RELATÓRIO DE GESTÃO AMBIENTAL PCHV4A Nº



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Transcrição:

RELATÓRIO DE GESTÃO AMBIENTAL PCHV4A Nº 002 PCH VERDE 4A Curitiba, março de 2015. i

1. INTRODUÇÃO O presente Relatório de Gestão Ambiental da PCH Verde 4A tem por objetivo descrever o andamento dos planos e programas ambientais aprovados pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul - IMASUL, órgão responsável pelo licenciamento ambiental do empreendimento. O período de abrangência do Relatório é de setembro de 2014 a fevereiro de 2015. A LI Nº 021/2014 foi emitida em 16 de fevereiro de 2014 e tem validade de 3 anos. O presente Relatório é o segundo protocolado no IMASUL e refere-se ao período de setembro de 2014 a fevereiro de 2015, contemplando assim a periodicidade semestral exigida pelo IMASUL na LI Nº 021/2014. O primeiro Relatório de Gestão Ambiental da PCH Verde 4A foi protocolado no IMASUL no dia 02 de outubro de 2014, sob o número 23/167493/14. A Pequena Central Hidrelétrica PCH Verde 4A está localizada no rio Verde, entre os municípios de Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Camapuã, nas coordenadas latitude 19º52 28 S e longitude 53º22 07 W. O empreendimento terá 28 MW de potência instalada e uma área total de 1.897,18 hectares (ha), equivalente ao montante de área a ser ocupada pelo canteiro de obras, reservatório e sua Área de Preservação Permanente (APP). O detalhamento das ações desenvolvidas no período de setembro de 2014 a fevereiro de 2015 é descrito a seguir. 2. PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS 2.1 - Programa de Gerenciamento Ambiental Formular e implantar a Política de Meio Ambiente, de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional do empreendimento; 2

Acompanhar as atividades referentes à implementação do PBA e das condicionantes da LI; Identificar as dificuldades para sua execução do PBA e recomendar ações preventivas e corretivas que garantam o cumprimento do cronograma ambiental e a compatibilidade do cronograma de evolução das obras civis; Zelar pela qualidade técnica, científica e pela integridade processual dos serviços realizados pelas instituições e empresas contratadas para a execução dos planos e programas ambientais; Garantir que todos os serviços contratados para a execução dos planos e programas ambientais sejam executados dentro dos padrões legais exigidos pelos órgãos fiscalizadores e dentro do prazo estabelecido em cada cronograma; Estabelecer um canal estável de comunicação e informação entre o IMASUL e o EMPREENDEDOR de modo a atender as exigências do órgão ambiental com procedimentos técnicos e processuais previamente definidos; Garantir o adequado desenvolvimento dos planos e programas ambientais, em conformidade com os compromissos assumidos com o IMASUL e requisitos legais aplicáveis, de modo a obter a Licença de Operação LO em tempo hábil e compatível com o prazo contratual para o início da geração de energia elétrica pela PCH Verde 4A; Encaminhar ao IMASUL relatórios semestrais que informem o andamento dos planos e programas ambientais em execução. A Gestão Ambiental da PCH Verde 4A é uma ação que transpassa todas as demais atividades ambientais do empreendimento, pois requer planejamento, organização e acompanhamento de todos os Planos e Programas, além das atividades próprias da construção da obra. 3

No período de setembro de 2014 a fevereiro de 2015, foram executadas as campanhas de campo e gerados relatórios de cinco Programas Ambientais, a saber: - Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Comunidades Aquáticas; - Programa de Acompanhamento e Monitoramento da Fauna; - Programa de Resgate e Salvamento Arqueológico; - Programa de Monitoramento e Manejo de Espécies Hidrófitas; - Programa de Monitoramento e Conservação da Ictiofauna. As atividades de cada Programa citado são relatadas no decorrer do presente Relatório. No período foram encaminhados ao IMASUL ofícios do empreendedor para dar encaminhamento ao atendimento das condicionantes ambientais. Nos meses de setembro de 2014 a fevereiro de 2015 foram obtidas as autorizações ambientais para realizar os monitoramentos de fauna terrestre, ictiofauna, macrófitas aquáticas, qualidade da água e comunidades aquáticas. Com a emissão das Autorizações Ambientais as campanhas foram realizadas no mês de novembro de 2014 e fevereiro de 2015. Os relatórios da campanha de fevereiro de 2015 para ictiofauna e qualidade da água não estão concluídos, portanto serão enviados ao IMASUL no 3º Relatório de Gestão Ambiental. As atividades de campo desenvolvidas em novembro de 2014 e fevereiro de 2015 são mostradas nas fotos 2.1 a 2.8. 4

Foto 2.1: preparação dos equipamentos e materiais para monitoramento da qualidade da água e hidrossedimentométrico (2ª campanha fevereiro de 2015) Foto 2.2: preparação dos equipamentos e materiais para monitoramento da qualidade da água e hidrossedimentométrico (2ª campanha fevereiro de 2015) Foto 2.3: monitoramento da qualidade da água e hidrossedimentométrico (2ª campanha fevereiro de 2015) Foto 2.4: monitoramento da qualidade da água e hidrossedimentométrico (2ª campanha fevereiro de 2015) 5

Foto 2.5: Armadilha de queda (pitfall trap) utilizada durante o monitoramento da herpetofauna, em novembro de 2014 (1ª campanha) Foto 2.6: Observações de espécies no monitoramento da avifauna em novembro de 2014 (1ª campanha) Foto 2.7: Armadilha fotográfica (camera trap) utilizada durante o monitoramento da mastofauna não-voadora em novembro de 2014 (1ª campanha) Foto 2.8: Armadilha do tipo Sherman para pequenos mamíferos, utilizadas durante o monitoramento da mastofauna não-voadora, em novembro de 2014 (1ª campanha) 2.2 - Programa de Responsabilidade Socioambiental e Articulação Institucional 6

