Os desafios da EducaÄÅo FÇsica na EducaÄÅo de Jovens e Adultos (EJA)



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Transcrição:

1 Os desafios da EducaÄÅo FÇsica na EducaÄÅo de Jovens e Adultos (EJA) Joyce Ribeiro Caetano, Alyson de Melo Gomes 1 Orientador: Kleber Mirallia ** Resumo Trata-se de uma pesquisa aåço em que foi feita uma anélise sobre a EducaÅÇo FÑsica na EducaÅÇo de Jovens e Adultos (EJA). Baseando nas informaåöes coletadas no perñodo de observaåço, foi implantada a GinÉstica na escola tendo como referüncia a prética da GinÉstica Laboral. Buscando proporcionar uma prética de exercñcios fñsicos aos alunos durante o ano letivo e fazer com que os alunos usufruam dos benefñcios da ginéstica e incorpore-os á sua rotina diéria, ajudando na prevenåço e manutenåço da saàde e, diminuindo o sedentarismo criando hébitos de alongar-se nço sâ na presenåa do professor e levar para toda a sua vida aprendendo exercñcios que eles mesmos possam memorizar e praticar fora da escola. Palavras chaves: EJA, EducaÅÇo FÑsica, GinÉstica Laboral. 1 INTRODUÉÑO A EJA (EducaÅÇo de Jovens e Adultos) ä uma forma de ensino no Brasil que tem o objetivo de desenvolver o ensino fundamental e mädio com qualidade, para as pessoas que nço possuem idade escolar e oportunidade. A cada ano que passa consegue-se ver claramente que o processo de ensino/aprendizagem na EJA torna-se cada vez mais intenso. Os alunos que estço neste programa em sua grande maioria sço trabalhadores de meia idade, que por diversos motivos nço tiveram oportunidades quando adolescentes e que dispöem do seu ànico tempo de descanso (á noite) para se dedicar aos estudos. Dessa forma, diminui-se o tempo que poderia ser dedicado ás atividades fñsicas, o que acarreta danos prejudiciais á saàde. Na escola que escolhemos para fazer nosso estégio a situaåço nço ä diferente. Com apenas uma aula de observaåço constatamos que a escola nço disponibiliza um horério para a prética da EducaÅÇo FÑsica, uma vez que esta nço ä obrigatâria ao aluno 1 Discentes do Curso de EducaÅÇo FÑsica da Universidade Salgado de Oliveira. ** Docente do curso de EducaÅÇo FÑsica da Universidade Salgado de Oliveira.

2 que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas (Lei 9394/96, ç 3é, inciso I). Diante desta situaåço, torna-se evidente a necessidade da busca de um meio para proporcionar uma prética de exercñcios fñsicos aos alunos durante o ano letivo. Em contato com a direåço da escola tivemos a liberaåço de apenas 10 minutos, uma vez por semana, com cada turma para apresentarmos um programa de atividade fñsica no decorrer desse semestre. SÇo 12 turmas, distribuñdas com uma mädia de 30 alunos cada. Dentro das possibilidades, chegamos á conclusço de desenvolver um projeto de EducaÅÇo FÑsica na Escola a fim de convencer o aluno da EJA da real importència da EducaÅÇo FÑsica para a melhoria na qualidade de vida, enfatizando os benefñcios da atividade fñsica apresentando e buscando na nossa experiüncia com a GinÉstica Laboral das empresas uma base para ser aplicada na escola, lembrando que maioria dos alunos trabalha em empresas que nço possuem essa ginéstica, e assim transformar a GinÉstica Laboral em um conteàdo necessério e importante na EducaÅÇo FÑsica da EJA. Fazer com que os alunos usufruam dos benefñcios da ginéstica e incorpore-os á sua rotina diéria, ajudando na prevenåço e manutenåço da saàde e, diminuindo o sedentarismo criando hébitos de alongar-se nço sâ na presenåa do professor e levar para toda a sua vida aprendendo exercñcios que eles mesmos possam memorizar e praticar fora da escola. 2 METODOLOGIA A pesquisa foi realizada na Escola SESI Jardim Planalto, da cidade de Goiènia, GO. Participaram das atividades 12 turmas, com mädia de 30 alunos em cada, totalizando uma mädia de 360 alunos. A GinÉstica Laboral foi aplicada durante todo o semestre, uma vez por semana em cada turma, durante 10 minutos. Foram apresentados exercñcios que nço levam o aluno ao cansaåo, por ser de curta duraåço e que dço Ünfase ao alongamento e compensaåço das estruturas musculares envolvidas nas tarefas ocupacionais diérias (POLITO, BERGAMASCHI; 2002). A cada aula ministrada foi preenchido um relatârio de dados onde abordamos os pontos importantes, positivos e/ou negativos. Para que pudässemos analisar e problematizar as dificuldades no desenvolvimento das atividades sendo modificadas

