Manual de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho

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Transcrição:

Manual de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho 1ª Edição 2019 Hospital Escola Universidade Federal de Pelotas EBSERH Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares Aplicação: Aprovado em: Revisado em: Codificação: MAN-HE-USOST- 001 Edição: 10 CÓPIA CONTROLADA Página 1 de

2019, EBSERH. Todos os direitos reservados Hospital Escola Universidade Federal de Pelotas Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH www.heufpel.com.br Material produzido pela Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho do Hospital Escola - UFPel com base em Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, Cartilha de Proteção Respiratória da Anvisa, Programa de Proteção respiratória da Fundacentro, Diretrizes da OMS, Manuais publicados pela Anvisa e Análises de Risco desenvolvidas pelo SOST do HE-UFPel. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. Universidade Federal de Pelotas Hospital Escola 2019, p.37 Palavras-chaves: 1 Saúde ; 2 Segurança Universidade Federal de Pelotas Hospital Escola Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares Rua Professor Araújo, 538 CEP: 96020-360 Pelotas RS Telefone: (53) 3284 4900 Site: www.heufpel.com.br CÓPIA CONTROLADA Página 2 de 39

PEDRO RODRIGUES CURI HALLAL Reitor SAMANTA WICK MADRUGA Superintendente MATEUS MADAIL SANTIN Gerente Administrativo CAROLINA ZIEBELL Gerente de Atenção à Saúde BEATRIZ FARIAS VOGT Gerente de Ensino e Pesquisa Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho Produção Felipe Vieira Camerini Chefe da Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho Validação Samanta Winck Madruga Superintendência HE UFPel EBSERH Aprovação CÓPIA CONTROLADA Página 3 de 39

SUMÁRIO 1. Objetivo do manual 5 2. Campo de aplicação 5 Abrangência 5 3. Responsabilidades 5 4. Instruções Gerais 5 4.1. Restrições a serem observadas 5 5. Segurança Biológica 5 5.1. Requisitos gerais para segurança biológica 6 5.2. Higienização das mãos 6 5.3. Paramentação para exposição a agentes biológicos 9 5.4. Precauções 12 5.5. O que fazer em caso de acidente com exposição biológica 14 6. Análises clínicas 14 6.1. Transporte de material 14 6.2. Manipulação de material biológico 15 6.3. Posição e Fixação dos tubos de amostra 15 6.4. Procedimentos sobre bancada 15 6.5. Exame de gasometria 15 6.6. Bico de Bunsen 16 6.7. Descarte de resíduos líquidos das máquinas 16 7. Segurança na Manipulação de Materiais Perfurocortantes 16 7.1. Requisitos gerais para perfurocortantes 16 7.2. Em cirurgias 17 7.3. Na aplicação de medicamentos 17 8. Químicos 18 8.1. Requisitos gerais para químicos 18 8.2. Gases 18 8.3. Quimioterápicos Antineoplásicos 19 9. Radiação Ionizante 20 9.1. Princípios gerais de exposição dos trabalhadores 23 9.2. Medidor individual de radiação de leitura indireta (Dosímetro) 24 9.3. Limites de exposição Ocupacional 24 9.4 Sinalização 24 9.5. Manutenção de equipamentos 25 10. Em caso de acidentes 25 11. EPI - Equipamentos de Proteção Individual Paramentação 33 12. Tipos de Avental 37 13. Exames Períodicos CÓPIA CONTROLADA Página 4 de 39

