01-08-2014
Revista de Imprensa 01-08-2014 1. (PT) - Jornal de Notícias, 01/08/2014, Viaturas médicas mais disponíveis para acidentes 1 2. (PT) - Diário de Notícias, 01/08/2014, 1,3 milhões de utentes sem médico de família 2 3. (PT) - Público, 01/08/2014, OMS não recomenda restrições aéreas para travar o ébola mas países avançam com medidas individuais 3 4. (PT) - Correio da Manhã, 01/08/2014, Famosos juntam-se no último adeus a cirurgião 4 5. (PT) - Correio da Manhã, 01/08/2014, "É urgente colocar logo o pé em água fria" - Entrevista a Mário Freire Santos 5 6. (PT) - Correio da Manhã, 01/08/2014, Morre após ter alta do hospital 6 7. (PT) - Jornal de Notícias, 01/08/2014, Eletrónico é menos prejudicial 7
A1 ID: 55098033 01-08-2014 Tiragem: 82688 Pág: 9 Área: 17,52 x 22,55 cm² Página 1
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Tiragem: 34442 Pág: 21 A3 ID: 55097779 01-08-2014 Área: 21,39 x 30,48 cm² OMS não recomenda restrições aéreas para travar o ébola mas países avançam com medidas individuais Epidemia Romana Borja-Santos Número de casos aumenta. Serra Leoa declara estado de emergência e Congo e Libéria iniciam controlo de passageiros nos aeroportos Apesar das medidas de controlo de fronteiras que a Libéria decidiu tomar para travar o surto do vírus ébola e do estado de emergência declarado pela Serra Leoa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda ainda qualquer tipo de restrições nas viagens aéreas ou encerramento de fronteiras, justificando que o risco de transmissão entre passageiros é baixo. A informação foi avançada ontem pela Associação Internacional de Transportes Aéreos, que consultou a OMS para perceber junto dos peritos se existe necessidade de avançar com medidas adicionais, numa altura em que surgem sinais de inquietação de vários países Hong Kong admitiu a possibilidade de avançar com quarentenas. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), perante a chegada do pior surto de ébola de sempre a mais países, nomeadamente à Nigéria, contactou a OMS e também a agência da ONU para o sector da aviação, a Organização da Aviação Civil Internacional. A decisão surgiu depois de um passageiro liberiano ter começado com os sintomas da doença num voo para a Nigéria. À chegada ao aeroporto foi encaminhado para uma das unidades especializadas e com ala de isolamento. O homem acabou por morrer, tendo os testes laboratoriais confirmado a presença do vírus naquele que se tornou o primeiro caso do surto no país mais populoso de África. No caso raro de uma pessoa sem saber que está infectada por ébola viajar de avião, a OMS considera que o risco para os outros passageiros é baixo, lê-se no comunicado da IATA, que cita ainda a OMS para reiterar que o risco de desenvolver a doença depois de regressar é extremamente baixo, mesmo quando a visita inclua as zonas onde surgiram os primeiros casos. A transmissão requer contacto directo com sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais com pessoas infectadas, cadáveres ou animais. Uma posição que vai no sentido contrário aos receios dos países, Desde Fevereiro o vírus matou 729 pessoas na África Ocidental que estão a tomar mais medidas, um dia depois de a organização Médicos sem Fronteiras dito que a doença está fora de controlo. Do lado da Serra Leoa, o Presidente, Ernest Bai Koroma, decretou o estado de emergência, depois de a epidemia ter feito mais de 224 mortos só nesta zona. O governante cancelou também a viagem para Washington, onde participaria na cimeira Estados Unidos-África, invocando o carácter excepcional da situação que justifica a programação de medidas para travar o surto do vírus que começou na Guiné-Conacri. A República Democrática do Congo vai também fazer controlos a todos Cientista quer vacinas testadas em humanos Peter Piot argumenta com razões humanitárias O actual director da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Peter Piot, co-autor da descoberta do vírus ébola em 1976, não acredita que o maior surto de sempre da doença saia de África. Mas o professor belga é favorável à ideia de se avançar para testes em humanos das vacinas e tratamentos experimentais que ainda só foram utilizadas em animais. Numa entrevista à AFP, Peter Piot defendeu que chegou altura de se darem passos mais sérios rumo a uma cura. Lembrou que existem vacinas e tratamentos com resultados promissores em animais, considerando que os testes devem ser rapidamente alargados a pessoas nas zonas mais afectadas, referindo-se ao chamado uso compassivo de medicamentos, ou seja, situações em que os fármacos são dados por razões humanitárias, ainda antes de terem sido aprovados pelas autoridades competentes para uso humano. O investigador disse ainda não acreditar que a epidemia se espalhe, mesmo que alguém chegue à Europa ou aos Estados Unidos com febre hemorrágica. Não estou inquieto com a ideia de ver o vírus a espalhar-se pela população. REUTERS os passageiros vindos da Nigéria e a Libéria optou por fechar as escolas e as fronteiras terrestres e por reforçar o controlo nos aeroportos, fazer desinfecções em edifícios e dando férias obrigatórias aos funcionários públicos, diz a AFP. Já as autoridades de Hong Kong, escreve o jornal South China Morning Post, ponderam colocar em quarentena todos os casos suspeitos, isto, apesar de não terem ligações directas com os países afectados. O Quénia e a Etiópia anunciaram medidas destinadas a evitar a entrada do vírus e no Reino Unido uma reunião de urgência com as autoridades sanitárias também vai resultar no reforço da prevenção nos aeroportos. Mesmo assim, a IATA contrapõe que é altamente improvável que uma pessoa com os sintomas consiga viajar e lembra que estão a ser feitas acções nos aeroportos com instruções da OMS, que incluem informação sobre os sintomas e formas de prevenção, o tempo de incubação do vírus (que vai de poucos dias a mais de 20) e os locais onde procurar ajuda. Ao todo, desde Fevereiro, o vírus já matou 729 pessoas na África Ocidental, o que faz do surto o mais grave desde que o ébola foi pela primeira fez identificado na década de 1970 no Zaire (actual República Democrática do Congo) e no Sudão. 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