GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: ANÁLISE EM HOSPITAIS SITUADOS NA REGIÃO DO VALE DO RIO DOS SINOS



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Transcrição:

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: ANÁLISE EM HOSPITAIS SITUADOS NA REGIÃO DO VALE DO RIO DOS SINOS Lissandra Andrea Tomaszewski (ILES/ULBRA) lissandraandrea@gmail.com Marilia Rodrigues (UFRGS) ma.marilia@gmail.com Gustavo da Silva Rocha (UNISINOS) gustavosr27@bol.com.br Ricardo Brandao Mansilha (UNISINOS) ricardomansilha@gmail.com Este artigo apresenta um estudo relacionado ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, com ênfase nos resíduos sólidos hospitalares. Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica referente às normas e resoluções relacionadas ao tema em estudo. Em seguida, foram feitas entrevistas semiestruturadas em dois hospitais localizados na região do Vale do Rio dos Sinos. O objetivo deste trabalho foi apresentar a gestão dos resíduos sólidos hospitalares nestes hospitais, assim como verificar se os mesmo se encontram em conformidade com as normas exigidas. Concluiu-se que o hospital A possui um gerenciamento de acordo com as normas e há um planejamento para melhorias nesta área. O hospital B possui um gerenciamento deficitário, devido à falta de verbas. Palavras-chave: Resíduos Sólidos, hospitais, gerenciamento.

1. Introdução Existem diversos estudos relacionados aos problemas ambientais, principalmente à geração e destinação dos resíduos (KARPINSK, et. al. 2009). Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR (Norma Brasileira) 10.004 (2004) Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) são aqueles resíduos em estados sólidos e semissólidos que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços, de varrição ou agrícola. No Brasil, a geração de RSU teve um aumento de 1,3% do ano de 2011 para 2012. Esse percentual é maior do que a taxa de crescimento populacional urbana que foi de 0,9%, no mesmo período. A comparação da quantidade total gerada e o total de resíduos sólidos urbanos coletados, mostra que 6,2 milhões de toneladas de RSU deixaram de ser coletados no ano de 2012 e, por consequência, tiveram destino impróprio (ABRELPE, 2012, p.28). A participação percentual das diversas regiões brasileiras no total de RSU coletado no país em 2012 é apresentada na Figura 1. Figura 1 - Participação das regiões do país no total de RSU coletado Fonte: ABRELPE (2012, p. 29) Dentro dos RSU há os Resíduos Sólidos da Saúde (RSS), que são resíduos gerados em hospitais, postos de saúde, clinicas, entre outros. Conforme notícias da Folha de São Paulo, Resíduos... (2011), 60% das empresas e órgãos públicos no Brasil que fazem a coleta de lixo hospitalar não o destinam de acordo com as normas. Ademais, 41% dos municípios não o tratam de forma adequada, simplesmente colocam em aterros sanitários, misturados com 2

outros tipos de resíduos. A fim de prevenir danos maiores à população e ao meio ambiente há a necessidade de cumprimento de leis e gerenciamento assertivo nos sistemas de saneamento básico. Segundo Patriota (2011), há dúvidas quanto à fiscalização e o tratamento de resíduos hospitalares no país. De acordo com o autor, nos próprios hospitais, não há separação dos resíduos adequadamente.além do que, muitas cidades incineram o lixo de forma incorreta, prejudicando o meio ambiente e a saúde pública. Diante disto, vê-se a necessidade de um gerenciamento adequado para os Resíduos do Serviço de Saúde, devido a esses resíduos ser contaminantes, nocivos à saúde e danificar o meio ambiente. Desta forma, o objetivo desta pesquisa, a partir da análise das praticas gerenciais de dois hospitais, foi apresentar como é realizada a gestão de resíduos sólidos hospitalares e verificar se os mesmos estão em conformidade com as normas exigidas. Para isto, a seguir será apresentado um breve referencial, o método de pesquisa e os resultados alcançados. 2. Revisão bibliográfica Esta seção apresenta a revisão da literatura relacionada aos Resíduos Sólidos e aos Resíduos Sólidos Hospitalares, em específico. 2.1 Resíduos sólidos De acordo com a ABNT NBR 10.004/2004, os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a classe, origem e periculosidade. O Quadro1 apresenta a classificação dos resíduos quanto à classe. Quadro 1 Classificação dos resíduos sólidos quanto à classe 3