3 com os alunos que tiveram dificuldades de aprendizagem, a fim de que estes interagissem melhor ao decorrer das aulas propostas pelos professores. 3 REFERENCIAL TEÖRICO Atraväs da concepåço da saàde renovada pode-se relacionar a aptidço fñsica á saàde, tendo como principais objetivos: informar, mudar atitudes e promover a prética sistemética de exercñcios (DARIDO e NETO, 2005). Corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram um ànico organismo. Ambos devem ter assento na escola, nço um (a mente) para aprender e o outro (o corpo) para transportar, mas ambos para se emancipar. Por causa dessa concepåço de que a escola sâ deve mobilizar a mente, o corpo fica reduzido a um estorvo que quanto mais quieto estiver, menos atrapalharé (FREIRE, 1991). Para Medina (2010), quando se fala em renovaåço e transformaåço algumas indagaåöes vem a tona: renovar o que? Transformar o que? Ou como renovar e transformar? Para que e para quem renovar e transformar? Dessa forma viemos propor a prética da ginéstica na escola, tendo como base a täcnica da GinÉstica Laboral. Na empresa, ela serve principalmente para ajudar no aumento da produåço, uma vez que colabora com a melhora do estado fñsico e psñquico dos funcionérios. Assim, pode-se afirmar que na escola ela serviré para recuperar a capacidade do trabalho mental dos estudantes, podendo aliviar o cansaåo mental dos estudantes e beneficiar sua saàde mental. (KALININE, GOLLER; 2002). Enquanto dentro da escola nço tem unicamente o mesmo objetivo da aplicada nas empresas, que em grande parte dos casos esté voltada especificamente como compensatâria ao trabalho desenvolvido naquela determinada empresa, ou diminuir o afastamento do trabalho por licenåas mädicas. Na escola o objetivo vai, aläm disso, buscar proporcionar atividades de alongamento, recreativas e relaxamento por alguns minutos para que se possa fazer uma pausa nas atividades e se dedicar ao prâprio corpo (POLITO, BERGAMASCHI; 2002). Um projeto de ginéstica laboral na escola proporcionaré aos alunos atividades que o levem a ter maior compreensço sobre seu corpo, e as respostas que ele dé quando exposto as situaåöes de fadiga e estresse, como lidar com essas situaåöes e, atraväs deste conhecimento adquirido, promover melhorias na sua qualidade de vida.