1. OBJETIVO DO MANUAL Trazer informações inerentes aos riscos associados às atividades desempenhadas, bem como apresentar requisitos de segurança que promovam a prevenção da exposição ocupacional pela forma correta de execução dos procedimentos. 2. CAMPO DE APLICAÇÃO As orientações contidas nesse manual se aplicam aos trabalhadores em atividade no HE UFPEL. 2.1. Abrangência: Além dos trabalhadores, os riscos existentes podem ser extensíveis aos pacientes, visitantes e à população que circula no entorno da Unidade Hospitalar. Por este motivo, fazse necessário a aplicação abrangente das instruções contidas nesse manual 3. RESPONSABILIDADES Ao empregador, providenciar todos os recursos e meios necessários para a execução segura das atividades, de modo a garantir a preservação da saúde e a integridade física dos trabalhadores. Aos trabalhadores, cumprir com todos os requisitos da legislação vigente, aderir às normativas internas e aos programas de Saúde e Segurança do Trabalho desenvolvidos pelo empregador. 4. INSTRUÇÕES GERAIS As instruções gerais contemplam medidas de controle que são comuns a dois ou mais setores, atividades ou riscos identificados na Unidade Hospitalar. 4.1 Restrições a serem observadas As seguintes ações são proibidas nas instalações do hospital: Fumar; Usar adornos (colares, anéis, brincos, entre outros); Manusear lentes de contato nos postos de trabalho; Consumir alimentos e bebidas nos postos de trabalho; Utilizar pias de trabalho para fins indevidos; Deixar o local com EPIs, instrumentos, acessórios ou vestimentas utilizadas em suas atividades; Manusear objetos de uso comum, utilizando luvas possivelmente contaminadas; Guardar alimentos em locais não destinados para este fim; e Usar calçados abertos. CÓPIA CONTROLADA Página 5 de 39

5. SEGURANÇA BIOLÓGICA 5.1. Requisitos gerais para segurança biológica: Todo material biológico, a princípio, deve ser tratado como contaminado. As superfícies de trabalho devem ser constantemente limpas e desinfectadas, especialmente após a realização de procedimentos. Caso identifique a contaminação do piso por qualquer circunstância, solicite na mesma hora auxílio à equipe de higienização. Não devem ser deixados materiais contaminados de qualquer espécie junto aos pacientes. Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação do médico do trabalho. Todos os trabalhadores devem manter o esquema vacinal atualizado, conforme agendamento da carteira de vacinação e orientações da Medicina do Trabalho. A cada nova atualização a carteira de vacinação deve ser apresentada ao SOST. 5.2 Higienização das mãos A higienização das mãos é importante medida de prevenção e redução de infecções, que além de promover a segurança do paciente, profissionais e usuários da instituição, pode prevenir a proliferação infecciosa e o desenvolvimento de patologias dentro e fora do ambiente hospitalar. A Higienização das mãos pode ser efetuada por meio de água e sabão e, quando não houver sujidade aparente, pode se dar com álcool a 70%. Quando devemos higienizar as mãos: Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; Antes e após usar o banheiro; Antes e após as refeições; Antes do preparo de alimentos; Antes e após o preparo e manipulação de medicamentos; Antes e após tocar o paciente; Antes de realizar procedimentos invasivos e manusear os instrumentos; Antes de tocar na máscara respiratória a ser usada; Ao mover-se de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento ao mesmo paciente; e Após contato com fluidos corporais ou excreções, membranas mucosas, pele não intacta ou curativos. A utilização das luvas não substitui o processo de higienização das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas. CÓPIA CONTROLADA Página 6 de 39

Como devemos realizar a higienização simples das mãos: Para a higienização simples das mãos, devemos adotar os seguintes passos: 1. Abrir a torneira e molhar as mãos; 2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido, para cobrir todas as superfícies da mão (seguir instruções fabricante); 3. Ensaboar as palmas das mãos friccionando-as entre si; 4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos, e vice-versa; 5. Entrelaçar os dedos friccionando os espaços interdigitais; 6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão de outra, segurando os dedos com movimentos de vai-e-vem e vice-versa; 7. Esfregar o polegar esquerdo com a palma da mão direita utilizando-se movimentos circulares e vice-versa; 8. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão direita com a palma da mão esquerda; 9. Esfregar o punho direito com a palma da mão esquerda utilizando movimento circular e vice-versa; 10. Enxaguar as mãos retirando os resíduos de sabão, no sentido dos dedos para punhos, evitando o contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; 11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel toalha no recipiente para resíduos comuns. Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar joias (anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos. CÓPIA CONTROLADA Página 7 de 39