Fonte: adaptado de ABETRE (2006) No Quadro 2 estão alguns exemplos de resíduos considerados perigosos e não perigosos, conforme a classificação apresentada no quadro anterior. Quadro 2 - Exemplos de resíduos perigosos e não perigosos Fonte: adaptado de ABETRE (2006) Já de acordo com a Lei 12.305/2010, os resíduos sólidos são classificados quanto a sua origem e sua periculosidade. O Quadro 3 apresenta a classificação dos resíduos quanto à origem. Quadro 3 - Classificação dos resíduos sólidos quanto à origem 4

Fonte: adaptado de ABETRE (2006) No Quadro 4 podem-se visualizar alguns exemplos de resíduos referentes à origem. Quadro 4 - Exemplos de resíduos quanto à origem 5

Fonte: adaptado de ABETRE (2006) Em relação à periculosidade, ou seja, se os resíduos são ou não perigosos, retratam os primeiros itens do Quadro 1, as primeiras duas classes. Esta classificação pode ser vista no Quadro 5. Quadro 5 - Classificação dos resíduos sólidos quanto à periculosidade Fonte: adaptado de ABETRE (2006) Dito isto, a próxima etapa é compreender os resíduos de origem hospitalares, também conhecidos como os RSS. Sendo assim, a seguir, os principais resíduos hospitalares, bem como as suas classificações, conforme o Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA (1993), serão apresentados. 6

2.2 Resíduos sólidos hospitalares A classificação dos resíduos hospitalares segue no Quadro 6, segundo a Resolução do CONAMA nº5 de 1993. Quadro 6 - Classificação dos resíduos hospitalares GRUPO DESCRIÇÃO EXEMPLOS A B C D Resíduos que apresentam material com risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos Resíduos que apresentam material com risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas Rejeitos Radioativos Resíduos comuns são todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente. Sangue e Homoderivados; Animais usados em experimentação; peças anatômicas; filtros de gases aspirados de área contaminada; resíduos advindos de área de isolamento; restos alimentares de unidade de isolamento; resíduos de laboratórios de análises clínicas; resíduos de unidades de atendimento ambulatorial; resíduos de sanitários de unidade de internação e de enfermaria e animais mortos a bordo dos meios de transporte. Drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados; resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados); demais produtos considerados perigosos. Materiais provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. Outros materiais Fonte: Resolução CONAMA nº5 de 1993 A Figura 2 apresenta os símbolos utilizados para diferenciar os diferentes tipos de resíduos que são gerados dentro das instituições de saúde. Figura 2 Símbolos dos resíduos sólidos hospitalares 7

Fonte: Resolução CONAMA nº5 de 1993 Enfim, como pode ser visto os RSS estão presentes em todas as classes existentes de resíduos sólidos. Desta forma, a coleta, transporte e destino precisam ser diferenciados para cada caso. Esta distinção é fundamental para que haja segurança no que tange a saúde pública e meio ambiente. 2.3 Coleta, transporte e destino Conforme a Resolução RDC n.º 306, de 07 de Dezembro de 2004, o correto gerenciamento dos resíduos de Serviços de Saúde - RSS previne e reduz os riscos à saúde. Assim como o atendimento das normas e leis, desde a geração até a destinação final, permite beneficiar a saúde pública e ao meio ambiente. Essa Resolução considera disponibilizar informações técnicas adequadas ao manejo dos RSS, seu gerenciamento e fiscalização. De acordo com essa Resolução o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde PGRSS estabelece algumas diretrizes relacionadas ao manejo deste tipo de resíduo. Segue no Quadro 7 o gerenciamento dos RSS, conforme RDC Nº306. Segregação Acondicionamento Identificação Quadro 7 Gerenciamento do RSS, de acordo com a Resolução RDC n.º 306 Separação do resíduo no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, a sua espécie, estado físico e classificação. Ato de embalar corretamente os resíduos segregados, de acordo com as suas características, em sacos e/ou recipientes impermeáveis, resistentes à punctura, ruptura e vazamentos. Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. 8

