PLANO DE CONTIGÊNCIA
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- Matheus Henrique Diegues Sanches
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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO ALENTEJO CENTRO DA ÁREA EDUCATIVA DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. MANUEL I BEJA I PRÓLOGO PLANO DE CONTIGÊNCIA 2009/2010 O novo vírus da Gripe A (H1N1)v, que apareceu recentemente, é um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos. Este novo subtipo contém genes das variantes humana, aviária e suína do vírus da gripe e apresenta uma combinação nunca antes observada em todo o Mundo. Em contraste com o vírus típico da gripe suína, este novo vírus da Gripe A (H1N1)v é transmissível entre os seres humanos. O novo vírus da Gripe A (H1N1)v, apareceu recentemente no continente americano e tem-se difundido por diferentes partes do mundo, encontrando-se por isso, em diferentes fases conforme a localização geográfica e a mobilidade humana. Definemse três fases: contenção, transitória e de mitigação. Em 11 de Junho de 2009, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou para 6 o nível de alerta de pandemia. Esta alteração da Fase 5 para Fase 6 não está relacionada com o aumento da gravidade clínica da doença, mas sim com o crescimento do número de casos de doença e com a sua dispersão a nível mundial. Uma pandemia de gripe é uma epidemia à escala mundial, provocada por um novo vírus da gripe que infecta uma grande parte da população. No século XX, houve três pandemias deste tipo: em 1918, 1957 e Em Portugal e nos outros países da Europa foram desenvolvidos, nos anos mais recentes, esforços consideráveis de preparação para uma possível pandemia, sendo que todos os Estados Membros da União Europeia têm planos de contingência nacionais. O presente documento foi elaborado seguindo indicações de diferentes origens, todas provenientes de fontes oficiais e das condições apresentadas pela escola. a) GRIPE A (H1N1)v Os sintomas de infecção pelo novo vírus da Gripe A (H1N1)v nos seres humanos são normalmente semelhantes aos provocados pela gripe sazonal, nomeadamente: Febre
2 (> 38ºC), sintomas respiratórios (tosse, nariz entupido), dor de garganta, assim como a possibilidade de ocorrência de outros sintomas (dores corporais ou musculares, dor de cabeça, arrepios, fadiga, vómitos ou diarreia [embora não sendo típicos na gripe sazonal, têm sido verificados em alguns dos casos recentes de infecção pelo novo vírus da Gripe A (H1N1)v. Em alguns casos, podem surgir complicações graves em pessoas saudáveis que tenham contraído a infecção. b) INFECÇÃO E CONTÁGIO O modo de transmissão do novo vírus da Gripe A (H1N1)v é idêntico ao da gripe sazonal. O vírus transmite-se de pessoa para pessoa através de gotículas libertadas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de um metro) com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco. O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada - por exemplo, através do contacto com maçanetas das portas, superfícies de utilização pública, etc. Os estudos demonstram que o vírus da gripe pode sobreviver durante várias horas nas superfícies e, por isso, é importante mantê-las limpas, utilizando os produtos domésticos habituais de limpeza e desinfecção. O período de incubação da Gripe A (H1N1)v, ou seja, o tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas, pode variar entre 1 e 7 dias. Os doentes podem infectar (contagiar) outras pessoas por um período até 7 dias, a que se chama período de transmissibilidade. É prudente, contudo, considerar que um doente mantém a capacidade de infectar outras pessoas durante todo o tempo em que manifestar sintomas. O vírus encontra-se presente nas gotículas de saliva ou secreções nasais das pessoas doentes, podendo ser transmitido através do ar, em particular em espaços fechados e pouco ventilados, quando as pessoas doentes tossem ou espirram no interior desses espaços. O vírus pode, também, ser transmitido através do contacto das mãos com superfícies, roupas ou objectos contaminados por gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa doente, se posteriormente as mãos contaminadas entrarem em contacto com a boca, o nariz ou os olhos. O vírus pode permanecer activo em superfícies ou objectos contaminados entre 2 a 8 horas. A lavagem frequente das mãos com água e sabão ou com soluções de base alcoólica e a limpeza de superfícies e objectos com líquidos de limpeza doméstica, permitem a destruição do vírus.