A técnica de higienização por fricção antisséptica das mãos (com preparações alcoólicas) deve seguir os mesmos passos da higiene simples das mãos. Ao final deixar secar as mãos naturalmente, sem utilização de papel-toalha. Neste caso as mãos devem estar visivelmente limpas. A utilização das luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas. Higienização das Mãos com água e sabonete antisséptico: Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório Para a higienização de preparo pré-operatório tem a finalidade de eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal. Para este procedimento, recomenda-se a antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante, com duração de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante). CÓPIA CONTROLADA Página 8 de 39

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Procedimento de higienização: Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos; Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com anti-séptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes; Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas, sob água corrente; Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos; Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir fotosensor; Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas. 5.3 Paramentação para exposição a agentes biológicos É obrigatório o uso dos EPIs durante os procedimentos com risco de contaminação biológica, devendo ser utilizado corretamente conforme instruções contidas nesse manual, sendo adotado basicamente conforme segue: Risco de contato manual com agentes biológicos: Luvas de procedimento ou luvas cirúrgicas, conforme o caso; Risco de contato corporal com agentes biológicos: Avental descartável com punho; Risco de inalação de agentes patogênicos transmitidos por via aérea: Respirador N95 ou PFF2 sem válvula; Risco de projeção de fluídos e secreções corpóreas: Óculos de segurança e/ou protetor facial, conforme o caso, e máscara cirúrgica. Entre os exemplos que tornam necessário a utilização de óculos e máscara cirúrgica estão a traqueostomia, aspiração, partos e qualquer outro procedimento próximo de áreas com risco de projeção de materiais biológicos, incluindo aqueles próximos de pacientes portadores de patógenos transmissíveis por gotículas. Além do uso de óculos e máscara cirúrgica, deve também ser utilizado protetor facial em procedimentos onde houver risco de projeção de líquidos ou fluídos corporais em grande quantidade na direção do rosto do trabalhador. CÓPIA CONTROLADA Página 10 de 39

Equipamentos de Proteção Respiratória O uso de Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR) por profissionais que atuam em serviços de saúde é uma estratégia importante para prevenir diversos tipos de doenças. Como colocar a máscara cirúrgica/de rosto/médica Para colocação da máscara cirúrgica, siga os seguintes passos: Proceda a higienização das mãos antes de tocar na máscara; Tire a máscara da embalagem e verifique se ela está em perfeito estado; A tira de metal deve ficar na parte superior. Posicione a máscara no rosto passando as tiras por trás das orelhas. Se o modelo disponibilizado tiver tiras elásticas individuais, passar as tiras até a parte inferior da nuca. Após, faça o mesmo com as tiras superiores na parte superior da nuca; Aperte a tira de metal da máscara de modo que ela se molde ao formato do seu nariz; Ajuste a máscara de modo que ela cubra o nariz, boca e queixo; Como colocar a máscara PFF (descartável) Para colocação da máscara PFF, siga os seguintes passos: CÓPIA CONTROLADA Página 11 de 39

Proceda a higienização das mãos antes de tocar na máscara; Segurar o respirador com a pinça nasal próximo à ponta dos dedos, deixando as alças pendentes; Encaixar o respirador sob o queixo; Posicionar um tirante na nuca e o outro sobre a cabeça; Ajustar a pinça nasal no nariz; Verificar a vedação pelo teste de pressão positiva; Como retirar máscaras respiratórias PFF No caso de patógenos que não requerem precauções de contato, ou seja, cuja principal via de transmissão é a respiratória, como, por exemplo, o Bacilo de Koch, a retirada da PFF contaminada do rosto do usuário deve seguir as etapas indicadas a seguir: Segurar a PFF comprimida contra a face, com uma das mãos, para mantê-la na posição original. Retirar o tirante posicionado na nuca (tirante inferior) passando-o sobre a cabeça; Mantendo a PFF em sua posição, retirar o outro tirante (tirante superior), passandoo sobre a cabeça; Remover a PFF da face sem tocar a sua superfície interna com os dedos e guardála ou descartá-la. Para a retirada da PFF do rosto para patologias que requerem precauções de contato: Segurar e remover o elástico inferior; Segurar e remover o elástico superior; Remover a PFF segurando-a pelos elásticos, sem tocar em sua parte frontal externa, descartando-a. Para patologias transmitidas por contato, não é recomendado o reuso da PFF. CÓPIA CONTROLADA Página 12 de 39