Transporte Interno Armazenamento Temporário Tratamento Armazenamento Externo Coleta e Transporte Externos Destinação Final Deve ser realizado em sentido único, com roteiro definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas. Como também ser feito separadamente e em recipientes específicos a cada Grupo de resíduos. Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento, e otimizar o translado entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso. Aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características biológicas ou a composição dos RSS, que leve à redução ou eliminação do risco de causar doença. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, por órgão do meio ambiente e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente. Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. A coleta e transporte externos consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou destinação final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação da integridade física do pessoal, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. Disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebêlos, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e licenciamento em órgão ambiental competente. Fonte:adaptado de Maroun (2006) Por fim, pode se dizer que é preciso uma conscientização quanto a forma de coleta, transporte e destinação dos resíduos hospitalares conforme sua classe origem e periculosidade, uma vez que cada resíduo traz consequências diferentes a saúde pública e ao meio ambiente. Na 9

próxima seção será exposto de forma breve o método de construção deste trabalho. 3. Método Científico Diante do objetivo proposto, isto é, a análise das práticas gerenciais de um hospital, no que tange a gestão dos resíduos sólidos hospitalares, optou-se pela realização de um estudo de caso utilizando uma pesquisa exploratória. Segundo Yin (2009),o estudo de caso é uma investigação empírica. Os benefícios para o desenvolvimento do estudo de caso são possibilitar o conhecimento sobre novas teorias e incrementar o conhecimento sobre determinado assunto através de eventos reais e contemporâneos (MIGUEL et. al., 2010). De acordo commarconi e Lakatos (2008) a pesquisa exploratória tem por objetivo tornar mais claro para o pesquisador o assunto estudado dando embasamento nas suas pesquisas atuais e futuras. Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado, na pesquisa exploratória, a entrevista em profundidade que, conformemalhotra (2012), é uma entrevista semi-estruturada, direta, pessoal, em que um único respondente é testado por um entrevistador, para descobrir motivações, crenças, atitudes e sensações subjacentes sobre um tópico. O levantamento de dados foi feito através de observação direta. ParaMarconi e Lakatos (2008) a observação direta é uma técnica de coleta de dados com o intuito de conseguir informações, utilizando muitas vezes os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Foi feito, conjuntamente, uma entrevista semiestruturada que, de acordo com Flick (2009), contém respostas claras e imediatas, pois deixam o entrevistado responder espontaneamente, sendo complementadas por formas implícitas de abordar o assunto. O método de trabalho que foi utilizado está contemplado na Figura 2. Figura 3 - Método de trabalho 10

Fonte: elaborado pelos autores O primeiro passo foi o levantamento de material, tais como pesquisas em livros, artigos, periódicos e revistas, para o embasamento teórico sobre resíduos hospitalares quanto a sua classificação, tipos, coleta e transporte. Em seguida, o desenvolvimento das questões pertinentes que foram abordadas aos entrevistados. Realizado o desenvolvimento das questões, o próximo passo foi a busca de hospitais. O intuito foi de encontrar um hospital particular e um público, na região sul do Estado, a fim de obter informações que possibilitassem comparações entre diferentes tipos de hospitais. Além disso, o acesso direto com o gestor responsável da área de segregação de resíduos facilitaria a coleta dessas informações. Para as entrevistas, seguiu-se um roteiro de questões que eram anotadas no momento das entrevistas. Ao final, realizou-se uma comparação com os resultados obtidos na entrevista com o encontrado na literatura. 4. Análise e resultados As análises serão realizadas dentro de quatro grandes categorias que são: i) resíduos gerados; ii) identificação e segregação; iii) coleta e transporte interno, eiv) quantidades geradas e destinação final. Essas análises foram realizadas para os dois hospitais onde foi realizado o estudo. 4.1 Hospital A O Hospital A possui uma infraestrutura de quatro pavimentos com capacidade de 134 leitos, uma unidade de tratamento intensivo e três salas de cirurgia. Além disso, é detentora das seguintes unidades: Emergência, Centro de Especialidades e Diagnósticos, Ala dos Cristais, 11