Otimizar e maximizar os impactos benéficos e minimizar os adversos, através de ações direcionadas à melhoria, suporte e manutenção de equipamentos de infraestrutura básica, como rede viária e sinalização, para que não haja deficiência no atendimento à população, que podem ser planejadas em parceria com os municípios de Água Clara, Camapuã e Ribas do Rio Pardo; Monitorar os principais pontos possíveis de estrangulamento na prestação de serviço públicos municipais para subsidiar a adoção de medidas preventivas, mitigadoras e/ou compensatórias; Priorizar a contratação de mão-de-obra e de comércio e serviços nos municípios de Água Clara, Camapuã e Ribas do Rio Pardo. O Programa de Responsabilidade Socioambiental e Articulação Institucional foi iniciado com a formação de parceria entre a PHOENIX GERAÇÃO DE ENERGIA S.A e a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos AGESUL, para realizar as melhorias necessárias no sistema viário de acesso ao canteiro de obras, sobretudo na MS 438. As melhorias na estrada foram efetuadas, porém a Phoenix Geração de Energia S.A desmobilizou a equipe que estava executando o trabalho nos acessos, removeu os contêineres que estavam alojados na área do canteiro de obra e não há mais intervenção sobre a área. Como não foi iniciada a construção da PCH Verde 4A, não há ainda montagem das estruturas de apoio no canteiro de obras e portanto não há contratação de mão de obra, por isso não há ações a serem relatadas do Programa. 2.3 - Programa de Indenização de Terras e Benfeitorias 7

Adquirir as áreas de terra necessárias para a implantação da PCH Verde 4A contemplando o canteiro de obras, reservatório e sua Área de Preservação Ambiental APP; Realizar a negociação das áreas de forma justa com cada proprietário das fazendas atingidas pelo empreendimento, priorizando a negociação amigável sempre que possível. A PCH Verde 4A, considerando sua área de reservatório, de APP e de Canteiro de Obras, atinge parcialmente a área de aproximadamente 35 matrículas. Ressalta-se que o número de matrículas pode sofrer variações em função de desmembramentos e criação de novas matrículas. Conforme apresentado no PBA aprovado pelo IMASUL, o processo de indenização que está sendo conduzido para obtenção das áreas necessárias à implantação do empreendimento pode ocorrer de duas maneiras: compra e venda consensual ou desapropriação. No período compreendido neste 2º Relatório de Gestão Ambiental, foram liberadas 456,9936 ha para implantação da PCH Verde 4A, o que corresponde a 24,09% da área total necessária para a usina (reservatório, APP e canteiro), e 100% da área necessária para o canteiro de obras. 2.4 - Programa de Controle da Supressão de Vegetação e de Limpeza do Reservatório Executar o desmate preferencialmente logo após o processo de indenização das áreas atingidas; Desmatar a área a ser alagada, observando critérios de saúde e segurança do trabalhador, evitando o excesso de nutrientes decorrentes da decomposição 8

da vegetação submersa e possibilitando a minimização dos efeitos negativos sobre a qualidade da água; Compatibilizar a remoção da vegetação visando o aproveitamento do material botânico existente nas áreas da obra e reservatório; Orientar a retirada da vegetação de modo a reduzir os impactos sobre a flora e a fauna; Propiciar o afugentamento da fauna ainda existente; Propiciar o aproveitamento econômico da matéria-prima florestal. Promover a desinfecção e limpeza das áreas atingidas que possam causar contaminação, como pocilgas, mangueiras para gado, etc, caso existam; Evitar riscos à navegação retirando todas as estruturas existentes nas propriedades e que serão atingidas pelo reservatório, além da vegetação; Obter e fazer a gestão dos documentos para transporte da madeira (Documento de Origem Florestal DOF). O Programa de Controle da Supressão de Vegetação e de Limpeza do Reservatório ainda não foi iniciado, portanto não houve supressão da vegetação. No que diz respeito à obtenção de licenças e autorizações, no dia 03 de dezembro de 2013 foi protocolado o pedido para obtenção da Autorização Ambiental para Supressão da Vegetação da Área do Reservatório, inscrita como processo Nº 23/107457/2013. Em atendimento ao pedido de complementação do processo autorizativo foi protocolado no IMASUL o documento Projeto Técnico de Manejo e Conservação do Solo e da Água na Área de Supressão da Vegetação Reservatório. A autorização ainda não foi emitida pelo IMASUL/SEMAC/MS. 2.5 - Programa de Compensação Ambiental 9

Atender a Resolução CONAMA nº 371/2006, e Decreto nº 6.848/2009 e legislação estadual que tratam da obrigatoriedade de investimentos financeiros na implantação ou melhorias de uma Unidade de Conservação, a título de medida compensatória. No dia 03 de fevereiro de 2014 foi assinado o Termo de Compromisso de Compensação Ambiental - TCCA Nº 004/2014, entre o IMASUL/SEMAC/MS e a PHOENIX GERAÇÃO DE ENERGIA S.A, em cumprimento às exigências legais afetas ao tema. O prazo de vigência do TCCA é de 36 meses. A pedido do IMASUL/SEMAC/MS em diversos ofícios, o valor será fracionado em ações diretas aplicadas nas estruturas da Unidade de Conservação Parque do Prosa, em Campo Grande, a fim de executar melhorias nas edificações e benfeitorias do Parque. Dentre as medidas desenvolvidas no Parque do Prosa, em atendimento às solicitações do IMASUL/SEMAC/MS, foram executadas cercas, gaiola, reforma, recinto para recuperação e drenagem no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres CRAS. Também houve aplicação de recursos no Centro de Apoio à Quarentena do Aquário do Pantanal. 2.6 - Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Comunidades Aquáticas Caracterizar as condições de qualidade da água e limnológicas no trecho do rio Verde na área do futuro reservatório, a montante e a jusante deste; Acompanhar a qualidade da água na fase de construção, de enchimento do reservatório e de operação do empreendimento; Avaliar as condições tróficas do futuro reservatório; 10

Reunir informações acerca das alterações produzidas pela PCH Verde 4A na qualidade da água, nas comunidades fitoplanctônicas, zooplanctônicas e bentônicas; Fornecer subsídios para manejo, conservação e usos múltiplos das águas do reservatório. O Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e de Comunidades Aquáticas teve suas atividades de campo iniciadas em novembro de 2014, sendo que no dia 27 foi realizada a 1ª campanha de campo e no dia 24 de fevereiro de 2015 a segunda, respeitando-se assim a trimestralidade. Como já mencionado a Autorização Ambiental Autorização Ambiental Nº 035/2014 foi emitida pelo IMASUL no dia 26 de novembro de 2014, com validade até 31 de março de 2017. Foram definidos três pontos de monitoramento, a saber: AM1 (montante), AM2 (Reservatório) e AM3 (jusante), conforme apresentado na tabela a seguir. Pontos de Monitoramento PCH Verde 4A Pontos Descrição Coordenadas geográficas AM01 AM02 AM03 Rio Verde, a montante do futuro reservatório da PCH Verde 4A Rio Verde, área central do futuro reservatório da PCH Verde 4A Rio Verde, a jusante da casa de força da PCH Verde 4A 19 44 23,92 S 53 27 7,94 O 19 49 40,06 S 53 23 13,71 O 19 52 50,55 S 53 21 44,23 O Para a avaliação da qualidade das águas superficiais e comunidades aquáticas, todos os procedimentos de coletas, preservação, armazenamento e transportes de amostras foram realizados de acordo com o que prescreve o Guia de Coleta e Preservação de Amostras de Água (CETESB 1988), NBR 13895 11