5.4 Precauções As precauções a serem adotadas variam de acordo com as possibilidades de transmissão e contaminação de cada patologia. CÓPIA CONTROLADA Página 13 de 39

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5.5 O que fazer em caso de acidente com exposição biológica: Acidente com exposição à material biológico: efetuar lavagem abundante do local exposto com água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou cutâneas. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar abundantemente com água ou com solução salina fisiológica. Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou glutaraldeído são contraindicados. Em caso de exposição biológica o funcionário deve procurar o Enfermeiro da Unidade para que este providencie a sorologia da paciente fonte (quando houver) e do profissional exposto (sempre), além de comunicar imediatamente a sua chefia. 6. ANÁLISES CLÍNICAS 6.1 Transporte de material Os materiais biológicos devem ser transportados por profissionais capacitados. Na caixa de transporte das amostras, manter somente os materiais necessários ao trabalho. A caixa em que as amostras são transportadas deve ser mantida fechada durante todo o percurso. Em caso de suspeita de derramamento de alguma amostra, utilize luvas de procedimento para a verificação e contenção. CÓPIA CONTROLADA Página 15 de 39

6.2 Manipulação de material biológico Para retirar o material biológico dos tubos de amostra, deve ser utilizado preferencialmente o capilar plástico em vez do de vidro, visando o menor risco de acidente. Alternativamente, pode ser utilizada a mini pipeta, sendo observado o procedimento de higienização da ponteira a cada procedimento. 6.3. Posição e fixação dos tubos de amostra Os tubos de amostra devem ser mantidos em estante/suporte apropriado. É vetado o improviso no posicionamento verticalizado dos tubos de amostra. Quando fora de uso, os tubos de amostra devem ser mantidos devidamente tampados. 6.4. Procedimentos sobre bancada Não deixar sobre a bancada objetos aquecidos, frascos abertos, compostos químicos, material objeto da análise, etc. Todos os frascos com produtos ou amostras devem ser mantidos fechados e identificados. Não é permitido trabalhar com recipiente imperfeito ou defeituoso, principalmente vidros que tenham arestas cortantes. Todo material quebrado deve ser desprezado. Realizar a limpeza quando houver aparente sujidade na bancada ou utensílios, e a desinfecção a cada procedimento e sempre que houver contaminação de alguma superfície. 6.5. Exame de gasometria No exame de gasometria, quando da aproximação das mãos com a seringa, devem ser realizados movimentos lentos e cautelosos próximos à extremidade de aspiração do sangue. O impacto da mão contra a ponta/extremidade do dispositivo de aspiração da máquina pode acarretar em acidente. CÓPIA CONTROLADA Página 16 de 39

6.6. Bico de Bunsen Na bancada de trabalho com o Bico de Bunsen devem ser mantidos somente os materiais imediatamente necessários ao trabalho. Combustíveis, inflamáveis e produtos químicos devem ser mantidos afastados, mesmo que necessários ao processo. 6.7. Descarte de resíduos líquidos das máquinas Os resíduos químicos/biológicos devem ser descartados por profissionais familiarizados com o processo de trabalho de cada máquina. As recomendações do fabricante das máquinas devem ser lidas e levadas em consideração. Durante a remoção dos resíduos líquidos, por analogia de exposição aos agentes de risco, o profissional deve fazer uso da mesma paramentação necessária ao procedimento de desinfecção com ácido peracético (vide foto página 44). Ocorrendo qualquer derrame no piso, a higienização deve ser realizada imediatamente. 7. SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS PERFUROCORTANTES 7.1. Requisitos gerais para perfurocortantes É vetado o reencape e a desconexão manual de agulhas; Os postos e locais de trabalho, assim como os carrinhos de enfermagem deverão possuir suporte contendo coletor apropriado para o descarte imediato dos perfurocortantes; Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo seu descarte, o que deverá ocorrer imediatamente após sua utilização; Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante, o limite máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal (observe a indicação de limite sinalizada no coletor). CÓPIA CONTROLADA Página 17 de 39