Ala das Esmeraldas, Farmácia Interna, Centro Obstétrico, Unidade de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico, Pediatria, Maternidade, Cafeteria, Auditório, Administração e Serviços de Apoio.O hospital é particular, mas 88% dos atendimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) abrangendo algumas cidades da região do Vale dos Sinos. Também é importante salientar que neste hospital existe uma responsável técnica para o gerenciamento dos RSU. 4.1.1 Resíduos gerados No Quadro 5 pode-se observar o modelo utilizado pelo hospital A para classificar os resíduos. Quadro 5 Modelo de classificação utilizado pelo hospital A Fonte: elaborado pelos autores A partir da geração dos resíduos, há a identificação e segregação, conforme abordado no próximo item. 4.1.2 Identificação e segregação Todas as identificações são feitas com uma etiqueta colada em cima das lixeiras. Cada tipo de resíduo é diferenciado pela cor do saco. Segue abaixo o Quadro 6 que mostra como são identificados os tipos de resíduos. Quadro 6 Classe, características e imagens das lixeiras no Hospital A 12

Fonte: elaborado pelos autores Os resíduos alimentares gerados pelo refeitório são classificados como resíduos comuns orgânicos, já os alimentos dos pacientes em isolamento são considerados resíduos contaminados. Nota-se que neste hospital não há geração de resíduos do grupo C, ou seja, resíduos radioativos, que são materiais provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. 4.1.3 Coleta e transporte interno A coleta dos resíduos é feita por turno, o recolhimento é realizado pela equipe de higienização, que utiliza todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários. Os resíduos são transportados em um expurgo (carrinho com tampa e sem divisórias). E neste 13

caso todos os tipos de resíduo gerados vão para o mesmo expurgo. Cada setor tem um expurgo e este é colocado em uma sala à espera da coleta geral que é feita uma vez ao dia.após, os resíduos são levados para a Central de Resíduos situada em um depósito coberto e externo ao hospital. Nesta Central há divisórias para cada tipo de resíduo, como visto no Quadro 7, e bombonas diferenciadas. Quadro 7 Tipos de armazenamentos Fonte: elaborado pelos autores Pode-se notar que há uma separação dos resíduos, identificados, porém alguns, tais como plásticos e papéis, ficam expostas ao meio ambiente, podendo atrair animais não desejáveis ao meio em que se encontram. Além disso, os resíduos perigosos estão no mesmo local dos outros, onde deveriam estar em áreas separadas e isoladas. A seguir, a quantidade gerada e o destino final dos resíduos no Hospital A. 4.1.4 Quantidade de resíduos e destinação final 14

Na Tabela 1, encontram-se as quantidades de resíduos geradas no hospital A, assim como a destinação final. Tabela 1 - Quantidades e destinação final dos resíduos gerados no Hospital A Fonte: elaborada pelos autores A empresa Aborgama faz o recolhimento dos resíduos do grupo A e E a cada 15 dias e do grupo B duas vezes por semana, a empresa fica responsável pela incineração dos mesmos. Para fazer a coleta dos resíduos químicos o hospital deve enviar um e-mail à empresa avisando que há esse tipo de material para ser recolhido, assim como uma nota fiscal e um relatório com detalhes dos resíduos. O custo mensal para este serviço gira em torno de R$ 3.250,00 (três mil duzentos e cinquenta reais). A prefeitura recolhe o lixo comum. Os resíduos recicláveis são vendidos a uma cooperativa e geram em torno de R$ 200,00 (duzentos reais) ao mês. O óleo de cozinha é doado a uma empresa que o utiliza para a produção de solas de sapatos. Enfim, há um controle em relação à logística de destino dos resíduos à reciclagem, porém a armazenagem desses deveria ser ter um acondicionamento de acordo com a necessidade de cada classe de resíduo. Isso acarretaria positivamente em diversos fatores, tais como: higiene, menor risco de perfuração de material prefurocortante por parte dos colaboradores, mistura de resíduos, entre outros. 4.2 Hospital B A instituição hospitalar B possui 61 anos de experiência na área de saúde, com 180 leitos e capacidade de atendimento de 534 pacientes/mês, destes 90% são atendidos pelo SUS, porém, a partir do ano de 2013, o hospital será 100% público. Realiza atendimentos de urgência e emergência, cirurgias gerais, vídeo cirurgia, medicina interna, ginecologia, obstetrícia, UTI 15