4 Para Araàjo e Sousa, A GinÉstica laboral ä um exercñcio fñsico orientado e supervisionado por profissionais de educaåço FÑsica executada em seus postos de trabalhos, que visam o bem estar fñsico e social que por consequüncia tambäm previne doenåas ocupacionais, reduåço do stress proporcionando melhoria da qualidade de vida dos seus praticantes. Aläm de exercñcios fñsicos, ela consiste em alongamentos, relaxamento muscular aliados a exercñcios respiratârios, dinèmicas. Apesar de a sua prética ser coletiva, ela ä moldada de acordo com a funåço exercida pelo trabalhador, implementada com alguns exercñcios de caréter postural (ARAêJO e SOUSA, 2008). 4 DADOS E DISCUSSÑO No decorrer das aulas 90% dos alunos participavam ativamente e com entusiasmo, alguns reclamando de dores fortes na coluna e pernas, outros com pouca flexibilidade. Diante dessas e outras reclamaåöes adaptamos as aulas de uma maneira que todos participassem de forma prazerosa. Uma vez que Medina (2010) afirma que o ato educativo sâ se completa quando se provoca uma mudanåa no comportamento, notase que tanto nâs estagiérios quanto os alunos tiveram mudanåas aparentes de comportamento, chegando entço a um dos objetivos propostos. A Lei 9394/96 prevü a obrigatoriedade da EducaÅÇo FÑsica, poräm dé opåço da prética facultativa para alguns alunos conforme disposto no artigo 3é. A escola onde foi feito o estégio nço cumpre a Lei por nço possuir a EducaÅÇo FÑsica como componente curricular e nos liberou somente 10 minutos semanais para a prética da mesma. Levando em consideraåço esse tempo disponibilizado, nos sentimos vitoriosos porque conseguimos alcanåar grande parte dos objetivos propostos. Foram utilizados materiais alternativos e atividades diferenciadas para que os alunos conhecessem a diversidade de conteàdo que a EducaÅÇo FÑsica oferece. Podendo assim reivindicar junto á direåço da escola pela inclusço da disciplina na EJA. Buscando obter sucesso em todos os objetivos propostos, ao final de cada aula passévamos uma dica de saàde. E quanto a isso tivemos um âtimo retorno, pois os alunos retornavam na outra semana contando as experiüncias que tiveram colocando em prética as dicas recebidas. 5 CONSIDERAÉÜES FINAIS

5 Ficou clara a evoluåço dos alunos que participaram de todas as aulas e o interesse de alguns alunos que no comeåo nço participavam, pois eles passaram a participar e comeåaram tambäm a contar que estavam colocando em prética as dicas de saàde dadas no final de cada encontro. Observamos entço que a quantidade de alunos desinteressados pela prética de EducaÅÇo FÑsica diminuiu. Chegou-se tambäm á conclusço que, para que conseguñssemos despertar esse mesmo interesse na minoria que nunca participou das aulas, seria necessério um perñodo maior para aplicar o projeto, diversificando ainda mais os conteàdos. REFERáNCIAS ARAêJO, D. M. E; SOUSA, L. R. M. GinÉstica laboral: prética de resultado ou modismo? In: Encontro de EducaÅÇo FÑsica e ëreas Afins, 2008. ANAIS do III Encontro de EducaÄÅo FÇsica e Éreas Afins. Nàcleo de Estudo e Pesquisa em EducaÅÇo FÑsica (NEPEF) / Departamento de EducaÅÇo FÑsica / UFPI. 23, 24 e 25 de Outubro de 2008. BRASIL. Lei Né 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educaåço nacional. DARIDO, S. C. & RANGEL, I. C. A. (coord.). EducaÄÅo FÇsica na escola: ImplicaÄÑes para a prötica pedagügica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. FREIRE, J. B. EducaÄÅo de Corpo Inteiro: Teoria e PrÖtica da EducaÄÅo FÇsica - ColeÅÇo Pensamento e AÅÇo no Magistärio. 2í ed. SÇo Paulo: Ed. Scipione, 1991. 224 p. KALININE, I.; GOLLER, D. F. GinÖstica laboral para saáde psçquico dos alunos na escola do ensino fundamental. Fitness & Performance Journal, v.1, n.4, p.36-40, 2002. MEDINA, J. P. S. A EducaÄÅo FÇsica cuida do corpo... e mente. 25í ed. SÇo Paulo: Papirus, 2010. 159 p. POLITO, E.; BERGAMASCHI, E. C. GinÖstica Laboral: teoria e prötica. Rio de Janeiro, Ed. Sprint, 2002.

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