Acionar corretamente, conforme orientado em treinamento, e imediatamente após o uso, os dispositivos de segurança, sempre que disponíveis nos materiais perfurocortantes, certificando-se do seu completo travamento. 7.2. Em cirurgias CÓPIA CONTROLADA Página 18 de 39

Adotar, com rigor, as técnicas adequadas de instrumentação de forma a minimizar o risco na transferência manual de perfurocortantes entre os profissionais, sendo de grande importância estabelecer comunicação clara entre os envolvidos. Deve ser evitada ao máximo a utilização de perfurocortantes, optando-se, quando factível, por procedimentos alternativos que permitam a utilização de instrumentos que diminuam a exposição do trabalhador. Manter as mãos afastadas da trajetória de deslocamento da agulha durante a realização de procedimentos de sutura. O preceptor, quando transmitir orientações ao residente em procedimento, não deve colocar as mãos próximas ao campo de ação dos perfurocortantes. Caso seja imprescindível a indicação precisa, deve fazer uso de instrumentos que permitam manter suas mãos afastadas, como uma pinça, por exemplo. 7.3. Na aplicação de medicamentos Para quebrar ampolas, preferencialmente utilizar dispositivo de proteção das mãos, observando tanto as indicações da embalagem quanto ao adequado posicionando dos dedos. Se não houver dispositivo de segurança, proteja todo o entorno do gargalo com uma gaze. Os medicamentos a serem administrados nas enfermarias devem ser preparados nos postos de enfermagem. Os perfurocortantes, curativos, seringas e outros materiais, quando levados até o leito, devem ser colocados dentro de bandejas e serem transportados com carrinhos. Sempre prever a possibilidade de reação brusca do paciente, na aplicação de medicação intravenosa, adotando previamente técnicas adequadas de contenção, com auxílio de colega ou do acompanhante. QUÍMICOS 8.1. Requisitos gerais para químicos A FISPQ do produto químico deve ser mantida junto ao local de sua utilização. CÓPIA CONTROLADA Página 19 de 39

Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos produtos químicos utilizados em serviços de saúde. Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento. É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos. O produto químico deve ser utilizado apenas para o fim a que se destina. Todo trabalhador, antes de iniciar seus trabalhos com produtos químicos, deve assegurar que possua conhecimento e recursos necessários para uma eventual intervenção em caso de urgência relacionada. Produtos químicos voláteis devem ser mantidos afastados de fogo ou fontes de calor. 8.2. Gases É proibido fumar em áreas que contenham armazenamento ou utilização de gases. O local de armazenamento deve possuir sinalização de advertência referente às características específicas e dos riscos provenientes de cada gás. Todos os recipientes contendo gases devem ficar distantes do fogo e fontes de calor. Devem ser atendidas todas as recomendações descritas pelo fabricante na FISPQ. GLP Botijões de GLP devem ser armazenados e utilizados em locais ventilados. As mangueiras devem ser certificadas e estar dentro do prazo de validade. A cada manutenção prevista, e sempre que ocorrer a troca de algum botijão, deve ser realizada a inspeção a fim de garantir a inexistência de vazamentos. Central de Gases Os gases devem estar dispostos em locais sinalizados e com restrição de acesso, onde possam entrar somente os trabalhadores envolvidos no abastecimento, operação, manutenção e fiscalização. A área onde ficam os gases deve receber ventilação natural suficiente para impedir a formação de uma atmosfera perigosa em caso de vazamento. CÓPIA CONTROLADA Página 20 de 39

