 de Maio a 4 de Junho de 1940. Uma enorme força britânica e francesa ficou encurralada por uma divisão Panzer alemã a nordeste da França, entre aquela e o canal da Mancha. Sujeitos a intenso bombardeamento, mais de 300 000 soldados aliados foram evacuados por via marítima.

A Batalha de Dunquerque

Evacuação de Dunquerque Evacuação de Dunquerque (Operação Dínamo). Quase trezentos e quarenta mil soldados aliados foram evacuados sob intenso bombardeio, entre 26 de maio e 4 de junho, da cidade francesa de Dunquerque até a cidade inglesa de Dover.

O inimigo atacava por todo o lado, com grande força e violência. O grosso da sua potencia e a mais numerosa das suas forças aéreas foi lançada sobre Dunquerque e as suas praias. Exercendo grande pressão sobre as estreitas saídas, tanto do leste como do oeste, o inimigo começou a bombardear as praias, os únicos lugares por onde os barcos podiam levar a cabo as operações de ida e vinda. Semearam o canal e os mares de minas magnéticas; lançaram a aviação em ondas repetidas, ás vezes com mais de uma centena de aviões em cada formação, para cobrir de bombas o único cais que restava e as dunas que os soldados tinham escolhido como único lugar de refugio. Submarinos e lanchas rápidas fustigaram o tráfego marítimo aliado. Durante quatro ou cinco dias a luta foi tremenda e intensa. Todas as divisões blindadas, juntamente com grandes formações de artilharia e infantaria, lançavam-se em vão contra a faixa, cada vez mais estreita, cada vez mais contraída, na qual continuavam a lutar os exércitos inglês e francês. Winston Churchill Memories, vol II

DUNQUERQUE Data Tropas evacuadas das praias Tropas evacuadas do Porto de Dunquerque Total 27 Maio - 7.669 7.669 28 Maio 5.930 11.874 17.804 29 Maio 13.752 33.558 47.310 30 Maio 29.512 24.311 53.823 31 Maio 22.942 45.072 68.014 1 Junho 17.348 47.081 64.429 2 Junho 6.695 19.561 26.256 3 Junho 1.870 24.876 26.746 4 Junho 622 25.553 26.175 Totais 98.780 239.446 338.226 Um total de cinco nações fizeram parte da evacuação de Dunquerque: Reino Unido, França, Bélgica, Holanda e Polónia,

A Linha Maginot A linha defensiva Maginot deve o seu nome ao seu idealizador, André Maginot, ministro da defesa francês. Logo após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Conselho Superior de Guerra francês, sob a presidência do Marechal Philippe Pétain, discutiria ao longo de 10 anos a sua viabilidade e a sua necessidade na defesa contra possíveis ataques provenientes da Alemanha. Os seus principais objetivos seriam: 1. Evitar ataques surpresa. 2. Garantir tempo para a mobilização das forças francesas em caso de ataque. 3. Proteger a região da Alsácia /Lorena, região conquistada pela Alemanha à época da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), e que foi devolvida a França após o final da Primeira Guerra Mundial. 4. Constituir um ponto de apoio logístico para contra-ataques. 5. Forçar os agressores a contornar a linha defensiva passando pela Suíça ou pela Bélgica.

A Linha Maginot

A GUERRA RELÂMPAGO BLITZKRIEG O avanço alemão foi vertiginoso e eficaz. Esta rapidez ficou a dever-se a um novo conceito de deslocação de forças militares: a utilização tática de novos carros blindados e tropas motorizadas permite uma rapidez nos avanços, bem como o recurso ao elemento surpresa. a utilização da aviação Luftwaffe, conjugada com a utilização maciça das divisões Panzer, seguidas da infantaria motorizada, Wehrmacht, possibilitam um avanço das tropas que nunca antes na história militar tinha sido testemunhado.

As conquistas alemãs na Europa 1939-1942

14 Junho 1940, tropas alemãs entram em Paris e marcham nos Champs Elysées. 22 Junho 1940. Termina a Batalha de França. O marechal Pétain herói da 1ª Guerra Mundial é autorizado a manter um governo francês, com sede em Vichy, que colabora com os alemães. O general Charles de Gaulle decide organizar um governo de resistência, o Comité Francês de Libertação Nacional, comandado a partir de Inglaterra. Em conjunto com os serviços secretos ingleses, organiza uma estrutura de espionagem, sabotagem e apoio à resistência francesa.

