Exmo. Senhor Conselheiro Presidente do Supremo Tribunal de. Exmos. Senhores Vices Presidentes do Supremo Tribunal de

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1 Exmo. Senhor Conselheiro Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Exma. Senhora Ministra da Justiça Exmo. Senhor Vice-Procurador Geral da República Exmo. Senhor Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos da Justiça Exmos. Senhores Vices Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça Exmos. Senhores Presidentes dos Tribunais da Relação de Évora e de Lisboa Exma. Senhora Vice-Presidente do Tribunal da Relação de Coimbra Exma. Senhora Vice-Provedora da Justiça Exmo. Senhor Vice-Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Publico Exmo. Senhor Presidente da MEDEL Inicio esta intervenção com um adágio inglês: justice must not only be done but it must be seen to be done. Provavelmente, numa economia discursiva, seria suficiente reafirmar que bastaria uma frase tão impressiva como esta para salientar a importância de se encerrar, hoje, a iniciativa Tribunal de Porta Aberta, Jornadas para a Transparência na Justiça, no Supremo Tribunal de Justiça. Permitam-me, no entanto, que de forma rápida desenvolva alguns tópicos que possibilitam compreender a razão do porquê da discussão da 1

2 transparência da justiça num tempo e num momento de emergência de confiança dos cidadãos nos seus tribunais. A transparência das instituições e dos procedimentos é um elemento estrutural que identifica o sistema democrático. É a sua «marca de água». Exigir transparência às instituições é exigir-lhes que prestem contas sobre os poderes que lhes estão atribuídos e, sobretudo, como os exercem. Exigência que é inerente à própria legitimação do exercício das funções, quaisquer que sejam. Não é redundante falar hoje em transparência e prestação de contas no sistema de justiça. Por isso fala-se hoje de justiça aberta ou open justice. Tornar público o exercício da função judiciária é, na sua essência, possibilitar a sindicância pública dos cidadãos a um poder que é exercido em seu nome e que, por isso mesmo, legitima directamente o exercício da função jurisdicional. Os Tribunais têm que mostrar o que fazem. Ao contrário da função política, onde a eleição se assume como fonte de legitimação directa da função e do exercício do poder político, a legitimação do exercício da função judicial, também ela directa, advém da lei e do concreto exercício das funções jurisdicionais. 2

3 Se para que um julgamento seja justo é necessária uma decisão correta e fundada em razões, é preciso, que essas razões sejam públicas e sejam conhecidas. Apelar à transparência é compreender o papel exigível ao sistema judicial nomeadamente num Estado de direito democrático e o seu reflexo na sua própria legitimação: os cidadãos, em nome dos quais os juízes fazem justiça. Não deve confundir-se, no entanto, o controlo social com a inadmissível submissão dos juízes a pressões resultantes de sondagens de opinião sobre a atividade concreta dos tribunais. Os juízes não decidem em função do que se diz. Os juízes decidem em função dos factos e das provas contraditoriamente produzidas em audiências públicas. A atividade dos tribunais está sujeita a um duplo controlo: pelos órgãos institucionais e pelos cidadãos. O que os tribunais decidem, através das decisões, sempre publicamente proferidas, tem que permitir que os cidadãos percepcionem os quadros valorativos onde se inserem. «Os tribunais têm que comportar-se de maneira tal que os cidadãos possam planificar a sua própria actividade sobre bases racionais. Em muitos casos as decisões jurídicas são a única razão propriamente dita de uma planificação de futuro», refere Aarnio». 3

4 Decisões recentes, relativas à admissibilidade da guarda de menores por casais do mesmo sexo, ao âmbito da execução de garantias hipotecárias ou mesmo, no domínio constitucional, à inconstitucionalidade das normas orçamentais, são, neste sentido indicadores de uma magistratura que compreende o seu tempo e as expectativas dos «seus» cidadãos face à lei e ao direito. Nomeadamente nos tempos difíceis que o País enfrenta. O exercício da função jurisdicional é hoje entendido como um poder público constitucional sujeito a regras de prestação de contas equivalentes, na medida das suas especificidades, às de qualquer outra forma de exercício do poder público. Este é um princípio fundamental que hoje é inquestionável nas várias ordens jurídicas. Prestar contas é uma incontornável exigência de avaliação democrática. Os diversos sistemas constitucionais, pese embora a sua diversidade matricial, condicionam o dever de prestar contas na judicatura à existência de órgãos constitucionais dotados de legitimidade directa que, respeitando a independência do ato de julgar, detêm, por regra, poderes de avaliação sobre o trabalho dos juízes. É esse o sistema português, ainda que pulverizado em vários órgãos. É esse princípio que impõe hoje, na Constituição, que sete vogais do CSM sejam eleitos pela Assembleia da República e dois vogais sejam designados pelo Presidente da República. 4

5 Modelo que permite ajustamentos, nomeadamente pela total disponibilidade dos vogais eleitos para o exercício das funções, de modo que a actividade jurisdicional seja efectivamente acompanhada e fiscalizada por quem tem esse poder. E, simultaneamente, se reconheça de facto a legitimação pelo exercício das funções relevantes do Conselho, nomeadamente perante o órgão a quem deve prestar contas anualmente, ou seja o Parlamento. É esta fiscalização directa da actividade jurisdicional, por um lado e o controlo público das decisões judiciais, por outro, que permite efectivar a «prestação de contas» do modo como os juízes julgam. Qualquer cidadão, através das decisões e dos seus fundamentos, pode questionar o modo como os juízes aplicam a lei. Qualquer cidadão, através dos meios formais ou informais (institucionais ou não institucionais) pode exercer o controlo de uma forma efectiva, exprimindo a sua opinião e despoletando as instâncias formais de controlo específicas quando estas não actuaram. Se esta dimensão teórica é inequívoca na afirmação da exigência de transparência e prestação de contas dos tribunais, os tempos exigem que o discurso da transparência ultrapasse a dogmática e se afirme em concreto perante os cidadãos. É essencial tornar «amigável» o sistema judiciário aos cidadãos que o utilizam e legitimam a intervenção dos juízes. 5

6 O conhecimento do que se faz, do como e em que circunstâncias é feito será, assim, a primeira das condições práticas de uma legitimação afirmativa. Mas também a modificação de procedimentos, a agilização de práticas, a desformalização, a descomplexidade, a simplificação da linguagem judiciária, são algumas das questões a mudar. De igual forma é preciso reformular a cultura de acessibilidade «física» aos tribunais como lugares concretos onde é preciso ir, estar, ser ouvido, ser correctamente atendido. Durante uma semana mostrámos aos cidadãos os tribunais portugueses, o trabalho dos juízes, as instalações onde trabalham, os problemas com que se defrontam, as angústias e questões que os juízes gostavam de ver resolvidas. Questionámos procedimentos ultrapassados, mostrámos novas formas de trabalhar, apresentámos projetos que pretendem ver o cidadão aproximarse da justiça. Nas Jornadas para a Transparência da justiça colaboraram todas as instituições que trabalham no sistema de justiça em Portugal. Nas iniciativas concretas que desenvolvemos estiveram diretamente envolvidos mais de cento e cinquenta profissionais cuja disponibilidade para mostrar aos cidadãos o que são os tribunais e o que fazem, importa publicamente reconhecer. Assumimos os riscos de algumas incompreensões e mesmo de algumas propostas inovadoras. 6

7 Mas sem uma dose de risco não se mudam as coisas. É isso que pretendemos: começar a mudar a imagem que os cidadãos têm dos tribunais. Não temos a ilusão de que tudo mudará a partir de hoje. Mas queremos ter a certeza que mudámos alguma coisa para que não fique tudo na mesma. E sobretudo para que se inicie um ciclo de inversão da profunda desconfiança no sistema de justiça. Lisboa, 10 de dezembro de 2012 José Mouraz Lopes (Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses) 7

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