(ABNT 1997), Tabela 1060 I - Summary of Special Sampling and Handling Requirements do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 22nd ed (APHA, AWWA, WEF 2012) e o Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras de Água, Sedimento, Comunidades Aquáticas e Efluentes Líquidos (ANA 2011). Os resultados das análises são comparados com os parâmetrose limites estabelecidos pela Resolução CONAMA Nº 357/2005 e da Deliberação CECA/MS nº 36/2012. Foram analisados diversos parâmetros físico-químicos, plâncton (Fitoplâncton e Zooplâncton), macroinvertebrados bentônicos, descarga líquida e sólida (hidrossedimentométrico). Os parâmetros são os seguintes: Parâmetros Físicos, Químicos e Microbiológicos das Águas Superficiais Temperatura Transparência da Água Cor Verdadeira Turbidez Sólidos Dissolvidos, Suspensos e Totais Sólidos Sedimentáveis ph (Potencial Hidrogeniônico) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5,20 ) e Demanda Química de Oxigênio (DQO) Oxigênio Dissolvido (OD) Fósforo Total (como P) Ortofosfato (como PO 4 ) Série Nitrogenada Clorofila a Alcalinidade Total Cloreto Condutividade Elétrica Dureza Total Óleos e Graxas Totais Coliformes Totais Coliformes Termotolerantes (Escherichia coli) Índice de Qualidade da Água (IQA CETESB ) Índice do Estado Trófico para o Fósforo (IET-PT) COMUNIDADES AQUÁTICAS 12

Plâncton (Fitoplâncton e Zooplâncton) Macroinvertebrados Bentônicos (Bentos) HIDROSSEDIMENTOLOGIA Medição da Descarga Líquida Medição da Descarga Sólida (Sedimentos em Suspensão e Sedimentos de Leito) A campanha realizada em novembro de 2014 (a primeira da séria de monitoramento) foi classificada como de período sazonal intermediário com ocorrência de chuvas, uma vez que o rio não estava cheio na ocasião da coleta e no dia anterior à campanha ocorreram chuvas. Contudo neste relatório, para efeito de discussão dos resultados, essa campanha foi considerada como de período sazonal seco. A Tabela a seguir apresenta um comparativo dos resultados das análises físicas, químicas e microbiológicas da qualidade das águas superficiais em campanha realizada em novembro de 2014, em três pontos de monitoramento dos recursos hídricos localizados dentro da área de influência direta da PCH Verde 4A. Também são apresentados os padrões para águas doces de classe 2 estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/05, Artigo 15 e Deliberação CECA/MS nº 36/2012, Artigo 16. Comparativo dos resultados das análises físicas, químicas e biológicas da qualidade das águas superficiais da campanha (novembro de 2014). Parâmetros Unidades VMP CONAMA 357 Art. 15 e CECA/MS 36 Art. 16 Classe 2 Campanha 1 Novembro de 2014 AM01-4592- 14 AM02-4593- 14 AM03-4594- 14 Data da coleta dd/mm/aa - 27/11/2014 27/11/2014 27/11/2014 Hora da coleta hora - 12:00 17:45 16:35 Data da entrada no lab. dd/mm/aa - 28/11/2014 28/11/2014 28/11/2014 Hora da entrada no lab. hora - 08:00 08:00 08:00 Temperatura ambiente C - 35 26 29 Temperatura da amostra C - 25 25 25 Transparência cm - 40 40 40 Alcalinidade total mg/l - 11,9 12,9 12,9 Cloreto mg/l 250 1,88 2,09 2,23 Clorofila a µg/l 30 < 1,0 < 1,0 < 1,0 13

Parâmetros Unidades VMP CONAMA 357 Art. 15 e CECA/MS 36 Art. 16 Classe 2 Campanha 1 Novembro de 2014 AM01-4592- 14 AM02-4593- 14 AM03-4594- 14 Condutividade elétrica µs/cm - 20,8 20,8 21,3 Cor verdadeira mg/l 75 26 25 31 DBO (5,20) mg/l 5 3 2,6 3,5 DQO mg/l - 6,4 5,8 6,7 Dureza total mg/l - 15,7 12,6 13,7 Fósforo total (como P) mg/l 0,1 0,07 0,06 0,07 Nitrato (como N) mg/l 10 < 0,1 < 0,1 < 0,1 Nitrito (como N) mg/l 1 < 0,02 < 0,02 < 0,02 Nitrogênio amoniacal total mg/l 3,7 mg N/L, para ph 7,5 < 0,1 < 0,1 < 0,1 Nitrogênio orgânico mg/l - 0,49 0,55 0,55 Nitrogênio total Kjeldahl mg/l - 0,49 0,55 0,55 Nitrogênio total mg/l - 0,49 0,55 0,55 Óleos e graxas totais mg/l Virtualmente ausentes Virtualmente ausentes Virtualmente ausentes Virtualmente ausentes Ortofosfato (como PO 4) mg/l - 0,15 0,08 0,09 Oxigênio dissolvido mg/l 5 6,4 6,3 6,3 ph - 6 a 9 7,18 7,3 7,28 Sólidos sedimentáveis ml/l - < 0,1 < 0,1 < 0,1 Sólidos dissolvidos totais mg/l 500 42 42 51 Sólidos suspensos totais mg/l - 28 29 36 Sólidos totais mg/l - 70 71 87 Turbidez UNT 100 21,4 22,2 33 Coliformes totais NMP/100mL - 24000 24000 17000 Coliformes termotolerantes (E. coli) NMP/100mL - 3200 4100 1600 Em linhas gerais os parâmetros de qualidade da água avaliados no rio Verde na campanha realizada em novembro de 2014, fase Rio da PCH Verde 4A, atenderam aos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357 e Deliberação CECA/MS nº 36 para águas doces de classe 2, com exceção de Escherichia coli. A classificação obtida da aplicação do Índice de Qualidade da Água (IQACETESB) foi de água de qualidade BOA nos três pontos de monitoramento. 14