General De Gaulle

A 2ª Guerra Mundial: a evolução do conflito (1939-1940).

Londres bombardeada

Julho a Outubro 1940. Batalha da Inglaterra. A queda da França deixa praticamente a guerra entre britânicos e alemães. A Alemanha prepara-se para invadir a Inglaterra (Operação Leão marinho). Os aviões nazis bombardeiam incessantemente a Grã- Bretanha. A Luftwaffe (força aérea alemã) bombardeia Londres sem cessar, por durante horas e noites consecutivas, porém graças ao esforço da Royal Air Force (RAF) a operação fracassa. A tentativa alemã de conquistar a supremacia nos céus fracassa., a operação para a invasão do Reino Unido é cancelada.

Setembro 1940 Campanha do Norte de África. A Guerra do Deserto. Os italianos invadem o Egipto, parte do então mandato britânico, através da Líbia, sob o domínio italiano. Fevereiro de 1941 Os alemães enviam o Afrika Korps, destacamento do exército alemão, para reforçar as tropas italianas enfraquecidas.

A segunda Batalha de El Alamein será sempre lembrada como o início da derrota das forças do Eixo no norte de África e um dos marcos decisivos na 2ª Guerra Mundial. A vitória britânica em El Alamein levou o primeiro ministro, Winston Churchill a afirmar isso não é o fim, não é nem o começo do fim, mas é, talvez, o fim do começo". El Alamein foi uma vitória essencialmente do Reino Unido e das tropas da Commonwealth. Após a guerra, Churchill escreveu: "Antes de Alamein nunca tivemos uma vitória, depois de Alamein, nunca tivemos uma derrota".

Campanha do Norte de África. Erwim Rommel, do Afrika Korps contra Montgmomery, do exército aliado. Uma série de batalhas entre as forças germano/italianas e as britânicas. Egipto, batalha de El Alamein, Julho a Outubro de 1942, vitória aliada. A entrada dos EUA contribui para o inicio da expulsão dos alemães do norte de África.

22 Junho 1941 Operação Barbarossa 3 milhões de soldados, 10 mil carros blindados e 3 mil aviões invadem a URSS Sem grande resistência para deter o inimigo, os russos recuam, permitindo a ocupação de Leninegrado e de Moscovo. Em Estalinegrado o exército alemão já começa a ter dificuldades de abastecimento e uma fortíssima resistência que os impede de avançar. A batalha de Estalinegrado decorre de Agosto de 1942 a Janeiro de 1943. Entrados em pleno inverno russo e sem una rede estruturada de fornecimento de mantimentos e munições as forças alemãs começam a vacilar e batem em retirada.

7 Dezembro 1941 Ataque a Pearl Harbour Hawai - EUA Entrada dos EUA na guerra.

O ataque japonês a Pearl Harbour

O ataque japonês a Pearl Harbour. Hawai, Pacífico, EUA

A Batalha do Atlântico Os U-boats submarinos alemães afundaram no Atlântico entre Janeiro e Julho de 1942, 568 navios da marinha mercante aliada, 406 dos quais dentro das fronteiras marítimas dos EUA. Se a estes somarmos as embarcações afundadas pelos navios de guerra alemães, como o couraçado BismarcK, atingiremos um total de 1200 navios afundados só em 1942. Vários comboios de navios mercantes escoltados por navios de guerra aliados transportavam víveres e equipamento militar. Os aliados reagiram e passaram a patrulhar o Atlântico recorrendo a porta aviões.

Couraçado Bismarck

NORTE DE ÁFRICA E ITÁLIA 8 November 1942: Operação Torch. A Operação Tocha teve lugar em 8 de novembro de 1942, quando os aliados desembarcaram no norte de África, abrindo uma nova frente de batalha para as tropas do África Korps. A intenção era acelerar a derrota alemã no continente e aliviar a pressão que os soviéticos estavam sofrendo na Europa dissipando as forças alemãs. Estaline desejava uma segunda frente na Europa, mas Roosevelt e Churchill preferiram começar pelo norte da África.

