Senado aprova MP que amplia prazo de subvenções do BNDES e financiamento de projetos de infraestrutura pela Caixa



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Transcrição:

Ano 16 Número 33 28 de maio de 2013 www.cni.org.br Nesta Edição: Senado aprova MP que amplia prazo de subvenções do BNDES e financiamento de projetos de infraestrutura pela Caixa; Senado aprova PLV que restringe a incidência de Imposto de Renda sobre a participação nos lucros; de junho de 2011 www.cni.org.br Ampliação do Reintegra e da política de desoneração da folha é aprovada na Câmara; Câmara aprova MP que permite novo uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE); Comissão do Senado aprova Plano Nacional de Educação (PNE); CDEIC realiza audiência para discutir os avanços da PNRS; Senado aprova MP que amplia prazo de subvenções do BNDES e financiamento de projetos de infraestrutura pela Caixa O Plenário do Senado Federal aprovou hoje o Projeto de Lei de Conversão à Medida Provisória 600/2012. A MPV 600/2012, editada no final de dezembro, amplia o prazo para a concessão de subvenção econômica para financiamentos destinados a capital de giro e investimento para beneficiários localizados em municípios atingidos por desastres naturais ao amparo do Programa Emergencial de Reconstrução (PER), do BNDES; eleva a vinculação de crédito da Caixa para financiamento de projetos ligados a infraestrutura; permite a realização de investimentos em infraestrutura aeroportuária e aeronáutica civil por meio da gestão da Secretaria de Aviação Civil; e permite à União ceder onerosamente para o BNDES direitos de crédito detidos contra Itaipu Binacional. O Projeto de Lei de Conversão prevê ainda: as prerrogativas do Conselheiro integrante do CARF (somente ser responsabilizado em processo judicial ou administrativo nos casos em que restarem comprovados dolo ou fraude e emitir livremente juízo de legalidade de atos infralegais nos quais se fundamentam os lançamentos tributários em julgamentos); a reabertura do prazo para adesão de parcelamentos de débitos do Refis da Crise (Lei 11.941/2009) até 31 de dezembro de 2013 (a reabertura não se aplica aos contribuinte que tenham tido parcelamento rescindido após 1º de janeiro de 2013); a possibilidade da Secretaria de Aviação Civil, a seu critério, optar pela execução da reforma de aeroportos públicos por meio do Banco do Brasil ou de suas subsidiárias, com uso das regras do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). O texto segue agora para sanção presidencial. Plenário da Senado aprova PLV que restringe a incidência de Imposto de Renda sobre a participação nos lucros O PLV nº 7/2013, da MPV 597 de 2012, foi aprovado na noite desta terça-feira no Plenário do Senado Federal. A proposta determina que os trabalhadores que recebem até R$ 6 mil de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) das empresas estão isentos de pagar Imposto de Renda (IR) sobre essa participação e estabelece outras alíquotas, conforme tabela progressiva: Confederação Nacional da Indústria

7,5%, sobre lucros e resultados entre R$ 6 mil e R$ 9 mil. 15%, sobre lucros e resultados entre R$ 9 mil e R$ 12 mil 22,5%, sobre lucros e resultados entre R$ 12 mil e R$ 15 mil. 27,5%, sobre lucros e resultados maior que R$ 15 mil. As modificações facilitam a utilização da participação nos lucros e nos resultados como instrumento de incentivo ao trabalhador. O PLV nº 7/2013 segue para a sanção presidencial Ampliação do Reintegra e da política de desoneração da folha é aprovada na Câmara O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei de Conversão (PLV) da Comissão Mista à Medida Provisória 601- que prorroga o Reintegra e contempla novos setores com a política de desoneração da folha de pagamentos. Se não for votada até o dia 3 de junho no Senado a Medida Provisória perde eficácia. Seis destaques foram aprovados durante a apreciação do PLV: o PSB conseguiu retirar da política da desoneração da folha os produtores de laptop; o PDT obteve uma supressão, de modo que o reconhecimento da regularidade de aquisição de ouro por instituição legalmente autorizada a realizar a compra, e seus mandatários, é condicionada à identificação do título autorizativo referente à área de sua origem; o PTB suprimiu dispositivo que suspendia a incidência de PIS/Cofins sobre as receitas decorrentes da venda de soja, de farinha de soja e de tortas e outros resíduos sólidos da extração de óleo de soja; o PCdoB e o PSC eliminaram dispositivo que suspendia a incidência de PIS/Cofins sobre as receitas decorrentes da venda de matéria prima in natura de origem vegetal, destinada a produção de biodiesel; o PSDB estabeleceu regime cumulativo de PIS/Cofins para serviços de saneamento básico; e o PR estendeu a alíquota zero de PIS/Cofins sobre os valores que não estão associados à efetiva entrega de gás natural na Zona Franca de Manaus, nos termos das cláusulas de take or pay e ship or pay. O projeto de lei de conversão aprovado pelo Plenário: prorroga o Reintegra até 2017 estabelece isenção tributária para os valores ressarcidos pelo regime; amplia a desoneração da folha para setores da indústria de transformação (setor de refratários; equipamentos médicos; segmento da indústria de alimento, como balas, gomas de mascar e confeitos; premoldados de gesso; borracha; papel; cerâmica; vassouras, escovas e pincéis), vinculados à infraestrutura (indústria da construção pesada; engenharia consultiva; operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em terminas portuários de uso privativo), cadeia da comunicação (empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; agências de comunicação, publicidade e marketing direto e promoção de vendas) e intensivos em mão-deobra (empresas de segurança privada e farmácias de manipulação); reduz a alíquota do regime especial de tributação (RET) de 6% para 4% aplicável às incorporações imobiliárias; altera a base de cálculo do ITR para não computar as áreas de preservação permanente e de reserva legal; desonera de PIS/Cofins máquinas e implementos agrícolas não autopropulsados; concede crédito presumido de IPI para compradores de garrafa PET recicladas que adquiram esse produto de cooperativas de catadores; 2