Já a classificação do estado trófico de acordo com o Índice de Estado Trófico (IET) foi de Mesotrófico nos três pontos de monitoramento. Sendo assim, pode-se concluir com base na campanha de monitoramento realizada em novembro de 2014, que o atual status quo do rio Verde, na fase Rio da PCH Verde 4A é de ambientalmente preservado, com a qualidade da água na área de influência do empreendimento classificada como Boa. O único parâmetro que ficou fora dos limites legais foi Escherichia coli. As demais campanhas poderão elucidar o motivo da discrepância entre o parâmetro e os limites legais existentes. Com relação aos organismos aquáticos, a comunidade fitoplanctônica apresentou baixa riqueza (número de espécies) com valores 3, 4 e 6 espécies nos pontos AM01, AM02 e AM03, respectivamente, e com apenas três famílias representadas Zygnemaphyceae, Bacillarophyceae e Cyanophyceae (Cyanobacteria). A comunidade fitoplanctônica foi representada principalmente por representantes das famílias Zygnemaphyceae e Bacillarophyceae. Estas famílias são comuns e as mais frequentes e abundantes em sistemas lóticos. A comunidade zooplanctônica não foi registrada, mostrando que o sistema não tem capacidade de suporte para estes organismos. A turbulência promovida pelo sistema é maior que a capacidade do zooplâncton em manter e desenvolver suas populações. Quanto aos macroinvertebrados bentônicos foram registrados 252 org/m² nos três pontos amostrais, distribuídos em 10 táxons. Os táxons dominantes foram a Classe Oligochaeta e a família Baetidae, sendo que Oligochaeta foi o único táxon presente em todos os pontos amostrados. Considerando os táxons registrados, a maior diversidade foi encontrada no ponto AM02 (H : 1,55, J : 0.96), seguido pelo ponto AM01 (H : 1.53, J : 0.85) e ponto AM03 (H : 1.21, J : 0.88). Para o monitoramento hidrossedimentométrico utilizam-se dois pontos de amostragem: o AM01 (montante) e o AM03 (jusante). 15

As Tabelas a seguir apresentam o resumo dos resultados das medições hidrossedimentométricas, respectivamente, para as seções de monitoramento AM01 e AM03. Hidrossedimentometria da seção de monitoramento AM01. Data Descarga líquida Descarga sólida em suspensão (ton/dia) Descarga sólida de arrasto e saltação (ton/dia) Descarga sólida total (ton/dia) Produção de sedimentos (t/(km².ano)) 27/11/14 79,739 3.528,78 2.361,99 5.890,77 480,27 Hidrossedimentometria da seção de monitoramento AM03. Data Descarga líquida Descarga sólida em suspensão (ton/dia) Descarga sólida de arrasto e saltação (ton/dia) Descarga sólida total (ton/dia) Produção de sedimentos (t/(km².ano)) 27/11/14 137,942 6.810,41 4.495,65 11.306,06 662,22 Verifica-se que, tanto na seção de medição AM01 quanto na seção AM03, a produção é classificada como alta. Entretanto, salienta-se que as medições e coletas realizadas nas seções AM01 e AM03 ocorreram após a ocorrência de chuvas da região. Verifica-se também que os valores de vazão medida obtidos, quando comparados com os valores das vazões características estimados para as seções de monitoramento, são elevados, indicando que as medições foram realizadas sob a influência de onda de cheia. Esta onda de cheia afeta, diretamente, tanto a descarga líquida quanto as descargas sólidas. Por fim, importante ressaltar que, em atendimento à trimestralidade exigida na LI 021/2014, no dia no dia 24 de fevereiro de 2015 realizou-se a segunda campanha do Programa, cujo Relatório Técnico será enviado ao IMASUL no 3º Relatório de Gestão Ambiental da PCH Verde 4A. 2.7 - Programa de Monitoramento e Acompanhamento da Fauna Inventariar quali-quantitativamente a fauna existente na Área de Influência Direta da PCH; 16

Monitorar a fauna registrada para a área do empreendimento antes, durante e após o enchimento do reservatório, garantindo um banco de dados a fim de auxiliar nas diferentes estratégias de manejo da fauna silvestre ocorrente na região de inserção do empreendimento. O Programa de Monitoramento e Acompanhamento da Fauna teve suas atividades de campo iniciadas no período de 26 de novembro a 04 de dezembro de 2014, quando se realizou a 1ª campanha de campo e no período de 19 a 24 de fevereiro de 2015 a segunda, respeitando-se assim a trimestralidade. Como já mencionado a Autorização Ambiental Autorização Ambiental Nº 033/2014 foi emitida pelo IMASUL no dia 15 de outubro de 2014, com validade até fevereiro de 2017. Foram amostrados a herpetofauna, mastofauna e avifauna, sendo que para cada grupamento foram usadas diferentes técnicas para coleta e registro dos indivíduos. Herpetofauna 1ª Campanha novembro 2014 Para herpetofauna, durante a 1ª campanha foram registradas 26 espécies, sendo 21 anfíbios e cinco répteis (três lagartos, uma serpente e um crocodiliano), distribuídas em três ordens e oito famílias. Para os anfíbios as famílias Hylidae e Leptodactylidae, ambas com nove espécies (somando aproximadamente 86% das espécies de anfíbios registradas), foram as mais representativas, seguidas pelas famílias Microhylidae com 10% (n=2) e Bufonidae com 5% (n=1). A espécie de anfíbio mais abundante durante a campanha foi a perereca Dendropsophus nanus, com 29 indivíduos (representando cerca de 12% dos indivíduos de anfíbios registrados), esta espécie é comum em áreas abertas, sendo abundante em brejos e campos úmidos, e durante a campanha foram 17