3 Ainda não existe uma vacina contra o Vírus A (H1N1)v disponível. As medidas gerais de higiene, pessoais e do ambiente escolar, constituem as medidas mais importantes para evitar a propagação da doença. Os professores devem ensinar os alunos quanto a essas regras gerais de higiene, válidas para a prevenção não só da Gripe A, mas também de muitas outras doenças transmissíveis. II EVITAR DISSEMINAÇÃO Para evitar a disseminação do vírus, deve limitar-se o contacto com outras pessoas, tanto quanto possível. Para isso aconselha-se a: Permanecer em casa durante sete dias, ou até que os sintomas desapareçam, caso estes perdurem; Cobrir a boca e o nariz quando se espirrar ou tossir, usando um lenço de papel, evitando as mãos; Utilizar lenços de papel uma única vez e colocando-os imediatamente no lixo; Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos, em especial após tosse ou espirros; Usar toalhetes descartáveis com soluções e gel de base alcoólica, que se adquirem nas farmácias e nos supermercados (utilizando gel, devem esfregarse as mãos até secarem e não use água). O Ministério da Saúde (MS) reforça ainda, entre outras recomendações, a importância da lavagem frequente das mãos, da protecção da boca e do nariz ao tossir ou espirrar, sempre que possível com lenços de papel que não devem ser reutilizados, para evitar a rápida propagação do vírus. O MS relembra que é fundamental a participação activa por parte dos cidadãos, e dos próprios profissionais de saúde, no sentido de comunicarem às autoridades qualquer contacto próximo com alguém infectado pelo vírus da Gripe A (H1N1)v. Só com a colaboração de todos é possível garantir a eficácia das medidas tomadas. O surgimento de casos de transmissão secundária e o aumento de casos importados eram previsíveis pelas autoridades de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia. Não há, por isso, qualquer razão para alarme, mas sim para uma atenção redobrada. O MS recomenda também a toda a comunidade famílias, empresas, etc. e particularmente às escolas que colabore, adoptando comportamentos que dificultem a transmissão do vírus. III AS ESCOLAS
4 a) Prevenção As escolas assumem um papel muito importante na prevenção de uma pandemia de gripe, pela possibilidade de contágio e rápida propagação da doença entre os seus alunos e profissionais. Assim, deverão estar preparadas para a adopção de medidas adequadas de prevenção e contenção desta doença, em estreita articulação com os pais e encarregados de educação e as Autoridades de Saúde locais. Possuir uma população conhecedora das manifestações da doença, bem como as suas formas de transmissão, constitui a melhor forma de, sem alarmismos, adoptar as medidas de prevenção mais adequadas. Essas medidas, se não existirem casos de doença na escola, suspeitos ou confirmados, consistem num conjunto de regras gerais de higiene pessoal e do ambiente escolar, que mais adiante se relembram. Até à presente data, 23/07/2009, não há indicação para o encerramento da escola. b) Suspeita ou caso confirmado Face a uma suspeita ou a um caso confirmado de doença num aluno ou num profissional, devem adoptar-se medidas de isolamento a decidir caso a caso, tendo por base a identificação do risco, em articulação com a Autoridade de Saúde local. IV CONDIÇÕES ESPECÍFICAS a) Recomendações As recomendações que se seguem encontram-se mais desenvolvidas nas alíneas seguintes do presente capítulo. Sensibilização da comunidade escolar (através de acções de informação, folhetos informativos, alteração de hábitos diagnóstico consciente e responsável de suspeita de doença, limpeza e lavagem recorrente de mãos, utilização de lenços descartáveis para protecção de espirros ou tosse, evitar contacto próximo com terceiros), nomeadamente junto de: Pessoal Docente; Pessoal Não Docente (Assistentes técnicos e Assistentes Operacionais); Alunos; Pais e Encarregados de Educação;
5 e ainda visitantes. Limpeza dos espaços escolares, particularmente superfícies/objectos de fácil manuseamento (como tampos de mesas, cadeiras, teclados e monitores de computador, manípulos das portas, material de escrita/quadros, talheres, loiça, torneiras, sanitários), nomeadamente em: espaços de atendimento público exterior (portaria/átrio, Serviços Administrativos, Direcção, Centro Novas Oportunidades, Sala de Recepção de Pais e Encarregados de Educação, Papelaria e Reprografia); espaços de atendimento público interior (os acima referidos e ainda o Bufete/bar e Biblioteca Escolar); espaços lectivos (salas de aula, salas de informática, laboratórios, oficinas e espaços desportivos); Casas de banho e balneários; b) Medidas gerais de higiene pessoal: 1 - Cobrir a boca e o nariz quando se tosse ou espirra Cobrir a boca e o nariz com lenço de papel, nunca com a mão. Colocar o lenço de papel no caixote do lixo. No caso de não se poder usar lenço de papel, tapar a boca com o antebraço. A seguir, lavar as mãos. A escola deve facilitar o acesso a lenços de papel. 2 - Lavar frequentemente as mãos Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, ou com uma solução de base alcoólica, em especial, após ter tossido, espirrado ou assoado o nariz, ou após se terem utilizado transportes públicos ou frequentado locais com grande afluência de público. Como regra geral de higiene, devem lavar-se as mãos, igualmente, antes de comer, antes e depois de preparar refeições, sempre que se utilize a casa de banho, mexa em lixo, terra, detritos ou dejectos de animais.