NORTE DE ÁFRICA E ITÁLIA Na verdade os comandantes americanos priorizavam um desembarque na Europa ocupada o quanto antes possível, enquanto os britânicos acreditavam que isso seria um desastre. A ofensiva foi proposta porque expulsaria as tropas do Eixo do norte de África, intensificaria o controle aliado do Mar Mediterrâneo e prepararia o terreno para uma invasão no sul da Europa em 1943. Invasão da Sicília em Julho e Agosto de 1943 e inicio da conquista da Península Itálica.

INVASÃO DA EUROPA O Exército Vermelho Julho Novembro 1943 Após deter o avanço alemão em Estalinegrado 1942 e Kursk 1943, o exército vermelho lança a primeira grande ofensiva contra o exército nazi, que vai obrigar os alemães a recuar sucessivamente.

INVASÃO DA EUROPA 6 Junho 1944 Dia D - Desembarque da Normandia Comandante General Dwight Eisenhower Operação Overlord Tropas aliadas desembarcam na costa francesa que estava poderosamente defendida. Rommel espalhou pelo litoral francês centenas de milhar de fortins, equipados com canhões e metralhadoras, colocou 2 a 3 milhões de minas nas praias, mandou cavar postes no chão para impedir a aterragem de planadores. Chamou a esta operação Muro do Atlântico. Rommel sabia que a única salvação era impedir o desembarque. A incerteza do local seria decisiva porque era impossível fortificar e vigiar 3.000 kms de costa.

O DIA D Em de 6 de junho de 1944, cumprindo os planos da operação Overlord, cerca de cinco mil navios desembarcam 130 mil homens em 35 Kms.de praias na Normandia, França no denominado Dia D. Na noite precedente, paraquedistas foram lançados de 822 aviões por detrás das linhas alemãs e os aviões aliados começaram a bombardear as fortificações do Muro do Atlântico. Esse desembarque, levado a cabo sob o comando do general norte-americano Dwight Eisenhower, havia sido secretamente preparado na Inglaterra durante um ano. No final de julho, os aliados já tinham desembarcado não menos do que 1,5 milhão de soldados.

INVASÃO DA EUROPA 6 Junho 1944 Dia D - Desembarque da Normandia Comandante General Dwight Eisenhower A operação Overlord, como se chamou o Dia D envolveu um impressionante dispositivo militar: 753 navios de guerra, 3600 barcos anfíbios, 325 navios auxiliares, 11600 aviões, entre caças,bombardeiros, aviões de reconhecimento, de transporte e planadores e um total de 2 700 000 soldados desembarcaram em França.

A caminho da Normandia.

Defesa alemã em Omaha Beach

Soldados Americanos seguindo para Omaha Beach

O desembarque

O desembarque

O desembarque

O desembarque

O desembarque

A batalha foi encarniçada e as baixas foram imensas.

Linhas de Suprimentos apos a tomada de Omaha Beach e Barragem de Balões!

Linhas de Suprimentos apos a tomada definitiva de Omaha Beach

Milhares de pára - quedistas foram lançados atrás das linhas inimigas.

O ataque libertador acabou por vencer e o resultado foi triunfante.

A caminho de Paris A França ia ser libertada e o avanço sobre Berlim começava.

A libertação de Paris Em 25 de agosto de 1944, após mais de quatro anos de ocupação nazista, Paris foi libertada pela 2ª Divisão Blindada francesa e pela 4ª Divisão de Infantaria dos Estados Unidos.

A libertação da Europa

Rumo a Berlim.

Entre 1944 e 1945, a guerra entrou numa fase que conduziria à derrota total das forças tripartidas do Eixo. A 6 de junho de 1944 - Dia D, as forças conjuntas inglesas e americanas desembarcaram na costa da Normandia, onde se instalaram, para depois penetrarem na linha defensiva alemã de Avranches a 30 de julho, que exploraram bem, até à entrada em Paris a 25 de agosto, passando depois para o Somme, Aisne e Marne. O segundo desembarque das forças aliadas, desta feita franco-americano, efetuou-se na Provença a 15 de agosto, permitindo a libertação de Toulon e de Marselha (na França Livre, mas dominada pelos nazis), duas importantes bases navais. À medida que se desenrolavam estes acontecimentos, ações de guerrilha (da Resistência) tentavam destabilizar as forças germânicas, na retaguarda.

