ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO CONTEÚDO 4 GENERALIZAÇÃO E ENTIDADE ASSOCIATIVA. Prof. Msc. Ricardo Antonello BANCO DE DADOS I



Documentos relacionados
BANCO DE DADOS MODELAGEM ER GENERALIZAÇÃO / ESPECIALIZAÇÃO. Prof.: Jean Carlo Mendes carlomendes@yahoo.com.br

Modelo Entidade-Relacionamento

ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

Banco de Dados. Aula 5 - Prof. Bruno Moreno 06/09/2011

IF685 Gerenciamento de Dados e Informação - Prof. Robson Fidalgo 1

INF1383 -Bancos de Dados

Banco de Dados. Banco de Dados (aulas 7 e 8) 1 Wedson Quintanilha da Silva - Banco de Dados

Modelo Entidade-Relacionamento. Modelo Entidade-Relacionamento. Modelo Entidade-Relacionamento

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto.

Generalização e Especialização Banco de Dados

Atributos. Exercício (4.1) Angélica Toffano Seidel Calazans Abordagem Entidade-Relacionamento

Banco de Dados I. Modelagem Conceitual Parte 2. Cardinalidades, atributos em relacionamentos, identificadores, generalização. Prof.

Modelagem Conceitual parte II

Programação Orientada a Objetos. Prof. Diemesleno Souza Carvalho diemesleno@iftm.edu.br

Modelagem de Dados MODELAGEM DE DADOS. Lista de Exercícios - AV02. Luiz Leão luizleao@gmail.com Lista de Exercícios AV1

Com base nos slides vistos em sala de aula resolva os seguintes exercícios:

ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO BANCO DE DADOS I CONTEÚDO 5 ABORDAGEM RELACIONAL

MER Modelo de entidade e Relacionamento. Prof. Me. Hélio Esperidião

Conjunto de objetos da realidade modelada sobre os quais deseja-se. dados.

Modelagem de dados usando o modelo BANCO DE DADOS 1º TRIMESTRE PROF. PATRÍCIA LUCAS

Aula II Introdução ao Modelo de Entidade-Relacionamento

MODELAGEM VISUAL DE OBJETOS COM UML DIAGRAMA DE CLASSES.

Banco de Dados - Senado

MODELAGEM DE DADOS. Unidade II Arquiteturas do SGBD

MODELAGEM DE DADOS MODELAGEM DE DADOS. rafaeldiasribeiro.com.br. Aula 3. Prof. Rafael Dias Ribeiro.

GBC043 Sistemas de Banco de Dados Modelo de Entidade-Relacionamento (ER)

Curso de Gestão em SI MODELAGEM DE DADOS. Rodrigo da Silva Gomes. (Extraído do material do prof. Ronaldo Melo - UFSC)

Programação Orientada a Objetos: Lista de exercícios #1. Bruno Góis Mateus

Banco de Dados. MER Estendido. Profa. Flávia Cristina Bernardini

QUESTÕES PARA ESTUDO DIAGRAMA DE CLASSE

PROJETO DE BANCO DE DADOS -PROJETO CONCEITUAL. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

Professor (a): Pedro Paulo S. Arrais Aluno (a): Ano: 9 Data: / / LISTA DE FÍSICA

2 Engenharia de Software

UML: Diagrama de Casos de Uso, Diagrama de Classes

Abordagem relacional Capítulo 4

Programação Orientada a Objetos Herança Técnico em Informática. Prof. Marcos André Pisching, M.Sc.

UML (Unified Modelling Language) Diagrama de Classes

Relacionamentos entre classes

Simulado Banco de Dados I Bimestre 1 Capítulo 1 Projeto Lógico de Banco de Dados

Persistência e Banco de Dados em Jogos Digitais

Análise e Projeto Orientado a Objetos

Modelo Entidade-Relacionamento

Modelo de Entidade e Relacionamento (MER) - Parte 07

Chaves. Chaves. O modelo relacional implementa dois conhecidos conceitos de chaves, como veremos a seguir:

ESTENDENDO A UML PARA REPRESENTAR RESTRIÇÕES DE INTEGRIDADE

O modelo Entidade-Relacionamento. Agenda: -Modelagem de dados utilizando O Modelo Entidade-Relacionamento

MODELAGEM DE DADOS MODELAGEM DE DADOS. rafaeldiasribeiro.com.br. Aula 4. Prof. Rafael Dias Ribeiro.