neonatal, UTI adulto, pediatria e traumatologia. 4.2.1 Resíduos Gerados Há a geração de todos os grupos de resíduos, porém os resíduos do tipo C não são de responsabilidade dohospital, pois a geração destes resíduos é de serviços terceirizados. 4.2.2 Identificação e Segregação Cada grupo de resíduos possui um saco de cor diferente. A maioria das lixeiras possui pedal e tampas, todas com adesivo de identificação. Todos os resíduos gerados pelos pacientes são considerados resíduos contaminantes. A segregação dos resíduos do grupo B, exceto os frascos e ampolas é de responsabilidade das empresas terceirizadas, porém é o hospital que deve dar a destinação final a eles. No Quadro 8,apresenta-se de acordo com a classe, a cor do saco utilizado, assim como o tipo de lixeira. Quadro 8 Classe, cor do saco, tipo de lixeira e imagens das lixeiras no Hospital B 16

Fonte: elaborado pelos autores Nota-se que neste hospital, também não foi considerado os resíduos radioativos, tendo em vista que não é de responsabilidade do hospital. Porém, isto não isenta o hospital da responsabilidade em manter a integridade da saúde de seus colaboradores e pacientes. 4.2.3 Coleta e Transporte Interno A coleta é feita pelo pessoal da higienização. Os resíduos são levados a uma sala própria de cada setor. Ao fim de cada turno, um responsável pela central de resíduos faz o transporte dos mesmos. Este depósito é coberto e externo ao hospital. Há uma porta que liga diretamente o deposito à rua, por onde as empresas responsáveis pela coleta fazem a coleta destes resíduos. 17

Na figura 11 a bombona de armazenamento. Figura 11 Bombona para armazenamento de vidros recicláveis Fonte: elaborado pelos autores Neste caso, não foi permitido ao grupo de pesquisadores obterem imagens da central de resíduos, pois a mesma se encontrava em reforma. Assim sendo, a Figura 11 é o único exemplo obtido da bombona utilizada na central. 4.2.4 Quantidades Geradas e Destinação Final Na Tabela 2, encontram-se as quantidades de resíduos geradas no hospital B, assim como a destinação final. Tabela 2 - Quantidades e destinação final dos resíduos gerados no Hospital B Fonte:elaborada pelos autores A empresa Ambiental faz o recolhimento dos resíduos A, B e E. Os resíduos comuns (recicláveis, orgânicos e não recicláveis) são doados para uma cooperativa. 4.3 Comparativo de manejo entre os hospitais Em relação à identificação dos resíduos sólidos hospitalares, existem algumas diferenças entre os dois hospitais. Em relação à segregação, acondicionamento e transporte interno, os dois 18

hospitais estão de acordo com as normas, pois, em todas as lixeiras há etiquetas com símbolo e o tipo de resíduo que deve ser depositado nas mesmas, é segregado corretamente, com lixeira e cor do saco especifico. Em relação à identificação, no hospital B, os resíduos recicláveis como papel e plásticos não são identificados e nem separados corretamente. Já o transporte interno, nos dois hospitais acontece em horários específicos. No hospital A esse transporte é feito duas vezes ao dia e no hospital B ao final de cada turno.sendo que no hospital B, quem realiza este transporte é uma pessoa responsável pela central de resíduos. Tabela 3 - Comparativa de manejo dos RSS entre as normas e os hospitais A e B Fonte:elaborada pelos autores A armazenagem temporária no Hospital A é feita em uma sala que não é própriasomente para isso, podendo haver contaminações aos funcionários que frequentam este ambiente. O armazenamento externo, nos dois hospitais é coberto, porém, no Hospital B, não há divisórias especiaispara cada tipo de resíduo. O tratamento dos resíduos no Hospital B não é gerenciado corretamente, pois há falhas em conhecimento sobre a destinação final, além da forma correta da coleta e transporte externo. Como por exemplo, neste hospital, um carroceiro coleta todos os resíduos que não são considerados contaminados, inclusive alimentos, tudo misturado. 19