Cilindros de Gases Medicinais Os cilindros de gás devem conter etiqueta de identificação. Todo cilindro deve possuir dispositivos de proteção de válvula. Deve-se ter atenção e cuidado para evitar que cilindros sofram impacto. Durante armazenamento, transporte e utilização os cilindros não podem ser rolados ou arrastados, e devem ser mantidos sempre na posição vertical. Os cilindros de gás devem permanecer presos de modo a impedir que venham a tombar durante o armazenamento, transporte ou utilização. 8.3. Quimioterápicos Antineoplásicos Quimioterápicos são substâncias capazes de produzir diversos tipos de lesão celular. Os efeitos da exposição podem ser sofridos imediatamente ou ao longo dos anos. As conexões para agulhas, seringas e cateteres utilizados nos procedimentos de manipulação e administração de quimioterápicos devem possuir sistema de acoplamento tipo Luer-Lok. Para toda exposição a riscos químicos, os trabalhadores deverão observar os procedimentos de segurança e fazer uso dos EPIs indicados (vide EPÌS a partir da página 36). Os quimioterápicos devem ser transportados em recipientes isotérmicos e resistentes a impactos, para evitar a variação de temperatura, principalmente se forem administrados em local diferente da manipulação. O lacre ou fechamento dos recipientes e embalagens sempre deve ser revisado antes do transporte. O responsável pelo transporte de quimioterápico deve receber treinamento específico com vistas à segurança ambiental e biossegurança em caso de acidentes e emergências. CÓPIA CONTROLADA Página 21 de 39

Manipulação Toda manipulação de quimioterápicos deve ocorrer em ambiente e condições adequadas. O local de manipulação de quimioterápicos deve dispor de chuveiro, lava-olhos e cabine de fluxo laminar. Cabine de fluxo laminar Testar diariamente no início da jornada de trabalho se o sistema de ventilação local exaustora está funcionando de forma adequada. O equipamento não pode ser utilizado se houver alguma suspeita quanto ao seu desempenho. Somente o material que será utilizado no momento deverá permanecer na área de trabalho. Deve ser garantida a limpeza diária da cabine de fluxo laminar e do local de trabalho. O derrame de produtos químicos no local de trabalho deve ser contido e removido, devendo a área ser limpa imediatamente. Os recipientes devem ser tampados imediatamente após a utilização e devem ser armazenados em lugar seguro, onde não serão danificados, e descartados em local apropriado. Os líquidos voláteis não devem ser armazenados em contato direto com o sol ou fontes de calor. CÓPIA CONTROLADA Página 22 de 39

Administração de quimioterápicos O trabalhador deve ter atenção no transporte de perfurocortantes junto a embalagens com quimioterápicos, a fim de evitar o rompimento e consequente vazamento. Até a administração do quimioterápico o profissional responsável não deve, em qualquer circunstância, deixá-lo sozinho. O simples manuseio de embalagens com quimioterápicos deve ser realizado com luvas de segurança. O responsável pelo transporte dos quimioterápicos deve possuir treinamento adequado e levar os materiais necessários (KIT) para intervenção imediata em caso de derramamento. Havendo qualquer contaminação da vestimenta, o trabalhador deverá trocá-la imediatamente. Paramentação para manipulação e administração de quimioterápicos Quimioterápicos antineoplásicos podem causar danos em contato com olhos e pele ou entrar no corpo através da epiderme e causar danos. Por isso, a observância aos procedimentos e o uso correto dos EPIs é de fundamental importância para garantir a integridade física do trabalhador. O EPI deve ser mantido em lugar limpo e substituído quando necessário. Quando fora de uso, deve ser guardado em segurança para não ser danificado ou contaminado. Os EPIs indicados para a manipulação e administração de quimioterápicos são, respectivamente: Óculos de segurança com proteção lateral para ambos; Máscara respiratória N95/PFF2 para ambos; Avental de baixa permeabilidade para manipulação e impermeável para administração (devem possuir frente fechada, mangas longas e serem descartáveis); Luvas duplas e estéreis, tipo cirúrgica, de látex, com punho longo e sem talco para ambos; Calçados de segurança fechados para ambos. CÓPIA CONTROLADA Página 23 de 39

Acidentes com antineoplásicos No setor de Oncologia e nos locais onde forem realizados o armazenamento, transporte, manipulação ou administração de quimioterápicos antineoplásicos, deve haver um kit de mitigação para utilização em caso de derramamento do produto. O kit deve ser composto, no mínimo, pelos seguintes itens: Luvas de procedimento (2 pares); Avental descartável de baixa permeabilidade; Compressas absorventes; Óculos de segurança e gorro; Máscara respiratória PFF2 (N95); Sabão neutro; Escova e pá; Recipiente para resíduos (sacos laranja). Procedimentos adotados para descontaminação ambiental Para a mitigação da contaminação ambiental, devemos adotar os seguintes passos: Procedimento adotado para descontaminação pessoal Em caso de contato da pessoa com o produto, devem ser adotados os seguintes passos: CÓPIA CONTROLADA Página 24 de 39

