Boletim Informativo n.º 25 SUMÁRIO REUNIÃO TRANSFONTEIRIÇA ESPANHA- PORTUGAL Pág. 1 MECANISMO INTERLIGAR EUROPA GALILEO SATELITE EUROPEU Pág. 2 FRONTEIRAS INTELIGENTES Pág. 3 LUTA CONTRA AS NOVAS DROGAS SINTÉTICAS PUBLICAÇÕES outubro 2011 Pág. 4 Pág. 5 Reunião Transfonteiriça Espanha Portugal Balanço do 25.º Aniversário da Adesão à UE e Desafios para 2012 O Centro de Informação Europe Direct de Lamego marcou presença em Zamora e Bragança, nos dias 17 e 18 de Outubro, na Reunião Transfronteiriça Espanha Portugal das Redes de Informação Europeia, que teve como mote a comemoração do 25.º aniversário da entrada dos dois países na União Europeia. O primeiro dia foi subordinado às conclusões dos fóruns de Comemoração dos 25 anos da entrada na UE de Espanha e Portugal; às Prioridades de Comunicação de 2012, nomeadamente ao Quadro Financeiro plurianual 2014-2020; à Estratégia Europa 2020; ao Programa Juventude em Movimento; e à experiência do Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha 2007-2013. Numa altura de crise económica e financeira na Europa, os oradores referiram que é preciso destacar a Europa dos valores, dos cidadãos e da paz, e o seu papel no mundo, lembrando que a Europa nasceu como um projecto de paz e união entre os povos, o que permitiu conservar a paz no velho continente desde a 2.ª Guerra Mundial. Abordou-se o conceito e o significado da cidadania europeia, uma iniciativa da Península Ibérica, para salientar que todos os tratados têm evoluído no sentido de uma maior democratização e participação dos cidadãos, em particular pelo papel cada vez mais relevante do Parlamento Europeu que tem sido reforçado ao longo dos tratados, e em que os cidadãos são convidados a participar cada vez mais, e de uma forma estreita, no processo de construção europeia. Durante o segundo dia, que decorreu em Bragança, as comunicações focaram-se na cooperação transfronteiriça entre Espanha e Portugal e no intercâmbio de boas práticas das redes de informação europeia. Nos painéis abordados, destacou-se a importância e realidade da cooperação transfronteiriça entre os dois países e o papel crucial que é atribuído às redes de informação europeia na divulgação das políticas comunitárias. Alexandre Rosas, Vice-Presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional, organismo responsável em Portugal pela coordenação do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e Solidariedade entre Gerações em 2012, enfatizou a Região Norte como a mais pujante na cooperação e nos projectos transfronteiriços com a vizinha Espanha e enumerou algumas vantagens recíprocas da adesão dos dois países à UE. No entanto, referiu que é necessário resolver o problema da acreditação das carteiras profissionais de ambos os lados da fronteira para que os cidadãos possam trabalhar livremente e sem obstáculos legislativos que, em alguns casos, ainda os impedem de exercer a sua profissão do outro lado da fronteira. As redes de informação Propriedade: Centro de Informação EUROPE DIRECT de Lamego Câmara Municipal de Lamego Contactos: Loja Ponto Já - Bloco da Feira 5100-096 Lamego Portugal Tel. +351 254 611342 www.europedirect-lamego.eu europe.direct@cm-lamego.pt
europeia tiveram ainda a oportunidade de realizar uma mostra dos seus projectos e fazer um intercâmbio de experiências e execução de boas práticas, contribuindo assim para melhorar a sua actuação junto dos cidadãos. De facto, a edificação e concretização de uma Europa coesa e competitiva apenas será possível com a participação dos cidadãos de todo o espaço comunitário. Torna-se por isso pertinente consciencializa-los para a importância da sua participação cívica nas decisões comunitárias, concedendo-lhes espaços onde possam dar a conhecer as suas preocupações, dificuldades e anseios, fomentando o diálogo entre os diferentes patamares de decisão. Organizado pelas Representações da Comissão Europeia em Portugal e Espanha, em parceria com a Fundação Rei Afonso Henriques, a Câmara Municipal de Bragança e os EDIC de Bragança e Zamora, este encontro ibérico permitiu aos membros das redes de informação aprofundar os seus conhecimentos acerca da União