A Resistência Os Maquis foi um movimento formado por franceses que não aceitavam a submissão do Estado Francês ao poder nazi, e que se encontravam desiludidos com Pétain e com a política colaboracionista. A instauração da Revolução Nacional pôs fim aos partidos e aos sindicatos, para servir os ditos interesses "patriotas", forçando os dispersos grupos de resistência a unirem-se na luta contra o inimigo comum, para alcançarem a libertação do país A Cruz de Lorena escolhida pelo General Charles e Gaulle como símbolo da resistência. [

A 18 de junho de 1940 o General de Gaulle apelou (pela rádio) aos franceses com competências militares para se juntarem a ele em Londres. Os que responderam ao apelo são classificados como membros da França livre ou resistentes do exterior. A resistência do interior diz respeito aos homens e mulheres que, em França, seja na zona ocupada (chamada zona Norte), seja em zona livre (zona Sul, não ocupada até novembro de 1942), se organizaram para perpetrar ações contra as forças da Alemanha Nazi, portanto contrárias à legalidade do invasor ou do governo de Vichy.

A partir de fevereiro de 1945, a guerra chegava ao interior das fronteiras da Alemanha. Os alemães, estupefactos, foram batidos pelos russos em Torgau, ponto de encontro das duas frentes aliadas, no Elba, a 25 de abril de 1945. Em Berlim, uma cidade cercada, Hitler foi informado da morte de Mussolini, enforcado em Milão por resistentes italianos a 28 de abril. Nesta altura, o líder nazi havia-se refugiado num "bunker" na capital do Reich. A guerra estava perdida. Passados dois dias Hitler pôs termo à sua vida, juntamente com a sua companheira Eva Braun (casados oficialmente havia poucos dias); e o novo governo foi formado pelo almirante Doenitz, que pediu o final das hostilidades.

Mussolini foi capturado e sumariamente executado próximo ao Lago do Como por guerrilheiros italianos. O seu corpo foi então trazido para Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo para exibição pública e a confirmação da sua morte.

Berlim Maio 1945 A 2 de maio, Berlim era oficialmente tomada pelos soviéticos, no mesmo dia em que as tropas alemãs eram derrotadas definitivamente na Itália. A capitulação dos alemães foi assinada a 8 de maio.

No Pacífico, a Guerra ainda não tinha terminado. Os americanos tinham desembarcado nas Filipinas em setembro de 1944, tomaram Manila em fevereiro do ano seguinte e destruíram a quase totalidade da frota japonesa na batalha naval de Okinawa em 6 e 7 de abril de 1945, às "portas" do Japão. No arquipélago filipino, como também na China, os Japoneses criaram campos prisionais medonhos que não ficam atrás dos nazis em requintes de crueldade. A guerra aqui parecia continuar porque o Japão ocupava ainda a Indonésia, a Indochina, uma parte da China e algumas ilhas no mar Amarelo e da China Meridional. Para pôr um ponto final nesta situação, o presidente americano mandou lançar duas bombas atómicas sobre o Japão, uma em Hiroxima a 6 de agosto de 1945, e uma segunda em Nagasáqui a 9 de agosto do mesmo ano (um saldo imediato de mais de 120 000 mortos). Estes dois atos levaram à capitulação dos japoneses, assinada a 14 de setembro de 1945, no couraçado americano Missouri, estacionado na Baía de Tóquio. Do lado americano, estava o general Douglas McCarthur, o comandante-chefe das forças aliadas no Pacífico e que havia coordenado a guerra nesta zona desde a invasão japonesa das Filipinas no início de 1942

Em 6 de agosto de 1945, a primeira bomba atômica feita pelo homem e usada contra a própria humanidade explodiu na cidade japonesa de Hiroshima.

Depois de concordar, em princípio, com uma rendição incondicional no dia 14 de agosto de 1945, em 2 de setembro o Japão rende-se oficialmente, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.