registrados indivíduos em atividade reprodutiva (vocalizando) em todas as áreas amostrais. Os répteis registrados durante a campanha foram representados pela ordem Squamata (lagartos e serpentes) e Crocodilia (jacarés), sendo que a família Teiidae, com duas espécies, foi a mais representativa, com 40% dos répteis registrados. A espécie com maior abundância relativa durante o monitoramento foi o lagarto Ameiva ameiva. Esta espécie foi registrada durante a realização dos transectos diurnos em trilhas e estradas, sendo comum em bordas de matas, clareiras no interior de matas, e em áreas alteradas pela ação do homem, como roçados, quintais e jardins. Possui hábito terrestre, é uma espécie diurna e heliófila, ativa nas horas mais quentes do dia. A reprodução ocorre praticamente durante todo o ano, sendo que durante a estação seca há uma redução na atividade reprodutiva de machos e fêmeas. Durante a 1ª campanha não foi registrada nenhuma espécie de herpetofauna ameaçada de extinção de acordo com as listas atuais, tanto nacional quanto internacional (MMA, 2014; IUCN, 2014). Entretanto, duas espécies encontram-se listadas no apêndice II da Cites (que lista espécies que não estão ameaçadas no momento, mas que podem vir a ficar se seu comércio não for controlado), o teiú (Salvator merianae) e o jacaré-paguá (Paleosuchus palpebrosus). 2ª Campanha fevereiro 2015 A 2ª campanha do Programa ocorreu nos dias 19 a 24 de fevereiro de 2015. Durante a campanha foram registradas 21 espécies, sendo 16 anfíbios e cinco répteis (três lagartos e duas serpentes), distribuídas em duas ordens e oito famílias. Para os anfíbios as famílias Hylidae e Leptodactylidae, ambas com sete espécies (somando aproximadamente 88% das espécies de anfíbios registradas), foram as mais representativas, seguidas pelas famílias Microhylidae com 6% (n=1) e Bufonidae com 6% (n=1). 18

Os répteis registrados durante a campanha foram representados somente pela ordem Squamata (lagartos e serpentes), sendo a família Teiidae a mais representativa durante a campanha, com duas espécies, 40% dos répteis registrados. As demais famílias, Dipsadidae, Gekkonidae e Typhlopidae, foram representadas por uma única espécie cada uma. A espécie de anfíbio mais abundante durante a campanha foi a perereca Dendropsophus nanus, com 49 indivíduos (representando cerca de 22% dos indivíduos de anfíbios registrados). Para os répteis, a espécie com maior abundância relativa durante o monitoramento foi o lagarto Ameiva ameiva. Durante a campanha de fevereiro de 2015 houve o acréscimo de quatro novos registros para a área da PCH Verde 4A, a perereca Hypsiboas punctatus, a rã Pseudis platensis e as serpentes Helicops modestus e Typhlops brongersmianus, totalizando 30 espécies da herpetofauna para o monitoramento. Durante a campanha não foi registrada nenhuma espécie ameaçada de extinção de acordo com as listas atuais, tanto nacional quanto internacional (MMA, 2014; IUCN, 2014). Entretanto, uma espécie encontra-se listada no apêndice II da Cites (que lista espécies que não estão ameaçadas no momento, mas que podem vir a ficar se seu comércio não for controlado), o teiú (Salvator merianae). Também foi registrada para a área de estudo a ocorrência de uma espécie exótica, a lagartixa-de-parede (Hemidactylus mabouia). Avifauna 1ª Campanha novembro 2014 Durante a campanha de monitoramento da avifauna foram registradas 114 espécies. Destas, derivam-se 22 ordens, dentre estas a dos Passeriformes é mais representativa com 45% (n=51) das espécies registradas. Destas 22 ordens derivam-se 40 famílias, com 24 famílias representadas pelos indivíduos nãopasseriformes (60%) e 16 famílias passeriformes (40%). Das espécies registradas na 1ª campanha 19% (n=62) habitam áreas antropizadas, 18% (n=59) ambientes florestados, 15% (n=50) florestas de galeria, 19

12% (n=38) campos, 11% (n=35) matas ciliares, 9% (n=30) Cerrado, 7% (n=24) pastagens cultivadas, 5% (n=16) brejos e nascentes e 4% (n=13) ambientes aquáticos. Lembrando que uma mesma espécie pode usufruir de vários ambientes concomitantemente. Duas espécies registradas nesta campanha estão listadas como quaseameaçadas de extinção, de acordo com a IUCN (2014) sendo elas: - a ema (Rhea americana), que encontra no norte do estado do Mato Grosso o limite de sua distribuição geográfica, sendo ali barrada pela floresta Amazônica, pois é uma espécie típica de formações abertas, tais como o cerrado e os campos. Muitas vezes observada em meio aos pastos e lavouras de soja, onde busca alimento. O pisoteio que causam na lavoura, associado ao hábito de arrancarem as plântulas, fazem com que sejam perseguidas pelos fazendeiros em algumas regiões. O uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura, os constantes incêndios provocados pelo homem e a perseguição por cães domésticos também constituem ameaças à espécie; - o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) que é endêmico do Brasil e ave típica das regiões secas e centrais do país, Cerrado e Caatinga. A captura para o comércio ilegal e a redução dos cerrados e cerradões são as principais causas de sua diminuição. 2ª Campanha fevereiro 2015 2015. A 2ª campanha do Programa ocorreu nos dias 19 a 24 de fevereiro de Durante esta campanha de monitoramento da avifauna foram registradas 102 espécies. Destas, derivam-se 23 ordens, dentre estas a dos Passeriformes é mais representativa com 40% (n=41) das espécies registradas. Destas 23 ordens derivam-se 42 famílias, com 26 famílias representadas pelos indivíduos nãopasseriformes (62%) e 16 famílias passeriformes (38%). Das áreas amostrais, a área a jusante do reservatório (JU) obteve a maior riqueza de espécies nesta campanha, com 69 espécies registradas e abundância de 180 indivíduos. Em seguida vem a área a montante do reservatório (MO) com 20

66 espécies e 218 indivíduos e logo após a área do reservatório (RE) com 63 espécies e 197 indivíduos. Conforme demonstrado no Relatório, 16% (n=26) das espécies registradas habitam ambientes florestados, 15% (n=24) áreas antropizadas, 14% (n=22) florestas de galeria e campos, 13% (n=21) Cerrado, 9% (n=14) matas ciliares 8% (n=12) pastagens cultivadas, 7% (n=11) brejos e nascentes e 4% (n=7) ambientes aquáticos. Novamente foram registradas as mesmas duas espécies listadas como quase-ameaçadas de extinção, de acordo com a IUCN (2014) sendo elas: a ema (Rhea americana) e o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops). Mastofauna 1ª Campanha novembro 2014 Foram registradas 10 espécies de mamíferos não-voadores, distribuídas em sete ordens e 10 famílias. Destas, três foram registradas por avistamento e duas por armadilha fotográfica, as demais foram registradas somente por vestígios. As guildas tróficas encontradas na área de influência da PCH Verde 4A durante o 1º monitoramento da mastofauna estão representadas por frugívoros (35%), onívoros (29%); herbívoros (18%) e insetívoros (18%), sendo que algumas espécies apresentam sobreposição de guildas. Dentre os mamíferos registrados, três encontram-se classificados em alguma categoria de ameaça internacional (IUCN, 2014) e/ou nacional (MMA, 2014): o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e a anta (Tapirus terrestris), que estão inseridos na categoria Vulnerável tanto na lista da IUCN quanto do MMA, e o macaco-prego (Sapajus cay), que encontra-se como Vulnerável de acordo com o MMA. Durante a campanha não foram registradas espécies endêmicas ou exóticas. A partir dos dados compilados sobre uso do hábitat e ocorrência, pode-se dizer que a maioria das espécies de mamíferos registradas é de ampla distribuição 21

geográfica e que elas não apresentam especificidades quanto a algum tipo de fitofisionomia. 2ª Campanha fevereiro 2015 Durante a campanha de monitoramento, realizada entre os dias 19 e 24 de fevereiro de 2015. Foram registradas 14 espécies de mamíferos não-voadores, distribuídas em oito ordens e 12 famílias. Destas, seis foram registradas por avistamento, quatro por vestígios, duas por captura em armadilhas, duas por armadilha fotográfica, avistamento e vestígios, e uma por armadilha fotográfica e vestígios. As espécies da mastofauna mais abundantes durante a campanha foram a anta (Tapirus terrestris) com oito indivíduos registrados, o macaco-prego (Sapajus cay) com seis indivíduos e o lobinho (Cerdocyon thous) com quatro registros. As guildas tróficas encontradas na área de influência da PCH Verde 4A durante o monitoramento da mastofauna estão representadas por frugívoros (36%), onívoros (28%); herbívoros (16%), insetívoros (12%) e mirmecófogos (8%), sendo que algumas espécies apresentam sobreposição de guildas. Durante a campanha houve o acréscimo de 07 novos registros para a área da PCH Verde 4A, os marsupiais Didelphis albiventris e Marmosa murina, o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), o tatu-do-rabo-mole (Cabassous unicinctus), o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), a irara (Eira barbara) e o rato-d água (Nectomys squamipes), totalizando 16 espécies da mastofauna registradas até o momento durante o monitoramento. Dentre os mamíferos registrados, três encontram-se classificados em alguma categoria de ameaça internacional (IUCN, 2014) e/ou nacional (MMA, 2014): o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e a anta (Tapirus terrestris), que estão inseridos na categoria Vulnerável tanto na lista da IUCN quanto do MMA, e o macaco-prego (Sapajus cay), que encontra-se como Vulnerável de acordo com o MMA. Durante a campanha não foram registradas espécies endêmicas ou exóticas. 22

2.8 - Programa de Resgate e Manejo da Fauna Realizar o afugentamento e o resgate de animais silvestres, principalmente os de baixa mobilidade, durante as fases de supressão da vegetação e de enchimento do reservatório; Controlar a dispersão de animais peçonhentos na região do empreendimento e na sua área de influência direta; Capturar exemplares que estejam inseridos em áreas de risco; Priorizar o resgate de espécies raras e que estejam ameaçados de extinção; Realizar a triagem da fauna silvestre que sirva de apoio aos trabalhos de levantamento, monitoramento e resgate da fauna. A construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, assim como não foi iniciada a supressão da vegetação. Portanto, o Programa de Resgate e Manejo da Fauna não está em execução e não há relatos a serem feitos. 2.9 - Programa de Salvamento da Flora Planejar, fiscalizar e ordenar os processos de supressão da vegetação para a implantação do canteiro de obras, das obras civis e para a formação do reservatório, de forma a evitar a degradação em locais que não são requisitados para supressão da vegetação, além de proteger a flora nos locais próximos às frentes de trabalho; Estabelecer normas de controle ambiental a serem cumpridas pelos seus contratados para a execução de qualquer atividade que envolva a necessidade de desmatamento; 23

Identificar áreas florestadas dentro do limite do canteiro de obras que possam ser preservadas; Manter ao máximo as áreas remanescentes de vegetação natural intactas, minimizando o impacto sobre os ecossistemas locais; Racionalizar a supressão da vegetação ao que seja estritamente necessário, com reflexos positivos sobre as comunidades de flora e fauna, além da própria estabilidade do solo. No período de abrangência desse Relatório o Programa de Salvamento da Flora ainda não foi iniciado, pois a supressão da vegetação não foi iniciada. 2.10 - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas Identificar e diagnosticar os locais mais vulneráveis à degradação ambiental dentro da área diretamente afetada (áreas críticas); Minimizar os efeitos da implementação das estruturas da obra sobre a paisagem local, mediante a prevenção e o controle dos processos de degradação durante a construção; Reconstituir as áreas degradadas com vegetação nativa, após o reafeiçoamento topográfico das mesmas; Auxiliar no planejamento de diretrizes e critérios visando a adoção de medidas preventivas destinadas ao ordenamento da construção nos processos de limpeza do terreno, remoção do solo orgânico, execução de cortes e aterros, implementação de áreas de empréstimo e bota-fora e disposição final dos rejeitos sólidos e efluentes sanitários gerados pela obra. 24

No período de abrangência desse Relatório o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas ainda não foi iniciado, pois não há intervenção topográfica, escavações ou construção de edificações na área do canteiro de obras. No estágio atual não há demanda para a implementação de ação de recuperação ambiental. 2.11 - Programa de Reflorestamento da Faixa de Preservação Permanente (APP) Recuperar, incrementar e conservar a vegetação da Área de Preservação Permanente - APP, de forma a proporcionar a manutenção ou melhoria das condições ambientais da vegetação nativa, bem como afastar das margens do reservatório atividades antrópicas; Reduzir o transporte de solo pela água, contribuindo para a manutenção e melhoria das suas condições; Proporcionar a manutenção e/ou criação de ambientes próprios ao refúgio e desenvolvimento de peixes e outros animais, incluindo-se os terrestres; No período de abrangência desse Relatório o Programa de Reflorestamento da Faixa de Preservação Permanente (APP) não foi iniciado. As áreas de inundação e de formação da APP estão sendo adquiridas e no decorrer da construção da PCH serão iniciados os plantios nas áreas, com a especificação de mudas, espécies, espaçamento e tratos culturais detalhados no Projeto Básico Ambiental PBA. 2.12 - Programa de Prevenção e Controle de Erosão e Assoreamento do Reservatório Avaliar as condições de estabilidade das margens do reservatório a ser formado, em face à implantação e operação da PCH Verde 4A; 25

Identificar e monitorar as áreas de risco de ocorrência de escorregamentos visando detectar locais com formação de sulcos ou fraturas no solo; Desenvolver um sistema de monitoramento da estabilidade das encostas ao longo das áreas envolvidas com o empreendimento, durante sua implantação e início da operação; Executar medidas preventivas e/ou corretivas nos locais propensos à instabilização de encostas. A construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, e por não haver intervenções construtivas na área do empreendimento o Programa não foi iniciado. 2.13 - Programa de Educação Ambiental Divulgar o conhecimento científico e tecnológico sobre as questões ambientais, que permita ao público alvo o entendimento das ações necessárias à proteção da natureza e dos recursos naturais da região; Destacar a importância da energia elétrica no cotidiano e, deste modo, as ações que devem ser inseridas no dia a dia para gerar seu uso racional; Divulgar as medidas de mitigação, proteção e compensação previstas para os impactos advindos da implantação do empreendimento; Viabilizar a troca de informações entre população local e os agentes da obra, sobre a biodiversidade vegetal e animal existente no rio Verde e seus afluentes; Educar e conscientizar o público alvo quanto ao uso permitido do rio e do reservatório para lazer e pesca; Difundir questões de saúde e segurança do trabalho. 26

A construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, e por não haver intervenções construtivas na área do empreendimento e também não haver trabalhadores mobilizados para a construção o Programa não foi iniciado. 2.14 - Programa de Segurança e Higiene do Trabalho Adotar política de segurança no trabalho visando atenuar ou mesmo eliminar os potenciais riscos de acidentes de trabalho durante a construção e operação da PCH Verde 4A; Otimizar as condições ambientais salubres no local de trabalho; Atender à legislação pertinente e às normas processuais (NBR s e outras). A construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, e por não haver intervenções construtivas na área do empreendimento e também não haver trabalhadores mobilizados para a construção o Programa não foi iniciado. 2.15 - Programa de Divulgação e Informação Esclarecer a população residente ou que exerce atividades próximas ao empreendimento, representantes do Poder Público e demais instituições interessadas sobre os aspectos da implementação do empreendimento (dados técnicos, licenciamento, andamentos dos estudos e programas); Identificar os principais anseios e dúvidas da população referentes à implementação do empreendimento; Estabelecer procedimento no qual o empreendimento receba e responda as dúvidas, questionamentos, críticas e demais manifestações da sociedade à PCH Verde 4A; 27

Definir os meios de comunicação mais apropriados para divulgação de informações por assunto específico e grau de detalhamento proposto; Promover reuniões e outros mecanismos de participação para a divulgação de informações sobre a legislação, o empreendimento, os estudos ambientais, assim como o andamento dos trabalhos; Criar um canal único de informação, de caráter oficial. A construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, e por não haver intervenções construtivas na área do empreendimento e também não haver trabalhadores mobilizados para a construção o Programa não foi iniciado. 2.16 - Programa de Resgate e Salvamento Arqueológico Promover a identificação e delimitação de sítios arqueológicos, que serão afetados pelo empreendimento; Elaborar a documentação e, conforme as características e o posicionamento das áreas, realizar o resgate dos materiais arqueológicos encontrados, previamente à liberação dos locais de intervenção para implantação de canteiros e construções, de melhoria da infraestrutura viária e das áreas do reservatório; Monitorar o patrimônio arqueológico em paralelo à execução da obra, buscando a caracterização de vestígios e de novos sítios nas diferentes fases de construção da usina hidrelétrica; Mitigar os impactos da obra civil e da inundação de sítios arqueológicos, mediante identificação e prospecção do material registrado; Realizar educação patrimonial. 28

Está contratada a empresa responsável pela execução do Programa, sendo selecionada a AMBIENTE CULTURAL Projetos, Consultoria e Perícias Ltda, tendo como arqueólogo responsável o Prof. Dr. Gilson Rodolfo Martins, profissional com larga experiência em arqueologia sul mato-grossense. No dia 11 de setembro de 2014 foi protocolado na Superintendência do MS do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN o Projeto intitulado Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial da PCH Verde 4A, Municípios de Água Clara, Ribas do Rio Pardo e Camapuã, MS. No dia 09 de fevereiro de 2015 foi publicado no Diário Oficial da União a Portaria Autorizativa IPHAN Nº 08/2015, que autoriza a execução do Programa. 2.17 - Programa de Resgate e Salvamento da Vegetação na Área Diretamente Afetada Conservar os recursos florísticos da região através da relocação de espécimes vegetais, coleta de sementes para produção de mudas e do registro da ocorrência das espécies locais; Propiciar a conservação dos recursos florísticos regionais a fim de manter o equilíbrio ecológico dos ecossistemas locais. A construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, e por não haver intervenções construtivas na área do empreendimento e também não haver trabalhadores mobilizados para a construção o Programa não foi iniciado. 2.18 - Programa de Monitoramento e Manejo de Espécies Hidrófitas 29

Estudar as interferências causadas nesse tipo de flora aquática do rio Verde no decorrer do período de operação da PCH Verde 4A, visando o desenvolvimento e aplicação de estratégias que permitam o estabelecimento do equilíbrio do sistema; Impedir a proliferação descontrolada de espécies que possam colocar em risco a integridade do reservatório e o uso múltiplo dos recursos hídricos. O Programa de Monitoramento e Manejo de Espécies Hidrófitas teve suas atividades de campo iniciadas no período de 26 de novembro a 04 de dezembro de 2014, quando se realizou a 1ª campanha de campo e no período de 19 a 24 de fevereiro de 2015 a segunda, respeitando-se assim a trimestralidade. 1ª Campanha novembro 2014 Na área de influência do empreendimento foram determinadas por semelhança, três áreas amostrais que contemplam as principais fitofisionomias locais. A seleção dos pontos de amostragem foi delimitada no intuito de amostrar representativamente as macrófitas aquáticas em três grandes sítios chave para o monitoramento: 1) a montante do futuro reservatório da PCH Verde 4A, 2) na região do futuro reservatório, e 3) a jusante da região do reservatório. Dentro de cada uma dessas grandes áreas amostrais MO Montante, RE- Reservatório e JU - Jusante, foram distribuídas as parcelas para o monitoramento das macrófitas aquáticas. A escolha das parcelas levou em consideração a presença de campos úmidos e brejos, remansos, regiões com maior aporte de nutrientes, corredeiras e corpos d água associados ao rio Verde. A amostragem através do método das parcelas se dá utilizando um quadrado de 1m² (1,00m X 1,00m) de área confeccionado com canos de PVC rígido, onde cada quadrado constitui uma unidade. A densidade de cada espécie nas parcelas é obtida através de estimativa visual do percentual de cobertura. Devido ao intenso período de chuvas, o rio Verde encontrava-se acima do nível durante a 1ª campanha de monitoramento de espécies higrófitas na área da 30