Europeia, retratar os 25 anos de Portugal e Espanha na UE e identificar desafios para 2012, partilhar a execução de boas práticas e exemplos de cooperação transfronteiriça, proporcionando um intercâmbio de experiencias e uma reflexão sobre o processo de construção europeia. Mecanismo Interligar a Europa: Comissão adopta plano de 50 mil milhões de euros para estimular as redes europeias A Comissão Europeia apresentou a 19 de Outubro um plano que prevê um financiamento de 50 mil milhões de euros para investimentos destinados a melhorar as redes europeias no domínio dos transportes, da energia e da tecnologia digital. Os investimentos em infra-estruturas essenciais contribuirão para a criação de emprego e reforçarão a competitividade da Europa no momento em que se revela mais necessário. O «Mecanismo Interligar a Europa» irá financiar projectos que preenchem os elos em falta das redes europeias no domínio da energia, dos transportes e das infra-estruturas digitais. Assegurará igualmente uma economia europeia mais «verde», ao promover modos de transporte mais ecológicos e ligações em banda larga de elevado débito e facilitará a utilização de energias renováveis, em conformidade com a estratégia «Europa 2020» GALILEO: Europa lança os seus primeiros satélites para um sistema de navegação inteligente No dia 21 de Outubro, pelas 12h30 CET, em Kourou, na Guiana Francesa, a Europa deu um importante passo na História ao lançar os dois primeiros satélites operacionais Galileo, com um lançador Soyuz que os colocará em órbita a 23 000 quilómetros. A Europa encontra-se agora mais perto de obter o seu próprio Sistema Inteligente de Navegação por Satélite, que trará inúmeros benefícios para as nossas economias e vidas quotidianas. A indústria europeia será a primeira beneficiária do programa Galileo, que proporciona às empresas e aos cidadãos o acesso directo a um sinal de navegação por satélite produzido pela Europa. 2
Comissão Europeia quer facilitar acesso ao seu território e reforçar segurança FRONTEIRAS INTELIGENTES A União Europeia deve dotar-se de sistemas mais modernos e eficazes de gestão dos fluxos de viajantes nas suas fronteiras externas. A Comissão Europeia adoptou no dia 25 de Outubro uma comunicação que apresenta as principais opções relativas à utilização das novas tecnologias visando simplificar a vida dos viajantes estrangeiros que se deslocam frequentemente à União Europeia, bem como controlar melhor a passagem das suas fronteiras pelos nacionais de países terceiros. Para numerosos países membros assegurar uma passagem fluida e rápida das fronteiras aos viajantes, sem deixar de garantir um nível adequado de segurança, representa um desafio importante. Cada ano, mais de 700 milhões de cidadãos da UE e de nacionais de países terceiros atravessam as fronteiras externas da UE. Este número deverá aumentar consideravelmente no futuro. Até 2030, o número de viajantes que transitará pelos aeroportos europeus pode vir a registar um aumento de 80%, o que se traduzirá em maiores atrasos e filas de espera mais longas se os procedimentos de controlo nas fronteiras não forem modernizados atempadamente. A UE tem interesse em facilitar o mais possível a vinda de turistas e de pessoas que se deslocam por razões profissionais à Europa. Contexto A iniciativa «Fronteiras inteligentes» consiste no seguinte: - Um sistema de registo de entradas/saídas, que introduziria numa base de dados electrónica a hora e o lugar de entrada, bem como a duração da estada autorizada, substituindo o actual sistema de aposição de carimbos nos passaportes. Esses dados seriam seguidamente transmitidos às autoridades responsáveis pelos controlos das fronteiras e imigração. - Um programa de viajantes registados que simplificaria os controlos fronteiriços para determinadas categorias de viajantes frequentes (por exemplo, viajantes por razões profissionais, familiares, etc.) de países terceiros que poderiam, após terem sido objecto de um adequado controlo prévio simplificado, entrar na UE através da passagem de cancelas automatizadas. Esta medida permitiria que entre 4 a 5 milhões de viajantes por ano passassem as fronteiras