8. RADIAÇÃO IONIZANTE 9.1. Princípios gerais de exposição dos trabalhadores Todos os serviços envolvendo radiações ionizantes devem ser executados de maneira a expor o menor número de trabalhadores. O trabalhador que, dentro dos parâmetros legais, inevitavelmente tenha que se expor, deve permanecer nesta condição o menor tempo e maior distância possível, e fazer uso dos recursos de blindagem disponibilizados. Qualquer membro da equipe deve informar imediatamente ao Supervisor de Proteção Radiológica a ocorrência de evento que possa resultar em alterações nos níveis de dose ou em aumento do risco de ocorrência de acidentes, assim como qualquer outra circunstância que possa afetar a conformidade com a legislação vigente aplicável. Infusão de Contraste Durante o procedimento para realização de exames de contraste, a infusão deve ser realizada de modo automatizado com bomba injetora, ficando no ambiente, durante o disparo do raio x, somente o paciente. A falta do kit para infusão automatizada não justifica a exposição do trabalhador. Das atividades com Arco C Antes de iniciar a operação com arco C, todos os trabalhadores não envolvidos no funcionamento do equipamento e possivelmente dispensáveis momentaneamente ao atendimento do paciente, devem sair da sala e aguardar o fim das atividades com radiação. Durante a realização do procedimento a sala será considerada Área Controlada. O técnico em radiologia sinalizará o término do procedimento. Somente neste momento, o local voltará a ser considerado uma Área Livre. Todos os trabalhadores expostos à radiação deverão estar usando o colete plumbífero e protetor de tireoide. Das gestantes Trabalhadoras com suspeita de gravidez, que laborem com radiação ionizante, devem entrar em contato imediatamente com o setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho SOST. Toda trabalhadora com gravidez confirmada será afastada das atividades com radiações ionizantes, sendo remanejada para atividade compatível com seu nível de formação. 9.2. Medidor individual de radiação de leitura indireta (Dosímetro) Todos os empregados envolvidos nos trabalhos de radiografia devem portar, CÓPIA CONTROLADA Página 25 de 39

obrigatoriamente, medidor individual de radiação de leitura indireta, na altura do tórax. O dosímetro é pessoal e não pode ser compartilhado por outras pessoas. Ou seja, ele não deve ser emprestado nem trocado com outro trabalhador. O dosímetro deve ser trocado mensalmente. O uso do dosímetro é restrito ao seu ambiente laboral no HE. Em caso de uso do avental de chumbo, o dosímetro deve ser posicionado por cima do avental. Durante a ausência do usuário, os dosímetros individuais devem ser mantidos em local seguro, com temperatura amena, umidade baixa e afastados de fontes de radiação ionizante, junto ao dosímetro padrão, sob a supervisão do SPR. 9.3. Limites de exposição ocupacional A dose efetiva média anual não deve exceder 20 msv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50 msv em nenhum ano. A dose equivalente anual não deve exceder 500 msv para extremidades e 150 msv para o cristalino. Os titulares devem providenciar a investigação dos casos de doses efetivas mensais superiores a 1,5 msv. Os resultados da investigação devem ser assentados. 9.4. Sinalização As salas de raios-x devem dispor de sinalização visível na face exterior das portas de acesso, contendo o símbolo internacional da radiação ionizante acompanhado das inscrições: "raios-x, entrada restrita" ou "raios-x entrada proibida a pessoas não autorizadas". As salas de raios-x devem dispor de sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso, acompanhada do seguinte aviso de advertência: "Quando a luz vermelha estiver acesa, a entrada é proibida". A sinalização luminosa deve ser acionada durante os procedimentos radiológicos indicando que o gerador está ligado e que pode haver exposição. Alternativamente, pode ser adotado um sistema de acionamento automático da sinalização luminosa, diretamente conectado ao mecanismo de disparo dos raios-x. 9.5. Manutenção de equipamentos A manutenção de qualquer máquina ou equipamento utilizado nas atividades de CÓPIA CONTROLADA Página 26 de 39