Projeto de Banco de Dados. Disciplina: Banco de Dados I José Antônio da Cunha

Aula 3 SBD Modelo Entidade Relacionamento Parte 1. Profa. Elaine Faria UFU

CURSO DE TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Disciplina: Unidade II: Prof.: Período:

Engenharia de Software e Sistemas Distribuídos. Enunciado Geral do Projecto

Diagrama de classes. Ricardo Roberto de Lima UNIPÊ APS-I

ATRIBUTO REPRESENTAÇÃO

Modelagem de Dados Usando o Modelo Entidade-Relacionamento

III. Projeto Conceitual de Banco de Dados. Pg. 1 Parte III (Projeto Conceitual de Banco de Dados)

Sistema de Recuperação

Modelo Relacional. 2. Modelo Relacional (Lógico)

Engenharia de Software Engenharia de Requisitos. Análise Orientada a Objetos Prof. Edison A M Morais prof@edison.eti.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE INFORMÁTICA. Projeto de GDI. Definição do Minimundo

Projeto de Banco de Dados

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAIS

Modelo Entidade-Relacionamento

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ UTFPR COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA - COELE ENGENHARIA ELETRÔNICA RENAN AUGUSTO TABORDA

MD Sequências e Indução Matemática 1

1 ACESSO PARA SECRETÁRIA CONFIGURAR HORÁRIOS DE ATENDIMENTO BLOQUEANDO E HABILITANDO HORÁRIOS PRÉ-DEFININDO PARÂMETROS DE

Roteiro. Modelagem de Dados: Usando o Modelo Entidade-Relacionamento. BCC321 - Banco de Dados I. Processo de Projeto de Banco de Dados.

BANCO DE DADOS I AULA 3. Willamys Araújo

Construir um modelo de dados é: - Identificar, Analisar e Registar a política da organização acerca dos dados

Prof. Me. Marcos Echevarria

FUNDAMENTOS DA ORIENTAÇÃO A OBJETOS- REVISÃO

Prática em Banco de Dados MER Sistema SIGEM. Grupo: Marcos Felipe Paes Pessoa Renan do Carmo Reis

Unidade IV. Ciência - O homem na construção do conhecimento. APRENDER A APRENDER LÍNGUA PORTUGUESA APRENDER A APRENDER DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

SUGESTÕES DE ATIVIDADES: PROJETO LÓGICA & AÇÃO

Obrigatoriedade de participação de uma entidade numa associação. Uma entidade pode participar numa associação de duas formas:

ILP - Introdução à Linguagem de Programação. Plano de estudo: - Constantes e variáveis. - Atribuindo valores às variáveis.

Diagrama de Fluxo de Dados (DFD)

Programação Orientada a Objetos Classes Abstratas Técnico em Informática. Prof. Marcos André Pisching, M.Sc.

Aula VI -MODELO RELACIONAL

O Modelo de Entidade Relacionamento (ER ou MER) Parte 1

Bancos de Dados Exercícios de Modelagem Entidade Relacionamento

UML & Padrões. Aula 1 Apresentação. Profª Kelly Christine C. Silva

BANCO DE DADOS I. Prof. Antonio Miguel Faustini Zarth

Aula 3 Objeto atual com referencia THIS e Classes com Herança

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

O Processo de Engenharia de Requisitos

Especificação do Trabalho

A seguir são apresentadas as etapas metodológicas da Pesquisa CNT de Rodovias.

Banco de Dados. Modelo Entidade Relacionamento Estendido (ME-RX) Prof. Enzo Seraphim

Resolução da Prova de Raciocínio Lógico do TCE/SP, aplicada em 06/12/2015.

descreve relacionamentos entre objetos de dados; conduz à modelagem de dados; atributos de cada objeto => Descrição de Objetos de Dados;

Orientação a Objetos

Eventos independentes

RELACIONAMENTOS ENTRE CLASSES

Automatismos Industriais

AULA 2 Planos, Vistas e Temas

SISTEMAS OPERACIONAIS ABERTOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar

Texto. Visão da Unidade de Trabalho. 1 de 17

Disciplina Técnicas de Modelagem

Transcrição:

ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO BANCO DE DADOS I CONTEÚDO 4 GENERALIZAÇÃO E ENTIDADE ASSOCIATIVA Prof. Msc. Ricardo Antonello

Generalizaçao ou especialização Além de relacionamentos e atributos, propriedades podem ser atribuídas a entidades através do conceito de generalização/especialização. Através deste, conceito é possível atribuir propriedades particulares a um subconjunto das ocorrências (especializadas) de uma entidade genérica. O símbolo para representar generalização/especialização é um triângulo isósceles. Associada ao conceito de generalização/especialização está a ideia de herança de propriedades. Herdar propriedades significa que cada ocorrência da entidade especializada possui, além de suas próprias propriedades (atributos, relacionamentos e generalizações/especializações), também as propriedades da ocorrência da entidade genérica correspondente.

Generalizaçao ou especialização A generalização/especialização mostrada nesta figura expressa que a entidade CLIENTE é dividida em dois subconjuntos, as entidades PESSOA FÍSICA e PESSOA JURÍDICA cada um com propriedades próprias.