mais rapidamente, o que fomentaria os investimentos a favor da modernização dos sistemas de controlo automatizado das fronteiras (por exemplo, através de passaportes electrónicos) nos principais pontos de entrada e saída. A implementação destes sistemas deve ser debatida em função do seu valor acrescentado, das suas implicações a nível tecnológico e de protecção de dados, bem como dos seus custos. A Comissão irá agora debater todos estes elementos com o Parlamento Europeu, o Conselho e a Autoridade Europeia para a Protecção de Dados, tencionando apresentar as correspondentes propostas legislativas durante o próximo ano. Para mais informações Página Web de Cecilia Malmström, Comissária responsável pelos Assuntos Internos: http://ec.europa.eu/commission_2010-2014/malmstrom/welcome/default_en.htm Página Web da Direcção-Geral dos Assuntos Internos: http://ec.europa.eu/dgs/home-affairs/index_en.htm 3
COMISSÃO EUROPEIA quer reforçar a resposta da UE na LUTA CONTRA AS NOVAS DROGAS SINTÉTICAS A Comissão Europeia deu um novo impulso à política de luta contra a droga, anunciando uma revisão geral das regras da UE no domínio da luta contra as drogas ilícitas, em especial as novas substâncias psicoactivas que imitam os efeitos de drogas perigosas como o ecstasy ou a cocaína e constituem um problema cada vez mais grave. A UE identificou um número sem precedentes de 41 substâncias deste tipo em 2010, contra 24 no ano anterior. O acesso a estas drogas está a expandir-se na Internet e propagaram-se rapidamente em muitos países membros, que enfrentam grandes dificuldades para impedir a sua venda. Entretanto, outras drogas novas estão a entrar no mercado. Nos últimos dois anos, verificou-se que todas as semanas surgia uma nova substância. Os países membros isoladamente não conseguem impedir a propagação das drogas: as medidas de repressão a nível nacional podem simplesmente levar os infractores a deslocarem a produção de drogas para países vizinhos ou a alterar as rotas do tráfico. Com o Tratado de Lisboa actualmente em vigor, a UE dispões de novos instrumentos para lutar contra o flagelo da droga. Nos próximos meses, a Comissão irá estabelecer regras mais claras e mais firmes em matéria de luta contra as novas drogas e o seu tráfico - tanto de drogas ilícitas como de produtos químicos utilizados no seu fabrico. De acordo com um recente inquérito Eurobarómetro, as novas drogas sintéticas, que podem ser tão perigosas como as substâncias proibidas, são cada vez mais populares, tendo 5 % dos jovens europeus afirmado que já as consumiram. Os dados relativos ao consumo são mais elevados na Irlanda (16 %), na Polónia (9 %), na Letónia (9 %), no Reino Unido (8 %) e no Luxemburgo (7 %). O referido inquérito revelou que em todos os 27 países da UE, uma grande maioria de jovens entre 15 e 24 anos é favorável à proibição destas substâncias. Para combater esta ameaça crescente, a Comissão apresentou uma nova abordagem visando uma resposta europeia mais firme, graças às medidas seguintes: - Uma legislação da UE mais severa em matéria de novas substâncias psicoactivas, de modo a que a UE possa dar uma resposta mais rápida, incluindo a possibilidade de interdições temporárias, bem como impedir a sua venda por Internet; - Um novo instrumento legislativo da UE relativo à luta contra o tráfico transfronteiras de droga por meio do direito penal: a Comissão irá melhorar a definição de infracções e sanções e introduzir obrigações mais rigorosas para os países membros em matéria de comunicação de informações; - Novas normas da UE para reforçar o controlo sobre os produtos químicos utilizados na produção de drogas; - Normas mais eficazes que visem privar os traficantes de droga dos seus ganhos financeiros: nas próximas semanas, a Comissão irá propor normas sobre o confisco e a recuperação de activos relacionados com crimes graves, incluindo o tráfico de droga; Um reforço da cooperação a nível internacional, em especial com os países produtores e de trânsito de fora da UE, assim como com os países considerados como importantes pontos de entrada da droga na Europa. 4
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