Nos dois hospitais a coleta dos resíduos contaminados é feita por empresas terceirizadas que são responsáveis pela destinação final dos resíduos. Em relação aos resíduos recicláveis, o Hospital A vende-os a uma cooperativa que os destina corretamente. 5. Conclusões O gerenciamento adequado dos resíduos é uma preocupação que atinge a maioria da sociedade. Isto se torna incisivo dentro dos hospitais, pois os mesmos possuem uma série de resoluções e regulamentações que devem ser seguidas. Nos hospitais onde foram realizadas as entrevistas para o embasamento desta pesquisa, visualizou-se que há interesse e preocupação no assertivo gerenciamento, porém a verba pública para tal, dificultam ações de melhorias. No hospital A, devido o gerenciamento ser feito por uma responsável técnica engajada nesta questão, existe comprometimento com o tratamento dos resíduos. Já no hospital B percebesedeficiência neste tratamento. Por ser um hospital 100% municipal, as melhorias que devem ser feitas para a correta gestão dos resíduos sólidos, não ocorrem por falta de investimentos. Ademais, não há um gestor dedicado exclusivamentenesta área. O que existe atualmenteé apenas a consciência da relevância deste gerenciamento. Para trabalhos futuros, sugere-se a analise de hospitais particulares, a fim de comparar o gerenciamento e, com isso, auxiliar, de certa forma, os hospitais públicos a obterem investimentos suficientes para o correto gerenciamento de seus resíduos, dado a gravidade do problema. REFERÊNCIAS ABNT, NBR 1004/2004. Resíduos Sólidos - Classificação. Norma Brasileira. 2 ed., Rio de Janeiro, 2004. ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. São Paulo, 2012. ABETRE Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos. Classificação de resíduos sólidos norma ABNT NBR 10.004:2004.2006. BRASIL. Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010. Instituição Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03 /_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm.> Acesso em 18 fev. 2015. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE CONAMA. Resolução nº 5, de 5 de agosto de 1993.Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e 20

rodoviários. Disponível em: < http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/rsulegis_03.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2015. FLICK, U. Introdução à Pesquisa Qualitativa. Porto Alegre: Bookmann, 2009. MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 6 ed., Porto Alegre: Bookman, 2012. MARKONI, M.; LAKATOSE.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008. MAROUN, Christianne Arraes. Manual de Gerenciamento de Resíduos. SEBRAE/RJ. Rio de Janeiro:2006. MIGUEL, P. A. C, et al. Metodologia de Pesquisa em Engenharia de Produção e Gestão de operações. Rio de Janeiro: Campus. 2010 PATRIOTA, Patrícia. Mais de 30 municípios do Rio não tratam do lixo hospitalar, diz IBGE. Notícias. Revista digital Ambiental Sustentável. Nov. 2011. Disponível em: <http://ambientalsustentavel.org>. Acesso em: 10 dez. 2014. RESÍDUO de hospital vai para lixão, afirma IBGE. Folha de São Paulo. Cotidiano. São Paulo, 2011. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2310201121.htm> Acesso em 08 dez. 2014. KARPINSK, L.A; PANDOLFO, A.; REINEHR, R.; KUREK, J.; PANDOLFO, L.; GUIMARÃES, J. Gestão diferenciada de resíduos da construção civil: uma abordagem ambiental.porto Alegre: Edpucrs. 2009. YIN, R. K. Case Study Research: Design and Methods. Thousand Oaks: Sage. 2009. 21