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Transcrição:

Direção Nacional do Sindicato dos Funci VIII Congresso Nacional do Sindicato dos Funcionários Judiciais Exmo. Senhor António Rui Viana da Ponte Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, do Congresso e do Conselho Nacional do Sindicato dos Funcionários Judiciais MOÇAO DE ESTRATEGIA CAPITULO I Dis poslç' ões Gerais Existem Oficiais de Justiça que exercem funço-es nos Tribunais deste país com a categoria de Auxiliar, já com imensos anos na mesma categoria profissional (um número bastante significativo há mais de 15 e 20 anos), que se sentem esgotados pelo facto de serem constantemente menorizados por quem de direito nas funções que exercem, sendo que, a sua dedicação às ditas, em grande parte excede em muito as estatutariamente atribufdas, pelo que é imprescindfvel e deveras pertinente que este Congresso reconheça e valorize este facto formalmente. Sem querer ferir quaisquer tipo de susceptibilidades individuais e/ou categoria profissional, deseja-se

veementemente que esta questão seja estudada, inventariada e num futuro próximo, resolvida, pois, apesar desta matéria ter sido aflorada em vários momentos da sua existência, nunca em momento algum se decidiu nada em concreto. Também, através da recolha de muitas opiniões de outras e outros colegas de outras categorias profissionais da nossa ciasse, tem sido consensual que a existência da categoria de OficiaI de Justiça Auxiliar no actual panorama judicial deixou de ter sentido. Ponto I a) - Propõe-se a este Congresso que o SFJ, se necessário e viável, em conjunto com outras organizações sindicais inicie as devidas, necessárias e legais negociações com os órgãos de soberania tutelares próprios a fim de que se pondere seriamente proceder à EXTINÇÃO da categoria ae Oficial de Justiça Auxiliar, como o foi em tempos a categoria de "Escriturário(a)" sem alterar a composição actualmente em vigor relativamente às outras categorias profissionais da carreira de Oficial de Justiça; b) - Que todos os atuais profissionais com a categoria de Oficial de Justiça Auxiliar passem num futuro próximo a ser designados só como Oficiais de Justiça ou Oficias de Justiça Adjuntos, sendo que, em termos de antiguidade na carreira de Adjunto, esta, apenas deverá começar a contar a partir do momento da extinção da primeira e atribuição da segunda; c) - Que as atuais responsabilidades e atribuições estatutárias respeitantes às funções e decisões hierárquicas continue a ser definida e determinada peia antiguidade na respectiva categoria profissional; d) - Pretende-se assim, que os todos os oficiais de Justiça auxiliares, sejam devidamente reconhecidos pela sua competência, pois as

funço-es que actualmente desempenham na maioria das Secretarias são no essencial as mesmas que os colegas Adjuntos desempenham, com raras exceções, nomeadamente, a assistência ei'n Sala de Audiências que são quase em exclusivo desempenhadas pelos atuais Auxiliares, na-o se pretendendo aqui qualquer alteração na atribuição de tarefas e em nada interferirá com a mudança de classificação; e) - Para o efeito, podem e devem para já, continuar a ser aplicados os mesmos índices remuneratórios em vigor, sem prejuízo de um possível acerto remuneratório no futuro, para todos, dependente de negociações prévias com a Tutela; f) - É consabido por todos que esta disparidade existente tem uma explicação plausível e fácil leitura: há muitos anos que as justas promoções não são efectuadas com a necessidade e regularidade que o exercício da profissão o exige, bem como a falta de um número muito elevado de funcionários nas respectivas Secretarias, de modc a suprir a justa distribuição de trabalho e funções. Existem imensos Oficiais de Justiça Auxiliares a ocuparem cargos de Adjunto e até alguns, raros, de Escrivão/Principal, devido à escassez de meios humanos nas Secretarias. Ora, esta situação é altamente injusta e a Tutela nada faz porque financeiramente Ihes interessa bastante; g) - Existe um novo paradigma de funcionamento dos órgãos judiciais e é premente implementar uma nova dinâmica de funcionamento e de reconhecimento das capacidades individuais. Atualmente, não faz qualquer sentido a existência desta categoria profissional, pois como é do conhecimento geral, as funções que Ihes estão atribuídas ficam muito além das definidas estatutariamente; h) - A carreira de Oficial de Justiça Auxiliar encontra-se coinpletamente desalinhada com a realidade, quando comparada com outras funções e categorias profissionais de índole similar na restante Administração do Estado;

i) - É apodítico que a Direção do Sindicato deve adotar todos os procedimentos Iegais por forma a negociar e pressionar a Tutela a aceitar e aplicar estas novas normas, totalmente legítimas dos Oficiais de Justiça da carreira profissional de Auxiliar; j) - Os Oficiais de Justiça Auxiliares apelam deste modo à Direção do Sindicato que tudo façam para atender a esta justíssima alteração de designação de carreira, pois os auxiliares, de um modo geral em todos os tribunais, sentem-se muito desiludidos, desamparados e descontentes com o atual rumo e a forma como a sua carreira tem sido tratada, bem como a falta de perspectivas de futuro que lhes são apresentadas e desanimados com o teor das notícias com que diariamente são confrontados; l) - É perfeitamente óbvio e coerente, bem coi'no a muitos colegas com quem lidamos diariamente, que esta categoria de Auxiliar está totaimente desenquadrada das reais funções que por estes são desempenhadas nos Tribunais e esvaziada na sua aplicabilidade, sendo do conhecirriento ae toaes os Oficiais de Justiça qüe rüediaüte o que se tem passado, pelo menos nos últimos 15 anos quanto à questão das promoções que, é utópico pensar que a situação irá mudar nos anos vindouros. m) - Em suma e para finalizar, é um dado adquirido que, concretamente já não se justifica a existência desta categoria profissional pelos motivos acima explanados. Ponto 2 Disposições Gerais