PCH Verde 4A, impossibilitando o registro de espécies ao longo do curso do rio, de modo que as espécies registradas foram encontradas em áreas no entorno do rio, em regiões que são consideradas, locais-fonte de diásporos e propágulos de espécies potencialmente invasoras. No período correspondente a esta campanha, foi registrada a presença de 15 espécies, distribuídas em seis famílias e nove gêneros. A família Cyperaceae foi a mais representativa em número de espécies (46,6%; n=7), seguida de Onagraceae (20%, n=3) e Alismataceae (13,3%, n=2), seguidas pelas demais famílias (Marantaceae, Polygonaceae e Pontederiaceae), com uma espécie cada (6,66%; n=1). Através dos dados obtidos em campo e de dados disponíveis para a área, nota-se uma comunidade de macrófitas aquáticas potencialmente rica em espécies, inclusive com espécies consideradas espécies-chave para o ecossistema aquático local. Por outro lado, foram encontradas espécies potencialmente invasoras, as quais fazem parte do poll de espécies aquáticas da região e certamente irão compor a flora do futuro reservatório da PCH Verde 4A, dessa forma, é necessária atenção especial para essas espécies. Até o momento as espécies que merecem atenção na área de influência da PCH Verde 4A são: Eleocharis minima, Cyperus gardneri e Oxycaryum cubense, espécies consideradas altamente infestantes e potencialmente danosas à geração de energia. 2ª Campanha fevereiro 2015 A campanha foi realizada nos dias 19 e 24 de fevereiro de 2015. No período correspondente a esta campanha, foi registrada a presença de 31 espécies, distribuídas em 13 famílias e 19 gêneros. A família Cyperaceae foi a mais representativa em número de espécies (41,9%; n=13), seguida de Onagraceae (12,9%, n=4) e Alismataceae (9,6%, n=3), seguidas pelas demais famílias (Marantaceae, Polygonaceae e Pontederiaceae), com uma espécie cada (6,66%; n=1). 31

Em relação a frequência de ocorrência de espécies por pontos amostrais, as espécies Cuphea melvilla, Eryngium paniculatum e Ludwigia tomentosa foram as mais representativas, com 14,7% cada, seguidas pelas espécies Andropogon bicornis, Cyperus gardneri, Ipomoeae sp. e Ludwigia grandiflora, com 11,7% cada. Em relação às áreas amostrais, a área Reservatório (RE) foi a que apresentou maior riqueza com 65,7% das espécies registradas. Esse resultado se deve pelo fato de na área Reservatório (RE) estarem presentes vários tributários do rio Verde, que podem ser destacados como os fornecedores de plantas aquáticas ao leito principal do rio, na área onde será formado o reservatório da PCH Verde 4A. 2.19 - Programa de Monitoramento e Conservação da Ictiofauna Caracterizar a estrutura da comunidade de peixes do rio Verde e seus afluentes, na Área de Influência Direta da PCH, obtendo informações relevantes sobre a ecologia das espécies mais frequentes; Monitorar a ictiofauna, a priori e posteriori ao enchimento do reservatório, bem como a execução do manejo durante o desvio e enchimento do reservatório; Promover o monitoramento e o resgate da ictiofauna, através do acompanhamento das modificações na estrutura da ictiocenose e nas populações de peixes. Monitorar a eficácia do dispositivo destinado a facilitar a migração trófica ou reprodutiva dos peixes, implantado na PCH Verde 4A. O Programa de Monitoramento e Conservação da ictiofauna teve suas atividades de campo iniciadas no período de 27 a 30 de novembro de 2014, quando se realizou a 1ª campanha de campo e no período de 04 a 10 de fevereiro de 2015 a segunda, respeitando-se assim a trimestralidade. 32

A Autorização Ambiental Nº 044/2014 foi assinada dia 18 de dezembro de 2014 e tem validade até 31 de dezembro de 2016. Na primeira campanha de campo a Autorização Ambiental para realizar coleta ainda não tinha sido obtida junto ao IMASUL, fato que restringiu as ações à definição dos pontos de monitoramento e reconhecimento dos ambientais do rio Verde, seus tributários e lagoas marginais. A segunda campanha, realizada em fevereiro de 2015, abarcou a coleta de indivíduos e a aplicação metodológica para análise dos resultados. Por fim, importante ressaltar que, em atendimento à trimestralidade exigida na LI 021/2014, nos dias 04 a 10 de fevereiro de 2015 realizou-se a segunda campanha do Programa, cujo Relatório Técnico será enviado ao IMASUL no 3º Relatório de Gestão Ambiental da PCH Verde 4A. 2.20 - Programa de Monitoramento de Água Subterrânea Monitorar as possíveis alterações no nível da água subterrânea, do lençol freático; Identificar possíveis alterações na qualidade da água subterrânea, no nível do lençol freático; Identificar as áreas mais susceptíveis aos efeitos da elevação do nível freático nas proximidades do reservatório, por ocasião do enchimento e/ou da operação deste empreendimento; A construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, e por não haver intervenções construtivas na área do empreendimento e também não haver trabalhadores mobilizados para a construção o Programa não foi iniciado. 2.21 - Programa de Resgate da Ictiofauna 33

Promover o salvamento dos peixes que eventualmente fiquem retidos em locas ou expostos à pesca predatória, no trecho situado imediatamente à jusante da barragem, durante o período de enchimento do reservatório; Promover o salvamento dos peixes que eventualmente fiquem retidos ou expostos à pesca predatória, no trecho situado imediatamente à jusante da ensecadeira, durante o período de desvio do rio para construção da barragem. Esse Programa será iniciado na fase de desvio do rio, previsto para ocorrer no 4º e 19º mês a partir do início da obra civil principal. Desta forma, o responsável pela execução do Programa não foi contratado. 2.22 - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Implantar procedimentos de gerenciamento dos resíduos sólidos e efluentes visando a separação, transporte e destinação final dos resíduos sólidos gerados durante a construção da PCH Verde 4A, e atender as exigências legais e normas pertinentes ao tema, notadamente a norma ABNT 10.004 e a Lei nº 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esse Programa será iniciado concomitante o início da montagem do canteiro de obras e das obras civis, com a instalação dos recipientes para coleta de material reciclado e rejeitos, além da construção dos depósitos temporários de resíduos. Como a construção da PCH Verde 4A não foi iniciada, e por não haver intervenções construtivas na área do empreendimento e também não haver trabalhadores mobilizados para a construção o Programa não foi iniciado. 34