6 Sempre que se tenha de servir comida, mudar fraldas ou mexer em brinquedos de utilização partilhada. Fazer o mesmo, sempre que se cuide de pessoas doentes. As crianças devem ser ensinadas a lavar as mãos, usando, de preferência sabonete líquido, durante pelo menos 20 segundos. Na escola devem ser usadas toalhas de papel ou secadores de ar quente para secar as mãos. As crianças devem, também, ser ensinadas a não tocar com as mãos sujas na boca, olhos ou nariz. 3 - Evitar o contacto com outras pessoas quando se têm sintomas de Gripe Sempre que profissionais ou alunos apresentem febre e sintomas de Gripe, estes não devem frequentar a escola, até a situação ser esclarecida por um profissional de saúde, através da Linha Saúde Quando se têm sintomas de Gripe, deve guardar-se uma distância mínima de 1 metro, quando se fala com outras pessoas. O cumprimento com beijos ou abraços deve ser evitado. Para obter informação sobre as medidas a adoptar, aconselha-se o contacto com a Linha Saúde ou a consulta do microsite da Gripe em 4 Evitar o contacto com pessoas que apresentem sintomas de Gripe Deve evitar-se, sempre que possível, o contacto próximo com pessoas que apresentem sintomas de Gripe. c) Medidas gerais de higiene nos estabelecimentos escolares 1 Manter as superfícies e objectos de trabalho limpos Limpar frequentemente as superfícies das mesas de trabalho, brinquedos e outros objectos com um desinfectante ou detergente doméstico comum, passando a seguir por água limpa todos os objectos ou brinquedos que possam ser levados à boca, para evitar a ingestão do produto de limpeza. Este aspecto é particularmente importante em creches e infantários onde as crianças partilham os mesmos brinquedos. Proceder da mesma forma para as superfícies e objectos que entrem em contacto com as mãos (ex.: puxadores das portas). 2 - Promover o arejamento dos espaços
7 Deve promover-se o arejamento dos espaços fechados da escola salas de aula, gabinetes e casas de banho, mantendo as janelas abertas, sempre que seja possível. a) Medidas a adoptar, no caso de existir uma suspeita de infecção pelo vírus da gripe a (H1N1)v num profissional ou num aluno Sempre que um aluno apresente febre durante a permanência na escola, deve promover-se o seu afastamento das restantes crianças e contactados os pais, no sentido de se promover a observação da criança por um profissional de saúde. Em caso de dúvida, é aconselhável ligar para a Linha Saúde Sempre que a Direcção identifiquem uma situação suspeita de doença, de acordo com os sintomas atrás descritos, entre funcionários ou alunos, designadamente a existência de sintomas de gripe após viagens ou contactos próximos com pessoas que viajaram para zonas afectadas, devem telefonar para a Linha Saúde 24 ( ) e seguir as instruções que lhes forem transmitidas. Deverá ser promovido o isolamento em casa de profissionais da escola ou alunos, que manifestem febre superior a 38.º C e outros sintomas de gripe, até que a situação seja devidamente esclarecida pelos serviços de saúde. Será disponibilizada uma sala especificamente para albergar os elementos da comunidade escolar, nomeadamente alunos, que tenham suspeitas de ter contraído a Gripe A (H1N1)v. A sala utilizada será aquela que foi inicialmente atribuída à Associação de Estudantes, junto ao Bar/Pátio da escola, mas que, por inoperacionalidade desta, se encontra disponível para, durante a presente fase da Gripe A, ser usada para este fim. Este espaço, ventilado, estará equipado com material aconselhado, nomeadamente máscaras cirúrgicas para os possíveis doentes. Os indivíduos com suspeitas de ter contraído a Gripe ficarão nesta sala até serem encaminhados. Os alunos menores, aguardarão neste espaço a chegada dos respectivos encarregados de educação. A escola procederá de acordo com as indicações superiores que lhe forem indicadas, recorrendo à Lina Saúde 24 ou a normas de encaminhamento para a residência. Seguirá em anexo, o documento que elucida os passos a atender aquando da suspeita de um caso de Gripe A. A pessoa afectada (profissional da escola ou aluno) que manifeste febre superior a 38ºC, ou sintomas de gripe não deve frequentar a escola, até que a situação fique