A questão relativa às promoções e respectivos preenchimentos dos quadros dos lugares de Escrivão e Principal nas Secretarias e Secções respectivas, também deve ser aqui devidamente debatida. a) - Os colegas da categoria profissional de Adjunto que labutaram, estudaram e em muitos casos fizeram um enorme sacrifício pessoal e familiar para concorrer a lugares de chefia através do concurso de acesso às categorias profissionais acima descritas, sentem-se e com razão, muito injustiçados e mal tratados pela Tutela, pois o dito concurso de acesso não passou de uma "farsa" de modo a calar os profissionais descontentes; b) - Após este concurso, foram muito poucos os colegas Adjuntos que conseguiram a tão desejada e merecida colocação em lugares de chefia, já que a Tutela, entretanto, procedeu à extinção de muitos destes lugares com o único propósito de poupar dinheiro sem se importar com as pessoas envolvidas no processo, sabendo de antemão que iriam colocar poucos profissionais provenientes do famoso concurso; c) - É sabido que o prazo de validade do concurso em questão já expirou. Ora, esta falácia em fazer um concurso de acesso a cargos de chefia para enganar uns quantos, usada pela Tutela merece algum tipo de resposta, em virtude da extrema necessidade do preenchimento desses quadros por forma a colmatar o défice de centenas de funcionários em falta nos tribunais; d) - Portanto, a resposta do SFJ só pode passar peia exigência à Tutela da prorrogação do prazo de validade do dito concurso, passando este a ser válido durante, pelo menos mais dois ou três anos a acrescer ao prazo já expirado;

e) - Só deste modo será possível aos colegas abrangidos, pugnarem pelo objectivo pelo qual tanto trabalharam, de forma, a que Justiça Ihes seja feita nesta matéria e tenhai'n um vislumbre de que os seus objectivos possam vir a ser alcançados. Ponto 3 Dis posiço ' -es Gerais Os Oficiais de Justiça estão a ser alvo de um dos mais vis ataques de que se tem memória aos seus mais elementares direitos Constitucionais subscritos num Estado de Direito. A Administração Pública está a levar a cabo uma campanha de descrédito junto da opinião pública de todas as funções desempenhadas pelos funcionários públicos em geral. Está subentendido que os partidos políticos que exerceram funções executivas/governativas nos últimos anos pretendem esvaziar e/ou eliminar as carreiras especiais dos seus conteúdos funcionais e colocar todos os funcionários públicos numa carreira única, com um índice remuneratório mínimo único e também um máximo único, estabelecidos pelos governantes e sem direito a que os funcionários do Estado possam opinar sobre o que quer que seja. Claro está, que os cargos políticos e/ou de nomeação política ficain fora destas deliberações e decisões. Ora, o que temos visto com a luta que temos vindo a levar a cabo? Pouco, muito pouco! E as outras classes profissionais do

Estado? Também pouco ou nada conseguiram. É assim, urgente mudar de estratégia. a) Por estes motivos propõe-se que se endureça a luta. Para o efeito, sugere-se uma grande jornada de luta consignada na forma de uma greve de IO (dez) dias seguidos. As greves antecedentes, não tiveram o efeito pretendido. Não causaram grande "mossa" nos respectivos Serviços e o governo desvalorizou-as aos olhos da opinião pública; b) Deste modo, proponho que a grande greve seja agendada para o período que antecede as férias judiciais de verão, ou seja no período entre I e 15 de julho; c) É com esta greve que se vai aferir até onde os Oficiais de Justiça estão dispostos a ir. Se, efectivamente pretendem mesmo lutar contra o actual estado de desconsideração e de falta de respeito que estão a ser alvo ou desistem e aceitam de joelhos o que os sucessivos governos lhes impuserem; d) 0 momento é determinante para o nosso futuro e a nossa indignação e descontentameríto deve mostrar de forma inequívoca a nossa vontade de não aceitar de livre vontade o que nos impõe através de uma posição muito firme; e) Os Oficiais de Justiça estão farto e cansados de ser ignorados, ostracizados, vilipendiados e desconsiderados, de trabalharem em muitas situações gratuitamente e de serem constantemente coagidos a desempenhar funções acima das que lhes estão estatutariamente atribuídas, sem o correspondente reconhecimento remuneratório; f) O que todos desejamos é que seja feita verdadeira e efetiva JUSTIÇA aos funcionários de Justiça.

FIM Os sócios do SFJ subscritores: Mário Jesus Cruz Faria - Técnico de Justiça Auxiliar N.º Mecanográfico - 53907 Sócio SFJn.º - 8360 Delegado Sindical do DIAP Núcleo de Barcelos - Comarca de Braga. - Assinatura: 'J;» mk % Í-.- Maria La Salete Adriana Mendes - Técnica de Justiça Adjunta N.º Mtcanográfico - 46150 Sócia SFJn.º - 10025 DIAP - NúcIeo de Amarante - Comarca do Porto Este. - Assinatura: