Legislação. TÍTULO III Da Ordem Econômica (Art. 126 ao Art. 146) Professor Mateus Silveira.

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Transcrição:

Legislação TÍTULO III Da Ordem Econômica (Art. 126 ao Art. 146) Professor Mateus Silveira www.acasadoconcurseiro.com.br

Legislação TÍTULO III DA ORDEM ECONÔMICA (ART. 126 AO ART. 146) TÍTULO III Da Ordem Econômica CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS Art. 126. Os interesses da iniciativa privada não podem sobrepor-se aos da coletividade. Art. 127. Os planos que expressam a política de desenvolvimento econômico do Município terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida da população, a geração de empregos, a distribuição eqüitativa da riqueza produzida, a preservação do meio ambiente, o uso da propriedade fundiária segundo sua função social e o desenvolvimento social e econômico. Art. 127-A. O Município de Porto Alegre incentivará a economia criativa, mediante planos e ações que fomentem a formulação, a implementação e a articulação das ações relacionadas ao processo de criação, de produção, de comercialização e de distribuição de bens e serviços oriundos da criatividade humana e da aplicação de capital intelectual. 1º Serão valorizados, protegidos e promovidos os bens e os serviços mencionados no caput deste artigo, sendo respeitada a diversidade das expressões culturais. 2º Serão instituídos programas e projetos de apoio aos setores criativos, a seus profissionais e a seus empreendedores, visando ao fortalecimento dos micro e dos pequenos empreendimentos criativos. 3º Serão incentivados os planos e as ações voltados à economia criativa que fomentem a participação de indivíduos, de associações e de entidades que manifestem o interesse nessa área. 4º Será promovida, em órgãos públicos e instituições privadas, a articulação da inserção da temática da economia criativa no âmbito de suas atuações. 5º Serão formuladas e apoiadas as ações voltadas à formação de profissionais e de empreendedores criativos, além da qualificação da cadeia produtiva. 6º Será promovida a captação de ideias para a solução dos problemas do Município de Porto Alegre, assim como para a geração de novas oportunidades de negócios e projetos. Art. 128. Na organização de sua economia, além dos princípios previstos nas Constituições Federal e Estadual, o Município zelará pelos seguintes: I proteção do meio ambiente e ordenação territorial; II integração, no sentido de garantir a segurança social, das ações do Município com as da União e do Estado destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, à educação, www.acasadoconcurseiro.com.br 3

à cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência social; III estímulo à participação da comunidade através de suas organizações representativas; IV preferência aos projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e incentivos fiscais; V proibição de incentivos fiscais ou de qualquer outra natureza a atividades que gerem significativos problemas ambientais, comprovados através de estudos de impacto ambiental; VI integração do planejamento e dos estudos com a região metropolitana em programas de interesse conjunto, respeitado o interesse do Município; VII convivência harmônica entre a iniciativa privada e a economia pública, cabendo a esta a função de regular a atividade econômica; VIII incentivo ao desenvolvimento das microempresas. Art. 129. O Município, através de lei, definirá normas de incentivo ao investimento e à fixação de atividades econômicas em seu território, estimulando as formas associativas e cooperativas, assim como as pequenas e microunidades econômicas e as empresas que, em seus estatutos estabeleçam a participação dos trabalhadores nos lucros e, por eleição direta, participação na sua gestão. Art. 130. Incumbe ao Poder Executivo, na forma da lei, a prestação de serviços públicos, diretamente ou através de licitação, sob regime de concessão ou permissão, devendo, através de fiscalização permanente, garantir-lhes a qualidade. Art. 131. O Município organizará sistemas e programas de prevenção e socorro para casos de calamidade pública, devendo constituir fundo contábil para atender as necessidades de defesa civil. CAPÍTULO II DA POLÍTICA AGRÍCOLA E DE ABASTECIMENTO Art. 132. O Município, dentro dos princípios de sua organização econômica, planejará e executará política de incentivo à produção agrícola, bem como programas de abastecimento popular. Art. 133. As atividades de fomento e pesquisa tecnológica, na área agrícola, deverão estar voltadas para o incentivo à agricultura ecológica. Art. 134. Todo aquele que utilizar o solo ou o subsolo somente poderá manter suas atividades quando evitar prejuízo ao solo agrícola, sendo responsabilizado pelos danos que resultarem da referida atividade. CAPÍTULO III DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO Art. 135. O Município instituirá política de ciência e tecnologia, destinando-lhe recursos orçamentários próprios, com vistas à promoção de estudos, pesquisas e outras atividades nesse campo. Art. 136. Incumbe ao Poder Executivo manter banco de dados com estatísticas, diagnóstico físico, territorial e outras informações relativas às atividades comerciais, industriais e de serviços, destinando-se a servir de suporte para as ações de planejamento e desenvolvimento. CAPÍTULO IV DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIÇOS Seção I DOS PRINCÍPIOS GERAIS Art. 137. O Município elaborará política de desenvolvimento comercial, industrial e de ser- 4 www.acasadoconcurseiro.com.br