8 completamente esclarecida, devendo, para o efeito, telefonar para a Linha Saúde 24 ( ) e seguir as indicações que lhe forem transmitidas. b) Medidas a adoptar, no caso de se confirmar a doença por vírus da Gripe A (H1N1)v num funcionário ou num aluno No caso de se confirmar a doença num profissional da escola ou num aluno, estes não devem frequentar a escola por um período mínimo de sete dias, ou até que lhes seja dada alta clínica. Devem permanecer em casa, sempre que possível, a fim de evitar contagiar outras pessoas. Sempre que tiverem de se deslocar fora da residência, ou contactar com outras pessoas, devem utilizar uma máscara protectora da boca e nariz e lavar frequentemente as mãos. As pessoas que tratem do doente, em casa, devem seguir as regras de higiene acima enumeradas. Devem lavar frequentemente as mãos após contacto com o doente, ou com objectos ou roupas potencialmente contaminados por saliva ou secreções nasais. O encerramento da escola poderá estar indicado, se existir o risco de propagação da doença, devido à existência de diagnósticos confirmados entre funcionários ou alunos. Esta decisão, no entanto, só deverá ser tomada após uma adequada avaliação epidemiológica, por parte dos serviços de saúde locais, do risco de transmissão da doença à comunidade educativa. f) Sugestões da Equipa de Saúde Escolar Realização de um inquérito a que podemos passar aos alunos (não sendo obrigatório!), antes e depois da informação; Afixação de cartazes e panfletos que iremos espalhar pela escola (indicando como deve ser a lavagem das mãos emoldurados ou introduzidos numa mica, e colados junto aos lavatórios, em todas as casas de banho da escola); Elaboração do presente Plano de Contingência da Escola, baseado em toda a informação recebida da Unidade de Saúde Pública de Beja e outras; Construção de um PowerPoint que deverá (ou poderá) ser apresentado a todos os professores e funcionários. Dever-se-á marcar uma reunião geral de
9 professores e funcionários para apresentá-lo. Este PowerPoint deveria ser disponibilizado para a USB dos directores de turma, que o apresentariam e explorariam junto dos alunos das respectivas turmas; As salas deverão ser bem arejadas e as medidas de higiene deverão ser adoptadas para sempre, independentemente de haver gripes com qualquer letra do alfabeto ou não. No final do dia, as limpezas têm que ser feitas SEMPRE DE FORMA RIGOROSA! Devem ser lavados e bem desinfectados: tampos das mesas, tampos e costas das cadeiras, puxadores das portas, corrimões das escadas, teclados e ratos dos, canetas e apagadores dos quadros brancos. Em suma, lavar e desinfectar todas as superfícies passíveis de serem muito manipuladas diariamente. Ter muita atenção com a lavagem da loiça do bar. A Escola deverá disponibilizar também lenços de papel, pelas salas, para serem usados para "tapar o espirro e a tosse". Os professores deverão estar sensibilizados para a necessidade de terem que deixar sair os alunos para lavagens de mãos (opção evitável se existirem toalhetes com solução alcoólica ou álcool para desinfecção de mãos, em todas as salas). Todos devem estar sensibilizados e informados para sabermos "ler" e actuar perante os primeiros sintomas. Beja, 1 de Setembro de 2009
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