radiodiagnóstico deve ser realizada por profissional habilitado e de empresa especializada, sendo observados todos os requisitos legais apresentados pela legislação vigente e determinações do fabricante. 9. EM CASO DE ACIDENTES Em caso de suspeita de doença ocupacional, acidentes ou dúvidas, o empregado deverá procurar o setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho SOST. Ramal 1008 Para acidentes com agentes químicos seguir os passos descritos na FISPQ. Para exposições biológicas seguir o fluxo do item 5.5 deste manual. A legislação previdenciária estabelece o prazo de um dia útil após o dia do acidente para a emissão da CAT pela empresa. CÓPIA CONTROLADA Página 27 de 39

10. EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - PARAMENTAÇÃO A seguir apresentamos os conjuntos de equipamentos de proteção individual a serem utilizados em cada atividade. PRECAUÇÃO PADRÃO CÓPIA CONTROLADA Página 28 de 39

PRECAUÇÃO CONTATO + AEROSSÓIS CÓPIA CONTROLADA Página 29 de 39

PRECAUÇÃO PARA PROCEDIMENTOS INVASIVOS CÓPIA CONTROLADA Página 30 de 39

PRECAUÇÃO PARA PROCEDIMENTOS INVASIVOS COM RISCO DE PROJEÇÃO DE MATERIAL BIOLÓGICO CÓPIA CONTROLADA Página 31 de 39

PROCEDIMENTOS CIRURGICOS UTILIZANDO ARCO-C OU RAIO-X CÓPIA CONTROLADA Página 32 de 39

OPERAÇÃO DE RAIO X MÓVEL CÓPIA CONTROLADA Página 33 de 39

MANIPULAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS CÓPIA CONTROLADA Página 34 de 39

MANIPULAÇÃO DE ÁCIDO PERACÉTICO, FORMOL, ÁCIDO CLORÍDRICO, DETERGENTES E SANEANTES CÓPIA CONTROLADA Página 35 de 39

11. TIPOS DE AVENTAL 12.1. Avental para precaução de contato (branco) Recomendado apenas para uso no cuidado a pacientes em precaução de contato em procedimentos onde não exista risco de projeção ou respingo de material biológico. CÓPIA CONTROLADA Página 36 de 39

12.2. Avental para procedimento não cirúrgico (AMARELO) Recomendado para uso em procedimentos onde exista risco de projeção ou respingo de material biológico quando não exista a necessidade de uso de avental estéril. Avental para precaução de contato (branco) CÓPIA CONTROLADA Página 37 de 39

12.3. Avental cirúrgico estéril Recomendado para procedimentos cirúrgicos (risco de projeção ou respingo de material biológico) ou outro tipo de procedimento invasivo onde exista a necessidade de uso de avental estéril. CÓPIA CONTROLADA Página 38 de 39

12.4. Avental cirúrgico estéril impermeável Recomendado para procedimentos cirúrgicos onde exista risco de projeção ou respingo de grande quantidade de material biológico e para manipulação de quimioterápicos. CÓPIA CONTROLADA Página 39 de 39

12. EXAME PERIÓDICO A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos dentro do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é, no mínimo, semestral para os colaboradores que laboram com quimioterápicos/antineoplásicos e radiações ionizantes. Para os demais colaboradores, o monitoramento é anual. De acordo a NR1, item 1.8, letra C Cabe ao empregado: submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras. Portanto, o exame periódico é obrigatório. Para requerer férias junto a DivGP, o exame periódico precisa estar atualizado. Se seu exame periódico estiver atrasado, entre em contato com o SOST pelo ramal 1008. CÓPIA CONTROLADA Página 40 de 39

Manual de Segurança e Saúde Ocupacional Rua Professor Araújo 538. Bairro Centro Pelotas RS - 96.020-360 (53) 3284 4900 Aplicação: Aprovado em: Revisado em: Codificação: MAN-HE-USOST- 001 Edição: 10