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Fls. 1 0 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 221 - Data 14 de agosto de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA. BASE DE CÁLCULO. VENDAS A EMPRESAS COMERCIAIS EXPORTADORAS. As vendas a empresas comerciais exportadoras não podem ser excluídas da base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). DESCONTOS INCONDICIONAIS. Na determinação da base de cálculo da CPRB são excluídos os descontos incondicionais concedidos. Consideram-se descontos incondicionais os que constarem da nota fiscal de venda de bens ou de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. Dispositivos Legais: Lei nº 12.546, de 2011, arts. 9º, II, a, e 7º, I; Instrução Normativa (IN) SRF nº 51, de 1978, item 4.2; IN RFB nº 1.436, de 2013, art. 3º, I, a, e 1º; Solução de Consulta nº 34, de 2013. Relatório 1. A interessada, pessoa jurídica de direito privado com ramo de atividade Fabricação de peças e acessórios para o sistema de direção e suspensão de veículos automotores CNAE 29.44-1-00, formula consulta sobre interpretação da legislação tributária, atualmente regulamentada pela Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013 (norma de regência do presente processo, conforme explicita o seu art. 34), acerca da base de cálculo da contribuição previdenciária de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011. 2. Informa que é fabricante de produtos classificados nas posições 8708 de NCM, estando abrangida na desoneração da folha de pagamento, devendo recolher a Contribuição previdenciária sobre a receita bruta, e tem em suas operações, vendas para 1

Fls. 2 Companhias Exportadoras com fim específico para exportação, assim como vendas para empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus. 3. Afirma que a alínea a do inciso II do art. 9º da Lei nº 12.546, de 2011, prevê a exclusão da receita bruta de exportações da base de cálculo da contribuição previdenciária em exame; porém, diz não ter encontrado na legislação definição quanto à inserção das vendas com fim específico de exportação no conceito de exportações. 4. Igualmente, a consulente não encontrou na legislação esclarecimentos sobre se no conceito de descontos incondicionais, previsto no inciso I do 7º do art. 9º dessa Lei, estão incluídos os descontos concedidos em razão dos tributos desonerados por ocasião das vendas para a Zona Franca de Manaus. 5. Diante disso, questiona: a) Podem ser excluídas da base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, as Vendas para Companhias Exportadoras com fim específico de Exportação? b) Podem ser excluídos da base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, os Descontos concedidos nas Vendas para a Zona Franca de Manaus? Fundamentos 6. Os dispositivos da Lei nº 12.546, de 2011, que interessam à solução da consulta estão assim escritos (destacou-se): Art. 8º Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1% (um por cento), em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo I. (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) Art. 9º Para fins do disposto nos arts. 7º e 8º desta Lei: II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta: (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) a) de exportações; e (Incluída pela Lei nº 12.844, de 2013) 7º Para efeito da determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da receita bruta: (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) 2

Fls. 3 7. No que toca à primeira questão ( Vendas para Companhias Exportadoras ), após a apresentação da consulta, foi editada a Instrução Normativa RFB nº 1.436, de 30 de dezembro de 2013, que veio disciplinar a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), destinada ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), devida pelas empresas referidas nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011. O art. 3º dessa Instrução Normativa trata da base de cálculo da contribuição e esclarece a dúvida da consulente (destacou-se): Art. 3º Na determinação da base de cálculo da CPRB, serão excluídas: I - a receita bruta decorrente de: a) exportações diretas; e b) transporte internacional de cargas, observado o disposto no 2º; II - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; III - o Imposto sobre Itens Industrializados (IPI), se incluído na receita bruta; e IV - o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 1º A receita bruta proveniente de vendas a empresas comerciais exportadoras compõe a base de cálculo da CPRB. 2º A exclusão da receita referida na alínea "b" do inciso I do caput aplica-se a partir do dia 28 de dezembro de 2012. 7.1. Em resumo, as vendas a empresas comerciais exportadoras não podem ser excluídas da base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), consoante estipula o art. 3º, inciso I, alínea a, e 1º, da Instrução Normativa RFB nº 1.436, de 2013. 8. Quanto à segunda questão (conceituação de descontos incondicionais), há que recordar a existência de integração da legislação do Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da CPRB, conforme reconhece a Administração Tributária no Parecer Normativo RFB nº 3, de 21 de novembro de 2012, e no Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 2, de 24 de abril de 2014. 9. Tal como sucede na legislação da CPRB, a legislação do IRPJ (e também da Contribuição para o PIS/Pasep e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins) também se reporta aos descontos incondicionais, ao abordar o tópico da receita bruta (art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, na redação dada pelo art. 2º da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014). 10. Assim, é de se adotar a orientação desta Coordenação-Geral de Tributação (), expressa na Solução de Consulta nº 34, de 21 de novembro de 2013, cuja íntegra está disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na internet 3

Fls. 4 (www.receita.fazenda.gov.br), mediante a seleção das opções Legislação e Soluções de Consulta. 11. O item 4.2. da Instrução Normativa SRF nº 51, de 3 de novembro de 1978, esclarece o que se entende por descontos incondicionais, os quais são correntemente também conhecidos como descontos comerciais (destacou-se): 4.2 - Descontos incondicionais são parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. 11.1. Os descontos incondicionais são deduzidos da receita bruta, para efeito de apuração do IRPJ (arts. 2º, 25, inciso I, e 27, inciso I, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996) e da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins (art. 3º, 2º, inciso I, da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998); e, do ponto de vista da pessoa jurídica adquirente dos bens ou serviços, constituem parcela redutora do custo de aquisição, não configurando receita, portanto. 11.2. De outra parte, como se depreende da própria definição precedente, os descontos condicionais (também ditos descontos financeiros) são aqueles que dependem de evento posterior à emissão da nota fiscal, usualmente, do pagamento da compra dentro de certo prazo. Esses descontos configuram receita financeira para o comprador e despesa financeira para o vendedor, em consonância com os arts. 373 e 374 do Regulamento do Imposto de Renda RIR/1999 (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999). 12. Por conseguinte, se os descontos concedidos em razão dos tributos desonerados por ocasião das vendas para a Zona Franca de Manaus satisfizerem as condições de constarem da nota fiscal de venda dos bens e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos, eles poderão ser excluídos da base de cálculo da CPRB. Conclusão 13. Ante o exposto, propõe-se responder à consulente nos termos que se seguem. 13.1. As vendas a empresas comerciais exportadoras não podem ser excluídas da base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), consoante estipulam o art. 3º, inciso I, alínea a, e 1º, da Instrução Normativa RFB nº 1.436, de 2013. 13.2. Os descontos concedidos em razão dos tributos desonerados por ocasião das vendas para a Zona Franca de Manaus poderão ser excluídos da base de cálculo da CPRB se constarem da nota fiscal de venda dos bens e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. À consideração superior. MARCOS VINICIUS GIACOMELLI Auditor-Fiscal da RFB 4

Fls. 5 De acordo. Encaminhe-se à Coordenadora da Copen. IOLANDA MARIA BINS PERIN Auditora-Fiscal da RFB - Chefe da SRRF10/Disit De acordo. Ao Coordenador-Geral da para aprovação. MIRZA MENDES REIS Auditora-Fiscal da RFB - Coordenadora da Copen Ordem de Intimação Aprovo a Solução de Consulta. Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da IN RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência ao interessado. FERNANDO MOMBELLI Coordenador-Geral da 5