regulamenta procedimentos operacionais de transporte e compra do ouro garimpável; e permite às pessoas jurídicas com saldo negativo do imposto de renda compensar as perdas, no exercício seguinte, com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, exceto as contribuições previdenciárias. Câmara aprova MP que permite novo uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) O Plenário da Câmara aprovou na manhã de hoje o Projeto de Lei de Conversão (PLV) à Medida Provisória (MPV) 605, que permite o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores na estrutura tarifária e viabilizar a redução da conta de luz, vigente desde janeiro deste ano. Apenas um destaque ao projeto de lei de conversão foi aprovado. Apresentado pelo PP, foi incluída no PLV emenda do senador Francisco Dornelles (PP/RJ) determinando que as concessões de geração de energia elétrica ocorridas antes do Decreto 5.163/04 terão seu prazo de vigência contado a partir da emissão da licença ambiental prévia (desde que os atrasos porventura surgidos não tenham sido de responsabilidade do concessionário). O projeto de lei de conversão aprovado hoje: estende à energia consumida por pequenas centrais hidrelétricas (até 1 mil kw) e às geradoras de fonte solar, eólica ou biomassa a redução de 50% das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição. Atualmente, o desconto é aplicado à energia comercializada; determina que regulamento do poder concedente elencará os padrões de saúde e segurança no trabalho e de respeito aos direitos e garantias dos consumidores, de forma que tais requisitos passam a ser condição necessária para renovação dos contratos de concessão; e prevê que no caso de atraso na emissão do ato de outorga, os concessionários de novos empreendimentos de geração de energia hidrelétrica ou de fontes alternativas não poderão ser responsabilizados se tiverem cumprido todos os outros prazos sob sua responsabilidade. A Medida será encaminhada ao Senado Federal e precisará ser aprovada até o final do dia 3 de junho, quando perde a eficácia. Comissão do Senado aprova Plano Nacional de Educação (PNE). A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou, hoje, com alterações, o Projeto de Lei Câmara 103/2012, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011-2020. O novo PNE apresenta 20 metas, seguidas das estratégias específicas que estabelecem mecanismos de concretização, que contemplam, entre outros, os seguintes temas: alfabetização, educação básica, educação superior, educação profissional e tecnológica, educação especial, educação de jovens e adultos, formação e valorização dos profissionais da educação e financiamento. Em um contexto inovador, uma vez que o PNE 2000-2010 não trazia nenhuma referência às entidades do Sistema S, o novo Plano convoca a parceria dos serviços sociais autônomos para realização de algumas metas. O texto aprovado estabelece como estratégia para concretização da meta de oferta de educação em tempo integral, estimular as atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de estudantes matriculados nas escolas da rede pública de educação básica, por parte das entidades privadas de serviço social vinculadas ao sistema sindical. Prevê, também, para os próximos 10 anos, a 3