Conferência de Ialta 4 a 11 de Fevereiro de 1945 O presidente americano Franklin D. Roosevelt, o ditador soviético José Estaline e o primeiro-ministro inglês britânico Winston Churchill.

A Conferência de Ialta Durante a Segunda Guerra Mundial, de 3 a 11 de fevereiro de 1945, os líderes das potências aliadas reuniram-se na cidade russa de Ialta, para acordar um conjunto de medidas a serem implementadas para derrotar definitivamente a Alemanha nazi, e para determinar uma política concertada a ser aplicada por todos os intervenientes desta conferência após o término do conflito mundial. O presidente americano Franklin D. Roosevelt, o ditador soviético Joseph Estaline e o primeiro-ministro inglês Winston Churchill acordaram uma estratégia conjunta relativa à aplicação de: - punições para os crimes de guerra e crimes contra a Humanidade, - medidas para a reconstrução e a reabilitação dos países destruídos pelo conflito armado, - medidas para a reestruturação da Jugoslávia e da Polónia, - extinção total dos regimes fascistas e do nazismo, -- criação de uma organização das Nações Unidas - ONU.

Conferência de Postdam 17 Julho a 2 de Agosto de 1945 Presidente Harry Truman dos EUA, o primeiro-ministro Winston Churchill do Reino Unido e o marechal José Estaline, presidente da URSS

A Conferência de Potsdam A Conferência de Potsdam realizou-se entre 17 julho e 2 agosto de 1945, entre o presidente Harry Truman dos EUA, o primeiro-ministro Churchill/Clement Attlee (*) do Reino Unido e o marechal José Estaline, presidente da URSS. Destinou-se a: - fixar a política a seguir para com a Alemanha vencida na Segunda Guerra Mundial, - a lançar os fundamentos da paz futura na Europa e no mundo, - a resolver todas as dificuldades provocadas pela guerra, A Conferência teve lugar em Potsdam, por esta cidade ser considerada o centro simbólico do militarismo e da agressividade prussiana, com o que se quis demonstrar o fim desses valores. O acordo de Potsdam tinha como objetivos: - a formação de um Conselho de Organização e Controlo, composto pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, União Soviética, França, China e Estados Unidos, que teria como função estudar e propor os textos dos tratados de paz com a Itália, a Roménia, a Bulgária, a Hungria e a Finlândia, além da própria Alemanha (*) Os resultados das eleições britânicas foram conhecidos durante a conferência. Como resultado da vitória do Partido Trabalhista sobre o Partido Conservador, o cargo de primeiro ministro passou de Churchill para Atllee.

-dar ao povo germânico a oportunidade de retomar a sua vida em bases democráticas e pacíficas, -banir toda a legislação nazi discriminatória quanto a raça, crença religiosa e opinião política. Ficou determinado que : -a Alemanha perderia todos os territórios conquistados antes e durante a guerra. -os comandantes-chefes das quatro principais nações aliadas passariam a controlar, cada um, uma zona definida da Alemanha. À União Soviética caberia a parte oriental e aos Estados Unidos, França e Inglaterra a parte ocidental. Esta divisão daria origem, passados escassos anos, às duas alemanhas (RFA e RDA). - o completo desarmamento da Alemanha. -a extinção de todas as forças germânicas de terra, mar e ar, bem como as SS, SA e Gestapo. (as associações de veteranos de guerra, as juventudes militarizadas e os clubes e associações para-militares foram também extintas).

Presidente Harry Truman dos EUA, o primeiro-ministro Clement Attlee do Reino Unido e o marechal José Estaline, presidente da URSS

O Plano Marshall Em contraste com a 1ª Guerra Mundial os triunfadores da 2ª Guerra não exigiram compensações financeiras aos derrotados. O secretário de estado americano, George Marshall, apresentou um plano de apoio, intitulado Programa de Recuperação Económica, Plano Marshall, em que se destinavam biliões de dólares para a reconstrução da Europa. A Europa constituía um mercado importante que os americanos achavam necessário ressuscitar. Entre 1948 e 1951 os EUA contribuíram com ajuda económica e assistência técnica que foram destinados à recuperação económica de 16 países,entre os quais Portugal. A Europa ocupada ou dominada pela URSS não beneficiou deste Plano, aqui foram colocados no poder governos controlados pelos soviéticos. Os Estados - satélite. Face a esta situação Churchill afirmou que uma cortina de ferro desceu sobre a Europa.