Legislação TÍTULO III - DA ORDEM ECONÔMICA (Art. 126 ao Art. 146) Prof. Mateus Silveira viços, mediante planos, projetos e outras medidas que visem ao incentivo e apoio daquelas atividades. Art. 138. Somente será licenciada para funcionamento a atividade comercial ou industrial que preencha requisitos essenciais de saúde, segurança, higiene e condições ambientais. Art. 139. A renovação dos alvarás de permissão dar-se-á na forma da legislação de posturas e ficará condicionada ao recadastramento e renovação da documentação comprobatórios dos requisitos necessários a cada permissão. Seção II DO TURISMO Art. 140. O Município instituirá política de turismo, definindo as diretrizes a observar nas ações públicas e privadas que visem a promovê-lo e incentivá-lo como forma de desenvolvimento. Parágrafo único. Para o cumprimento do disposto neste artigo o Poder Executivo promoverá: I inventário e regulamentação do uso, ocupação e fruição dos bens naturais e culturais de interesse turístico; II infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando e realizando os investimentos na produção, criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e instalações ou serviços turísticos; III implementação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e serviços turísticos; IV medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos humanos para o setor; V elaboração sistemática de pesquisas sobre oferta e demanda turística, com análise dos fatores de oscilação do mercado; VI fomento ao intercâmbio permanente com outras cidades e com o exterior; VII construção de albergues populares. Art. 141. A denominação de qualquer evento turístico com o adjetivo "municipal" exigirá autorização prévia do Poder Executivo. Seção III DO TRANSPORTE URBANO E DO TRÂNSITO Art. 142. O transporte coletivo é serviço público de caráter essencial e deverá ser estruturado de acordo com os seguintes princípios: I atendimento a toda a população; II qualidade do serviço prestado à população segundo critérios estabelecidos pelo Poder Público; III redução da poluição ambiental em todas as suas formas; IV desenvolvimento pleno de todas as tecnologias disponíveis, que se adaptem às características da cidade; V integração entre os diferentes meios de transporte e implantação dos equipamentos de apoio. Art. 143. O transporte remunerado de passageiros, coletivo ou individual, de qualquer natureza, é serviço público sujeito ao controle e fiscalização dos órgãos próprios do Município. Art. 144. Toda alteração no transporte coletivo dentro dos limites do Município, com qualquer fim ou objetivo, dependerá de aprovação prévia do Poder Executivo. Parágrafo único. Aplicam-se as disposições deste artigo aos transportes urbano, interurbano, interestadual e intermunicipal. Art. 145. É dever do Município assegurar tarifa do transporte compatível com o poder aquisitivo da população e com a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do sistema com vistas a garantir-lhe a qualidade e a eficiência. Art. 146. Cargas de alto risco somente poderão ser transportadas na zona urbana após vistoria e licença, observadas as necessárias medidas de segurança. www.acasadoconcurseiro.com.br 5