expansão da oferta de matriculas gratuitas de educação profissional técnica por parte das entidades de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e ampliação de matrículas gratuitas, nessas entidades, para atendimento à pessoa com deficiência. Destacam-se, ainda, no texto aprovado na CAE, as seguintes metas e estratégias para o decênio 2011-2020: (a) ampliação do investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB no final do decênio; (b) institucionalização de sistema de avaliação da qualidade da educação profissional técnica de nível médio das redes escolares públicas e privadas; (c) destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação e mais 50% do Fundo Social do petróleo extraído da camada pré-sal. O projeto será ainda analisado pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Educação, Cultura e Esporte. CDEIC realiza audiência para discutir os avanços da PNRS A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) realizou, nesta terça-feira, audiência pública para discutir a vigência da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) e o avanço na implantação de seus instrumentos. A mesa de debate foi presidida pelo Dep. Guilherme Campos (PSD/SP) e contou com a presença de representantes do setor industrial (CNI, CNM, CNC e ABIVIDRO), do governo (MMA, MDIC e Ministério das Cidades), e da sociedade civil (CEMPRE), na condição de agentes essenciais para o sucesso dessa política. Antes de encerrar o debate, o deputado Guilherme Campos propôs aos debutados presentes a instituição de uma comissão especial para apreciar todos os projetos que versem de matéria relacionada à Lei da PNRS, em decorrência do elevado número de proposições que atualmente tramitam na casa. A proposta foi acatada pelos deputados, devendo ser apresentado requerimento conjunto para criação dessa comissão. Marcos Abreu, advogado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), focou na regulamentação legal da PNRS, tratando principalmente do sistema de logística reversa. Apresentou o ordenamento jurídico que versa sobre essa questão, bem como estatísticas de materiais que já estão sujeitos ao sistema de logística. Em relação aos desafios e entraves da logística reversa, Marcos pontuou o controle dos importados, desburocratização do sistema de licenciamento e de regras fiscais para implantação do sistema e instituição de propostas de estímulo às cadeias de reciclagem. Os desafios de caráter mais institucional consistem na adaptação dos sistemas de logística reversa às novas regras da PNRS, adequação dos sistemas de logística reversa aos sistemas públicos de gestão, e harmonização de normas e atos estaduais e municipais à PNRS e seus regulamentados. O representante da CNI frisou que os acordos setoriais constituem o principal instrumento de natureza contratual que viabiliza a implantação do sistema, o que permite a participação dos diversos setores interessados. Afirmou que trata-se de proposta exitosa, sem precedentes no mundo, e cujo andamento já se encontra em fase avançada de negociação. Lucien Belmonte, superintendente da ABIVIDRO, propôs a incorporação dos custos de externalidades aos produtos, o que seria necessário para o correto gerenciamento da logística reversa. Para ele, outro ponto fundamental é a concessão de incentivos tributários para arrecadação desses recursos, 4

principalmente decorrente das diferenças existentes entre as regiões, para viabilizar o gerenciamento da política. Cristiane Soares, consultora ambiental da CNC, colocou em questão as peculiaridades dos diversos produtos que são objetos de logística reversa, ressaltando a necessidade de conferir o correto tratamento ao recolhimento de cada um, o que constitui prerrogativa do setor comercial. Afirmou que o setor do varejo ainda é bastante onerado, principalmente na tributação sobre o transporte e nos custos de logísticas, o que demonstra a necessidade de uma política de incentivos a essa atividade. Zilda Veloso, representando o Ministério do Meio Ambiente, expôs a questão da responsabilidade compartilhada. Citou a necessidade de realizar uma revisão a posteriori das cadeias para maior regulamentação do governo. Por fim, relatou como o ministério vem se organizando para implementar os acordos setoriais, principalmente, no âmbito dos comitês organizadores (CORI). Beatriz Carneiro, representando o MDIC, fez sua apresentação focando na descrição da atuação dos grupos de trabalho setoriais e estudos de viabilidade técnica e econômica. Entre os desafios traçados pelo ministério, estão forma de rateio entre fabricantes e comerciantes e viabilização do reuso. Entretanto, ressaltou os benefícios que decorrem da implantação dessa política, o que reforça a importância de apoiar a implantação da atual lei. Por fim, apresentou o cronograma para implantação dos instrumentos da PNRS. Por sua vez, Osvaldo Garcia, secretário nacional de saneamento ambiental do Ministério das Cidades, apresentou o marco legal da política de resíduos sólidos, bem como a atuação do ministério na implantação dos planos integrados de gerenciamento de resíduos, de competência dos estados e municípios. O presidente da CEMPRE, Victor Neto, focou em temas que precisam ser aperfeiçoados a fim de viabilizar o cumprimento da lei da PNRS. O primeiro ponto a ser aperfeiçoado é a coleta seletiva, cuja estrutura organizada de coleta ainda é muito deficiente, e predominantemente informal. O segundo desafio é a educação, para mudar a cultura da população acerca do descarte adequado dos produtos consumidos. O terceiro desafio é cumprir a prerrogativa de inclusão social, proposta na lei. Por fim, ressaltou a necessidade de proporcionar demanda para a coleta. Concluiu relatando a necessidade da desoneração da cadeia de reciclagem. Representando a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Valtermir Goldmeier, defendeu a necessidade de integrar os planos de coleta seletiva ao plano de logística, uma vez que os maiores problemas são decorrentes da gestão dos resíduos. Em relação à erradicação dos lixões, ressaltou a complexidade do processo, bem como a necessidade de recursos, e da maior necessidade de desburocratizar o processo de transferência dos recursos aos municípios. Publicação Semanal da Confederação Nacional da Indústria - Unidade de Assuntos Legislativos - CNI/COAL Gerente Executivo: Vladson Bahia Menezes Coordenação Técnica: Pedro Aloysio Kloeckner Informações técnicas e obtenção de cópias dos documentos mencionados: (61) 3317.9332 Fax: (61) 3317.9330 paloysio@cni.org.br Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente (61) 3317.9989/9993 Fax: (61) 3317.9994 sac@cni.org.br Setor Bancário Norte Quadra 1 Bloco C Edifício Roberto Simonsen CEP 70040-903 Brasília, DF (61) 3317.9001 Fax: (61) 3317.9994 www.cni.org.br Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. 5