AS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA -elevados custos humanos e materiais mais de 50 milhões de pessoas - alteração do mapa polítipo mundial -- criação da ONU - divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação - divisão da cidade de Berlim em quatro zonas de ocupação -- eliminação do nazismo e do fascismo -- criação em Nuremberga de um tribunal internacional -- apoio económico e político aos povos libertados do domínio nazi

A divisão da Alemanha pelas potências vencedoras.

Berlim

O Cemitério Americano homenageia os soldados mortos em combate no desembarque em OMAHA Beach, na invasão da Normandia. Fica próximo de Colleville-sur-mer na França, 9.387 soldados americanos e 307 soldados desconhecidos descansam no Cemitério e Memorial.

A Solução Final O chamado problema judeu foi resolvido pelos nazis através de um plano de deportação e posterior extermínio do povo judeu. Heinrich Himmlerf foi o arquitecto deste genocídio que havia de exterminar mais de três quartos dos judeus que viviam na Europa. Os nazis concentraram populações inteiras em guettos, de forma a poder inicialmente explorara a sua mão de obra e depois a eliminá-los. O Holocausto foi o extermínio sistemático durante a 2ª Guerra Mundial de grupos humanos considerados indesejáveis. Judeus, em primeiro lugar, mas também comunistas, homossexuais, ciganos, deficientes físicos, doentes psiquiátricos, prisioneiros de guerra soviéticos, activistas polacos, russos, entre outros, foram executados nos campos de concentração e de morte como Auschwitz, Dacau, Berger belsen, Treblinka, propositadamente construídos, tendo em vista este fim tenebroso.

As execuções em massa obedeciam a detalhes: À medida que os prisioneiros entravam nos campos de concentração, depois de longas horas, dias ou mesmo semanas de viagem de comboio, em vagões para animais, sobrelotados e sufocantes, eram imediatamente separados em dois grupos : As viagens os que ainda podiam trabalhar e os que seriam imediatamente eliminados. eram muito difíceis e muitos deles não conseguiam chegar com vida, pois morriam com doenças e fome, porque a viagem era muito longa e as condições higiénicas não eram as melhores, visto que viajavam em vagões para o gado, apinhados e só havia um balde para as necessidades. Não havia água nem alimentos. Com isto muitos judeus morriam ou adoeciam. Quanto aos outros (aqueles que aguentavam a viagem) não sabiam para onde iam nem o que os esperava embora lhes tivesse sido dito quando embarcaram nos comboios que iam emigrar para trabalhar no Leste da Europa

O campo Após a selecção, dos que iriam trabalhar e dos que seriam imediatamente mortos, entregavam os seus pertences pessoais, como roupa, óculos e eram lhes retirados os dentes de ouro, até mesmo o cabelo, com o qual se produzia tecido, sendo estas entregas minuciosamente catalogadas. Seguidamente, separados entre homens e mulheres, eram conduzidos a um balneário, com capacidade para algumas dezenas de pessoas, convencidos de que iriam passar por um banho sanitário colectivo, sendo gaseados até à morte. Ao longo deste processo procuraram aperfeiçoar a forma mais eficiente de eliminar mais e mais pessoas, passando de um envenenamento por monóxido de carbono para a utilização de um gás muito mais letal e eficaz: o Zybkon-B. De seguida os cadáveres eram imediatamente retirados e incinerados em fornos crematórios instalados junto das câmaras de gás. Além das mortes os alemães também realizaram experiências médicas em prisioneiros, mesmo crianças, testando novos vírus e armas biológicas. O Dr. Mengele, um dos mais cruéis médicos nazis, era conhecido em Auschwitz como o Anjo da Morte.