Generalizaçao ou especialização Em relação a imagem anterior, a entidade PESSOA FÍSICA possui, além de seus atributos particulares, CIC e sexo, também todas as propriedades da ocorrência da entidade CLIENTE correspondente, ou seja, os atributos nome e código, o seu identificador (atributo código), bem como o relacionamento com a entidade FILIAL. Resumindo, o diagrama expressa que toda pessoa física tem como atributos nome, código, CIC e sexo, é identificada pelo código e está obrigatoriamente relacionada a exatamente uma filial. Da mesma maneira, toda pessoa jurídica tem como atributos nome, código, CGC e tipo de organização, é identificada pelo código e está obrigatoriamente relacionada a exatamente uma filial.

Generalizaçao Total e Parcial A generalização/especialização pode ser classificada em dois tipos, total ou parcial, de acordo com a obrigatoriedade ou não de a uma ocorrência da entidade genérica corresponder uma ocorrência da entidade especializada. Em uma generalização/especialização total para cada ocorrência da entidade genérica existe sempre uma ocorrência em uma das entidades especializadas. Esse é o caso do exemplo da Figura a seguir, no qual a toda ocorrência da entidade CLIENTE corresponde uma ocorrência em uma das duas especializações.

Generalizaçao Total e Parcial

Generalizaçao Total e Parcial Em uma generalização/especialização parcial, nem toda ocorrência da entidade genérica possui uma ocorrência correspondente em uma entidade especializada. Esse é o caso do exemplo abaixo, no qual nem toda entidade FUNCIONÁRIO possui uma entidade correspondente em uma das duas especializações (nem todo o funcionário é motorista ou secretária). Esse tipo de generalização/especialização é simbolizado por um p conforme mostrado na figura.

Generalizaçao Total e Parcial

Generalizaçao Total e Parcial

Generalizaçao com multiplos níveis e Herança Multipla

Especializaçao Exclusiva Há autores que permitem também especializações não exclusivas. Um exemplo é mostrado na figura seguinte. Neste diagrama, considera-se o conjunto e pessoas vinculadas a uma universidade. Neste caso, a especialização não é exclusiva, já que a mesma pessoa pode aparecer em múltiplas especializações. Uma pessoa pode ser professor de um curso e ser aluno em outro curso, ou ser aluno de pós-graduação. Por outro lado, uma pessoa pode acumular o cargo de professor em tempo parcial com o cargo de funcionário, ou, até mesmo, ser professor de tempo parcial em dois departamentos diferentes, sendo portanto duas vezes professor. O principal problema que este tipo de generalização/especialização apresenta é que neste caso as entidades especializadas não podem herdar o identificador da entidade genérica. No caso, o identificador de pessoa não seria suficiente para identificar professores, já que uma pessoa pode ser múltiplas vezes professor.

Especializaçao Exclusiva No caso acima, usa-se o conceito de relacionamento, ao invés do conceito de generalização/especialização. O modelo deveria conter três relacionamentos, associando a entidade PESSOA com as entidades correspondentes a cada um dos papéis de PESSOA (PROFESSOR, FUNCIONÁRIO e ALUNO).

Entidade Associativa Suponha que seja necessário modificar este diagrama com a adição da informação de que, em cada consulta, um ou mais medicamentos podem ser prescritos ao paciente. Para tal, criar-se-ia uma nova entidade, MEDICAMENTO. A questão agora é: com que entidade existente deve estar relacionada a nova entidade? Se MEDICAMENTO fosse relacionado a MÉDICO, ter-se-ia apenas a informação de que médico prescreveu que medicamentos, faltando a informação do paciente que os teve prescritos. Por outro lado, se MEDICAMENTO fosse relacionado a PACIENTE, faltaria a informação do médico que prescreveu o medicamento.

Entidade Associativa Assim, deseja-se relacionar o medicamento à consulta, ou seja deseja-se relacionar uma entidade (MEDICAMENTO) a um relacionamento (CONSULTA), o que não está previsto na abordagem ER. Para tal, foi criado um conceito especial, o de entidade associativa. Uma entidade associativa nada mais é que a redefinição de um relacionamento, que passa a ser tratado como se fosse também uma entidade. Graficamente, isso é feito como mostrado na Figura a seguir. O retângulo desenhado ao redor do relacionamento CONSULTA indica que este relacionamento passa a ser visto como uma entidade (associativa, já que baseada em um relacionamento). Sendo CONSULTA também uma entidade, é possível associá-la através de relacionamentos a outras entidades, conforme mostra a figura.

Entidade Associativa

Esquema equivalente

Prof. Msc. Ricardo Antonello ricardo@antonello.com.br www.unoesc.edu.br DUVIDAS? Material adaptado da obra: HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 282 p