Esta política de genocídio, sem paralelo na História pelo carácter sistemático do seu planeamento e da sua execução e pelo saldo em termos demográficos, encontrou algumas resistências significativas. Constituição de redes clandestinas de emigração (que, por exemplo, trouxeram muitos fugitivos judeus para Portugal, de onde partiam depois para a América), apoio de diplomatas sensíveis aos direitos humanos (por vezes contrariando as instruções dos seus governos, como o cônsul português Aristides de Sousa Mendes, que salvou alguns milhares de pessoas) e levantamentos armados, em desespero de causa, de algumas comunidades judaicas (o mais célebre dos quais foi a revolta do Gueto de Varsóvia). No final da Segunda Guerra Mundial, milhões de judeus, eslavos, ciganos, Testemunhas de Jeová e comunistas, entre muitos outros, haviam perecido no Holocausto. Estima-se que pereceram às mãos dos nazis mais de 5 milhões de judeus, 3 milhões dos quais em campos de extermínio, 1,4 milhões em operações de fuzilamento e mais de 600 000 nos guettos. Depois do fim da guerra, os Aliados, enquanto forças vitoriosas, fizeram uma grande pressão para se estabelecer a pátria judaica para os sobreviventes do Holocausto. Passados 3 anos após a derrota alemã foi formado o estado sionista de Israel, a terra prometida dos judeus.

O Guetto de Varsóvia - Mapa

O Guetto de Varsóvia

O Holocausto Os Campos de Concentração

Holocausto Campo de Concentração

Auschwitz-Birkenau

Ruínas de Auschwitz - inscritas no Património da Humanidade, pela Unesco

O "portão da morte" do campo de concentração de BIrkenau

Auschwitz-Birkenau

A caminho do Campo

Os fornos crematórios

Os fornos crematórios

Portugal e a Segunda Guerra Mundial Quando se inicia a Segunda Grande Guerra Mundial, em 1939, a Europa divide-se em dois blocos, Portugal declara imediatamente a sua neutralidade. A posição portuguesa é a de defesa da nossa independência em relação ao conflito. No âmbito do interesse nacional, a aliança inglesa é firmada, mas de forma a não embaraçar a nossa liberdade de movimentos. Sucessivos pedidos dos ingleses, nomeadamente os de ser suspensa a emissão de boletins meteorológicos que se referissem às condições nos Açores, ser autorizado o trânsito de soldados e munições inglesas por Moçambique, ser proibido o desembarque de alemães em Portugal, são sucessivamente recusados. Fizeram-se diligências diplomáticas no sentido de evitar que a Espanha entrasse no conflito ao lado das potências do Eixo, porque essa situação, trazendo a guerra à Península, dificultaria ou inviabilizaria a neutralidade portuguesa. A posição que o Governo português toma em relação à questão do fornecimento do minério de volfrâmio mostra bem a sua posição: aos protestos ingleses contra a venda de volfrâmio aos alemães o Governo português responde com uma contraproposta, a de deixar de vender este minério tanto aos alemães como aos próprios ingleses, o que não foi por estes aceite.

Os Açores e a sua importância estratégica no Atlântico Norte

Aristides Sousa Mendes Cônsul de Portugal em Bordéus 2ª Guerra Mundial

Portugal conseguiu permanecer fora da guerra numa situação de "aliado não ativo", que ambos os blocos acatam, já que é do seu interesse, no que respeita ao território metropolitano. Contudo, esta situação não será possível para os territórios dos Açores e Cabo Verde, de enorme importância estratégica para a guerra marítima. Os americanos e os ingleses pretendem instalar-se nessas posições, mas a diplomacia portuguesa envida todos os esforços no sentido de dificultar operações desse género, pelo menos enquanto a sorte final do conflito permanece indecisa. Em 18 de agosto de 1943, e após longas negociações, quando já se adivinha a derrota alemã, é assinado um acordo secreto que concede aos ingleses facilidades militares nos Açores. O fim da Segunda Guerra Mundial representou na Europa Ocidental, do ponto de vista político, o triunfo das democracias como forma de governo e a condenação dos totalitarismos. Em Portugal, embora se reconhecesse o mérito da obra de Salazar no que respeita à reorganização financeira, à restauração económica e à defesa da paz, muitos entenderam que tinha chegado a oportunidade de mudança. A reabilitação das democracias levava um grande setor da opinião a desejar o regresso a uma forma de governo baseada na representação parlamentar